A Energia Elétrica pode ser definida como a capacidade de trabalho de uma
corrente elétrica. Como toda Energia, a energia elétrica é a propriedade de um sistema elétrico que permite a realização de trabalho. Ela é obtida através de várias formas. O que chamamos de “eletricidade” pode ser entendido como Energia Elétrica se, no fenômeno descrito a eletricidade realiza trabalho por meio de cargas elétricas.
A Energia Elétrica pode ser um subproduto de outras formas de Energia,
como a mecânica e a química. Através de turbinas e geradores podemos transformar estas formas de energia em eletricidade.
O Dínamo é um exemplo de gerador de eletricidade, um aparelho que
transforma energia mecânica em energia elétrica. Sabemos hoje que a variação de campo magnético gera corrente elétrica. No dínamo o imã gira com a bobina ao seu redor. Este movimento gera a variação do campo magnético do imã, surgindo então, uma corrente elétrica no conjunto de espiras da bobina. Esta corrente elétrica pode ser utilizada para acender o farol da bicicleta, por exemplo, ou qualquer equipamento instalado no circuito elétrico de seu carro.
A Energia Elétrica também pode ser transformada por meio de
equipamentos em outras formas de energia, como por exemplo, energia térmica por Efeito Joule. Que é definido como sendo o fenômeno onde um condutor é percorrido por corrente elétrica transformando Energia Elétrica em Energia Térmica (calor). Fenômeno estudado por James Prescott Joule (1818-1889).
A Energia Elétrica pode ser gerada através de fontes renováveis como a
força das águas, dos ventos. Fontes que são subproduto da Energia Solar, já que os ventos são formados pelas correntes de convecção e a energia potencial acumulada nas quedas d’águas também é proveniente do Sol.
Uma das maneiras de se gerar Energia Elétrica acontece nas hidrelétricas,
onde a energia potencial da água é utilizada para movimentar turbinas (energia mecânica) que estão ligadas a geradores. Nestes geradores a energia mecânica é transformada em Energia Elétrica em um processo próximo ao do dínamo. Isto obedecendo ao princípio de conservação de energia, ou seja, parte da energia utilizada para girar as turbinas é transformada em energia elétrica através da indução magnética.
Outra maneira é observada em uma termelétrica, onde a queima de
combustíveis produz vapor que é utilizado para movimentar as turbinas ligadas a geradores.
As várias formas de energia podem ser transformadas em elétrica e, com
estas transformações podemos utilizar esta energia de diversas formas distintas como por exemplo, a luz (lâmpada), o calor (chuveiro, aquecedores), o som (rádio). Para efeitos de cálculos a energia elétrica entre dois pontos de um condutor é igual ao trabalho realizado pelas cargas elétricas entre estes dois pontos, ou seja:
Eel=Δq.U
Sendo:
Eel = energia elétrica
Δq = variação de carga elétrica U = diferença de potencia, tensão elétrica. A forma mais fantástica inventada pelo homem para a geração de energia é, sem dúvida, a derivada do átomo. Transformar pequenas quantidades de matéria em fabulosas quantidades de energia é algo difícil de imaginar. Mas, tudo que é fantástico tem seu preço para a humanidade, assim como tiveram os ascaréis (PCB’s) usados em transformadores; os inseticidas à base de organoclorados; os CFC’s pelos seus efeitos na camada de Ozônio etc. A Europa, agora, movimenta-se no sentido de desativar suas usinas atômicas, tradicionais produtoras de energia elétrica, em face dos resíduos indestrutíveis que geram e da exposição das populações a riscos mortais. Mas, a energia elétrica é cada vez mais necessária. Sem ela tudo pára. Param as comunicações, param os confortos a que a humanidade se acostumou, param as máquinas. Interromper a geração de energia elétrica, via usina nuclear, significa uma busca urgente de alternativas. As alternativas mais desejáveis para o meio ambiente estão apenas engatinhando ou, se já descobertas, estão escondidas e proibidas de aparecerem em face do baque que causariam na indústria mundial, principalmente a do petróleo e a automobilística. Já pensaram a extração do hidrogênio da molécula da água e a utilização desse gás como combustível, tecnologia absolutamente limpa, visto que sua combustão gera água? As outras alternativas, como a geração via energia solar, eólica (ventos) e das marés, ainda estão muito no nascedouro. Restam, então, as alternativas hoje já empregadas em larga escala: as hidrelétricas e as termelétricas. As hidrelétricas dependem, evidentemente, da disponibilidade de grandes mananciais de água e conseqüentemente, a maioria dos países não é privilegiada nesse sentido. Quanto ao nosso Brasil, rico em águas, essa forma de geração é bastante utilizada. Ocorre, porém, que, as distâncias dos mananciais aos centros de consumo vai cada vez mais aumentando e com isso, aumentando as perdas nas transmissões; além disso, as grandes represas representam um ataque brutal aos ecossistemas pelas inundações necessárias de grandes áreas territoriais. Restam as termelétricas, onde se utilizam combustíveis para queimar, produzir vapor e acionar, com esse vapor, turbinas geradoras de energia elétrica. Para a queima utilizam-se a biomassa, o petróleo ou o gás dele e os carvões. As biomassas são constituídas de madeiras e bagaços e não têm grande expressão, quando se fala de geração de energia elétrica de grande porte. Os derivados líquidos do petróleo são preciosíssimos, visto que são fontes de matérias primas para fabricarem um sem número de bens de consumo. Os gases de petróleo têm a característica de geração constante, não cabendo, assim, estocá-los. Se eles não forem usados totalmente para a reinjeção nos poços de petróleo a fim de recuperar mais líquidos e não são, pois a quantidade supera a necessidade, eles terão que ser queimados ao ar livre, o que determina o seu uso urgente na geração de energia elétrica, nas indústrias e nos domicílios. Hoje, no Estado do Rio de Janeiro, já começam a a aparecer diversas termelétricas a gás natural, mas o gás jogado fora (queimado) está em cerca de 6,5 milhões de metros cúbicos diários. Restam os combustíveis sólidos, denominados carvões (minerais), que são formas fossilizadas de vegetais e encontrados em abundância no Planeta. São inúmeros os tipos de carvão mineral e dependendo da queima a que se destinam, suas características de composições variam enormemente.