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Aula 1 - EVOLUÇÃO E CONCEITUAÇÃO

EVOLUÇÃO DO HOMEM E RISCO


* Atividades inerentes ao homem - Riscos - Lesões;
prevenção → evoluiu juntamente com a racionalidade e a capacidade de
organização da espécie humana;
*Médico Bernardino Ramazzini (Pai da medicina do trabalho)
*Acidentes de trabalho → passam de eventos incontroláveis e aleatórios para
eventos indesejáveis e de causas conhecidas e evitáveis;
EVOLUÇÃO DO PREVENCIONISMO
* Fábricas modernas → Aumenta ao no de acidentes do trabalho e doenças
profissionais;
*Especialização e treinamento de trabalhadores →promovem melhora do
quadro;
*Segurança do trabalho → preservação da integridade física do trabalhador;
*Estudos para preservar a integridade física do homem e do ambiente, através
do controle e da prevenção dos riscos potenciais de acidentes;
*Foram desenvolvidos estudos e técnicas, junto ao seguro social → evolução do
prevencionismo;
Piramides

*ERRO HUMANO→ desvio em relação a norma ou padrão estabelecidos


*Comportamento humano → nem sempre estável e racional;
* Fator humano→ influencia na confiabilidade de um sistema e nas perdas
oriundas de um acidente;

* Reconhecimento de riscos → identificação e a correção dos desvios do sistema


antes que ocorram falhas, reduzindo a probabilidade de erro humano;
* riscos conhecidos→ possibilidade de falha humana (cada indivíduo organiza e
interpreta as situações de maneira diferente.)
CONCEITUAÇÃO
*PERIGO → fonte ou situação (condição) com potencial para provocar danos;
(citar exemplo)
*DESVIO → ação ou condição com potencial para conduzir, a danos, em
desconformidade com as normas de trabalho
SEGURANÇA → garantia de um estado de bem-estar físico e mental
*DANO → consequência negativa do acidente que gera prejuízo: PESSOAIS;
MATERIAIS; ADMINISTRATIVO.
*CAUSA → o que provocou o acidente, permite que o risco se transformasse em
dano. - Antes do acidente → existe risco;
- Após o acidente → existe causa.
3 tipos de causa → *ATO INSEGURO → ato, consciente ou não, capaz de
provocar dano ao trabalhador, a seus companheiros ou a máquinas, materiais e
equipamentos; Cometidos por imprudência, imperícia ou negligência;
*CONDIÇÃO INSEGURA → irregularidades ou deficiências existentes no
ambiente de trabalho que constituem riscos para a integridade física do
trabalhador e para a sua saúde, bem como para os bens materiais da empresa;
*FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA → problema pessoal do indivíduo que
pode vir a provocar acidentes;
* SISTEMA → arranjo ordenado de componentes interrelacionados que atuam e
interagem com outros sistemas, para cumprir uma tarefa ou função. sistemas
básicos=subsistemas;
*PROBABILIDADE → chance de ocorrência de uma falha, pode conduzir um
acidente;
*CONFIABILIDADE → probabilidade de desempenho satisfatório de suas
funções por um determinado espaço de tempo e sob determinadas condições de
operação;
*SINISTRO → prejuízo sofrido, com garantia de ressarcimento por seguro ou por
outros meios;
* INCIDENTE (quase-acidente)→ evento ou fato negativo com potencial para
provocar danos, não leva ao acidente.
* PERDAS :
- Tangíveis → referem-se a prejuízos mensuráveis;
- Intangíveis → referem-se a elementos de difícil mensuração (ex: imagem da
empresa);

*NÍVEL DE EXPOSIÇÃO →
* ACIDENTE → toda ocorrência não programada que pode produzir danos;
- Conceito legal – aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte,
perda ou redução permanente ou temporária da capacidade laboral para o
trabalho;
- Conceito prevencionista – é uma ocorrência não programada, inesperada ou
não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade,
ocasionando perda de tempo útil, lesões nos trabalhadores ou danos materiais.
* RISCO → probabilidade de possíveis danos dentro de um período específico
de tempo ou número de ciclos operacionais, ou seja, representa o potencial de
ocorrência de consequências indesejáveis.
Aula 2 – PROCESSO DE GERÊNCIA DE RISCO
NATUREZA DOS RISCOS EMPRESARIAIS

Características dos riscos variam em função do ambiente de atuação


da empresa e das suas próprias características operacionais;

Classificação dos riscos:

- Riscos especulativos (dinâmicos) ganho ou perda;


- Ricos puros (estáticos) somente perda.

Objetivo da gerência de riscos proteção dos recursos humanos,


materiais e financeiros de uma empresa;
- Indústria moderna gerência de riscos iniciou após a 2ª guerra
Análise preliminar de riscos – Voo Dédalo
Risco Causa Efeito Categoria Medidas
de risco preventivas
Radiação Voar sob Calor pode derreter a Grave 1. Advertir contra
térmica forte cera; separação e perda voo alto;
do sol radiação das penas podem causar 2. Supervisionar o
má sustentação aeronauta;
aerodinâmica; aeronauta 3. Restringir área da
pode morrer. superfície
aerodinâmica.
Umidade Voar próximo Asas podem absorver Grave 1. Advertir
da superfície umidade, aumentando o aeronauta para
do mar seu peso e falhando; o voar a meia
poder de ascensão pode altura;
não suportar o excesso de 2. Instruir aeronauta
peso; aeronauta pode cair paraobservar a
no mar. taxa de umidade
das asas.

mundial, devido à rápida expansão das indústrias e crescimento dos


riscos;
- Passou-se a realizar: a avaliação das probabilidades de perdas, a
determinação dos riscos inevitáveis e dos que poderiam ser diminuídos.

1ª norma sobre sistema de gestão de riscos empresariais


AS/NZS 4360:2004
(Australian/New Zealand Standard) guia genérico para o gerenciamento
de risco;
Norma OHSAS 18001:2007 versão mais atual da norma de Sistemas
de Gestão da Saúde e Segurança do Trabalho:
- estabelece os requisitos para um SGSST, por meio de uma política com

objetivos e monitoramento do desempenho;


- caráter preventivo que visa a redução e controle dos riscos no ambiente
de trabalho;
- abordagem PDCA.
-

OHSAS 18001:2007 elaborada para ser aplicável em qualquer


organização, localizada em qualquer ponto;

Normas ISO 31000 tratam de gestão de riscos;

ABNT NBR ISO 31000:2009 – Gestão de riscos – Princípios e diretrizes:


- reconhecida internacionalmente;
- sem finalidade de certificação;
- princípios de diretrizes para gestão de riscos;
- aplicável a qualquer empresa;
- aplicável a qualquer tipo de risco;
- apóia normas que tratam de riscos e não as substitui.
ABNT ISO Guia 73:2009 – Gestão de riscos – Vocabulário:
- definições de termos genéricos da gestão de riscos;
- define terminologia uniforme de gerenciamento de riscos.
ABNT NBR ISO/IEC 31010:2012 – Gestão de riscos
– Técnicas de avaliação de risco:
- norma de apoio à NBR ISO 31000;
- orienta sobre a seleção e aplicação de técnicas para o processo de
avaliação de riscos.
- Gerência de riscos metodologia que visa aumentar a confiança na
capacidade de uma organização em prever, priorizar e superar obstáculos
para, como resultado final, obter a realização de suas metas;
- Atua na proteção dos recursos humanos, materiais e financeiros da
empresa;
- Também preocupa-se com as consequências de eventos aleatórios que
possam reduzir a rentabilidade (danos físicos, financeiros ou
responsabilidades para com terceiros);
- Processo de gerenciamento envolve de criação de infraestrutura e
cultura, com aplicação de método sistemático, para que as decisões sejam
tomadas a partir do conhecimento dos riscos;
- Outra definição área de atuação que busca administrar as
possibilidades de falhas, buscando evitar que ocorram; caso ocorram, que
não se espalhem.
Objetivos do gerenciamento de riscos:
- gerenciar o processo de tomada de decisões com confiabilidade;
- identificar oportunidades de ameaças;
- implementar gestão pró-ativa;
- otimizar a alocação de recursos;
- reduzir perdas e custos (ex: indenizações);
- atender exigências legais;
- melhorar qualidade de vida dos colaboradores, reduzindo acidentes.
- METODOLOGIA
- Definição do contexto no qual a organização atua
- identificação dos objetivos, estratégias, valores e cultura estrutura
sobre a qual as decisões se apoiam;
- Identificação dos perigos e análise dos riscos estimativa da
expectativa de ocorrência dos eventos e os impactos que estes causam
à organização;
- Avaliação e categorização dos riscos
- direcionamento do tratamento adequado.
Gestão de riscos

Etapa de análise dos riscos qualitativa ou quantitativa;


Decisão pelo tratamento e recursos que serão alocados:
- Modificar o sistema eliminação do risco;
- Atuar sobre os fatores que influenciam a expectativa de ocorrência ou
as consequências reduzir o risco;
- Transferir o risco, por meio de seguros, cooperação ou outro ato;
- Reter o risco inviabilidade das opções acima.

Aula 3 - IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE RISCOS


IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
Identificação e análise de um problema início do processo de gerenciamento
de riscos;
Problema riscos de perdas acidentais que ameaçam a organização;
Introdução de técnicas sofisticadas de gerenciamento de riscos e controle de
perdas análise de fatores tecnológicos, econômicos e sociais.
Algumas consequências da aplicação de técnicas modernas de
gerenciamento de riscos e controle de perdas:
- reformulação das práticas de gerenciamento de segurança industrial;

- revisão de práticas tradicionais e, padrões e regulamentações

obsoletas;
- desenvolvimento de técnicas para identificação e quantificação de

perigos;
- formulação de critérios de aceitabilidade de riscos;

- elaboração e implantação de sistemas de resposta para emergências.

Quando realizar análise?


- desconhece-se os riscos de uma atividade industrial;
- possibilidade de antecipar problemas potenciais que podem resultar em

danos severos em uma operação;


- detecção repetitiva de problemas envolvendo acidentes com vítimas,

com lesões graves ou não, com danos às instalações, ou danos ao meio


ambiente;
- estabelecer regras de segurança antes de iniciar uma atividade;

- obtenção cuidados de informações sobre os riscos.

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
Procura de riscos comuns, previamente conhecidos (teoricamente);
Facilita a identificação de riscos e prevenção de acidentes, pois as
soluções possíveis já foram estudadas anteriormente e constam em
bibliografias;
Riscos mais comuns, encontrados nas inspeções:
- falta de proteção de máquinas e equipamentos;
- falta de ordem e limpeza;
- mau estado de conservação de ferramentas;
- iluminação e instalações elétricas deficientes;
- pisos escorregadios, deficientes, em mau estado de conservação;
- equipamentos de proteção contra incêndio em mau estado de
conservação ou insuficientes;
- falhas de operação, entre outras.
Definir e organizar programa de inspeções, através de formulários:
- o que será inspecionado;

- frequência da inspeção;

- responsáveis pela inspeção;

- informações que serão verificadas.

INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
- Investigação de acidentes também é empregada na identificação
de riscos;
- Evitar acidentes nem sempre é possível;
- Causas dos acidentes podem ser determinadas a partir da
descrição do acidente, de informações do encarregado da área, de um
estudo do local do acidente, da vida pregressa do acidentado;
- Identificadas as causas propõe-se medidas para evitar nova
ocorrência do acidente;
ETAPAS – IVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES Gueiros (2009)

- Informar o acidente a uma pessoa designada dentro da organização;


- Providenciar primeiros socorros e assistência médica a pessoas
acidentadas e prevenir futuras lesões;
- Investigar;
- Identificar as causas;
- Elaborar um relatório;
- Desenvolver um plano para ações corretivas;
- Implementar o plano;
- Avaliar a efetividade das ações corretivas;
- Desenvolver mudanças para contínuas melhorias.
Ocorrido o acidente iniciar a investigação o quanto antes;
Objetivo:
- preservar as condições do momento do acidente;
- evitar a perda de evidências e indícios;
- identificar as testemunhas.
CATEGORIAS DAS CAUSAS DOS ACIDENTES

Tarefa
- Utilizou-se procedimentos de segurança?;
- Houve mudanças nas condições de trabalho que tornaram tais
procedimentos inseguros?;
- São disponibilizados ferramentas e materiais apropriados?;
- Equipamentos de segurança funcionam de modo apropriado?;
- Obrigou-se os trabalhadores a atuar de forma insegura?.

Caso a resposta para as questões seja negativa “Por que?”

CATEGORIAS DAS CAUSAS DOS ACIDENTES

Material
- Houve falha em algum equipamento?;
- O que causou a falha?;

- Os equipamentos tem um design ergonômico?;

- Haviam substâncias perigosas envolvidas na atividade?;

- Havia uma substância menos perigosa disponível para ser utilizada

na atividade?;
- A matéria-prima estava dentro dos padrões?;

- EPI estavam sendo utilizados?

- Houve treinamento quanto ao uso dos EPI?.

Caso a resposta para as questões seja negativa “Por que?”

CATEGORIAS DAS CAUSAS DOS ACIDENTES

Ambiente de trabalho
- Quais os riscos presentes no ambiente de trabalho?.
Pessoal
- Os trabalhadores eram experientes no trabalho?;
- Estavam adequadamente treinados?;

- Tinham condições físicas para executar o trabalho?;

- Qual a situação de saúde deles?;

- Apresentavam fadiga?;

- Estavam submetidos a stress?

Caso a resposta para as questões seja negativa “Por que?”

CATEGORIAS DAS CAUSAS DOS ACIDENTES

Gestão
- As normas de segurança foram comunicadas e entendidas por todos
os trabalhadores?;
- Haviam procedimentos por escrito?;
- A atividade era supervisionada?;
- Houve treinamento dos trabalhadores?;
- Os riscos foram previamente identificados?
- Os equipamentos estavam em regular estado de conservação e
manutenção?;
- Eram realizadas inspeções de segurança regulares?.
Caso a resposta para as questões seja negativa “Por que?”

COLETA DE DADOS
Mente aberta preconceito acarreta em divergência de fatos;
Considerar todas as possíveis causas;

Responsáveis pela investigação reunir e analisar informações,


estabelecer conclusões e sugerir recomendações;
Clareza e objetividade;

Evitar conclusões antes de colher e analisar todas as informações;

COLETA DE DADOS
Priorizar operações de resgate, tratamento médico das lesões e
prevenção de lesões subsequentes a investigação não deve interferir
nestas ações.

EVIDÊNCIAS
Antes de reunir informações coletadas realizar inspeção geral e
identificar testemunhas;
Evidências físicas menos controversas como estão sujeitas a
modificações/desaparecimento, registrá-las prioritariamente;
EVIDÊNCIAS
Coletar e registrar:
- posição do trabalhador acidentado;
- equipamentos, materiais, produtos químicos que estavam sendo
utilizados;
- dispositivos de segurança;
- posição de contenções;
- posição de controles das máquinas;
- defeitos nos equipamentos;
- limpeza e higiene da área;
- condições ambientais, incluindo o horário de ocorrência do acidente.
- EVIDÊNCIAS
- Registro fotográfico da área de ocorrência e de itens específicos, antes
que haja modificação do local.
- FLUXOGRAMAS
- Fluxogramas de operações da organização
- utilizados para identificar perdas potenciais;
- Devem registrar todas as operações realizadas;
fluxograma geral

Informações que deve-se procurar obter, a partir do fluxograma geral:


- fornecedores e respectivas matérias-primas, produtos e serviços;
- localização dos depósitos e armazéns, tipos de construção, concentração
de valores, qualidade da armazenagem, sistemas de segurança, etc.
- características, localização, construção, equipamentos, concentração de
valores, etc., da fábrica;
- formas de transporte adotadas;
- sistemas de compra e venda.
Fluxograma detalhado

Perdas potenciais sugeridas pelo exemplo de fluxograma detalhado:


- Danos à propriedade reposição, reparos e manutenção de veículos,
prédios, máquinas e equipamentos, matérias-primas, mercadorias e
produtos; parada ou redução das operações de fabricação como
consequência de danos às instalações e ao processo de fabricação;
- Perdas por responsabilidade responsabilidade civil por danos
pessoais e/ou materiais a clientes, por defeitos nos produtos; a visitantes,
por eventuais acidentes; a terceiros em geral, pelo uso e operação
negligente de veículos;
- Perdas pessoais perdas decorrentes de danos pessoais a funcionários
devido a acidentes do trabalho; perdas indiretas, à empresa,
consequentes de morte ou invalidez de funcionários; Perdas diretas e
indiretas à família de funcionários, por morte, invalidez e aposentadoria
precoce desses.
- Quanto mais detalhados os fluxogramas melhores as condições de
identificação de riscos e perdas potenciais;
- Detalhes obtidos através da participação os setores.

TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E RISCOS

Principais Técnicas de identificação de perigos e riscos:


- Técnica de Incidentes Críticos (TIC);
- What-If (WI);
- What-If/Checklist (WIC);
- Análise e revisão de critérios.

Como inserir as técnicas de identificação de perigos nos processos de


gerenciamento de riscos?
Técnica de Incidentes Críticos (TIC)

Procedimentos:
- entrevista-se um grupo de pessoas (amostra selecionada dentro de uma
população) que representam os principais departamentos da empresa,
assim como as operações em diferentes categorias de risco;
- Entrevistados relembram e descrevem os incidentes críticos ou atos
inseguros que cometeram ou que observaram em outros profissionais;
- Apoio psicológico auxilia o entrevistado a realizar os relatos;
Técnica de Incidentes Críticos (TIC)

Procedimentos:
- Maior nº de incidentes críticos relatados maior a
aproximação com a realidade;
- Incidentes críticos relatados devem ser classificados em categorias de
risco assim, futuramente, é possível definir as áreas que apresentam
problemas;
- Distribuição dos recursos disponíveis associada à priorização de
ações (corretivas e preventivas).
Técnica de Incidentes Críticos (TIC)

Etapas na aplicação da técnica, segundo Foguel e Fingerman (2010):


a) Determinação dos objetivos da atividade.

b) Construção das questões que serão apresentadas aos entrevistados

que fornecerão os incidentes críticos da atividade em estudo.


c) Delimitação da população ou amostra de entrevistados.

d) Coleta dos incidentes críticos.


Técnica de Incidentes Críticos (TIC)
Etapas na aplicação da técnica, segundo Foguel e Fingerman (2010):
e) Identificação dos comportamentos críticos por meio da análise do

conteúdo dos incidentes coletados.


f) Agrupamento dos comportamentos críticos em categorias mais
abrangentes.
g) Levantamento de frequências dos comportamentos positivos e/ou

negativos que irão fornecer, posteriormente, uma série de indícios para


identificação de soluções para situações problemáticas.
Técnica de Incidentes Críticos (TIC)

Vantagens da técnica, segundo Foguel e


Fingerman (2010):

- O foco em apenas eventos comuns do dia a dia;


- Sua grande utilidade em situações em que o problema ocorre, porém a
causa e a gravidade ainda são desconhecidas;
- Sua ótima relação custo-benefício: baixo custo e rica geração de
informações;
- Flexibilidade no uso de entrevistas, questionários, formulários ou
relatórios.
Técnica de Incidentes Críticos (TIC)

Desvantagens da técnica, segundo Foguel e


Fingerman (2010):

- Imprecisão no detalhamento dos incidentes


depende da memória dos entrevistados.
- Dados coletados tendem a apresentar um viés pela memória mais
recente; os mais antigos tendem a ser esquecidos pelos entrevistados;
- Ênfase maior sobre eventos raros eventos mais comuns tendem a ser
omitidos/ignorados pelos observadores;
Técnica de Incidentes Críticos (TIC)

Aplicação prática

- Exemplo Fábrica de Westingouse de Baltimore;


- Objetivo do estudo avaliar a técnica como um método para identificar
potenciais causas de acidentes, além do desenvolvimento de
procedimentos de aplicação prática pelo pessoal da fábrica;
Técnica de Incidentes Críticos (TIC)

Aplicação prática

- Pesquisadores procuram resposta para duas questões:


1. A TIC revela informações sobre fatores causadores de acidentes, em
termos de erros humanos e condições inseguras, que levam a acidentes
potenciais na indústria?
2. A técnica revela uma quantidade maior de informações sobre causas de
acidentes, do que os métodos convencionais de estudos de acidentes?
Técnica de Incidentes Críticos (TIC)

Aplicação prática

- Análise de dados:
 117 tipos diferentes de incidentes estavam ocorrendo durante o ano
estudado;
 Durante o mesmo período ocorreram, dentro da população estudada,
206 lesões leves e 6 graves;
 Foram encontrados 52,1% a mais de atos e condições inseguras do
que aqueles identificados através de registros de acidentes de um
período de 2 anos;
 Essas potenciais situações produtoras de perdas, normalmente não
seriam reveladas, até que realmente ocorressem perdas com certa
gravidade.
 What-If (WI)
 Técnica de análise qualitativa e geral, de simples
 aplicação;
 Utilidade possibilitar uma primeira abordagem para identificação de
riscos;
 Fases de utilização: projeto, fase pré-operacional ou produção;
 Não se limita às empresas de processo;

What-If (WI)

Procedimentos:

 Realização de reuniões entre duas equipes e elaboração de


questionamentos por meio de suposições: O que - se...?.
 Questionamentos devem incluir procedimentos, instalações e
processos da situação analisada e podem ser livres ou sistemáticos.
 Questionamento livre perguntas podem ser totalmente
desassociadas.

What-If (WI)

Procedimentos:

- Questionamento sistemático objetivo das indagações focado em


pontos específicos; responsáveis pelas perguntas conhecem o
sistema analisado e devem elaborar, antecipadamente, as questões
com a finalidade de nortear as discussões.
Periodicidade de aplicação da técnica:

- Utilização periódica do procedimento permite a revisão de riscos


do processo.
What-If (WI)

Passos básicos para aplicação da técnica, segundo De Cicco e Fantazzini


(2003):
a) Formação do comitê de revisão – montagens das equipes e seus

integrantes.
b) Planejamento prévio – planejamento das atividades e pontos a serem

abordados na aplicação da técnica.


c) Reunião organizacional – finalidade de discutir procedimentos,
programação de novas reuniões, definição de metas para as tarefas e
informação aos integrantes sobre o funcionamento do sistema sob
análise.
What-If (WI)

Passos básicos para aplicação da técnica, segundo


De Cicco e Fantazzini (2003):

d) Reunião de revisão de processo – para os integrantes ainda não


familiarizados com o sistema em estudo.
e) Reunião de formulação de questões – formulação de questões “O QUE
– SE...”, começando do início do processo e continuando ao longo do
mesmo, passo a passo, até o produto acabado colocado na planta do
cliente.
What-If (WI)

Passos básicos para aplicação da técnica, segundo De Cicco e Fantazzini


(2003):

f) Relatório de revisão dos riscos do processo – objetivo: documentar os


riscos identificados na revisão, bem como registrar as ações
recomendadas para eliminação ou controle dos mesmos..
O que Observações e
Atividade Causas Consequências
aconteceria se Recomendações

What-If (WI)

Exemplo de atividade: lavar 5kg de roupa


- Selecionar roupa;
- Ligar máquina;
- Encher de água;
- Adicionar sabão;
- Adicionar roupa;
- Programar lavagem;
- Desligar a máquina;
- Retirar a roupa;
- Estender para secagem;
- Limpar o filtro.

What-If / Checklist (WIC)

União do brainstorming gerado pela técnica What-If com a sistematização


do checklist análise mais detalhada e visão mais global do sistema.
Checklists e roteiros:

- Utiliza-se roteiros para confirmar se as atividade desenvolvidas estão


de acordo com os procedimentos operacionais padronizados;
- Caso hajam inconformidades identificar riscos associados aos
processos;

What-If / Checklist (WIC)

Exemplo de checklist sobre proteção contra incêndios em uma unidade


industrial, baseado em De Cicco e Fantazzini (2003):
- Se o edifício tem paredes fechadas, com difícil acesso e se a
construção ou suas instalações abrigam materiais combustíveis, foram
instalados “sprinklers” automáticos?
- Se o edifício tem paredes abertas e a construção ou suas instalações
encerram materiais combustíveis, a proteção por hidrantes prevista é
adequada?
- Quais hidrantes servem a área?
What-If / Checklist (WIC)

- Quais unidades de canhão fixos ou portáteis (que fazem parte dos


hidrantes ou não) foram fornecidos de modo a proporcionar uma
cobertura adequada das instalações ou estocagem em áreas abertas
(não dentro de edifícios de paredes fechadas ou abertas)?
- As linhas principais subterrâneas foram expandidas, ou integradas em
anel para suprir sistemas adicionais de “sprinklers”, hidrantes e
unidades de canhão? As extremidades mortas devem ser evitadas.
Que válvulas de controle de ramais são disponíveis?
What-If / Checklist (WIC)

- A drenagem foi dimensionada para acomodar derramamentos de


líquidos inflamáveis, bem como a água utilizada para combate a
incêndio, evitando que se atinjam os edifícios, tanques de estocagem
e equipamentos?
- Qual são as medidas de proteção contra ignição de poeiras
explosivas?
- Qual é a capacidade das reservas de água para o combate a incêndio?
Qual a sua demanda máxima?
- Por quanto tempo o fornecimento de água suportará a demanda
máxima?
What-If / Checklist (WIC)

- Qual a perda máxima provável estimada em caso de incêndio?


- Qual o “hold-up” aproximado de líquidos inflamáveis nos
equipamentos? Suas quantidades são mantidas dentro dos níveis
mínimos possíveis?
- Que atenção foi dada à proteção do equipamento contra incêndios
externos?
- Os tanques do “inventário líquido” são localizados ao nível do solo ou
enterrados, ao invés de estarem elevados?
What-If / Checklist (WIC)

- As unidades de operação estão adequadamente espaçadas de forma


a diminuir os danos potenciais de incêndios e explosões nas unidades
adjacentes, e para permitir espaço para as atividades de combate a
incêndio?
- Foram designadas localizações apropriadas para os alarmes de
incêndio?
- Quais dados referentes a orientações foram desenvolvidos e que
proteção foi providenciada para as áreas de estocagem de alto nível
de empilhamento e adensamento de produtos e outros materiais?
- Análise e Revisão de Critérios (ARC)
- Ferramenta de apoio metodológico utilizada na identificação de riscos;
- São elaborados checklists a partir da revisão de especificações, normas,
códigos, regulamentos, entre outros documentos referentes ao estudo;
- Checklist conforme já visto, como procedimento de revisão de riscos
de processos, ele relaciona uma grande quantidade de riscos,
estabelecendo o consenso entre as áreas de atuação envolvidas e permite
apresentar relatórios objetivos.

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