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Juazeiro
2019
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SUMÁRIO
Introdução .............................................................................................................................................................. 4
Entendendo a inadimplência ................................................................................................................................ 4
O que diz a Legislação. .......................................................................................................................................... 5
Lei 10.406/2002 - Código Civil .......................................................................................................................... 5
Lei 8078/90 - Código de Defesa do Consumidor (CDC) .................................................................................... 5
Cobrança indevida .......................................................................................................................................... 5
Multa de Mora ................................................................................................................................................ 6
Dano Moral ..................................................................................................................................................... 6
Algumas dúvidas ............................................................................................................................................ 6
Resolução 632 Anatel -Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações –
RGC .................................................................................................................................................................... 7
Conheça o perfil do mau pagador ...................................................................................................................... 11
O relacionamento comercial com o devedor ..................................................................................................... 12
O inadimplente eventual ................................................................................................................................... 12
O eterno inadimplente ....................................................................................................................................... 13
O inadimplente contumaz - golpista ................................................................................................................. 13
O inadimplente Amigável: ................................................................................................................................ 13
O inadimplente Irritado: .................................................................................................................................... 13
O inadimplente invisível: .................................................................................................................................. 14
O inadimplente desgraçado: .............................................................................................................................. 14
O inadimplente injustiçado: .............................................................................................................................. 14
O perfil vencedor do profissional de cobrança ................................................................................................. 15
Características pessoais do profissional de crédito e cobrança ......................................................................... 15
A correta atitude do bom negociador de cobranças pode-se resumir nos seguintes pontos: ............................. 15
Responsabilidades do profissional de cobrança: ............................................................................................... 16
Agindo Em Nome Do Credor ........................................................................................................................... 16
Ética Profissional .............................................................................................................................................. 17
Atitudes Que Devemos Evitar ........................................................................................................................... 17
Perdendo O Medo De Cobrar ....................................................................................................................... 17
Controle Emocional .......................................................................................................................................... 17
Dominando a rotina de cobrança ....................................................................................................................... 18
Legitimidade Da Cobrança. .............................................................................................................................. 18
Verificações preventivas que devem ser feitas: ................................................................................................ 18
Registros Dos Históricos De Cobrança ............................................................................................................. 18
Condições De Trabalho ..................................................................................................................................... 19
Política De Cobrança ........................................................................................................................................ 19
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Porque ter uma política de Cobrança? .......................................................................................................... 19
Padrões Para Uma Política De Cobrança ...................................................................................................... 19
Régua De Cobrança .......................................................................................................................................... 20
E -Mail De Cobrança ........................................................................................................................................ 21
Estrutura básica do E-Mail de Cobrança ........................................................................................................... 21
Modelo de E-Mail de cobrança ..................................................................................................................... 22
SMS de cobrança .............................................................................................................................................. 23
Modelos De SMS De Cobrança .................................................................................................................... 23
Carta de Cobrança ............................................................................................................................................. 24
Modelos de carta de cobrança ....................................................................................................................... 26
Negociação aplicada à cobrança ......................................................................................................................... 29
Técnicas de Cobrança ....................................................................................................................................... 30
Etapas do processo de negociação ................................................................................................................ 30
O Negociador .................................................................................................................................................... 31
Algumas Dicas práticas para uma negociação .................................................................................................. 32
Conhecimento das necessidades implícitas ou explicitas em uma negociação. ................................................ 34
Reforçando a Negociação ................................................................................................................................. 38
Princípios Da Negociação ................................................................................................................................. 40
Cobrança por telefone ......................................................................................................................................... 41
Planejamento do contato de cobrança ............................................................................................................... 43
Superar as objeções ........................................................................................................................................... 44
Técnicas de persuasão em cobrança .................................................................................................................. 50
Indicadores para medir o desempenho .............................................................................................................. 52
Inadimplência geral Vs Inadimplência parcial – (valores e quantidade) ......................................................... 52
Acordos fechados .............................................................................................................................................. 53
Cobranças diárias .............................................................................................................................................. 54
Aging list - Lista de envelhecimento ................................................................................................................. 55
Custo de cobrança Vs valores recebidos ........................................................................................................... 56
Conclusão ............................................................................................................................................................. 57
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INTRODUÇÃO
ENTENDENDO A INADIMPLÊNCIA
O prefixo -in também é de origem latina e indica “negação, privação”. É permitido, então, o
uso do verbo inadimplir.
O termo inadimplência é um substantivo feminino que significa “o não cumprimento de algo”.
Consta também do dicionário Aurélio o termo inadimplemento, mas o mais usado e conhecido
é inadimplência. Já o Código Civil usa inadimplemento. A palavra aparece no artigo 960 com
o seguinte texto: “o inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo constitui de
pleno direito em mora o devedor”.
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Geradores de inadimplência causados pela própria empresa
A cobrança deve seguir regras, e uma delas é a da prescrição. Conforme artigo 206, 5§,
I do Código Civil que reconhece a prescrição quinquenal, ou seja, a dívida só pode ser cobrada
até cinco anos seguintes a contar da data que foi contraída a dívida, para cobrança de dívida
líquida.
Primeiramente, é importante dizer que, o Código de Defesa do Consumidor não traz oposição
alguma a realização de cobrança das dívidas pelas empresas credoras. O que se pode punir
eventualmente é a maneira abusiva com que as cobranças podem ser realizadas, de modo a
evitar os excessos cometidos em tal ato.
COBRANÇA INDEVIDA
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Art. 42, § único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do
indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção
monetária e juros legais, salvo hipóteses de engano justificável.
Inclusive, para tutelar esse direito é que o Código de Defesa do Consumidor prevê em seu artigo
71 punição para a conduta de exposição vexatória:
MULTA DE MORA
Art. 52, § 1ª. A multa de mora não pode ser superior a 2% do valor da fatura
DANO MORAL
É causado pela ofensa ou violação aos bens de ordem moral de uma pessoa, como a
liberdade, a honra, a imagem, a intimidade, a privacidade. Assim, como o dano material, o dano
moral deve ser indenizado (art. 6º, inciso VI). Exemplo: danos causados à honra do cliente que
sofre cobrança vexatória de uma dívida.
ALGUMAS DÚVIDAS
A forma abusiva é aquela em que a dívida que está sendo cobrada expõe o consumidor a
constrangimento, ameaça física ou moral, interferindo com seu trabalho, descanso ou lazer.
Claro que, uma ligação feita até as 20h não pode ser considerada abusiva mas, por exemplo, no
domingo, já configura uma situação abusiva.
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A cobrança no local de trabalho deve ser feita de maneira discreta. Por telefone, o motivo do
contato só pode ser informado ao devedor. O envio de cartas precisa ser em envelope discreto
e ter aviso de recebimento em “mão própria”. A empresa de cobrança deve ter o cuidado de
pedir a identificação do destinatário para entregar o aviso. Jamais pode informar outra pessoa
do teor do assunto.
Recados devem ser apenas com o pedido de retorno da ligação ou para avisar que alguém
entrará em contato novamente em outro horário. A cobrança de forma abusiva, que expõe ao
ridículo ou ameaça o consumidor, é punível com detenção e até prisão pelo Judiciário. Se estiver
nessa situação, faça uma ocorrência na Polícia Civil.
4. Cadastrei o número do telefone de um familiar ou amigo como contato. A empresa pode ligar
para eles?
Sim. Se a empresa não conseguir falar com o cliente diretamente, pode ligar para outros
números de contato que estão no cadastro. Porém, devem apenas dizer que é um assunto de
interesse da pessoa e pedir retorno, sem informar que é uma cobrança.
As empresas podem contatar o cliente por telefone fixo, celular, telegrama, e-mail, SMS,
Whattsap, Messenger, carta com ou sem aviso de recebimento, notificação via cartório,
notificação judicial e protesto com notificação via cartório. O que não pode é o contato público,
como deixar recados em redes sociais sem ser inbox, por exemplo.
Normalmente, um aviso de débito e uma carta do SPC e/ou SERASA informando que se em 10
dias a conta não for quitada, o registro será efetuado nos seus cadastros.
Fonte: https://www.fcdl-sc.org.br/informativo-juridico/cobranca-de-dividas/
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Art. 14. Os pedidos de rescisão processados com intervenção de atendente devem ter
efeitos imediatos, ainda que seu processamento técnico necessite de prazo.
CAPÍTULO VI
I - os motivos da suspensão;
Art. 95. É vedada a cobrança de assinatura ou qualquer outro valor referente ao serviço
durante o período de suspensão total.
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Art. 96. É dever da Prestadora, enquanto não rescindido o contrato, atender a
solicitações que não importem em novos custos para o Consumidor.
Art. 98. As providências descritas neste Capítulo somente podem atingir o provimento
dos serviços ou código de acesso em que for constatada a inadimplência do
Consumidor, dando-se continuidade normal aos demais.
Art. 99. A rescisão não prejudica a exigibilidade dos encargos decorrentes do Contrato
de Prestação do Serviço e do Contrato de Permanência, quando for o caso.
Parágrafo único. Sobre o valor devido por inadimplemento poderá incidir multa não
superior a 2 (dois) pontos percentuais, correção monetária e juros de mora não
superiores a 1 (um) ponto percentual ao mês pro rata die.
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Art. 101. No caso de celebração de acordo entre a Prestadora e o Consumidor para o
parcelamento de débitos, o termo de acordo e as parcelas referentes ao valor pactuado
devem ser encaminhadas ao Consumidor em documento de cobrança separado.
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A partir do atraso você deve imediatamente avaliar a situação atual do cliente
• Histórico de relacionamento;
•Revisão dos processos de análise de crédito;
Você tem que tratar o trabalho de recuperação de crédito como uma continuidade da
relação comercial com o cliente, pois o mais importante é manutenção da relação com o cliente.
Desta forma, o PRC também é um exímio consultor de relacionamento com o cliente. Com
frequência o cliente aproveita o contato do agente de cobrança para expor suas queixas em
relação ao serviço ou a qualquer outro procedimento que não o agradou na sua convivência com
a empresa. Nesse ponto o Profissional de Recuperação de Crédito precisa conduzir a
negociação de uma forma que não deteriore o relacionamento do cliente com a organização,
mas, sim, fidelizando-o ainda mais.
Faz parte da grande maioria dos devedores, uma vez que quando realizam a compra, tem em
mente efetuar o pagamento regularmente; mas, por problemas financeiros e pessoais acaba
atrasando e entrando em inadimplência.
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Negociação com o devedor eventual
Por ser um devedor de boa-fé, podemos ser compreensivos no início procurando adequar
o acordo de pagamento com os recebimentos do devedor (salários ou créditos a receber)
O ETERNO INADIMPLENT E
É o tipo de devedor que toda empresa tem, eles estão sempre em atraso; se bem administrados,
até que trazem algum retorno financeiro para a empresa, uma vez que pagam altas taxas de juros
e multa pelo atraso. O problema, é que se a cobrança não atuar de maneira adequada acaba
gerando um Stresse entre as partes.
Esse é o pior dos devedores, uma vez que quando realiza a compra já tem em mente não liquidar
o débito; a cobrança pouco pode fazer para recuperar os créditos concedidos. O golpista tem
que ser identificado e contido no momento da venda; caso, contrário a perda é praticamente
certa.
O INADIMPLENTE AMIGÁVE L:
Aquele que tentará persuadir de todas as formas para ludibriar o operador. Costumam ser
simpáticos e utilizam de artifícios para prolongar o pagamento da dívida.
O INADIMPLENTE IRRITADO:
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Esse tipo de consumidor mostra sempre irritação e insatisfação com a abordagem do operador.
Em muitos casos, ignora todos os tipos de contato e não permite que o operador exponha suas
considerações.
O INADIMPLENTE INVISÍVEL:
É um tipo terrível, pois não se consegue contato com o mesmo; podemos deixar vários recados
que ele não retorna; na empresa dificilmente é localizado, está sempre em reunião, saiu ou ainda
não voltou. Seu objetivo é não ter contato com o credor e com isso “ganhar” tempo.
É o tipo que põe qualquer um a nocaute, pela sua profunda baixa estima, para esse tipo desgraça
pouca é bobagem; nem bem você o cumprimenta ele despeja uma tempestade de coisas ruins
que aconteceram com ele ou com alguém da sua família, para justificar o não pagamento do
débito.
Negociação com o devedor desgraçado:
Evite intimidades, e deixe claro que o interesse é apenas no cumprimento da obrigação
assumida para evitar o sentimentalismo use preferencialmente a correspondência
É a vítima da história toda, pois o débito que existe em seu nome, somente existe porque ele
quis “ajudar” um parente ou amigo que estava em dificuldades, mas essa pessoa o traiu e não
quitou o débito deixando para ele toda a responsabilidade. De um modo geral é pura falácia e
invenção dele, pois o débito pertence as ele mesmo.
Podemos considerar a recuperação dos não pagos como uma arte se baseia na seguinte
tese: os bons resultados que contribuem com um especialista na recuperação de dívidas muitas
vezes dependem de suas próprias atitudes e qualidades pessoais, ou seja, da maneira como faz
as coisas e do modo de ser da pessoa; e não dos meios tecnológicos que dispõe o profissional
para desenvolver suas tarefas.
▪ Estabilidade emocional;
▪ Habilidade de ouvir com atenção;
▪ Habilidade de comunicação;
▪ Atenção para detalhes;
▪ Integridade;
▪ Habilidade para negociar;
▪ Capacidade de decisão;
▪ Conhecimento dos produtos da empresa;
▪ Compreensão dos aspectos legais básicos;
▪ Leitura do comportamento humano através da psicologia.
A CORRETA ATITUDE DO BOM NEGOCIADOR DE COBRANÇAS PODE-SE RESUMIR
NOS SEGUINTES PONTOS:
▪ O bom negociador de cobranças deve iniciar toda nova negociação com um devedor
livre de prejuízos e sentimentos negativos. Em troca deve partir com a atitude mental
de que as gestões vão ter resultados positivos e que vai conseguir cobrar em pouco
tempo;
▪ O negociador de cobranças deve ter presente em todo momento que a cobrança de não
pagos não deve ser nunca um confronto direto com o devedor nem deve entrar em
discussões estéreis com o devedor;
▪ A recuperação dos não pagos deve-se basear na negociação efetiva com o devedor e não
no enfrentamento;
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▪ As boas maneiras, a educação e a gentileza não estão travadas com as gestões de
cobrança; o negociador de cobranças deve começar suas gestões sendo educado com o
devedor e tratá-lo com respeito;
Para saber qual deve ser a postura do expert em recuperações podemos nos inspirar na frase
favorita de um grande presidente dos EUA, Theodore (Teddy) Roosevelt (1858-1919), que teve
seu mandato presidencial de 1901 a 1909 e obteve o prêmio Nobel da Paz no ano de 1906.
Teddy Roosevelt, uma pessoa excepcional no seu tempo, grande diplomático combativo, tinha
uma frase favorita que utilizava para explicar qual era sua filosofia para convencer as pessoas.
Roosevelt sempre dizia: “Speak softly and carry a big stick; you will go far”, que no português
seria: “fala suavemente, mas leva na mão uma estaca, assim conseguirá chegar longe”.
Nas negociações tem que saber pressionar o devedor, mas também fazer certas concessões
no momento oportuno, dosando a pressão, com a autorização do devedor de certas vantagens e,
inclusive, de algum tipo de recompensa caso realize o pagamento. O especialista em cobrança
deve saber administrar inteligentemente a velha técnica da pancada e do estímulo, para motivar
os devedores a darem uma resposta positiva.
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O credor é responsável pelos atos praticados pelos cobradores (internos ou
terceirizados). A conduta dos cobradores e as medidas de cobrança são o reflexo do quanto o
empresário se preocupa com os clientes.
ÉTICA PROFISSIONAL
O cobrador que insulta, ofende, ameaça e expõe de forma vexatória o devedor, não
obtém melhores resultados com nenhum tipo de devedor. É possível ser duro e educado na
cobrança.
CONTROLE EMOCIONAL
Ter que lidar com os devedores causa desgaste emocional nos profissionais de cobrança.
Quando o devedor é pressionado, ele reage com agressividade.
▪ Foco na solução.
LEGITIMIDADE DA COBRANÇA.
Uma das rotinas mais importantes no momento de efetuar uma cobrança é a verificação
da legitimidade da ação. Cobrar um cliente que não te deve é a definição exata de uma cobrança
indevida. A situação mais absurda acontece quando o credor, por completa desorganização,
acaba protestando o cliente que já pagou a conta, mas que, por falhas de controle interno o
credor não baixou o título e acabou deixando no sistema.
Ou seja, você tem que descobrir se houve qualquer situação que possa “tirar” a legitimidade na
cobrança.
Tão importante quanto ter um relatório de atrasos atualizado, é termos os registros dos
históricos de cobrança de cada dívida. Nas negociações mais difíceis ter o histórico de cada
contato faz uma enorme diferença na nossa estratégia de cobrança
FOLLOW UP
O follow up é o acompanhamento do processo de cobrança após a execução de cada nova etapa
da cobrança.
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CONDIÇÕES DE TRABALH O
▪ Metas estabelecidas.
POLÍTICA DE COBRANÇA
Toda empresa que concede crédito precisa ter um procedimento de cobrança definido.
Uma política de cobrança é a melhor forma de definir padrões, limites e regras para a atividade
de cobrança que é realizada dentro da sua empresa.
A padronização dos procedimentos de trabalho é fundamental para garantir a qualidade
da cobrança e da gestão de contas a receber. Cada empresa deve criar sua própria política de
cobrança, considerando as características do seu negócio, estratégias comerciais e as
necessidades do mercado.
RÉGUA DE COBRANÇA
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E -MAIL DE COBRANÇA
Para chamar a atenção do devedor você pode usar frases de impacto no campo do assunto:
Exemplo:
▪ Assunto: Último aviso
▪ Assunto: Último dia para pagamento
▪ Assunto: Desconto para quitação
▪ Assunto: Condição especial para pagamento
Você pode deixar uma mensagem de ressalva no final do e mail, pedindo para desconsiderar
caso o pagamento tenha sido efetuado.
“Caso já tenha efetuado o pagamento, favor entre em contato conosco com máxima
urgência.”
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SMS DE COBRANÇA
O uso da mensagem de texto por celular teve um período de grande popularidade, mas
mesmo que hoje o uso seja menor entre as pessoas, a mensagem de texto continua apresentando
a mesma efetividade, porque ao enviar uma mensagem de texto, será disparado um alerta na
tela do celular do destinatário. O SMS pode ser usado na cobrança da dívida vencida e na
cobrança preventiva.
1 Lembrete de vencimento
“Sr. Miguel, sua fatura do cartão final 6811, com
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vencimento no dia 10/07, no valor de R$ 550,00,
já está disponível no www.site.com.br”
2 Solicitação de contato
“BancoSA informa: Sr. Paulo, favor entrar em
contato no fone 0800 XXXX XXXX . Assunto
de seu interesse.”
3 Confirmação de pagamento
“Sra. Paula, confirmamos pagamento efetuado em
4/12 no valor de R$456,00 da parcela 6 do seu
acordo. Obrigado!”
4 Aviso de cobrança
“Sr. Gabriel, consta em aberto, desde 12/07,
débito no valor de R$1.000 referente a
financiamento residencial. Para negociar, ligue
0800 XXXX XXXX . BancoSA”
5 Linha digitável
“BancoSA informa: sua fatura é de R$630,33, com
vencimento em 10/08. Segue código de barras
para pagar: 0158526458256698 23522226 1000”
CARTA DE COBRANÇA
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Estrutura básica da carta de Cobrança.
▪ Chamada atrativa
Exemplo:
▪ Identificação da dívida
Exemplo:
“Informo que permanece pendente há 26 dias a fatura 000000 vencida em 00 00
0000 no valor de R 0 000 00”
▪ Criar urgência
Exemplo:
“Caso não seja paga em até 48 horas a dívida será negativada.”
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▪ Informar os meios de contato
Exemplo:
telefone, e-mail, página na internet, redes sociais, endereço, etc.
Modelo 1
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Modelo 2
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Modelo 3
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Entre os modelos apresentados e seu formato, os e-mails, cartas e mensagens SMS estão
definidos no Relatório de Estratégia de Recuperação de Crédito (RERC).
NEGOCIAÇÃO APLICADA À COBRANÇA
A primeira coisa a fazer antes de aprender qualquer técnica de cobrança é entender que
“cobrar” e “negociar” são duas coisas diferentes.
Cobrar é um processo onde se busca receber algo que nos pertence ou é devido. É
exercida uma certa pressão por parte do credor e, se não houver engajamento por parte do
cliente, o cobrador evidencia as consequências do não pagamento.
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Negociar é um processo de comunicação de interesses comuns para chegar a uma
decisão conjunta. Ao negociar com inadimplentes, primeiro se deve pesquisar o histórico do
cliente e planejar uma abordagem de acordo com o perfil de cada um. Isso é fundamental para
construir empatia e engajá-lo no pagamento.
TÉCNICAS DE COBRANÇA
A negociação é encarada como uma arte, que, neste caso, é entendida como aquilo que
se aprende e se aprimora na prática, sendo formada por três elementos: a criatividade, a
sensibilidade e a intuição.
Os melhores negociadores atuam procurando fazer muitas perguntas, ouvindo
cuidadosamente, concentrando-se no que desejam, mantendo-se sintonizados no processo e
tentando descobrir o que a outra parte envolvida no processo pretende conseguir.
Negociar é um processo de comunicação, que envolve uma ou mais partes com
interesses comuns e/ou antagónicos, que se sentam para confrontar e discutir propostas
explicitas com o objetivo de alcançar um acordo. Assim, por ser concebida como um processo,
é fundamental em qualquer negociação definir os objetivos que queremos ver discutidos e,
principalmente, saber recolher a informação para a elaboração de uma adequada planificação e
condução da própria negociação. Em qualquer negociação deveremos considerar algumas
questões:
▪ Identificar os aspectos em comum para ambas as partes;
▪ Perceber os múltiplos interesses que estão envolvidos;
▪ Processo direcionado para as soluções e não para os problemas;
▪ Identificar benefícios para ambas as partes.
O processo de negociação exige algumas etapas que devem ser considerar, contudo não
as devemos entender como algo rígido. Em alguns casos, pode-se suprimir uma ou outra. O
importante é ter sempre presente que elas nos ajudam na sistematização do processo de
negociação.
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▪ Objetivos ideais
▪ Objetivos realistas
▪ Prioridades que quer atingir, no mínimo
2. Preparação
Para negociar com êxito é preciso estar preparado. Depois de definidas as metas da
negociação é, igualmente importante, definir a relação a ser estabelecida após a negociação,
supor os interesses e objetivos do outro; recolher informação que fundamente a nossa posição
na reunião, prever possíveis impasses, como evitá-los e superá-los.
3. Abertura
Durante a negociação é extremamente importante criar-se um ambiente favorável ao
entendimento desde o início, reduzindo eventuais tensões, procurando-se um consenso.
4. Exploração
Muitas vezes iniciamos uma negociação nesta etapa, esquecendo-nos das anteriores. Isto
poderá ser um erro, pois o desenvolvimento será mais fácil se precedido da etapa de
planeamento. Nesta etapa deveremos explorar e compreender variáveis envolvidas, clarificar
pontos obscuros, pesquisar e criar alternativas de ganho mútuo.
5. Acordo
Este momento requer muita sensibilidade. Devem-se evitar a impaciência e a precipitação.
Deveremos ainda ter em consideração:
▪ Resumir o que ficou combinado;
▪ Recapitular os benefícios mútuos;
▪ Verificar se não há mal-entendidos e/ou resistências;
▪ Formalizar, se necessário, o compromisso;
▪ Registar o que ficou acordado;
▪ Combinar (se houver) os próximos passos e definir o cronograma.
6. Avaliação
Já concluída a negociação e distante do outro negociador, pode ser interessante verificar
o saldo da negociação, os seus pontos positivos e negativos. Refletir sobre o que se passou é
bom para não se cometer futuramente os mesmos erros.
O NEGOCIADOR
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Entre as habilidades e características exigidas no processo de negociação, destacamos:
▪ Distanciamento emocional;
▪ Saber ouvir sabiamente – esta prática permite obter muitas respostas e identificar os
interesses envolvidos na negociação, facilitando a decisão;
▪ Utilizar comunicação de forma clara e correta;
▪ Movimento corporal e gestual no processo de persuasão;
▪ Ser respeitoso, integro, justo, responsável, digno de confiança, ter senso de humor e
autodisciplina;
▪ Ser paciente, flexível, saber lidar com as diferenças;
▪ Procurar o contínuo aperfeiçoamento;
Em qualquer processo de negociação existem alguns erros que podemos evitar e que
constantemente cometemos. Entre os mais comuns, está aquele que mais compromete o sucesso
da negociação: a falta de planejamento. Outros erros podem ser:
Estilo de Negociação
Comportamentos Comportamentos
Estilos Conceitos
Típicos Extremos
Dispersão:
propostas
Fazer propostas e
apresentadas e
Sugestões,
Levar os outros a não defendidas;
Persuasão Argumentar,
aceitar a sua ideia argumentos
raciocinar e
incapazes de
justificar
levar a propostas
tangíveis
Fazer conhecer Tirania: excesso
exigências e de pressão sem
Impor e julgar o
Afirmação normas; manifestação
outro
clara de
Expor o seu ponto expectativas; uso
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de vista e os seus indiscriminado do
objetivos; poder de posição
Avaliar os outros
Punir,
recompensar e
conceder
Encorajar a
Indecisão:
participação do
apoiar ou escutar
Compreender o outro;
o outro com um
quadro de
Ligação fim em si mesmo;
referência do Procurar pontos
reformulações
outro de acordo
constantes de
Escutar com
propostas;
empatia
Influenciar o
outro com o seu
próprio
Falsidade:
comportamento,
seduzir, motivar Reconhecer falhas
Abrir-se ao outro
o outro, elevar a e dúvidas
Atração procurando
moral inexistentes, uso,
envolvê-lo
excessivo do
Partilhar
poder pessoal
informações
Reconhecer os
próprios erros
Necessidade de realização
Voltada para resultados. Esta necessidade leva as pessoas a assumirem riscos.
Necessidade de afiliação
A pessoa quer ser aceita. Na negociação, ela necessita se dar bem com os interlocutores,
quer agradá-los, quer minimizar conflitos e confrontos.
Necessidade de poder:
Todos têm necessidades de influenciar, impressionar, controlar situações. Na
negociação, percebe-se claramente a manifestação de poder e todos querem se sentir como
portador dele.
A Pirâmide das Necessidades de Maslow
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Proposta
Valorize este momento. Veja algumas recomendações: Focalize os benefícios da
proposta com a devida clareza; fale de modo fluído e estruturado; ao final, diga o que gostaria
que os interlocutores fizessem; e peça a adesão e o apoio dos interlocutores explicitamente. Em
alguns casos o processo de negociação exige dois tipos de proposta:
Proposta técnica
O negociador explicita a metodologia, organização, características técnicas e tecnologia
com as quais pretende executar o objeto da negociação.
Proposta de preço
Também conhecida como proposta comercial, onde o fornecedor apresenta suas
condições financeiras: preços, prazos de pagamento, impostos, fretes e outros fatores que
podem influenciar os custos do produto ou serviço oferecido. etc.
Barganha
Na negociação, buscar vantagens justas é uma questão de profissionalismo. Ouça com
absoluta atenção e interesse as ponderações do interlocutor. Procure sanar algum mal-entendido
ou desencontro de informação. Busque alternativas criativas, capazes de permitir os
equacionamentos das necessidades.
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Fechamento
Não hesite. Seja conclusivo e firme. As partes já argumentaram, apresentaram suas
propostas e contrapropostas. É hora de tomar a iniciativa e propor o fechamento de modo
aceitável e desejável por todos. Peça apoio ao próprio interlocutor para este fechamento. Não
fale demais para não colocar em risco a negociação e lembre-se das vantagens de fazer o
fechamento já. É nesse instante que o negociador deverá mostrar seu equilíbrio, agindo com
serenidade e confiança, aplicando as técnicas de fechamento que irão auxiliar o interlocutor na
tomada de decisão.
Técnica de Alternativas
O negociador faz perguntas que apresentam alternativas, de modo que a escolha de uma
delas, implica na confirmação do fechamento.
Técnica de Comando
O negociador utiliza frases de comando, para que o interlocutor efetue o fechamento. O
tom com que esse comando é feito, não deve sugerir imposição e sim persuasão. A frase é de
comando, mas o tom de sugestão:
Técnica do Resumo
O negociador faz um resumo do processo, destacando os benefícios que o interlocutor
receberá ao concluir a negociação.
Ao longo do processo de negociação, deve-se estar sempre admitindo que o a negociação será
um sucesso. Por isso deve:
REFORÇANDO A NEGOCIAÇÃO
O célebre filósofo Sócrates, que provavelmente viveu no século V a.C., utilizava uma técnica
de argumentação baseada no questionamento. Seguindo essa lógica, ele colocava nas mãos do
seu interlocutor a chave para que constatasse por si só o melhor caminho a ser seguido.
No contexto das técnicas de cobrança, o diálogo socrático também pode ser aplicado. Ao invés
de oferecer somente respostas, o que é muito usual quando se trata de condições de pagamento,
é imprescindível também questionar. Desse jeito, o cliente endividado consegue se expressar e
perceber que há um interesse real do credor para que seja levada em consideração a sua posição.
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Realizar um planejamento personalizado da estratégia de ação
Isso não apenas instiga a atenção do devedor, como também oferece embasamento para as
propostas de possíveis soluções de quitação da pendência. Afinal de contas, cada pessoa é única
e cada realidade demanda de uma ação diferente.
Outro aspecto importante a ser considerado nessa técnica de cobrança é o tom de voz para cada
situação. Quando são realizadas ligações, a expressão não pode ser mecânica pois isso rompe o
elo de confiança com o devedor. O tom deve ser acolhedor e não frio ou agressivo.
As duas técnicas de cobranças anteriores são muito efetivas, mas se tornam ainda mais eficazes
quando aliadas aos preceitos do Rapport. Essa é uma metodologia que tem como base um
conceito psicológico que defende a criação de uma conexão emocional com o nosso
interlocutor. Com isso, as chances de persuasão são muito maiores.
Dessas técnicas de cobrança citadas, a teoria do Rapport é umas das muito interessante. Mas
como aplicar essa técnica na prática? Bem, uma das formas mais comuns é chamando sempre
a pessoa pelo seu nome. Isso aumenta a receptividade e mesmo a atenção do interlocutor. Além,
é claro, de vir de encontro com o atendimento personalizado sobre o qual vimos no item
anterior.
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Outra maneira é elogiar o cliente. Parece contraditório elogiar alguém que, querendo ou não,
cometeu um ato falho. No entanto, caso ele tenha sido sempre um bom pagador e,
eventualmente, venha a atrasar suas contas, essa premissa se aplica para realizar o Rapport com
êxito.
Como todos bem sabem, ligações ou outros métodos de contato com o consumidor tendo em
vista realizar uma cobrança não são nada agradáveis. E isso se aplica tanto para o cobrador (ou
seu representante) como também para o devedor.
Por essas e outras, conhecer e aplicar técnicas de cobrança eficientes é relevante. Seja para o
sucesso da abordagem em si, ou seja, para o alcance de resultados consistentes. A intenção é
sempre solucionar o problema e, para isso, são necessários esforços específicos.
1 º Princípio O Direcionamento
O objeto da negociação de cobrança é recuperar o crédito não é mais o produto ou o serviço que foi
prestado.
3 º Princípio A Adequação
O tratamento é diferenciado conforme o tipo de devedor. Tenha em mente que as pessoas são diferentes
e reagem, consequentemente, de maneira diferente.
4 º Princípio O Profissionalismo
Separar o problema das pessoas. Não compre a briga para você! Mantenha sempre uma postura
profissional.
5 º Princípio O Realismo
Não existe certeza de recebimento com a cobrança você pode ter três tipos de resultados
6 º Princípio A Pessoalidade
Negociamos com Pessoas, não com empresas. Embora tenha momentos que a pessoa represente uma
empresa.
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COBRANÇA POR TELEFONE
▪ Cobrar as dívidas:
Embora não seja o objetivo principal, o profissional de recuperação de crédito deve ter
em mente que, no mínimo, tem que viabilizar o recebimento do não pago.
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▪ Fidelizar os clientes:
Esse ponto é um divisor de águas que demonstra o sucesso do profissional de
recuperação de crédito.
▪ Proteger a empresa:
Sim, advogar a favor da empresa. A maioria dos devedores se irritam ao receber uma
tentativa de negociar o inadimplemento e, com isso, mantem uma postura defensiva.
Desta forma, por falta de argumentos, atribui à empresa o problema de sua falta de
pontualidade. O profissional de recuperação de crédito deve contra-argumentar sem
tornar a negociação numa discursão que não levará aos resultados requeridos.
▪ Ser produtivo:
Parece óbvio, mas a improdutividade é um problema recorrente nas empresas. O
Profissional de Recuperação de Crédito deve se comprometer com as metas do setor.
Assim, é importante administrar muito bem tudo que pode lhe afastar dos objetivos.
▪ Valores recebidos:
Os valores recebidos decorrentes de negociação devem ser mensurados.
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▪ Aderência às políticas da empresa:
A adaptação do profissional de recuperação de crédito às diretrizes estrategicamente
pensadas para o sucesso dos resultados.
Pesquisa da conta
Motivação e argumentação
Com base nas pesquisas da conta, definir quais serão os argumentos a serem usados para
convencer o devedor a efetuar o pagamento da dívida.
Alternativas de pagamento
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Introdução ao diálogo
Exemplo:
Cobrador:_ seu pagamento no valor de R 500 00 já está em atraso a 15 dias O pagamento pode
ser feito até amanhã?
<pausa estratégica>
_Sr Carlos, a sua conta está com atraso de 45 dias e o seu pagamento mínimo é de R 500 00
<Pausa estratégica>
▪ Se desculpar;
▪ Pedir um prazo maior;
▪ Sugerir uma composição de pagamento;
▪ Se recusar a pagar; ou então;
▪ Mudar de assunto.
SUPERAR AS OBJEÇÕES
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O Devedor Agressivo
O segredo para lidar com um devedor agressivo é evitar a discussão. Ao lidar com o devedor
agressivo procure:
O Devedor Evasivo
A manobra evasiva mais comum que o devedor usa é dizer que não recebeu o boleto de
cobrança, mas é responsabilidade do devedor buscar uma forma de pagar os seus compromissos
mesmo que não tenha recebido o boleto até a data do vencimento. O primeiro passo é verificar
o nome e endereço completo do devedor. Se tiver alguma divergência, será necessário fazer as
correções no cadastro. Se não houver divergência no endereço, não devemos demonstrar
desconfiança de que o devedor esteja mentindo que não recebeu o boleto, será necessário
disponibilizar outro meio de pagamento, e o valor que será cobrado deve ser o valor com juros
e multa.
O Devedor Provocativo
- Eu quero te ajudar a encontrar uma solução O seu débito é de R 500 00 quando o senhor pode
efetuar o pagamento?
Ou então
- Juntos vamos achar uma forma de resolver isso. Me fala, porque o senhor está com problema
para pagar essa conta?
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Para quebrar essa provocação precisamos manter a conversa sempre positiva e com foco na
recuperação do crédito.
Existem devedores que sempre querem falar dos problemas financeiros e dos problemas
pessoais que eles estão enfrentando. Esses devedores não questionam a cobrança, reconhecem
que devem e querem pagar a dívida, mas eles acreditam que se contarem a situação difícil que
estão enfrentando o credor não vai ficar com uma imagem ruim deles. Precisamos mostrar
empatia e deixar que o devedor conte os seus problemas.
Existem situações em que o devedor diz que só vai efetuar o pagamento quando conseguir o
dinheiro. Esse devedor não quer definir nem o valor que pode pagar, nem a data que pretende
pagar.
Se for um devedor que não tem um histórico de atraso, basta mostrarmos claramente qual é a
importância de manter os pagamentos “em dia” e ter um bom histórico de pagamentos na sua
empresa. Para esse tipo de devedor, este trabalho de conscientização vai surtir um resultado
muito positivo;
Por outro lado, se for um devedor crônico, que já é praticamente um devedor profissional, com
um histórico de atrasos frequentes, estaremos lidando com a principal dificuldade que existe na
cobrança de dívidas. São nesses casos que precisamos ser firmes e endurecer na cobrança. Não
podemos permitir que o devedor fique dando desculpas que só servem para adiar a solução do
problema. Ao lidar com esse tipo de devedor devemos ser firmes com o prazo das medidas de
cobrança, efetivando a negativação e o protesto da dívida dentro dos prazos. Ao cobrar um
cliente problemático, devemos ser diretos e objetivos na comunicação. Exemplo:
Cobrador:_ O senhor sabe que a falta de pagamento pode causar a redução e até a suspenção do
seu limite de crédito na empresa?
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Cobrador:_ O prazo limite para pagamento é até o dia 05 de abril Quando pode ser efetuado o
pagamento?
O devedor que alega que não é ele que cuida dos pagamentos
Uma outra objeção frequente é de que o devedor não pode pagar o valor total da dívida.
Se a dívida é recente e o devedor não apresenta graves problemas financeiros, devemos insistir
no pagamento total. É possível que esse cliente esteja querendo tirar vantagem da negociação,
por isso devemos insistir no pagamento total. Mas se estivermos tratando de uma dívida antiga,
então talvez seja o momento de oferecer alternativas de pagamento. Se identificarmos que o
cliente está com dificuldade financeira na praça, o ideal é oferecer alternativas de pagamento,
porque as chances de receber a dívida já são bem menores.
As situações são as mais variadas possíveis e, na grande maioria das vezes, a alegação
é legitima. Portanto, precisamos regularizar a situação para depois tratar da cobrança.
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Conforme a objeção apresentada pelo cliente, depois que a situação é regularizada, o
mais sensato é isentar a cobrança de juros ou conforme o caso reduzir os juros cobrados. Por
outro lado, tente imaginar um cliente com dificuldades financeiras, que precisa protelar o
pagamento dos seus fornecedores. Para esse cliente, conseguir uma objeção legítima é a melhor
forma de ganhar mais alguns dias para o pagamento da dívida e ainda conseguir se livrar do
pagamento de juros e de multa por atraso.
Falência E Recuperação
Problemas conjugais
Quando existe um problema conjugal, um dos dois faz compras e o outro não quer
assumir o pagamento, mesmo que a compra tenha sido em benefício dos dois. Caso o devedor
não esteja disposto a resolver a situação, precisaremos esclarecer que o responsável pelo
pagamento é o titular da conta, é quem assinou o contrato. Os problemas conjugais não mudam
essa situação de responsabilidade.
Morte na família
Desemprego
Para poder definir a sua estratégia de cobrança procure saber o motivo do desemprego
e há quanto tempo já está desempregado. Na maioria das vezes as pessoas são dispensadas sem
justa causa, o que significa que o devedor recebeu alguma indenização. Essa indenização pode
ser usada para o pagamento da dívida.
Doença
Seja uma doença do próprio devedor ou mesmo um problema de doença na família, essa é uma
objeção comum ao pagamento da dívida. A situação de doença não é uma situação previsível,
quando acontece pode deixar o cliente em uma situação de inadimplência. Podemos demonstrar
que entendemos a situação que o devedor está passando, e que a empresa está disposta a
encontrar uma forma de pagamento compatível com a situação.
Devemos fazer algumas perguntas para investigar e para saber como lidar com a
situação:
As suas chances de receber a dívida são muito maiores quando o próprio devedor quer resolver o problema. Por
isso, precisamos despertar nesse devedor o desejo de pagar a dívida enquanto o devedor estiver preocupado em
encontrar formas de evitar a cobrança, encontraremos dificuldades de cobrança. Por isso, precisamos:
O que o devedor quer é esquecer que está devendo, porque o peso de estar em dificuldade financeira é
um peso muito grande. Então, para conseguir aliviar essa pressão o devedor vai querer se esquecer dos seus
próprios problemas. Mas se o devedor esquecer dos problemas, ele vai parar de buscar uma solução E isso é
péssimo para nós que precisamos receber a dívida. Quanto mais tempo a sua dívida ficar na cabeça do devedor,
maior vai ser o esforço que esse devedor vai fazer para regularizar essa dívida.
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Todos os dias o nosso cérebro precisa tomar milhares de decisões conscientes e inconscientes. Por isso, a
nossa mente sempre trabalha para economizar energia. Uma das formas do nosso cérebro economizar energia é
usando atalhos para tomar as decisões. Estes atalhos que o nosso cérebro usa são chamados de gatilhos mentais,
porque quando são acionados disparam uma ação específica nas pessoas.
Empatia
A empatia é uma capacidade de se colocar na situação de outra pessoa. A empatia é capaz de gerar confiança entre
as pessoas. Quando conseguimos criar uma atmosfera de confiança ocorre uma mudança na conversa, quebra se a
resistência natural que existe na cobrança, e o devedor começa a acreditar que podemos estar realmente querendo
ajudar.
A prova social
Um outro atalho que o nosso cérebro costuma usar é a Prova Social. Se muitas pessoas já estão fechando
o acordo e aproveitando uma oportunidade de negociação, o devedor vai ficar muito mais interessado em negociar,
e também aproveitar essa oportunidade. Este é o efeito da Prova Social.
As pessoas têm uma tendência de seguir o comportamento da maioria. Se o devedor descobre que dezenas
de pessoas estão negociando as suas dívidas, esse devedor vai ficar motivado a negociar também, porque vai
acreditar que a maioria das pessoas deve saber alguma coisa que ele ainda não sabe, como uma oportunidade ou
uma vantagem na negociação.
A consistência
A consistência é mais uma forte forma de persuasão. Sempre que uma pessoa firma um compromisso,
especialmente quando outras pessoas sabem desse compromisso assumido, surge uma forte necessidade de manter
a palavra, de manter o compromisso. A consistência é uma norma social porque existe uma forte pressão social
para que sejamos consistentes com as nossas atitudes ou com os nossos comportamentos. A estratégia da
consistência pode ser usada de várias formas, a mais simples é o compromisso direto de pagamento. Por exemplo:
Cobrador: _Se eu conseguir esse desconto para o senhor, o senhor me garante que fecha o acordo de pagamento?
Cobrador: _Se o meu supervisor autorizar para o senhor o parcelamento em três vezes o senhor faz o primeiro
pagamento hoje?
Se o devedor responder que faz o pagamento, ele está se comprometendo com aquela possível situação
Escassez
O princípio da escassez revela que as pessoas se sentem mais motivadas quando uma coisa está acabando
ou quando o tempo para fazer alguma coisa já está terminando. Se o devedor sabe que pode perder a oportunidade
de aproveitar uma condição especial de pagamento, é bem provável que ele se esforce para fazer o pagamento da
dívida para não perder essa oportunidade. Ao definir um prazo para pagamento antes do envio ao cartório de
protesto estamos usando a escassez de tempo.
Autoridade
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Todas as pessoas instintivamente respeitam a autoridade. E o nosso cérebro busca atalhos para identificar
quem é a autoridade. Apresentar- se como do departamento jurídico ou como gerente ou encarregado de cobrança,
são formas de criar uma posição de autoridade
Outra forma efetiva de demonstrar autoridade é a impostação de voz. Devemos usar um timbre de voz
um pouco mais grave e falar um pouco mais pausadamente
Outra forma de estabelecer autoridade é demonstrar conhecimento. Quando o devedor percebe que está
falando com uma pessoa com profundos conhecimentos em cobrança, a tendência é que tenha mais respeito e
também que dê mais importância ao que está sendo conversado. Tudo isso está relacionado com à autoridade e a
influência que uma posição de autoridade é capaz de fazer em uma negociação.
Reciprocidade
A reciprocidade ocorre quando alguém quer retribuir algum favor que recebeu. Quando uma pessoa nos
faz um favor, e depois, mais tarde, essa mesma pessoa nos pede uma ajuda, nós nos sentimos na obrigação de
retribuir ao favor, para que não sejamos vistos como ingratos.
A essência da estratégia da reciprocidade na persuasão é dar alguma coisa para alguém, para aumentar as
suas chances de conseguir alguma outra coisa em troca. Se o devedor tiver a sensação que recebeu alguma
vantagem, mas, que não retribuiu, ele vai ficar com um sentimento de culpa, porque na regra de conduta social ele
está agindo com ingratidão. O Gatilho Mental da reciprocidade tem esse poder de ficar martelando na cabeça do
devedor.
Concessão mútua
Também está enraizado na nossa cultura o comportamento de retribuir alguma concessão que recebemos
durante a negociação. Por exemplo, se durante uma negociação alguém abre mão de uma exigência para conseguir
chegar em um acordo nós nos sentimos na obrigação de cedermos um pouco também, porque o objetivo é sempre
chegarmos em um meio termo que seja bom para os dois lados. Esse é um princípio que seguimos para conseguir
conviver em sociedade.
Princípio do contraste
Quando alguém oferece duas opções diferentes na sequência, o nosso cérebro vai usar essas duas opções
como referência para tomar uma decisão rápida. Uma proposta de acordo vai parecer muito melhor se antes for
apresentada outra proposta superinflacionada. Quando usamos o princípio do contraste o objetivo é que o devedor
recuse mesmo a primeira proposta. Com a estratégia do contraste a segunda proposta que for apresentada na
negociação vai parecer realmente mais vantajosa para o devedor, porque será a proposta que se encaixa nas
possibilidades do devedor se for comparada com a primeira proposta.
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Esse índice mapeia a estrutura dos débitos, demonstrando os valores que estão vencidos
em relação com o inadimplemento geral da empresa. Podem ser empregados prazos de acordo
com a estratégia requerida. O ideal é calcular tanto em valores monetários e não monetários
(quantidade de boletos, por exemplo).
O ICP mede o volume dos valores que estão vencidos até 30 dias em relação ao total
vencido na empresa.
O IMP é parecido com o índice anterior. Muda somente a periodicidade que passa de 30
para 90 dias.
ACORDOS FECHADOS
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Esse índice mede o total de acordos que foram cumpridos pelos clientes dentro do prazo,
ou seja, antes da data negociada com o profissional de recuperação de crédito.
𝐴𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎𝑑𝑜 𝐶𝑢𝑚𝑝𝑟𝑖𝑑𝑜𝑠
𝐼𝐸𝐶 = 𝑥 100
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑜𝑟𝑑𝑜𝑠
Interpretando o índice: Quanto maior melhor. Mede a eficiência das ações de
cobrança, assim, mensura os resultados de toda equipe de recuperação de crédito.
𝐶𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠
𝐼𝐶𝑅 = 𝑥 100
𝐴𝑐𝑜𝑟𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑚𝑝𝑟𝑖𝑑𝑜𝑠
Interpretando o índice: Quanto maior melhor. Como a meta não é somente receber os
não-pagos, o calculo desse índice demonstra a eficiência da equipe de recuperação de crédito
em reaver clientes para a carteira da empresa.
COBRANÇAS DIÁRIAS
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O cálculo das médias ajuda a visualizar a evolução histórica das cobranças diárias.
Assim, a média individual corresponde ao total de cobranças realizadas por um agente em
relação a um intervalo de dias:
Já a média geral do setor é calculada somando todas as médias individuais dividido pela
quantidade de agentes no setor.
∑ 𝑀é𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑢𝑎𝑖𝑠
̅. 𝐺 =
𝑀
𝑁º 𝑑𝑒 𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
Interpretando: Ao comparar as médias individuais com a média geral possibilitar
identificar os profissionais de recuperação de crédito que mais contribuem para os resultados.
O Aging List é um relatório sobre os títulos a receber. Neste relatório iremos classificar
os títulos em ordem cronológica, na forma de uma tabela, permitindo uma análise simples e
rápida sobre a situação do contas a receber. O termo em inglês Aging list pode ser traduzido
como lista de envelhecimento.
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Neste relatório os títulos são separados por períodos de 30 dias
A mensuração dos custos que envolvem o setor de recuperação de crédito precisa ser
bem definida e detalhada. A finalidade é comprar com o valor dos acordos efetuados e recebidos
e determinar se o setor foi superavitário ou deficitário.
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▪ Acordos de títulos até 30 dias vencidos;
▪ Acordos de títulos até 60 dias vencidos;
▪ Acordos de títulos até 90 dias vencidos;
▪ Acordos de títulos com mais de 90 dias vencidos.
CONCLUSÃO
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