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São dois os métodos de solfejo escritos por Luís Álvares Pinto (1719$1789) que hoje se encontram
disponíveis em arquivos brasileiros e portugueses: a ! ; ( , de 1761, e # "
0 2 ; ( , de 1776. Considerando o texto de Antônio Joaquim de Mello (1854), que
menciona a existência de duas obras didáticas perdidas de L. A. Pinto, “Arte pequena para se
aprender a música” e “Arte grande de solfejar”, o pesquisador Jaime Diniz (1969) acrescenta a
! ; ( de 1761 como possivelmente sendo uma terceira obra teórica do compositor
pernambucano. Naquele momento, a existência do # " 0 permanecia
ignorada e até a presente data seu conteúdo permanece pouco conhecido e carente de estudos.
Além de menções breves em artigos e comunicações, somente parte dos exemplos de solfejos e
os “Divertimentos Harmônicos” contidos no final do método foram objetos de edições e
gravações, a partir de transcrição realizada pelo pesquisador e maestro Ernani Aguiar (1988).
Incluindo a existência do # " 0 de 1776, novas hipóteses podem ser levantadas
sobre quais seriam as obras teóricas de Luís Álvares Pinto. A primeira seria considerar o método
de 1776 como sendo um quarto e novo texto do autor somando aos três anteriormente
mencionados. A segunda hipótese seria relacioná$lo à “Arte grande de solfejar” mencionada por
A. J. de Mello, isso devido ao método de 1776 ser consideravelmente mais completo e robusto
que a ! ; ( de 1761. A partir de uma análise comparada das obras conhecidas do autor,
a presente comunicação procurará demonstrar que o # " 0 é em realidade
uma revisão ampliada da ! ; ( de 1761, levantando uma terceira hipótese de que ambos
os métodos possam ser os mesmos mencionado por A. J. Mello.
% % Luís Álvares Pinto; teoria musical; solfejo.
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Luís Álvares Pinto (1719$1789) wrote two solmization methods that today are found in Brazilian
and Portuguese archives, the ! ; ( (1761) and # " 0 (1776).
Considering Antônio Joaquim de Mello’s writings (1854), that mentions two lost didactics works
of L. A. Pinto, “Arte pequena para se aprender a música” and “Arte grande de solfejar”, the
musicologist Jaime Diniz (1961) considered the ! ; ( as possibly being a third theoretical
work of the Brazilian composer. At that point, the existence of the # " 0 (1776)
remained unknown and until now its content still remains lacking of proper studies. Besides
some short mentions in articles and presentations, only some examples of the solmization lessons
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Cesem/FCSH/UNL, UFPel. ISBN: 978$989$97732$4$0
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and the “Divertimentos Harmônicos” included at the method’s end were objects of editions and
recordings, thanks to Maestro Ernani Aguiar’s transcripitions (1988). Considering the existence
of the # " 0 some hypothesis of L. A. Pinto’s theoretical works could be raised.
First would be to consider the 1776 method as being a fourth and new work of the author adding
to the three above mentioned. Second would be consider it as being the same work as “Arte
grande de solfejar” mentioned by A. J. Mello, that is because of its considerable large size in
relation to the previous method of 1761. From a comparative analysis of the two known methods
of L. A. Pinto it will be shown that the # " 0 is actually an expanded revision
of the ! ; ( , raising a third hypothesis that both methods could be respectively the same
mentioned by A. J. Mello.
S [\ Luís Álvares Pinto; music theory; solmization.
*@;C>0ABC
Logo que retorna à sua cidade natal Luís Álvares Pinto se volta ao ensino
de música e primeiras letras (DINIZ, 1969, p. 46). Além de autor dos métodos de
solfejo estudados para este trabalho, o compositor pernambucano publicou em
1784 um * , para ensino de primeiras letras, impresso na oficina
de Luiz Ameno, em Lisboa. O * pode ser encontrado na Biblioteca
Nacional de Portugal, além da mesma biblioteca ter disponibilizado uma cópia
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Atas do Congresso Internacional
“A música no espaço luso$brasileiro: um panorama histórico”. Lisboa, 2013.
Segundo Jaime Diniz, as obras teóricas musicais escritas por Luís Álvares
Pinto, que se tem notícia por Antônio Joaquim de Mello e Pereira da Costa são a
“Arte pequena para se aprender música”, a “Arte grande de solfejar” (ambas
perdidas e a segunda tendo sido supostamente traduzida para o francês) e Diniz
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Modulation”
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Atas do Congresso Internacional
“A música no espaço luso$brasileiro: um panorama histórico”. Lisboa, 2013.
que é uma das bases para a formatação de seu sistema, como será demostrado
adiante, apesar de o autor creditá$lo somente aos franceses e à própria invenção.
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duas décadas à frente dos teóricos portugueses. Sendo que ao contrário dos
demais teóricos, Luís Álvares Pinto, não somente cita, como adota o solfejo
heptacórdico, inclusive criticando a falta de praticidade do solfejo aretino,
especialmente em relação à complexidade da utilização das Mutanças.
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“A música no espaço luso$brasileiro: um panorama histórico”. Lisboa, 2013.
@ FQ < Q
@ EQ , Q
/ EQ P - 66- 6EF6Q
/ GQ . P - 66- 6EF6Q
Nos exemplos acima é possível verificar o uso tanto das mutanças como
da voz acidental Bi no terceiro compasso do primeiro exemplo.
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Luís Álvares Pinto, até o presente momento, mostra ser o primeiro teórico
luso$brasileiro a defender e utilizar na prática um sistema heptacordal de solfejo,
substituindo uma tradição secular de solmização a partir do hexacorde aretino.
A utilização de textos franceses do século XVIII no # " 0
demonstra a importância dada pelo autor aos teóricos desta nacionalidade na
música, os colocando no mesmo patamar que teóricos gregos e latinos dos
primeiros séculos da era cristã.
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“A música no espaço luso$brasileiro: um panorama histórico”. Lisboa, 2013.
__________. Muzico e Moderno Systema para Solfejar sem confuzão. Recife: 1776.
TRILHA, Mário. Os solfejos para uso de suas Altezas Reais. In: Marcos Portugal:
Uma reavaliação. David Cranmer (coord.). Lisboa: Edições Colibri/ CESEM,
2012. p. 419 a 430
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