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Defesa Icms
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DOS FATOS:
Em ..../..../......., a autuada. recebeu notificação fiscal número ........ (cópia anexa), por
entregar mercadorias em estabelecimento diverso do indicado no Documento Fiscal como
destinatário. O valor total da notificação, incluindo imposto e multa, é de R$ ............ Não
concordando com a notificação citada, a ............ vem apresentar suas razões, nos
seguintes termos:
A autuação fiscal, pelo que se comprova pelo “Termo de Ocorrência e Depósito - Anexo
R” (cópia anexa), identifica o local da entrega como “Coml. Transul Transp. e Arm.
Gerais Retroportuário Ltda.”. Este estabelecimento redespachou a mercadoria citada no
Termo de Ocorrência (NF ....... de Coop. Prod. Catarinenses Ltda.) para o destinatário
final, José da Silva e Cia. Ltda.
O destinatário final ficou mantido. A mercadoria não foi entregue, foi redespachada.
Inocorre o fato gerador notificado. O artigo 4 o, I, “b”, do Decreto 1790/97, uma das
supostas fundamentações legais da notificação, estabelece:
Portanto, descabe a presunção de que o art. 4o, I, b, supra citado, pudesse estar em
consonância com o ocorrido. Não houve infração de “situação irregular pela falta de
documentação fiscal”, nem “documentação inidônea”.
O fato de a nota fiscal originária não conter a observação de que a mercadoria seria
despachada, não a torna “inidônea”, nem a desqualifica, tanto é que a própria empresa
redespachadora emitiu um documento fiscal (CTRC) sobre a operação, baseada na nota
fiscal em questão, e o próprio fiscal notificante utilizou-se dos dados contidos na mesma
para emitir a notificação.
Todas estes fatos qualificam a nota como idônea, ocorrendo uma simples omissão de
observação de redespacho, que, como exposto, não prejudica a qualidade da nota como
elemento comprovatório de operação fiscal. Esta ausência de observação comprova-se
como de não “má-fé”, pois o redespacho, documentado, permite qualificar a operação de
descarga como de “transferência de carga” e não de “entregues a destinatário diverso”,
incorretamente suposto pelo fiscal notificante.
O artigo 8o, II, “c”, do Decreto 1790/97 SC, utilizado como fundamentação legal da
presente notificação, trata de operação distinta, e não confundível com o “redespacho”.
Observe-se os termos do referido dispositivo:
Art. 8o. : São responsáveis pelo pagamento do imposto devido e acréscimos legais:
II - os transportadores:
a)...
b)...
c) em relação ás mercadorias que forem entregues a destinatário diverso do indicado no
documento fiscal; (grifo nosso)
Dadas as nítidas diferenças entre as duas operações, conclui-se que a autuada não
procedeu a qualquer ato característico que a levasse á sujeição tributária, ou seja, a
“entrega a destinatário”.
Para existência de qualquer imposição tributária, deverá haver um ‘FATO’. Não se pode,
arbitrariamente, notificar um ato distinto do que aquele qualificado pela lei, deve-se
tributar ‘ALGO’, um ‘FATO GERADOR’, que no caso em epígrafe, nunca ocorreu, pois
a documentação existente comprova o transbordo, e não a “entrega a destinatário”.
Assim, sente-se a autuada, ao ver-se injustamente tributada por algo inexistente. Reclama,
pois, ante a injustiça ocorrida, para pleitear ao sr. Julgador que acolha as razões expostas,
impugnado a notificação citada.
CONCLUSÃO
(assinatura)................................
Sócio-Gerente
............ TRANSPORTES LTDA.