Platão, discípulo de Sócrates, SÓCRATES, filósofo grego, mestre de Platão, filho de uma parteira e um pedreiro. Escreveu os Diálogos. Dedicou-se ao estudo da moral do homem 428 a A.C. 470 a 399 A.C. De acordo com a história formulada por Platão, existia um grupo de pessoas que vivia numa grande caverna, com seus braços, pernas e pescoços presos por correntes, forçando-os a fixarem- se unicamente para a parede que ficava no fundo da caverna. Atrás do muro onde ficavam presas essas pessoas passavam indivíduos abaixo do muro, falando e transportando imagens de objetos e seres, que tinham as suas sombras projetadas na parede da caverna. As sombras eram projetadas pela luz de uma fogueira que ficava no alto de um relevo dentro da caverna.
Como estavam presos, os
prisioneiros podiam enxergar apenas as sombras das imagens, julgando serem aquelas projeções a realidade. Estavam conformados a essa única visão. Certa vez, uma das pessoas presas nesta caverna conseguiu receber ajuda, se libertou das correntes e saiu para o mundo exterior. A princípio, a luz do sol e a diversidade de cores e formas assustou o ex-prisioneiro, fazendo-o querer voltar para a caverna. No entanto, com o tempo, ele acabou por se admirar com as inúmeras novidades e descobertas que fez e viu que aquela vida na caverna era falsa, que a luz da fogueira era falsa e do sol e as coisas existentes é que eram real Deseja então ficar longe da caverna e nunca mais regressar. Porém, não pode evitar lastimar a sorte de quem ficou acorrentado ao fundo da caverna. Assim, toma a difícil decisão de regressar ao fundo da caverna para convencê-los a se libertarem também. Ao afirmar as suas descobertas fora da caverna e que aqueles objetos e seres que eles vem são projeções do que está fora da caverna, iluminados pela verdadeira luz, então, o chamam de louco e é morto por seus ex-companheiros. Alegoria da Caverna o mundo onde todos os seres humanos vivem;
• Correntes > tudo que prendem pessoas e povos às trevas, que
podem ser representadas pelas crenças, culturas e outras informações de senso comum que são absorvidas ao longo da vida; Alegoria da Caverna • Neste momento o ex-prisioneiro enche-se de dor devido ao forte brilho da luz do sol
• Eele sente-se dividido entre a
incredulidade e o deslumbramento. • O que aconteceria se um prisioneiro se livrasse das correntes que lhe predem no fundo da • Incredulidade porque será obrigado a caverna? decidir onde se encontra a realidade: no que vê agora ou nas sombras em • Ele iniciaria um processo doloroso de mudança que sempre viveu. de perspectiva. De início, move a cabeça, depois o corpo todo; a seguir, avança na direção do muro e o ultrapassa. • Deslumbramento (ferido pela luz) por que seus olhos não conseguem ver • Ao se deparar com a fogueira, a luz desta ofusca com nitidez as coisas iluminadas. Seu sua visão e é então obrigado a adaptar-se a ela. primeiro impulso é voltar à caverna para livrar-se da dor e do espanto, • Prosseguindo a escalada atinge seu término atraída pela escuridão, que lhe parece quando ultrapassa a entrada da caverna e se mais familiar e acolhedora. depara com a luz do próprio sol. • Descobre então que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão vira apenas sombras.
• Deseja então ficar longe da
caverna e nunca mais regressar. Porém, não pode evitar lastimar a sorte de quem ficou Vencidas as dificuldades do acorrentado ao fundo da caminho, o ex-prisioneiro caverna. permanece no exterior e inicia um processo de • Assim, toma a difícil decisão de adaptação que irá lhe regressar ao fundo da caverna permitir habituar-se à luz e para convencê-los a se libertarem também. ver o vasto mundo que agora defronta. • O que acontece neste retorno? Ao explicar que aquela não é a realidade, mas, sim a sombra da realidade projetada por uma falsa luz, os demais prisioneiros acorrentados zombam dele, e se não conseguem silenciá-lo com suas zombarias, tentam fazê-lo espancando-o.
• Mesmo assim ele teima em afirmar as suas descobertas fora da
caverna e que aqueles objetos e seres que eles vem são projeções do que está fora da caverna, iluminados pela verdadeira luz, então, o chamam de louco e é morto por seus ex-companheiros.
• Mas alguns podem lhe dar ouvidos e se libertarem também.
Mito da caverna é uma metáfora criada Platão, que consiste na tentativa de explicar a condição de ignorância em que vivem os seres humanos e o que seria necessário para atingir o verdadeiro “mundo real”, baseado na razão acima dos sentidos. Serve de base para explicar o conceito do senso comum em oposição ao que seria a definição do senso crítico. Segundo Platão, influenciado pelos ensinamentos de Sócrates, o mundo sensível era aquele experimentado a partir dos sentidos, onde residia a falsa percepção da realidade; já o chamado mundo inteligível era atingido apenas através das ideias, ou seja, da razão. O verdadeiro mundo só conseguiria ser atingido quando o indivíduo percebesse as coisas ao seu redor a partir do pensamento crítico e racional, dispensando o uso dos sentidos básicos. As pessoas ficam presas as ideias pré-estabelecidas e não buscam um sentido racional para determinadas coisas, evitando a “dificuldade” do pensar e refletir, preferindo contentar-se apenas com as informações que lhe foram oferecidas por outras pessoas. O indivíduo que consegue se “libertar das correntes” e vivenciar o mundo exterior é aquele que vai além do pensamento comum, criticando e questionando a sua realidade. Assim como aconteceu com seu mestre, Sócrates, que foi morto pelos atenienses devido aos seus pensamentos filosóficos que provocavam uma desestabilização no “pensamento comum”, o protagonista desta metáfora foi morto para evitar a disseminação de ideias “revolucionárias”. O Mito da Caverna mantém-se muito atual nas diversas sociedades ao redor do mundo, que preferem permanecer alheios ao pensamento crítico (seja por preguiça ou falta de interesse) e aceitam as ideias e conceitos que são impostos por um grupo dominante. A TELEVISÃO É A PAREDE DO FUNDO DA CAVERNA