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Jessye Norman

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Jessye Mae Norman (Augusta, Geórgia, 15 de setembro de 1945 — Nova
Iorque, 30 de setembro de 2019) foi uma soprano estado-unidense, Jessye Norman
ganhadora quatro vezes do Grammy. Esteve associada particularmente aos
papéis das óperas de Verdi e Beethoven.

Índice
Biografia
Papéis
Oratório e orquestral
Referências

Biografia Nascimento 15 de setembro de 1945


Augusta
Foi uma das cinco crianças em uma família de músicos amadores: sua mãe
Morte 30 de setembro de
e seu avô materno foram pianistas, seu pai um cantor em um coral local. A 2019 (74 anos)
sua mãe insistiu para que ela começasse a estudar piano desde pequena. Nova Iorque
Norman mostrou seu talento vocal ainda criança, cantando música religiosa Cidadania Estados Unidos
na Igreja Batista que frequentava. Aos nove anos de idade, escutou pela Etnia afroamericano
primeira vez uma ópera, e imediatamente se tornou uma fã do gênero.
Alma mater Universidade Howard,
Começou a ouvir gravações de Marian Anderson e Leontyne Price, figuras Universidade de Michigan
que foram sua inspiração. Aos 16 anos de idade participou da Competição Ocupação cantora, cantora de ópera
Vocal Marian Anders, em Filadélfia, mas não conseguiu ganhar. No
Prêmios Comendador das Artes e
entanto, foi-lhe oferecida uma bolsa de estudos na Universidade de das Letras, Medalha
Howard, em Washington. Enquanto estudava, ela também cantou em corais Spingarn, National Medal
of Arts, Grammy Lifetime
universitários e como solista profissional na Igreja Templo Unido em Achievement Award,
Lincoln. Uma de suas professoras na época foi Carolyn Grant. Em 1966, Prêmio Wolf de Artes,
venceu a competição da Sociedade Nacional das Artes e Letras. Depois de Prêmio Kennedy, doutor
honoris causa na
se formar em 1967, começou a se aprimorar no Conservatório Peabody em Universidade Laval,
Baltimore e depois na Universiade de Michigan, onde recebeu o título de Cavaleiro da Legião de
Honra
Mestra em 1968. Durante esse período, Norman estudou canto com
Elizabeth Mannion e Pierre Bernac. Causa da choque séptico, síndrome
morte de disfunção múltipla de
órgãos
Depois de se graduar, Norman, como muitos músicos jovens de sua época,
mudou-se para a Europa para estabelecer sua carreira. EM 1969, venceu a [edite no Wikidata]
Competição Internacional de Música ARD em Munique e, por causa disso,
assinou um contrato de três anos Com a Ópera Alemã de Berlim, onde estreou no mesmo ano como Elisabeth em Tannhäuser, de
Richard Wagner. Críticos descreveram Norman como "a melhor voz desde a soprano alemã Lotte Lehmann". Nos anos seguintes,
apresentou-se com várias companhias de ópera italianas e alemãs. Em 1970, fez sua estreia na Itália com a obra Deborah de
Handel. Em 1971, apresentou-se pela primeira vez no Maggio Musicale de Florença como Sélica de L'Africaine de Meyerbeer.
No mesmo ano, fez o papel da Condessa Almaviva em Le Nozze de Figaro de Mozart no Festival de Berlim e posteriormente
gravou a obra com a Orquestra BBC, sob a regência de Colin Davis. Em 1972, Norman estreou no La Scala, onde cantou Aida de
Giuseppe Verdi, e no Royal Opera House, Covent Garden, onde cantou o papel de Cassandra, de Les Troyens, de Hector Berlioz.
Norman apareceu ainda como Aida em uma versão para concerto no Hollywood Bowl. No ano de 1993, em Nova Iorque ela
apresentou o recital chamado "Great Performers", no Lincoln Center.

Em 1975, Norman mudou-se para Londres, onde fez óperas nos cinco anos seguintes. Depois disso, retornou para a América do
Norte em 1976 e 1977 para fazer extensas turnês de recitais. Foi somente depois de se fixar na Europa que ela se apresentou nas
maiores casas de óperas e festivais, incluindo o Festival de Edimburgo, o Festival de Salzburgo, o Festival de Aix-en-Provence, a
Ópera de Stuttgart, entre outros. Nos anos 1970, viajou pela Europa em turnê com obras de Schubert, Mahler, Wagner, Brahms,
Erik Satie, Olivier Messiaen e muitos outros compositores estadunidenses contemporâneos.

Em outubro de 1980, Norman retornou para as óperas com o papel título Ariadne auf Naxos, de Richard Strauss, na Ópera Estatal
de Hamburgo. Sua estreia operística nos Estados Unidos viria apenas em 1982 com a Companhia de Ópera da Filadélfia,
aparecendo em Oedipus Rex, de Ígor Stravinsky, e em Dido e Eneias, de Henry Purcell. Em 1983, fez sua estreia no Metropolitan
Opera com Les Troyens, de Hector Berlioz, uma produção que marcou o centésimo aniversário da companhia. Cantou na
celebração do sexagésimo aniversário da Rainha Elizabeth II, em 1986, ano em que também apareceu como solista das Quatro
últimas canções (Vier Letzte Lieder) de Strauss com a Orquestra Filarmônica de Berlim em turnê nos Estados Unidos.

Norman morreu em 30 de setembro de 2019 em Nova Iorque[1] devido a um choque séptico e falência de múltiplos órgãos, na
sequência de complicações causadas por uma lesão medular sofrida em 2015.[2]

Papéis
Aïda, Aïda (Verdi)
Alceste, Alceste (Gluck)
Ariadne, Ariadne auf Naxos (R. Strauss)
Armida, Armida (Haydn)
Carmen, Carmen (Bizet)
Cassandra, Les Troyens (Berlioz)
Condessa Almaviva, Bodas de Fígaro (Mozart)
Dido, Dido and Aeneas (Purcell)
Donna Elvira, Don Giovanni (Mozart)
Elisabeth, Tannhäuser (Wagner)
Elle, La voix humaine (Poulenc)
Elsa, Lohengrin (Wagner)
Emilia Marty, The Makropulos Affair (Janáček)
Giulietta, Contos de Hoffman (Offenbach)
Hélène, La Belle Hélène (Offenbach)
Idamante, Idomeneo (Mozart)
Isolda, Tristão e Isolda (Wagner)
Jocasta, Oedipus rex (Stravinsky)
Judith, Bluebeard's Castle (Bartók)
Kundry, Parsifal (Wagner)
Giulietta di Kelbar, Un giorno di regno (Verdi)
Leonore, Fidelio (Beethoven)
Madame Lidoine, Dialogues des carmélites (Poulenc)
Marguerite, La damnation de Faust (Berlioz)
Medora, Il Corsaro (Verdi)
Pénélope, Pénélope (Fauré)
Phedra, Hippolyte et Aricie (Rameau)
Rosina, La vera costanza (Haydn)
Salomé, Salomé (R. Strauss)
Salomé, Hérodiade (Massenet)
Santuzza, Cavalleria rusticana (Mascagni)
Sélica, L'Africaine Meyerbeer)
Sieglinde, As valquírias (Wagner)
Third Norn, Götterdämmerung (Wagner)
Mulher, Erwartung (Schönberg)

Oratório e orquestral
(Beethoven), Missa solemnis
(Beethoven), Sinfonia n.º 9 em ré menor, solista
(Alban Berg), Der Wein
(Alban Berg), Sieben frühe Lieder, Altenberg Lieder, Jugendlieder
(Berlioz), Les Nuits d'été
(Berlioz), La Mort de Cléopâtre, Cléopâtre
(Berlioz), Romeu e Julieta, Julieta
(Brahms), Lieder
(Brahms), Ein deutsches Requiem
(Brahms), Alto Rhapsody
(Bruckner), Te Deum [and] Helgoland [and] 150 Psalm
(Chausson), Poème de l'amour et de la mer, op. 19
(Chausson), Chanson perpétuelle, op. 37
(Debussy), L'Enfant prodigue [e] La damoiselle élue
(Henri Duparc), Mélodies
(César Franck), Les Béatitudes (oratório)
(Haendel), Deborah, Deborah
(Mahler), Das Lied von der Erde
(Mahler), Des Knaben Wunderhorn
(Mahler), Lieder eines fahrenden Gesellen.
(Mahler), Kindertotenlieder.
(Mahler), Sinfonia No. 2 "Ressurreição", solista
(Mahler), Sinfonia No. 3, solista
(Mozart), Die Gaertnerin aus Liebe
(Francis Poulenc), Mélodies
(Ravel), Shéhérazade
(Ravel), Deux mélodies hébraïques
(Ravel), Chansons madécasses
(Erik Satie), Mélodies
(Arnold Schoenberg), Gurrelieder
(Arnold Schoenberg), Brettl-Lieder
(Franz Schubert), Lieder
(Robert Schumann), Frauenliebe und Leben, op. 42
(Robert Schumann), Liederkreis, op. 39
(Richard Strauss), Quatro últimas canções (Philips, 1983).
(Richard Strauss), Lieder with piano
(Michael Tippett), A Child of Our Time
(Wagner), Wesendonck Lieder
Referências
1. Fekadu, Mesfin. «Jessye Norman, the International Opera Star, Dead at 74» (http://www.nbcwashington.com/ente
rtainment/entertainment-news/Jessye-Norman-International-Opera-Star-Dead-74-561807891.html). NBC4
Washington (em inglês)
2. observador.pt (1 de outubro de 2019). «Soprano Jessye Norman morreu aos 74 anos» (https://observador.pt/201
9/09/30/soprano-jessye-norman-morreu-aos-74-anos/). 1-10-2019. Consultado em 1 de outubro de 2019

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Esta página foi editada pela última vez às 23h36min de 1 de outubro de 2019.

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