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¥

PERDAS DE PROTENSÃO

A força de protensão ao longo de uma armadura, em geral,


varia. É o que se costuma chamar de perdas de protensão
. NBR:2003 (2003) em seu item 9.6 indica
Pt (x) = P0 (x) – ∆Pt (x) = Pi – ∆P0 (x) – ∆Pt (x) Perda diferida
Com Perda imediata
Pt(x) - Força na armadura de protensão, no tempo t, na seção de
abscissa x
P0(x) - Força na armadura de protensão no tempo t = 0, na seção de
abscissa x
∆P0 (x) – perda imediata de protensão medida a partir de P, no
tempo t=0, na seção de abscissa x
∆Pt (x)- perda de protensão medida a partir de P, no tempo t=¥ , na
seção de abscissa x
Pi - Força máxima aplicada à armadura de protensão pelo
equipamento de tração
PERDAS DE PROTENSÃO

Para cabos com aderência posterior tem-se

Perdas imediatas e diferidas


a) perda por atrito (normalmente cabo-bainha),
b) perda por deformação da ancoragem
c) perda por deformação imediata do concreto.

Perdas diferidas

a) perda por retração do concreto


b) perda por efeito de fluência do concreto
c) perda por relaxação da armadura de protensão.
PERDAS DE PROTENSÃO
Para cabos com aderência inicial tem-se

Perdas iniciais

a) perda por deformação da ancoragem e


b) Relaxação da armadura até efetivação da protensão
c) Deformação imediata do concreto.

Perdas posteriores a protensão

a) perda por retração do concreto


a) perda por efeito de fluência do concreto
b) c)perda por relaxação da armadura de protensão.
TABELA RESUMO DE EXPRESSÕES DO CAPÍTULO 4
Força de protensão em uma Fs =Fs’ e-m.(Da+bx) (4.1)
seção S considerando a
perda por atrito
Relação entre o coeficiente b = 0,01m (4.2)
de desvio angular e de
atrito cabo-bainha
Ângulo da tangente na 2f
extremidade de um cabo tg a = (4.3)
a
parabólico
Relação entre raio de cabo R.sena = a (4.4)
circular e projeção
horizontal
Ângulo da tangente ana 2af
sen a =
extremidade de um cabo a + f2
2 (4.5)
circular
Relação entre a variação de L
tensão de protensão devido
a acomadação da 0
ò s × dx = Dl × EP (4.6)

ancoragem pós tração


Lei de Hooke s = E pe (4.7)
Perda de tensão de Dl
protensão devido a D s = E p (4.8)
l
acomodação da ancoragem
pré-tração
Perda de tensão de
æ N p N p e 2 Me ö (n - 1)
protensão devido a Dsp, médio = a ç + - ÷ (4.9)
deformação imediata do ç A I I ÷ 2n
è ø
concreto pós tração
Perda de tensão de a p (s cp + s cg )(n - 1) (4.10)
protensão devido a Dsp =
2n
deformação imediata do
concreto pré tração
Experimento Tomando dois elementos A e A’
Seja um trecho …

Restam ações Resultantes


verticais
Equilíbrio horizontal

F . (cos da/2) - (F+dF) . (cos (da/2))= Fa


(F+dF) .Como os raios
(cos (da/2))= Fa de curvatura dos cabos são grandes (cos (d
Como os raios de curvatura dos cabos são grandes (cos (da/2))» 1
portanto dF= Fa
raios de curvatura dos cabos são grandes (cos (d
portanto dF= Fa

Segundo o eixo vertical -------- F . (sen da/2) - (F+dF) . (sen da/2)= N

portanto F. da=N
Fa = m . N dF= m . N = m . F. da

dF
ou ainda = m. da Fs =Fs’ e -m.(Da)
F

Fs =Fs’ e-m.(Da+bx)
PERDAS DE PROTENSÃO
Para cabos com aderência posterior tem-se atrito
F =F ’ e-m.(Da+bx) b = 0,01m Experimento
s s

NBR 6118-2003

m
Tipos de superficies de atrito
Entre cabo e concreto 0,50

Entre barras ou fios com mossas ou saliências e bainha 0,30


metálica
Entre fios lisos ou cordoalhas e bainha metálica 0,20

Entre fios lisos ou cordoalhas e bainhas metálica 0,10


lubrificada
Entre cordoalha e bainha de polipropileno lubrificada 0,05
EXEMPLO 4.1 Calcular tensões
PERDAS DE PROTENSÃO- Exemplo em A, B, C, D e E após a
efetivação da protensão. Tensão
inicial de protensão spi=120
kN/cm2.

dados m = 0,23; b=0,01rd/m;.

cabo é parábola do segundo


grau, nos trechos AB e EF).
500 cm 2000 cm 1000 cm 1000 cm 500 cm

Ancoragem
10
Ancoragem
Ativa 4 B
Ativa
A
3
1

2
8

10
Fs2, esquerda =1498 e-0,20.(0,14+0,01.25) = 1386 kN EXEMPLO 4.4
força de protensão no ponto 2 ? é
usada força de protensão nas
Fs2, esquerda =1498 e-0,20.(0,35+0,01.25) = 1329 kN duas extremidades é de 1498 kN.
Considerar o coeficiente de atrito
m=0,20 e b=0,01rd/m.
Com a resposta Fs2 = 1386 kN
Lembrete

Basicamente todas as curvas resultam


praticamente no mesmo efeito de protensão

Arco de círculo

Arco de parábola

Arco de parábola Cúbica

Trecho de catenária
4.3 Perda por deformação da ancoragem
D(dx)
s = E.e e e e =
dx AV

D(dx ).E
1
4
s = 2
dx

ò s × dx = Dl × E
0
P

L L 1 dx
s × dx = ò D(dx )
1
E0ò 0
4

2
3

L
Área da curva
Valor do recuo
da ancoragem
x (m)
500 cm 1000 cm 1000 cm 2000 cm 500 cm EXEMPLO 4.5 Calcular a tensão ao
Ancoragem
Ativa 8 longo do cabo após a ancoragem do
1
Ancoragem
Passiva
mesmo. tensão de protensão na
4 A
2 4
B
extremidade ativa é de 1377 MPa,
3 coeficiente de atrito m=0,20, b=0,01rd/m,
8 8
DL=6mm.e Ep=200000 MPa.
Tensão ao longo do cabo

1400
1300

Tensão MPa
1200
Do exercício anterior tem-se as
1100
tensões com a perda por atrito 1000
900
800
700
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

TENTATIVA 1
Considerando que a perda de tensão devida a ancoragem influencie até o ponto 2,
ou seja l=15m. A área a ser calculada do gráfico será chamada de W1 cujo valor será dado
por:
o do cabo após perda por atrito (1377 - 1281) + (1344 - 1281) (1344 - 1281)
Seção x(m)m.(Da+bx)
kN W1 = × 2 × 500 + × 2 × 1000 = 142500
A 1377 2 2
1 1344 DL. Ep =0,6 x 200000 =120000 < W1=142.500
2 1281
3 1221
4 1141 Isto significa que o ponto “indeslocavel” à ancoragem está à esquerda do ponto 2
B 1129
(L=15 m) .
1000 cm
Tensão ao longo do cabo
500 cm 1000 cm 2000 cm 500 cm
Ancoragem
8 1400
Ativa
Ancoragem 1300
1
4 Passiva

Tensão MPa
A
B
1200
2 4 1100
1000
3
8 8 900
800
700
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

TENTATIVA 2
TENTATIVA 2
Considerando o ponto indeslocável o ponto 1 tem-se

(1377 - 1344)
W2 = × 2 × 500 = 16500
2

2
DL. Ep =0,6 x 200.000 =120.000 >. W2=16500
o do cabo após perda por atrito
m.(Da+bx)
Seção x(m) kN
A 1377
1 1344 Desta forma o ponto indeslocável está entre o ponto
2 1281
3
4
1221
1141
1 e 2.
B 1129
500 cm 1000 cm 1000 cm 2000 cm 500 cm
Ancoragem
Ativa 8
Ancoragem
1
4 Passiva L0
A
B
2 4
1
2
3 1 2
8 8 3
4

FINAL
W3 =16500 + Ds . 500 + Ds . L0/2 =DL.Ep =120.000
W3 =16500(ver
Geometricamente + Dsfigura + Dspode-se
. 5004.13) . L0/2 =DL.E p =120.000
escrever:
Geometricamente (ver figura 4.13) pode-se escrever: Tensão ao longo do cabo
Dσ L
= 0 . L0= 7,936.Ds
1400

2 × (1344 - 1281) 1000 1300

Tensão MPa
1200
3,963 Ds 2
2 × (1344 -+Ds . 5001000
1281) –103500 = 0 que resulta em 1100
1000

3,963 Ds2 +Ds . 500 –103500 = 0 que resulta em 900


800

Ds = 110 MPa e L0 = 873 cm 700


0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tensão ao longo do cabo após perda por atrito
x (m)
Seçãom.(Da+bx)
x(m) kN
A 1377

e assim sA = 1377-((1377-1344)x2+110)) = 1201 MPa. 1


2
1344
1281
3 1221
sB = 1355-110 = 1234 MPa. 4 1141
B 1129
AV EXEMPLO 4.6 Calcular a força de
S0 S1 S2 S3 S4 S5
protensão ao longo de um cabo de
cordoalha engraxada com f=12,7 mm

11.36 5.56
11

5.68 2.78
h=22
(Aço CP190RB) que tem a trajetória
11
dada na figura 4.6 (ver exemplo 4.4)

1.27
100 L1=115 L2=235 L3=235 L4=115

após a ancoragem. Considerar o


coeficiente de atrito m=0,05,
AM
S5 S6 S7 S8 S9 S10
b=0,01rd/m, Dl = 6 mm, Ep=2,0x105
MPa e para o valor da tensão de

11
11.36 5.56

5.68 2.78

h=22
protensão spi = 1377 MPa.

11
1.27
L4=115 L3=235 L2=235 L1=115 100

Tensão no cabo antes e após a ancoragem


1360

1340

1320
s (MPa) Tensão
1300 considerando
atrito
1280 Tensão após a
ancoragem
1260

1240

1220
0 2 4 6 8 10 12 14 16
x (m)
Figura 4.12 – Tensão ao longo do cabo considerando a perda por atrito e o efeito da ancoragem.
EXEMPLO 4.7 Calcular a perda da força de protensão em
uma pista de 50 m de protensão com aderência inicial em
que se utilizará cordoalhas de protensão e o dispositivo de
ancoragem tem um alongamento quando da sua fixação de
Dl = 6 mm.
Colocação
da armadura

DL 0,6
e= = = Protenssão
da armadura
Det. 1

L 5000 Perspectiva

L Cone Macho

s = Ee
Cordoalha
Det. 1 Corte Lateral

0,012%. Ancoragem
da armadura
Cone Fêmea
Vista frontal

∆σ=200.000x Concretagem
da peça
0,00012=
1 1

24 MPa. Transferencia
do esforço
4.4 Perda por deformação imediata do concreto
durante a protensão

Há dois casos a considerar o da


protensão com aderência posterior e
com aderência inicial.

Pós tração æ N p N p e 2 Me ö (n - 1)
Dsp, médio =a ç + - ÷
ç A I I ÷ 2n
è ø

æ N p N p e 2 Me ö
Pré tração Dsp = a ç + - ÷
ç A I I ÷
è ø
EXEMPLO NUMÉRICO 4.7
Calcular a perda de protensão por deformação imediata do cabo representante dos
16 cabos que atuam na seção de extremidade da peça (seção onde se dá a ancoragem
ativa dos mesmos) cuja seção transversal está indicada na figura 4.14. Considerar que a
tangente a trajetória dos cabos (todos) na seção é horizontal e que a força nos mesmos
após a ancoragem é de 1400 kN. Considerar ainda como dados os valores das
características de seção A=6,15 m2, I=1,683 m4, yi=0,8595m e h=1,30 m. Considerar
ainda que a relação entre os módulos de elasticidade aço de protensão e concreto seja
igual a ap=7.

Figura 4.17- Seção transversal de extremidade emque serão protendidos e


ancorados seqüencialmente 16 cabos (cotas emcm)

SOLUÇÃO æ N p N p e 2 Me ö (n - 1)
Dsp, médio =a ç + - ÷
ç A I I ÷ø 2n
è
EXEMPLO NUMÉRICO 4.8
Calcular a perda de protensão por deformação imediata dos cabos de uma viga
EXEMPLO NUMÉRICO 4.8
Calcular a perda de protensão por deformação imediata dos cabos de uma viga
submetida a pré tração com a seção transversal é dada na figura 4.14 em que se usou 3
cordoalhas de Ø1/2” de aço CP190 RB. Considerar ainda que a relação entre os módulos
de elasticidade aço de protensão e concreto seja igual a ap=7.
CAPÍTULO 5- PERDAS DE PROTENSÃO AO
LONGO DO TEMPO
Quadro Resumo das expressões usados no capítulo 5
Significado Expressão num.
Deformação aço e = e (5.1)
ci pi
concreto
Deformação concreto ec (t)= ec (to) + ecc (t) +ecs (t) (5.2)
Módulo de E ct = 5.600 × f cj1/2 (5.3)
deformação concreto
Deformação concreto sc (t o ) sc (t o ) t ¶s æ 1 j(t, t o ) ö (5.4)
ec (t ) = + j(t,t o ) + ecs (t,t o ) + ò c ç
+ ÷ dt
Ec (t o ) Ec 28 çE ÷
tensão variável
t= t o ¶t è ct E c28 ø

Deformação concreto é 1 j (t,t o ) ù é 1 aj (t,t o ) ù (5.5)


e c (t ) = s c (t o )ê + ú + e cs (t,t o ) + Ds c (t o ) ê + ú
ë E c (t o ) Ec 28 û ë E c (t o )
tensão variável
Ec 28 û
integrada

Coeficiente de j (t, to) =ecc (t)/ ecc (t0) (5.6)


fluência concreto
Deformação aço s s (t o ) s s (t o ) (5.7)
tensão variável e s (t ) = + c (t,t o )
Es Es
Deformação aço s s (t o ) s s (t o ) Ds s (t,t o )
tensão variável e s (t ) = + c (t,t o ) + [1 + c (t, t o )] (5.8)
Es Es Es
integrada

Perda de tensão sem Dsp,c+s+r(t,to)= Dspc(t,to) + Dsps(t,to)+Dspr(t,to) (5.9)


interação
Deformação concreto ecs (t, to) = ecsoo [ bs (t) - bs (to) ] (5.10)
retração
parcela da deformação 33 + 2h (5.11)
CAPÍTULO 5- PERDAS DE PROTENSÃO AO
LONGO DO TEMPO
Perda de tensão sem Dsp,c+s+r(t,to)= Dspc(t,to) + Dsps(t,to)+Dspr(t,to) (5.9)
interação
Deformação concreto ecs (t, to) = ecsoo [ bs (t) - bs (to) ] (5.10)
retração
parcela da deformação 33 + 2h fic (5.11)
de retração e 2s =
20,8 + 3h fic
espessura fictícia 2A c (5.12)
h fic = g
u ar
idade fictícia Ti + 10 (5.13)
t=aå . Dt ef, i
i 30
Deformação concreto ecc = e cca + eccf + eccd (5.14)
Deformação concreto sc (5.15)
e cc ( t, t o ) = e cca + e ccd = . j(t, t o )
E c28
Coeficiente de j (t,to) = ja + jfoo [bf (t) - [bf (to)] + jdoo bd (5.16)
fluência concreto
coeficiente de é f (t ) ù (5.17)
fluência rápida j a = 0,8ê1 - c 0 ú
(irreversível) ë f c (t¥ ) û

Relação de f cj
resistências do b1 = (5.18)
concreto f ck
parcela de jf 42 + hfic (5.19)
coeficiente de j2 c =
20 + hfic
deformação lenta
irreversível
Significado Expressão num.
CAPÍTULO 5- PERDAS DE PROTENSÃO AO
LONGO DO TEMPO

e ci = e pi (5.1)
Com e ci - deformação específica do concreto junto a armadura no ponto i
e cp - deformação específica da armadura de protensão no ponto i

QUADRO 1 – Considerações sobre efeitos reológicos concreto e aço


Fenômeno Atuação -origem Causa efeito no Efeito no aço
concreto
Retração Concreto Variação de encurtamento perda de tensão
volume
Fluência Concreto Tensão encurtamento perda de tensão
permanente
Realação Aço deformação ------------ perda de tensão
Relaxação Aço deformação ------------ perda de tensão
permanente
· MAIOR TENSÃO NO AÇO DE PROTENSÃO

Após a operação de protensão a tensão em


um cabo se altera ao longo do tempo, em
geral, diminuindo devido aos fenômenos
reológicos que estão sujeitos tanto concreto
como o aço.

ec (t) = ec (to) + ecc (t) + ecs (t)


´

Fluência Retração
creep shrinkage
5.3 Perdas de protensão: Considerações
e simplificações a serem feitas

Dsp,c+s+r(t,to)= Dspc(t,to) + Dsps(t,to)+Dspr(t,to) (5.9)

Com Dsp,c+s+r(t,to) – perda total de protensão devido fluência, retração e relaxação


Ds (t,t ) - perda de protensão devido fluência (considerando-a isolada)
Dsp,c+s+r(t,to) – perda total de protensão devido fluência, retração e relaxação
Dspc(t,to) - perda de protensão devido fluência (considerando-a isolada)
Dspc(t,to) - perda de protensão devido fluência (consider
Dsps(t,to) - perda de protensão devido retração
Dspr(t,to) - perda de protensão devido a relaxação (considerando-a isolada)
Ainda após esta simplificação com será visto posteriormente há duas possibilidades
aconsiderar: uma em que se usa os valores característicos superiores da deformação
específica de retração e fluência do concreto e deoutra maneira um cálculo mais detalhado
das deformações específicas calculadas usando o anexo A de NBR6118:2003 mostrados nos
Perdas simplificadas (tempo infinito)
Retração

Dsp,s(t, t0)= ecs (t, to). Ep


Fluência

s cgp
Dspc(t, t0)= f(t, to). Ep
Ec

Relaxação da armadura

Ds pr (t, t o ) æ t - t o ö 0,15
y(t, to) = y(t, to) = y1000 .ç ÷
s pi è 41,67 ø
Tabela 5.1 - Valores característicos superiores
da deformação específica de retração ecs(t,to) e
do coeficiente de fluência f(t,to).

40 55 75 90
Umidade Ambiente (%)
Espessura Equivalente 20 60 20 60 20 60 20 60
2Ac/u (cm)
to(dias) 5 4,4 3,9 3,8 3,3 3,0 2,6 2,3 2,1
f(t,to) 30 3,0 2,9 2,6 2,5 2,0 2,0 1,6 1,6
60 3,0 2,6 2,2 2,2 1,7 1,8 1,4 1,4
εcs(t,to) to(dias) 5 -0,44 -0,39 -0,37 -0,33 -0,23 -0,21 -0,10 -0,09
%o 30 -0,37 -0,38 -0,31 -0,31 -0,20 -0,20 -0,09 -0,09

60 -0,32 -0,36 -0,27 -0,30 -0,17 -0,19 -0,08 -0,09


Tabela 5.4 - Valores de 1000, em %

Tabela 5.4 - Valores de Y 1000, em %


Cordoalhas Fios Barras
Tensão inicial RN RB RN RB
0,5 fptk 0 0 0 0 0
0,6 fptk 3,5 1,3 2,5 1,0 1,5
0,7 fptk 7 2,5 5 2 4
0,8 fptk 12 3,5 8,5 3 7

Dsp,c+s+r(¥,t0)= Dsp,s (¥,t0)+ Dsp,c(¥,t0)+ Dsp,r(¥,t0)


EXEMPLO 5.1 Calcular a perda por retração que um cabo sofrerá atuando em uma viga
que tem bw=0,86 m h=2 m, foi protendida com o concreto com 5 dias de idade e em um
ambiente de Ur=75%. Considerar Ep = 2,0 .105 MPa.
40 55 75 90
Umidade Ambiente (%)
Espessura Equivalente 20 60 20 60 20 60 20
2Ac/u (cm) 60
to(dias) 5 4,4 3,9 3,8 3,3 3,0 2,6 2,3 2,1

f(t,to) 30 3,0 2,9 2,6 2,5 2,0 2,0 1,6 1,6

60 3,0 2,6 2,2 2,2 1,7 1,8 1,4 1,4

εcs(t,to) to(dias) 5 -0,44 -0,39 -0,37 -0,33 -0,23 -0,21 -0,10 -0,09

%o 30 -0,37 -0,38 -0,31 -0,31 -0,20 -0,20 -0,09 -0,09

60 -0,32 -0,36 -0,27 -0,30 -0,17 -0,19 -0,08 -0,09

Considerando a expressão (5.21)


Dsp,s(t, t0)= ecs (¥, to). Ep e ainda o valor aproximado de ecs (¥, to) dado em 5.1
2 × 0,86 × 2
com 2Ac/u= = 0,60 m obtêm-se ecs (¥, to)= 2,1.10-4
2 × (0,86 + 2)
2 × (0,86 + 2)
Dsp,s(t, t0)= 2,1.10-4 . 2,0 .105 = 42 MPa.
5.8 Cálculo da perda de protensão por fluência do concreto (consideração do efeito
isolado).
Supõe-se inicialmente, como foi feito no estudo da retração, que a fluência que
ocorre seja a pura assim, a ação causadora da deformação se mantem constante.
Considerando que as ações de caracter permanente provoquem compressão (e desta forma o
encurtamento) em uma fibra do concreto, no nível do centro de gravidade da armadura,
devido ao efeito da fluência tem-se, no tempo infinito, a deformação específica de ec,c(t0,¥)
(neste caso o segundo c subscrito corresponde a abreviação da palavra creep significando
fluência em inglês). Assim, considerando a aderência entre o concreto e a armadura (ep=ec,c
(t, to)) há um encurtamento correspondente na armadura de protensão e portanto uma perda
de tensão dada por

Dsp,c(¥, t0)= ec,c (t, to). Ep (5.22)

que vale também para um tempo t qualquer

ou ainda

Dsp,c(t, t0)= ec,0 φ(t, to). Ep

s cgp
e Dsp,c(t, t0)= φ(t, to). Ep
Ec
com finalmente

Dsp,c(t, t0)= s cgp . φ(t, to). ap (5.23)

Np N p .e 2 åM gi
s cgp = + - i
e
Ac I I
EXEMPLO 5.3 Calcular a perda por fluência do concreto que um cabo sofrerá atuando em
uma viga que tem bw=0,86 m h=2 m, foi protendida com o concreto com 5 dias de idade e
em um ambiente de Ur=75%. Considerar Ep = 2,0 .105 MPa, fck=30 MPa, e scg,p=4 MPa.

EXEMPLO 5.5 Calcular a tensão que teria uma armadura de protensão usando o aço
comum CA25 considerando as perdas por fluência e retração do concreto com as condições
dos problemas 5.1 e 5.3. Considerar ainda uma tensão inicial de protensão de 0,5 fyd.
Se as condições forem mantidas a perda devidas aos dois efeitos será igual a soma de
.9 Perda por relaxação da armadura (consideração do efeito isolado)

A intensidade da relaxação pura do aço (deformação constante) é determinada pelo


coeficiente y(t, to) definido por:

Ds pr (t, t o )
y(t, to) = (5.25)
s pi
onde: pi

onde:

Dspr(t, to)= perda de tensão por relaxação pura (com comprimento constante) desde o
instante to do estiramento da armadura até o instante t considerado
s
spi= tensão da armadura de protensão no instante de seu estiramento
pi= tensão da armadura de protensão no instante de seu estiramento
A relaxação de fios e cordoalhas, após 1000h a 20°C (Y Y
1000) e para tensões
variando de 0,5 a 0,8 fptk, obtida em ensaios descritos na NBR 7484, não deve ultrapassar
os valores dados na NBR 7482 e na NBR 7483,respectivamente.
Para efeito de projeto, os valores de Y da Tabela 5.4 podem ser adotados.
Para efeito de projeto, os valores de Y1000 da Tabela 5.4 podem ser adotados.
Tabela 5.4 - Valores de Y1000, em %
Cordoalhas Fios Barras
Tensão inicial RN RB RN RB
0,5 fptk 0 0 0 0 0
0,6 fptk 3,5 1,3 2,5 1,0 1,5
0,7 fptk 7 2,5 5 2 4
0,8 fptk 12 3,5 8,5 3 7
.9 Perda por relaxação da armadura (consideração do efeito isolado)

EXEMPLO 5.6 Calcular a perda por relaxação de um cabo que na seção em que esta sendo
analisado tem uma tensão no tempo zero (após as perdas iniciais) 1247 MPa. Considerar aço
CP190RB.
Calcular a tensão ao longo do cabo dado

340 340 340 340 340

S0 S5
Sext S1 S2 S3 S4
15

6 18 cabo
200
AV 18 representante

15
680 1700

Como pode ser visto na figura 8.1 os ângulos escolhidos para o cabo representante são 60
e 180, apresentando-se as principais informações da viga que é ^simétrica em relação a
S5, tem 34 m de vão, 6,8 de balanço, 2,0 m de altura, os cabos são todos ancorados na
Sext, considera-se que o cabop representante passe a 15 cm da borda inferior nas seções S0
e no trecho S3 S5 e seus trechos curvos possam ser representados por arco de círculo. A
geometria da estrutura (e da viga) foi definida em função do uso do cabo 12f1/2” (cabo
que tem 12 cordoalhas de diâmetro nominal de ½” dentro de sua bainha).
Dados do cabo 12f1/2”
Dados do cabo 12f1/2”
Área = 12,02 cm2
fbainha interna = 7 cm
Resultam desta escolha os coeficientes relativos ao:
atrito do cabo-bainha (tabela 4.1) m=0,20
desvio angular b=0,01 rd/m ( embora a norma permita até valores de 0,002)
Para o aço adota-se o CP190RB e portanto fica definido o valor de
desvio angular b=0,01 rd/m ( embora a norma permita até valores de 0,002)
Para o aço adota-se o CP190RB e portanto fica definido o valor de
Ep=1,95x105MPa e a tensão inicial a ser aplicada na extremidade do cabo o menor dos
valores 0,74 fptk e 0,82 fpyk (capítulo 3) e como fpyk @ 0,9 fptk, o menor valor é este
último e dado por:
último e dado por:
spi=0,738 fptk=0,738x1900=1404 MPa adotado 1400 MPa.
Adotando o sistema de protensão Rudloff ou MAC.decorre Perda durante a
cravação – 6 mm
Considerando o nível de agressividade III - Nível de Protensão – tem-se que
atender a Protensão Parcial (ver capítulo anterior tabela 7.3), usar um concreto de fck=35
MPa e A/C £ 0,5 (tabela 7.4) e cobrimento mínimo de 4,5 cm (tabela 9.1).
340 340 340 340 340

S0 S5
Sext S1 S2 S3 S4
15

6 18 cabo
200
AV 18 representante

15
680 1700

TABELA 8.5 Tensão ao longo do cabo representante após as perdas por atrito
Da e-
m.(Da+bx)
Seção x(m) D x(m) a ( ) Da ( ) (rad)
O O
Fs’ e-m.(Da+bx) MPa
Sext 0 0 0 0 0,00 1,000 1400,0
S0 6,8 6,8 6 6 0,10 0,966 1352,5
S1 3,4 10,2 12 18 0,31 0,920 1288,2
S2 3,4 13,6 12 30 0,52 0,876 1227,0
S3 3,4 17 12 42 0,73 0,835 1168,7
S4 3,4 20,4 0 42 0,73 0,829 1160,7
S5 3,4 23,8 0 42 0,73 0,823 1152,9
340 340 340 340 340

S0 S5
Sext S1 S2 S3 S4
15

6 18 cabo
200
AV 18 representante

15
680 1700
Tensão no cabo
Ds
1450,0 W S0 + Ds × 680 + × l 0 = W × Dl
1400 2
1400,0 Atrito
1352 Ds 1352,5 - 1288,2
1350,0
atrito e anc. S1
=
1288
atrito e anc. S0 2×l0 340
s( MPa)

1300,0 1301
Aatrito e anc final
1250
1250,0 1227
1202
1200,0 1169 1153
1161
1150,0

1100,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
x(m)
éæ (1400 - 1352,5) ö ù
W S0 = 2 êç ÷ × 680ú = 32.300
ëè 2 ø û Ds = 103 MPa l 0 =272,4 cm
éæ (1400 - 1288,2 ) 1352,5 - 1288,2 ö æ 1352,5 - 1288,2 ö ù
W S1 = 2 êç + ÷ × 680 + ç ÷ × 340ú = 141.278
ëè 2 2 ø è 2 ø û
340 340 340 340 340

S0 S5
Sext S1 S2 S3 S4
15

6 18 cabo
200
AV 18 representante

15
680 1700

TABELA 8.6 Tensão ao longo do cabo representante após as perdas iniciais


Seção Sext S0 S1 S2 S3 S4 S5
ss (MPa) 1202 1250 1288 1277 1169 1161 1153
Cálculo das perdas ao longo do tempo do cabo
representante
Umidade ambiental 75%
protensão efetuada aos 5 dias de idade do
concreto
Temperatura média do ambiente 200C.
Usando a seção S5 e B=1050 cm
e= 2A/m
SEÇÃO DO MEIO DO VÃO
B

15

15

40
35
25

100
L/17 35
15

(B-550)/2 550 (B-550)/2


SEÇÃO DO APOIO

m = 10,50+2x2=14,50 m e= (2x4,5875)/14,5=0,632 m
Com os valores anteriores é possível entrar
na tabela 5.1 e obter os valores superiores
do coeficiente de fluência e da deformação
de retração que resultam em

40 55 75 90
Umidade Ambiente (%)
Espessura Equivalente 20 60 20 60 20 60 20 60
2Ac/u (cm)
to(dias) 5 4,4 3,9 3,8 3,3 3,0 2,6 2,3 2,1
f(t,to) 30 3,0 2,9 2,6 2,5 2,0 2,0 1,6 1,6
60 3,0 2,6 2,2 2,2 1,7 1,8 1,4 1,4
εcs(t,to) to(dias) 5 -0,44 -0,39 -0,37 -0,33 -0,23 -0,21 -0,10 -0,09
%o 30 -0,37 -0,38 -0,31 -0,31 -0,20 -0,20 -0,09 -0,09

60 -0,32 -0,36 -0,27 -0,30 -0,17 -0,19 -0,08 -0,09

f (¥,5) = 2,6 e e s (¥,5) = -2,1 × 10 -4


Cálculo das perdas devido à retração

Ds p , s = E p × e s (¥,5) =1,9x105x2,1x10-4=40,95 MPa

Cálculo das perdas devido à fluência do concreto


Ep
Ds p , c = × s cg , g × f (¥,5)
Ec

Ec =0,85 × 5600 × 35 =28.160 MPa


considerando para o valor de s cg , g = 5 MPa

1,9 × 10 5
Ds p , s = × 5 × 2,6 =87,7 MPa
28.160
Cálculo das perdas devido à relaxação do aço

sp 1153
r= = =0,606
f ptk 1900

0,6 fptk 1,3 k=1,372 que o valor em


0,606 fptk k percentagem para a perda
0,7 fptk 2,5 de 1000 horas para o
tempo infinito tem-se :

× Y
Y¥ = 2,5 1000 = 2,5.1,72 × =4,3 %

Ds p , r = 1153 × 0,043 =49,58 MPa


perdas totais

Ds p , s + c + , r = s p , s + s p ,c + Ds p, r = 40,95+87,70+49,58=178,23 MPa

TABELA 8.7 Tensão ao longo do cabo representante após as perdas iniciais e ao


longo do tempo
Seção Sext S0 S1 S2 S3 S4 S5
ss (MPa) t=to 1202 1250 1288 1277 1169 1161 1153
ss (MPa) t= ¥ 1024 1072 1110 1099 991 983 975

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