Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
DA SUCESSÃO EM GERAL
Da Sucessão em geral
Transmissão do patrimônio (ativo e passivo – Art. 1792 do CC) / (CF art. 5º, XXX –
herança)
o Sucessão legitima
o Sucessão testamentária
o Inventário
o Partilha
Abertura da Sucessão
Artigo 6º do CC - A existência da pessoa termina com a morte. Com a morte da
pessoa, dá-se a abertura da sucessão. Comoriência ocorre quando não se pode
precisar quem morreu antes, presumindo-se que morreram no mesmo instante.
Art. 1784 do CC. Abertura da sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários.
o Princípio da Saisine
Espécies de Sucessão
o Transmissão “inter vivos”
o Transmissão “causa mortis” - De cujus (morto, falecido, autor da herança)
SUCESSÃO LEGITIMA
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
SUCESSÃO A TÍTULO UNIVERSAL
SUCESSÃO A TÍTULO SINGULAR
VOCAÇÃO HEREDITARIA
ACEITAÇÃO DA HERANÇA
Quando ocorre a morte do de cujus, abre-se a sucessão, pela passagem do patrimônio para
os herdeiros. A aceitação é ato de aceitar a herança, é garantido constitucionalmente.
Mesmo que não ocorra a manifestação do herdeiro, ocorre a aceitação da herança. A
aceitação é a anuência do recebimento da herança do falecido para o herdeiro. Pode
ocorrer das seguintes formas:
Tácita: prevista no art. 1805 do CC. Resulta de conduta própria do herdeiro. É a
condição da pessoa do herdeiro, e ao não renuncia-la, a pessoa aceita tacitamente. A
transmissão da herança ocorre pela não recusa.
Presumida: ocorre quando o herdeiros é notificado para se manifestar sobre a
herança, pelo prazo de 30 dias, e permanece silente (em silencio). Ocorre comumente
quando algum credor quer notificar o herdeiro, para consulta-lo se irá aceitar herança,
para poder pedir a penhora de seu quinhão hereditário. A renuncia que prejudica o
credor, pode ser combatida em juízo.
Expressa: ocorre através de declaração escrita, quando o herdeiro pede a abertura do
inventário, e pede a intimação dos demais herdeiros, para se manifestarem
expressamente, se irão aceitar a herança, visando sua habilitação no inventário.
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança;
incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse,
demostrando o valor dos bens herdados.
O herdeiro só responde pelas dividas, no valor de seu quinhão hereditário. Caso o passivo
seja superior ao patrimônio, o herdeiro só responde pela dívida, limitado ao seu quinhão.
O patrimônio do de cujus é que será utilizado para pagar as dívidas, e não patrimônio
particular do herdeiro.
Artigo 1808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a
termo.
1) Negócio Jurídico unilateral: não precisa comunica o espólio que aceita a herança, pois
o direito da herança é garantido é deve ser preservado.
2) Indivisível: Ou aceita 100% do direito hereditário, ou renuncia. Não se pode renunciar
parte da herança. Ou aceita, ou renuncia.
3) Incondicional: Não se pode impor condições ou termos para aceitar a herança.
RENUNCIA
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou
termo judicial.
É o contrário da aceitação. Na renuncia não pode pairar dúvidas, devendo ela, ser solene
ou expressa. Pode ser feita através de instrumento público ou termo judicial no próprio
inventário. A renuncia muda o quadro sucessório. É um negócio jurídico unilateral, pois o
herdeiro renuncia expressamente sua herança. É um ato solene e prescrito em lei, como
deve ser realizado. Existem duas formas de renuncia:
1) Abdicativa: é a renuncia propriamente dita, pois não beneficia uma pessoa em
especifico, a titulo gratuito, e sim beneficia a todos os demais herdeiros, dividindo sua
parte, de maneira igual, aos demais herdeiros. Abre-se mão da herança, sem beneficiar
um herdeiro em especifico.
2) Translativa: renuncia a herança, mas contempla um herdeiro em especial. É uma
cessão de direitos hereditários, porque direciona o quinhão renunciado, a um herdeiro
em especifico. É a renuncia em favor de outro herdeiro em especial. Se ocorre entre
vivos, cabe ITBI; se em causa mortis, cabe ITCMD. Equivale a cessão de direitos.
Restrições da Renuncia
Deve ser feita por agente capaz, ou seja, o renunciante deve ter capacidade jurídica.
Pode ocorrer por procuração, desde que esta seja expressa no mandato.
A outorga uxória (1647, I e 80, II). Neste caso, a renuncia depende da anuência do
cônjuge, salvo se casados em regime de separação absoluta de bens.
Pode-se renunciar a herança, desde que não prejudique os credores do herdeiro (Art.
1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão
eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.)
Efeitos da Renuncia
A renuncia ocorre no inventário, posterior a morte do autor da herança, entretanto ela
retroage seus efeitos ao momento da abertura de sucessão.
1) Exclusão dos herdeiros do renunciante: A renuncia de um dos herdeiros, exclui
automaticamente seu filhos do direito hereditário, pois a herança renunciada,
beneficia os outro herdeiros (ex. irmãos do renunciante), e não os netos do de cujus,
filhos do herdeiro renunciante.
2) Acresce o quinhão dos herdeiros da mesma classe: A ordem hereditária é divida em
classes, que são descentes, ascendentes, colaterais e cônjuge/companheiro. Nesta caso,
a divisão do quinhão do herdeiro renunciante, será dividida entre os herdeiros da
mesma classe.
3) Não existe direito de representação no caso da renuncia: Ocorrendo a renuncia, os
herdeiros do herdeiro renunciante, não terão direito a herança do de cujus.
A renuncia não deve ter vícios, pois caso ocorra, pode gerar nulidades. Não existindo vícios
de consentimento, a renuncia é irretratável.
Excluídos da Sucessão
Deve ser reivindicada por quem tem legitimidade, ou seja, deve ser alegada por outros.
Ocorre quando um herdeiro pratica atos de indignidade para com o de cujus. É prevista no
artigo 1814.
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: I - que houverem sido
autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de
cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; II - que
houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime
contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; III - que, por violência ou meios
fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por
ato de última vontade.
Perdão
É a reabilitação do herdeiro excluído, de forma expressa, em testamento (somente
publico) ou em outro ato autentico.
Deserdação
É um ato feito pelo próprio autor da herança, ainda em vida. Inclui as hipóteses do artigo
1814 (acima citado), bem como as dos artigos 1962 e 1963.
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos
descendentes por seus ascendentes: I - ofensa física; II - injúria grave; III - relações ilícitas
com a madrasta ou com o padrasto; IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou
grave enfermidade.
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos
ascendentes pelos descendentes: I - ofensa física; II - injúria grave; III - relações ilícitas com a
mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou o
da neta; IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade.