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Físico-Química IV
Eletroquímica
Soluções eletrolíticas – Atividade – Lei limite de Debye Hückel
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FÍSICO-QUÍMICA IV – CQ049 – Turma D1 – Curso: Química
mês 4ª feira
abril 17 Apresentação da disciplina - Soluções eletrolíticas e LLDH
24 Condutividade de soluções eletrolíticas
maio 01 Feriado
08 Células galvânicas I
15 Células galvânicas II
22 Revisão
29 1ª Prova
junho 05 Células eletrolíticas I
12 Células eletrolíticas II
19 Mobilidade, número de transporte e dupla camada elétrica (*)
26 Cinética eletroquímica
julho 03 Corrosão
10 Revisão
17 2ª Prova
24
agosto 31
07 Exame final
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Atkins, P. W. Físico-Química, Oxford, 8ª ed.
vol. 2 - Cap. 21 (itens 21.6 a 21.8) (Condutividade e mobilidade iônica)
vol. 1 - Cap. 7 (itens 7.5 a 7.9) (Equilíbrio eletroquímico e Pilhas)
vol. 2 - Cap.25 (itens 25.8 a 25.13) (Processos nos eletrodos)
PILLA, Luiz. Físico-química. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.: Rio
de Janeiro: 1980. Caps.: 16, 22, 23, 25 e 26
Castellan, G. W. Fundamentos de Físico-Química, LTC, vol. 1
Moore, W. J. Físico-Química, Edgard Blücher, tradução da 4ª ed.
americana, vol. 1 e 2
Maron, S. H. & Prutton, C. F. Principles of physical chemistry, Collier
McMillan, 4ª edição
Antropov, L. I. Theoretical eletrochemistry, Editora MIR, Moscow, 1972.
Damaskin, B. B. & Petri, O. A. Fundamentos de la electroquímica teórica,
Ed. MIR, Moscow, 1980.
Levine, I. N. Physical chemistry, McGraw-Hill, 3ª ou 4ª edição.
Ticianelli, E A, Gonzalez, E. R. Eletroquímica: Princípios e Aplicações, São
Paulo, EDUSP, 2005.-M.A.
Brett, Electroquimica: Principios, Metodos e Aplicações, São Paulo, 5/31
ALMEDINA, 2000.
Objetivo fundamental da eletroquímica
Estudar sistemas capazes de entregar trabalho útil elétrico
a partir de reação de oxirredução (células galvânicas)
e/ou
Estudar sistemas nos quais ocorrem processos de
oxirredução ao receber trabalho útil elétrico (Eletrólise).
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ELETROQUÍMICA
• Estudos do Eletrólito:
Em condições de equilíbrio (i = 0) → termodinâmica dos
eletrólitos, teorias de dissociação eletrolítica, equilíbrios
iônicos em solução, etc
Em condições fora de equilíbrio (i ≠ 0) →
fenônemos de transporte de massa
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Estudo do eletrólito em condições de
equilíbrio
Eletrólito
Dissociação completa
forte
Ex.: KCl → K+ + Cl-
Eletrólito
Teorias
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Interação iônica Debye-Huckel-Onsager
SOLUÇÕES ELETROLÍTICAS
Existem substâncias que quando dissolvidas em água, ou em outros
solventes adequados, possuem a propriedade de conduzir a corrente
elétrica.
Estas substâncias são denominadas de eletrólitos e as suas soluções são
chamadas de soluções eletrolíticas.
http://quimicanacuca.wordpress.com/2011/08/24/conceitos-arrhenius-acido-base/ 9/31
É possível então classificar os eletrólitos como fortes ou fracos, de acordo
com o valor de sua condutividade elétrica em solução.
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• As moléculas do eletrólito se ionizam em íons de cargas opostas
quando dissolvidas num solvente apropriado
• A carga total dos íons positivos é sempre igual à carga total dos
íons negativos, de modo que a solução, no seu conjunto,
permanece eletricamente neutra
• Os íons se distribuem caoticamente e uniformemente em solução,
de tal forma que as atrações interiônicas se anulam
• A dissociação das moléculas em íons não é completa, havendo um
equilíbrio entre moléculas e íons. Quanto maior a formação de
íons, maior o grau de ionização (α)
Obs.: Convenção:
zi = carga do íon
Aν + Bν − → ν + A z+ + ν − B z− νi = atomicidade do íon
+ 2-
Ex. : K 2 SO 4 (s) H
2 O
→ 2K (aq) + SO 4 (aq)
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Lei de diluição de Ostwald
AB = A+ + B- K=
cα .cα
c(1 − α )
início c − −
variação -cα +cα +cα cα 2
K=
equilíbrio c - cα cα cα 1−α
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Teoria da interação iônica
(Debye-Huckel-Onsager)
• Cada íon é envolvido por uma atmosfera iônica de carga
oposta sob a forma de uma nuvem iônica
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Efeito eletroforético:
O movimento dos íons devido à ação do
potencial aplicado é retardado pela força de
atração entre as moléculas de solvente e os
íons.
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• Força iônica (I)
1
I = ∑ z i .(bi / b o ) estado padrão: bo= 1 mol.kg-1
2
2 i
1
I = ∑ z i .(bi / b o ).α i
2
2 i
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Exercícios
1) Calcular a força iônica das soluções:
a) 0,1 mol kg-1 de KNO3 b) 0,1 mol kg-1 de Na2SO4
c) KNO3 0,05 molkg-1 + Na2SO4 0,1 mol kg-1
d) 0,040 mol kg-1 K3[Fe(CN)6] + 0,030 mol kg-1 KCl + 0,050 mol kg-1 NaBr
(Resp.: 0,1 – 0,3 – 0,35 – 0,32)
2) Calcular a força iônica de uma solução em que foram dissolvidos KCl e K2SO4
de modo que as concentrações resultantes sejam de 0,1 e 0,2 mol kg-1
respectivamente.
(Resp.: 0,7)
4) Que molalidade tem uma solução de CuSO4 com a mesma força iônica do KCl a
1,00 mol kg-1? (Resp.: 0,25 mol.kg-1)
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Atividade (a) dos íons
(a) Definição: Medida da interação entre os íons
O potencial químico de um componente de uma solução qualquer é:
o onde ai é a atividade do componente e µio é o
µ i = µ + RT ln ai
i potencial químico do componente no estado padrão
caracterizado por um valor unitário da atividade.
Numa solução diluída, o soluto segue a lei de Henry e a atividade pode ser
substituída por uma variável de concentração, sendo a mais adequada a
concentração em mol.kg-1 (b) por ser independente da temperatura.
Assim, para o soluto temos:
µ i = µ io + RT ln(bi / b o ) Então:
o
a ∝ (bi / b )
o γ = coeficiente de atividade
ai = γ (bi / b )
(fator empírico)
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estado padrão: bo = 1 mol.kg-1
Portanto, temos que o coeficiente de atividade (γ) mede o desvio
em relação ao comportamento que o soluto teria se cumprisse a lei de Henry
na concentração considerada.
Numa dada temperatura, o coeficiente de atividade é função da concentração,
mas se aproxima da unidade quando a concentração se aproxima de zero, isto
é:
lim γ = 1 lim a = b
b →0 b →0
Para os cátions: µ + = µ +o + RT ln a +
Para os ânions: µ − = µ −o + RT ln a −
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(b) Como não se pode preparar soluções separadas de cátions e
ânions, é necessário trabalhar com o coeficiente de atividade
médio (γ±), que nada mais é que a média geométrica dos
coeficientes de atividade de cada íon.
1
γ ± = (γ + .γ − )
ν+ ν − v +v
+ −
a ± = (a υ+ + .a υ− − ) υ + +υ −
1
υ+ υ− υ + +υ −
b± = b(υ + .υ − )
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Exercícios
(5) Dar o coeficiente médio de atividade dos íons numa solução de CaCl2
em termos dos coeficientes de atividade dos respectivos íons.
(6) Dar o coeficiente médio de atividade dos íons numa solução de
Al2(SO4)3 em termos dos coeficientes de atividade dos respectivos íons
1 1
Resp.: (5) (
γ ± = γ Ca .γ Cl
2+ − )
2 3
(6)
γ ± = γ Al 2 γ
3+
3
5
−
SO4 2
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A Lei Limite de Debye-Hückel
• Explica a origem do coeficiente de atividade iônica,
permitindo o seu cálculo em soluções diluídas, sem qualquer
recurso a medidas experimentais.
• Para isso, combinaram a lei de Poisson (da eletrostática)
com a lei de distribuição de Boltzmann.
Descrição qualitativa:
• Os íons são esferas condutoras, eletricamente carregadas,
e imersos em um solvente de constante dielétrica relativa.
• Íons de carga oposta se atraem e estão em constante
movimento
• A solução é eletricamente neutra, mas nas vizinhanças de
um íon há um excesso de contra-íons; é a atmosfera iônica
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Para soluções com baixa força iônica (I ≤ 0,01) é válida a
seguinte expressão da Lei Limite de Debye-Hückel (LLDH)
1/ 2
log γ ± = − z + z − A.I
onde:
Legenda
curvas em azul = traçadas conforme LLDH
curvas em vermelho = traçadas a partir de
dados experimentais
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(b) Lei de Debye Hückel generalizada
Para soluções onde 0,1 < I < 0,5, usa-se a eq. de Davis:
A z+ z− I 1/ 2
log γ ± = −
1 + I 1/ 2 − 0,2 I
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A Lei de Debye Hückel
generalizada concorda
com os resultados
experimentais sobre
faixa mais ampla de
molalidades do que a
lei limite, mas falha em
molalidades altas.
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Exercícios
(8) Calcular o coeficiente médio de atividade para as soluções:
a) NaCl 0,010 mol.kg-1 b) Na2SO4 0,0010 mol.kg-1 c) KCl 0,0050 mol.kg-1
d) CaCl2 0,0010 mol.kg-1 e) ácido acético 0,10 mol.kg-1 com α = 0,01331.
Resp.: (0,89 – 0,88 – 0,92 – 0,88 – 0,96)
(9) Calcule a força iônica de uma solução contendo KCl 0,10 mmol.kg-1 e
CuSO4 0,20 mmol.kg-1 e estime o coeficiente médio de atividade do
sulfato de cobre nessa solução. Resp.: 9,0 x 10-4 – 0,87
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(12) Calcule a solubilidade do cloreto de prata em:
(a) água.
(b) K2SO4 0,020 mol kg-1sabendo-se que γ(Ag+) = γ(Cl-) = 0,75 nesse meio.
Kps ( AgCl ) = a Ag + a Cl −
1,62 x 10 -10 = x 2
x = 1,27x10 -5 mol.kg −1