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Ainda assim se faz necessário um modelo que comporte uma divisão em termos de
experiência percebida e volitiva, para a partir disto traçar um mapa de conquista.
Lembrando sempre que "o mapa não é o território".
O modelo quadri-partido.
A Extra-consciência seria a percepção da consciência fora do Eu. O modelo proposto
neste site, todavia, será o modelo tri-partido.
O modelo da percepção
Dividiu-se didaticamente o Eu em 3, o Eu-Superconsciente representado pela região
cônica acima da cabeça, o Eu - Consciente representado pela cabeça e o Eu -
Subconsciente representado pelo tronco.
Esta divisão serve apenas para uma orientação espacial em relação ao corpo do
praticante, pois a comunicação entre os Eus respeita outra formação, como mostra a figura
abaixo:
O modelo tri-partido.
Ego
Ego (em alemão ich, "eu") designa na teoria psicanalítica uma das três estruturas do modelo
triádico do aparelho psíquico. O ego desenvolve-se a partir do Id com o objetivo de permitir que
seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é o
chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o planejamento e a
espera no comportamento humano. A satisfação das pulsões é retardada até o momento em
que a realidade permita satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de
consequências negativas.
Supressão
Freud e a Dissociação
Sigmund apontou: o que for reprimido da consciência no passado irá buscar formas
neuróticas de manifestação no futuro.
Por este motivo o ser humano precisa se comunicar, comunicar o que sente, transcender
os obstáculos, os sentimentos contudentemente incômodos, posto que sua natureza é de
semente, qual germina e frutos dão ao ser plantada no solo do forçado esquecimento.
BeHold@!
Supressão
A Supressão representa o estado de ausência da consciência no foco que foi suprimido.
Trocando em miúdos suprimir significa esquecer da existência aquilo que foi suprimdo.
Diga-se: Um desinteresse total pelo que foi suprimido. Suprimido da atenção, raciocínio e
consideração.
Transformação em sigilo.
Sigilos são a transformação daquilo que vai ser suprimido, geralmente descrito em uma
Sentença do Desejo ou como chamado pelo SatAnanda, Sentença da Conquista, em uma
nova função ou forma, marcada por uma mesma essência ou 'vibe'. Mesmo conteúdo,
potes diferentes.
Sigmund Freud
Sigismund Schlomo Freud[2] (Příbor, 6 de maio de 1856 — Londres, 23 de
[3]
setembro de 1939 ), mais conhecido comoSigmund Freud, formou-se em medicina e
especializou-se em Neurologia, tendo logo a seguir criado a Psicanálise.[2] Freud nasceu numa
família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco; atualmente
a localidade é denominada Příbor, na República Tcheca.[3]
Freud iniciou seus estudos pela utilização da técnica da hipnose como forma de acesso aos
conteúdos mentais no tratamento de pacientes com histeria. Ao observar a melhoria de
pacientes de Charcot, elaborou a hipótese de que a causa da doença erapsicológica,
não orgânica. Essa hipótese serviu de base para seus outros conceitos, como o
do inconsciente.[4] Freud também é conhecido por suas teorias dos mecanismos de
defesa, repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento
da psicopatologia, através do diálogo entre o paciente e o psicanalista. Freud acreditava que
o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana, assim como suas técnicas
terapêuticas. Ele abandonou o uso de hipnose em pacientes com histeria, em favor da
interpretação de sonhos e da livre associação, como vias de acesso ao inconsciente.[5]
Suas teorias e seu tratamento com seus pacientes foram controversos na Viena do século XIX,
e continuam a ser muito debatidos hoje. Suas ideias são frequentemente discutidas e
analisadas como obras de literatura e cultura geral em adição ao contínuo debate ao redor
delas no uso como tratamento científico e médico.
Nascido Sigmund Schlomo Freud, em 1877 abreviou seu nome para Sigmund Freud. Aos
quatro anos de idade sua família transferiu-se para Viena por problemas financeiros e
problemas de saúde. Morou em Viena até 1938 quando, após o Anschluss (em razão de sua
etnia judaica), refugia-se na Inglaterra, onde já se encontrava parte de sua família.
Freud ingressou na Universidade de Viena aos 17 anos. Ele planejava estudar direito mas, ao
invés disso, entrou para a faculdade de medicina, onde seus estudos incluíramfilosofia, com o
professor Franz Brentano, fisiologia, com o professor Ernst Brücke e zoologia, com o
professor Darwinista Carl Friedrich Claus. [7] Em 1876, Freud passou quatro semanas na
estação zoológica de Claus em Trieste, dissecando o sistema reprodutor masculino de
centenas de enguias, num estudo que se revelou inconclusivo. Graduou-se em medicina em
1881.
Sigmund Freud é filho de Jacob Freud e de sua terceira mulher Amalie Nathanson (1835-
1930). Jacob, um judeu proveniente da Galícia e comerciante de lã, muda-se
a Viena em1860.[8]
Os primeiros anos de Freud são pouco conhecidos, já que ele destruíra seus escritos pessoais
em duas ocasiões: a primeira em 1885 e novamente em 1894. Além disso, seus escritos
posteriores foram protegidos cuidadosamente nos Arquivos de Sigmund Freud, aos quais só
tinham acesso Ernest Jones (seu biógrafo oficial) e uns poucos membros do círculo
da psicanálise. O trabalho de Jeffrey Moussaieff Masson pôs alguma luz sobre a natureza do
material oculto.[9]
Freud e Martha tiveram seis filhos: Mathilde, nascida em 1887, Jean-Martin, nascido em 1889,
Olivier, nascido em 1891, Ernst, nascido em 1892, Sophie, nascida em 1893 eAnna, nascida
em 1895. Um deles, Martin Freud, escreveu uma memória intitulada Freud: Homem e Pai, na
qual descreve o pai como um homem que trabalhava extremamente, por longas horas, mas
que adorava ficar com suas crianças durante as férias de verão.
Anna Freud, filha de Freud, foi também uma psicanalista destacada, particularmente no campo
do tratamento de crianças e do desenvolvimento psicológico. Sigmund Freud foi avô do
pintor Lucian Freud e do ator e escritor Clement Freud, e bisavô da jornalista Emma Freud, da
desenhista de moda Bella Freud e do relacionador público Matthew Freud.
Por sua vida inteira Freud teve uma posição financeira modesta. Josef Breuer foi no início um
aliado de Freud em suas ideias e também um aliado financeiro.
Freud criou o termo "psicanálise" para designar um método para investigar os processos
inconscientes e de outro modo inacessíveis do psiquismo.
Nos tempos do nazismo, Freud perdeu quatro irmãs (Rosa, Dolfi, Paula, e Marie Freud).
Embora Marie Bonaparte tenha tentado retirá-las do país, elas foram impedidas de sair de
Viena pelas autoridades nazistas[11] e morreram nos campos de concentração de Auschwitz e
de Theresienstadt.
Maturidade
Placa memorial localizada onde Freud nasceu em Příbor, República Tcheca.
Com Brücke, Freud entra em contato com a linha fisicalista da Fisiologia. O interesse de Brücke
não era apenas descobrir as estruturas de órgãos ou células particulares, mas sim,
suas funções. Dentre as atribuições de Freud, nesta época, estavam o estudo da anatomia e
da histologia do cérebro humano. Durante os estudos, identifica várias semelhanças entre a
estrutura cerebral humana e a de répteis, o que o remete ao então recente estudo de Charles
Darwin sobre a evolução das espécies e à discussão da "superioridade" dos seres humanos
sobre outras espécies.
Freud, então, conhece Martha Bernays, e parece ter sido amor à primeira vista. O seu desejo
de desposar Martha, o baixo salário e as poucas perspectivas de carreira na pesquisa científica
fazem-no abandonar o laboratório e a começar a trabalhar no Hospital Geral, o principal
hospital de Viena, passando por vários departamentos do mesmo. O próprio Brücke aconselha-
o a mudar, apesar de seu bom desempenho e com razão, já que Freud precisava ganhar
dinheiro.
Apenas em Setembro de 1886 Freud casa-se com Martha Bernays, com a ajuda financeira de
alguns amigos mais abastados, dentre eles Josef Breuer, um colega mais velho da faculdade
de medicina. Foi com as discussões de casos clínicos com Breuer que surgiram as ideias que
culminaram com a publicação dos primeiros artigos sobre a psicanálise.
Freud em 1905.
O primeiro caso clínico relatado deve-se a Breuer e descreve o tratamento dado a uma
paciente (Bertha Pappenheim, chamada de "Anna O." no livro), que demonstrava vários
sintomas clássicos de histeria. O método de tratamento consistia na chamada "cura pela fala"
ou "cura catártica", na qual o ou a paciente discute sobre as suas associações com cada
sintoma e, com isso, os faz desaparecer.[6] Esta técnica tornou-se o centro das técnicas de
Freud, que também acreditava que as memórias ocultas ou "reprimidas" nas quais baseavam-
se os sintomas de histeria eram sempre de natureza sexual. Breuer não concordava com Freud
neste último ponto, o que levou à separação entre eles logo após a publicação dos casos
clínicos.
Na verdade, inicialmente, a classe médica em geral acaba por marginalizar as ideias de Freud;
seu único confidente durante esta época é o médico Wilhelm Fliess. Depois que o pai de Freud
falece, em outubro de 1896, segundo as cartas recebidas por Fliess, Freud, naquele período,
dedica-se a anotar e analisar seus próprios sonhos, remetendo-os à sua própria infância e, no
processo, determinando as raízes de suas próprias neuroses. Tais anotações tornam-se a
fonte para a obra A Interpretação dos Sonhos. Durante o curso desta auto-análise, Freud
chega à conclusão de que seus próprios problemas eram devidos a uma atração por sua mãe
e a uma hostilidade ao seu pai. É o famoso "complexo de Édipo", que se torna o coração da
teoria de Freud sobre a origem da neurose em todos os seus pacientes.
Venus beijou longamente e ardorosamente Amor para que este destruisse Psique, mas este se
apaixonou por ela e pediu ajuda a Júpiter, o qual a aceita como noiva do seu filho. Conforme
ensina Bruno Bettelheim "Em alguns aspectos, a história de Amor e Psique é uma réplica de
Édipo, mas existem importantes diferenças" ("in" Freud e a alma humana, 14. ed. 2008, p. 27).
Ocorre que o controle dos instintos faz o final de Amor e Psique feliz, enquanto o do Rei
Édipo terminou em tragédia.
Freud morre de cancro no palato aos 83 anos de idade (passou por trinta e três cirurgias).
Supõe-se que tenha morrido de uma overdose de morfina.[6] Freud sentia muita dor, e segundo
a história contada, ele teria dito ao médico que lhe aplicasse uma dose excessiva de morfina
para terminar com o sofrimento, o que seria eutanásia.
Pensamento e Linguagem
Em suas teorias, Freud afirma que os pensamentos humanos são desenvolvidos, obtendo
acesso à consciência, por processos diferenciados, relacionando tal ideia à de que a
sistemática do nosso cérebro trabalha essencialmente com o campo da semântica, isto é, a
mente desenvolve os pensamentos num sistema intrincado de linguagem baseados em
imagens, as quais são meras representações de significados latentes.
Teoria da Representação
As emoções, por exemplo, são processos de descarga de energia, que são percebidos como
os sentimentos. São as chamadas representações imagéticas, que não formam imagens
psíquicas, e sim traços mnésicos de sensações.
Processo Secundário
O processo de pensamento secundário, por outro lado, está associado ao pré-consciente,
também chamado de "ação interiorizada" ou, ainda, de "processo racional do pensamento".
Nele, o escoamento de energia mental fica retido, só acontecendo após uma série de
associações, as quais refletem no aparelho psíquico. As ações decorrentes dessa forma de
processamento devem ser tomadas com base no mundo externo, no contexto em que a
pessoa se encontra e em seus objetivos. Assim, ao contrário da energia do processo primário,
que é livre, a energia do secundário é condicional
Linguagem e Psicanálise
Em diversas obras, como "A Interpretação dos Sonhos", "A Psicopatologia da Vida Cotidiana" e
"Os Chistes e suas Relações com o Insconsciente", Freud não só desenvolve sua teoria sobre
o inconsciente da mente humana, como articula o conteúdo do inconsciente ao ato da fala,
especialmente aos atos falhos. [5]
Os níveis de consciência estão distribuídos entre as três entidades que formam a mente
humana, ou seja, o Id, o Ego e o Superego.
Segundo Freud, o conteúdo do inconsciente é, muitas vezes, reprimido pelo Ego. Para driblar a
repressão, as ideias inconscientes apelam aos mecanismos definidos por Freud em sua obra
“A Interpretação dos Sonhos”, como deslocamento e condensação. Estes dois, mais tarde,
seriam relacionados por Jacobson à metonímia e metáfora, respectivamente. [6] [7]
Semelhante à análise dos sonhos, a análise da fala seria um caminho psicanálitco para
investigar os desejos ocultos do homem e as causas das psicopatologias. [8]
“É na palavra e pela palavra que o inconsciente encontra sua articulação essencial.” [9]
Deste modo, Freud cria uma interrelação entre os campos da linguística e da psicanálise, as
quais serão retomadas por estudiosos posteriores, como Jacques-Marie Émile Lacan.
Inovações de Freud
Freud inovou em dois campos. Simultaneamente, desenvolveu uma teoria da mente e da
conduta humana, e uma técnica terapêutica para ajudar pessoas afetadas psiquicamente.
Alguns de seus seguidores afirmam estar influenciados por um, mas não pelo outro campo.
Em sua obra mais conhecida, A Interpretação dos Sonhos, Freud explica o argumento para
postular o novo modelo do inconsciente e desenvolve um método para conseguir o acesso ao
mesmo, tomando elementos de suas experiências prévias com as técnicas de hipnose.
Como parte de sua teoria, Freud postula também a existência de um pré-consciente, que
descreve como a camada entre o consciente e o inconsciente (o termo subconsciente é
utilizado popularmente, mas não é parte da terminologia psicanalítica). A repressão em si tem
grande importância no conhecimento do inconsciente. De acordo com Freud, as pessoas
experimentam repetidamente pensamentos e sentimentos que são tão dolorosos que não
podem suportá-los. Tais pensamentos e sentimentos (assim como as recordações associadas
a eles) não podem ser expulsos da mente, mas, em troca, são expulsos do consciente para
formar parte do inconsciente.
Embora ao longo de sua carreira Freud tenha tentado encontrar padrões de repressão entre
seus pacientes que derivassem em um modelo geral para a mente, ele observou que pacientes
diferentes reprimiam fatos diferentes. Observou ainda que o processo da repressão é em si
mesmo um ato não-consciente (isto é, não ocorreria através da intenção dos pensamentos ou
sentimentos conscientes). Em outras palavras, o inconsciente era tanto causa como efeito da
repressão.
Cocaína
Como um pesquisador da área médica, Freud foi um dos primeiros usuários e proponentes
da cocaína como um estimulante, bem como analgésico. Ele escreveu vários artigos sobre as
qualidades antidepressivas do medicamento e ele foi influenciado por seu amigo e
confidente Wilhelm Fliess, que recomendou a cocaína para o tratamento da "neurose nasal
reflexa". Fliess operou Freud e o nariz de vários pacientes de Freud que ele acreditava estarem
sofrendo do transtorno, incluindo Emma Eckstein, cuja cirurgia foi desastrosa.[14]
Freud achava que a cocaína iria funcionar como uma panacéia para muitos transtornos e
escreveu um artigo científico bem recebido, "On Coca", explicando as suas virtudes.
Prescreveu-o para seu amigo Ernst von Fleischl-Marxow para ajudá-lo a superar
o vício da morfina que tinha adquirido ao tratar uma doença do sistema nervoso
Divisão do Inconsciente
Freud procurou uma explicação à forma de operar do inconsciente, propondo uma estrutura
particular. No primeiro tópico recorre à imagem do "iceberg" em que o consciente corresponde
à parte visivel, e o inconsciente corresponde à parte não visivel, ou seja, a parte submersa do
"iceberg". De sua teoria ele estava preocupado em estudar o que levava à formação dos
sintomas psicossomáticos (principalmente a histeria, por isso apenas os conceitos de
inconsciente, pré-consciente e consciente eram suficientes). Quando sua preocupação se virou
para a forma como se dava o processo da repressão, passou a adotar os conceitos
de id, ego e superego.
Libido
Freud, em foto de 1900: O primeiro investimento objetal da libido, segundo ele, ocorreria no progenitor do sexo
oposto, esta fase caracterizada pelo investimento libidinal em um dos progenitores se chama (complexo de
Édipo.
Freud também acreditava que a libido amadurecia nos indivíduos por meio da troca de seu
objeto (ou objetivo). Argumentava que os humanos nascem "polimorficamente perversos", no
sentido de que uma grande variedade de objetos possam ser uma fonte de prazer, sem ter a
pretensão de se chegar à finalidade última, ou seja, o ato sexual. O desenvolvimento
psicosexual ocorreria em etapas, de acordo com a área na qual a libido está mais concentrada:
a etapa oral (exemplificada pelo prazer dos bebês ao chupar a chupeta, que não tem nenhuma
função vital, mas apenas de proporcionar prazer); a etapa anal (exemplificada pelo prazer das
crianças ao controlar sua defecação); e logo a etapa fálica (que é demonstrada pela
manipulação dos órgãos genitais). Até então percebe-se que a libido é voltada para o próprio
ego, ou seja, a criança sente prazer consigo mesma. O primeiro investimento objetal da libido,
segundo Freud, ocorreria no progenitor do sexo oposto, esta fase caracterizada pelo
investimento libidinal em um dos progenitores (se chama complexo de Édipo). A criança
percebe então que entre ela e a mãe (no caso de um menino) existe o pai, impedindo a
comunhão por ele desejada. A criança passa então a amar a mãe e a experienciar um
sentimento antagônico de amor e ódio com relação ao pai. Ela percebe então que tanto o amor
vivido com a mãe como o ódio vivido com o pai são proibidos e o complexo de Édipo é então
finalizado com o surgimento do superego, com a desistência da criança com relação à mãe e
com a identificação do menino com o pai.
Freud esperava provar que seu modelo, baseado em observações da classe média austríaca,
fosse universalmente válido. Utilizou amitologia grega e a etnografia contemporânea como
modelos comparativos. Recorreu ao "Édipo Rei" de Sófocles para indicar que o ser humano
deseja o incesto de forma natural e como é reprimido este desejo. O complexo de Édipo foi
descrito como uma fase do desenvolvimento psicossexual e de amadurecimento. Também
fixou-se nos estudos antropológicos de totemismo, argumentando que reflete um costume
ritualizado do complexo de Édipo (Totem e Tabu). Incorporou também em sua teoria conceitos
da religião católica e da judaica; assim como princípios da Sociedade
Vitoriana sobre repressão, sexualidade e moral; e outros da biologia e dahidráulica.
Esperava que sua investigação proporcionasse uma sólida base científica para seu método
terapêutico. O objetivo da terapia freudiana ou psicanálise é, relacionando conceitos da mente
cartesiana e da hidráulica, mover (mediante a associação livre e da interpretação dos sonhos)
os pensamentos e sentimentos reprimidos (explicados como uma forma de energia) através do
consciente para permitir ao sujeito a catarse que provocaria a cura automática.
É menos conhecido o interesse de Freud pela neurologia. No início de sua carreira investigou
a paralisia cerebral. Publicou numerosos artigos médicos neste campo. Também mostrou que
a doença existia muito antes de outros pesquisadores de seu tempo terem notícia dela e de a
estudarem. Também sugeriu que era errado que esta doença, segundo descrito por William
Little (cirurgião ortopédico britânico), tivesse como causa uma falta de oxigênio durante o
nascimento. Ao invés disso, Freud afirmou que as complicações no parto eram somente um
sintoma do problema. Somente na década de 1980 suas especulações foram confirmadas por
pesquisadores modernos.
Do ponto de vista da medicina, a teoria e prática freudiana têm sido substituídas pelas
descobertas empíricas ao longo dos anos. A psiquiatria e a psicologia como ciências hoje
apresentam questionamentos relevantes à maior parte do trabalho de Freud.[carece de fontes] Sem
dúvida, muitas pessoas continuam aprendendo e praticando a psicanálise freudiana tradicional.
No âmbito da psicanálise moderna, a palavra de Freud continua ocupando um lugar
determinante, embora suas teorias frequentemente apareçam reinterpretadas por autores
como Jacques Lacan e Melanie Klein.
Críticas a Freud
Atualmente muitas críticas tem sido feitas ao método psicanalítico, porém, por mais que a
ciência moderna avance, muitos dos conceitos estruturadores da psique humana e os
resultados obtidos pela aplicação do método continuam melhorando a qualidade de vida de
muitas pessoas. Nota-se que a revolução promovida por Freud abriu caminhos para estudos
que antigamente se encontravam em um plano imaginário. A criação de um método clínico a
serviço do diagnóstico e tratamento de doenças da psique é um fato sem igual em toda
a história da ciência. Porém é de se constatar certamente que em muitos escritos
de Montaigne e de Pascal a ideia da auto-análise já era usada para explicar problemas
subjetivos usando a lógica vigente, transformando os problemas do ser e de seu inconsciente
em desafios universais, com os quais todos os homens se deparam.
Uma das mais severas críticas sofridas pelo método psicanalítico foi feita pelo filósofo da
ciência Karl Popper. Segundo ele, a psicanálise é pseudociência, pois uma teoria seria
científica apenas se pudesse ser falseável pelos fatos.
Um exemplo é a teoria freudiana do "Complexo de Édipo". Freud afirmava que esse complexo
era universal, mas com que base de dados chegou a essa conclusão? Na época da formulação
da psicanálise, a sua "amostra" era bastante limitada; parte dela vinha de sua experiência
subjetiva (a sua "auto-análise" precedendo a publicação de A Interpretação dos Sonhos) e da
sua prática clínica, feita na maioria das vezes com pacientes burgueses de
uma Áustria vitoriana. Ou seja: uma amostra retirada de contextos bem específicos e que não
podem fundamentar a universalidade pretendida pelo autor.
Outra crítica robusta foi feita pelo psiquiatra inglês Willian Sargant no livro "A possessão da
mente". O autor relata suas experiências com pacientes com traumas de guerra, em que ele se
deparou com situações nas quais estes se tornavam altamente sugestionáveis. O método
psicanalítico, segundo Sargant atuaria de forma semelhante a estes fenômenos, o que tornava
não críveis os relato dos pacientes que supostamente confirmavam o pensamento freudiano.
Como a relação psicanalista-paciente pode provocar estados de alta sugestionabilidade, estes
estariam, na verdade, expressando as crenças do próprio psicanalista.
Pacientes de Freud
Esta é uma lista parcial de pacientes cujos estudos de caso foram publicados por Freud.
Peter Swartz
Somacruz Zeidan
Alexander Mitscherlich
Nikki Lauren
André Green
Anna Freud
Brendon William
Carl G. Jung
Didier Anzieu
Donald Meltzer
D. W. Winnicott
Edward Glover
Emilio Rodrigué
Enrique Pichon Rivière
Erik H. Erikson
Ernest Jones
Frances Tustin
Franz Alexander
Hanna Segal
Harold Searles
Heinrich Racker
Hélène Deutsch
Wilhelm Reich
Dissociação
Os distúrbios dissociativos além de pouco conhecidos geram constantes
desentendimentos entre os profissionais da saúde mental, primeiro por ser pouco
entendida, depois por se usar os mesmos termos para se designar coisas diferentes.
Como ainda não se chegou a um consenso sobre o assunto, a desavença continua
existindo já que os órgãos oficiais de pesquisa de diferentes países ainda não
concordam em seus pontos de vista.
Há profissionais que entendem a dissociação como um mecanismo de defesa normal
que atinge as pessoas em diferentes graus. Esses profissionais entendem a
dissociação como uma habilidade, uma capacidade e não como uma deficiência ou
manifestação patológica.
A despersonalização e a desrealização são as manifestações mais comuns no grupo
das dissociações, e assim como a ansiedade são aceitas como normais desde que
limitadas a situações específicas e não acompanhadas de alguma síndrome
psicopatológica. O grande argumento contra a aceitação da despersonalização ou da
resrealização como um mecanismo de defesa é que este processo pode surgir
espontaneamente, mesmo na ausência de ameaças externas
O DSM-IV define assim as dissociações: "A característica essencial dos Transtornos
Dissociativos é uma perturbação nas funções habitualmente integradas de consciência,
memória, identidade ou percepção do ambiente. O distúrbio pode ser súbito ou
gradual, transitório ou crônico.
A OMS define:"Os transtornos dissociativos ou conversivos, constituem-se na perda
parcial ou completa da integração normal entre memória, consciência de identidade,
sensação imediata e controle dos movimentos corporais
"Temos aqui a classificação da OMS dos transtornos dissociativos:
Amnésia Dissociativa: caracterizada por uma incapacidade de recordar informações
pessoais importantes, em geral de natureza traumática ou estressante,
demasiadamente extensa para ser explicada pelo esquecimento normal
Fuga Dissociativa: caracterizada por uma viagem súbita para longe de casa ou do local
habitual de trabalho, acompanhada por uma incapacidade de recordar o próprio
passado e confusão acerca da identidade pessoal ou adoção de uma nova identidade.
Estupor Dissociativo: o comportamento do indivíduo é como do estupor com
diminuição ou ausência de movimentos voluntários e responsividade normal aos
estímulos, só que sem uma base física definida como no estupor usual.
Transtorno de Personalidade Múltipla (Transtorno Dissociativo de Identidade segundo
DSM-IV): caracterizado pela presença de duas ou mais identidades ou estados de
personalidade distintos, que assumem recorrentemente o controle do comportamento
do indivíduo, acompanhada por uma incapacidade de recordar importantes
informações pessoais e demasiadamente extensa para ser explicada pelo
esquecimento normal
Transtorno de Transe ou Possessão: perda temporária do senso de identidade
pessoal sendo preservada a consciência do ambiente, a pessoa age como se tomada
por uma força, espírito ou outra personalidade. O diagnóstico não deve ser dado no
âmbito religioso.
Transtorno Motor Dissociativo: é a perda total ou parcial da capacidade de mover
um membro. Pode manifestar-se como movimentos fracos, lentos ou descoordenados.
Transtorno Dissociativo de Movimento e Sensação: esta é uma classificação
especial para os casos que sejam uma mistura de dissociação motora e sensorial
Convulsões Dissociativas: são também conhecidas como pseudoconvulsões, ou
seja, manifestação convulsiva com eletroencefalograma norma
lAnestesia e Perda Sensorial Dissociativa: as formas mais comuns de apresentação
desse problema são com comprometimento do tato e da visão, geralmente como visão
em túnel, visão borrada, diminuição da acuidade (capacidade de ver detalhes).
A classificação norte-americana é diferente da classificação da OMS quanto à
despersonalização e à desrealização. A primeira considera as desrealizações e
despersonalizações como pertencentes ao grupo das dissociações enquanto que a
OMS a inclui no capítulo dos transtornos somatoformes, estresse e neurótico
Transtorno de Despersonalização-Desrealização: caracterizado por um sentimento
persistente ou recorrente de estar distanciado dos próprios processos mentais ou do
próprio corpo, acompanhado por um teste de realidade intacto.
Última Atualização: 15-10-2004
Referências Biblio.:
Dissociação
http://users.knoware.nl/users/tamar/article.html
Servidor
Servidores da Magia do Caos agem como
Espíritos criados pelo Xamã.
Magia do Caos pode ser vista como uma forma atual de xamanismo, com procedimentos
similares aos do xamanismo tradicional, mas sem a sua estrutura religiosa. Servidores são
alguns de seus espíritos neo-xamânicos.
Servidores e outras partes do micro e macro universos são assim endereçadas, como
espíritos individualizados, essências com finalidades específicas.
Criados do eu pelo sopro, seja do barro, do papel, de rocha ou metal, imbuídos de uma
meta a alcançar ou estado de coisas a promover.
Presos ou contidos pelo seu nome, seu símbolo, signo ou sigilo pode ser por estes meios
chamado para ser alimentado com Crença Livre.
Assim, ao criá-lo o praticante estabelece qual a condição para que o servidor pare de
existir
Pode esta condição se dar por um prazo, ou pela ocorrência de algum fato ligado à sua
meta.
Crença Livre
As crenças e seus opostos
O ser humano crê. A realidade vêm sendo descrita de acordo com modelos e sistemas de
crenças nos quais o Eu está estabelecido.
Crer significa desconhecer, pois separa-se aquilo que se crê do seu oposto, adotando
como verdadeiro tanto um quanto outro. Assim como a luz sobre um objeto cria sua
sombra, a crença estabelecida pelo homem cria um oposto complementar. A técnica
chamada Anátema busca a união com este oposto complementar de uma crença
estabelecida como forma de libertar o praticante dos guilhões da crença original.
Ao fazê-lo, toda a energia contida na crença original será liberada como crença livre.
Um novo foda-se. Assim tanto faz, nem uma crença nem o seu oposto são em si mesmas
o objetivo daquele que crê.
"Nem uma coisa nem seu oposto" une os opostos aniquilando-os. 1 - 1 = 0. Tanto faz, já
que nem uma crença nem o seu oposto são verdades absolutas, tanto uma quanto outra
podem ser foco da crença humana.
Assim aquela energia que seria gerada pelo demônio da crença em descontrole se torna
uma crença livre. A crença pode então ser levada para alimentar o Servidor.
Alguns poderiam dizer que se trata de uma analogia à psicologia aplicada. Pode-se dizer
que em parte. O objetivo buscado nas práticas de Magia do Caos está fundado no Eu,
expresso por desejos. Logo trata da busca um estado de ser, no qual 'um tipo de' poder
pessoal delimita o que é possível. Para isto aplica-se à realidade técnicas de re-
interpretação, re-significação, re-valoração, neutralizações e enfatizações de conceitos
envolvidos na dinâmica do dia a dia. Trata-se da memória do passado e da visão do futuro.
O fato de ambos está na vida, na experiência do Eu, na busca de um estado de coisas
mais desejado, aqui-agora.
Quantos? C.A.O.S.!
Quanto-Caos!
Em cada quantinho:
Magia do Caos
Magia do Caos ou Caoismo (dentre tantos outros nomes adotados pelos praticantes) é uma
forma de ritual e magia relativamente nova, utilizando-se de quebras de paradigmas e
alterações do estado de consciência (hora de formas excitativas, hora de formas inibitórias),
como técnicas gnósticas, meditativas, sufis, orgásticas, ou com uso de substâncias psico-
ativas. Os praticantes afirmam que podem modificar a realidade através desta forma de magia.
Índice
[esconder]
1 Pré-História
2 História
3 Princípios gerais
6 Ligações externas
[editar]Pré-História
Austin Osman Spare era inicialmente envolvido com a Ordem da Golden Dawn, e por fora
também com ordens como a O.T.O e a astrum argentum de Aleister Crowley; porém, mais
tarde se afastou delas para trabalhar independentemente.
Dalí em diante ele iria desenvolver práticas e teorias que iriam, após a sua morte, influenciar
profundamente a I.O.T.. Especificamente, Spare desenvolveu o uso de sigilos, e técnicas
envolvendo estados de êxtase para dar poder a estes sigilos. Spare também foi pioneiro no
desenvolvimento de um "alfabeto sagrado pessoal", e, sendo um artista plástico talentoso, usou
imagens como parte de sua técnica de magia. A maior parte dos trabalhos recentes em sigilos
remete ao trabalho de Spare: a construção de uma frase detalhando o intento mágico, seguida
da eliminação de letras repetidas e a recombinação artística (normalmente simétrica) das letras
restantes em uma só imagem formando o sigilo.
Embora ele não tenha originado o termo, e talvez não aprovasse o mesmo, hoje ele é visto
como o primeiro Magista do Caos.
[editar]História
O termo Magia do Caos apareceu pela primeira vez no Liber 0 (também chamado "Liber Null")
de Peter Carroll, públicado pela primeira vez em 1978. Nele, Carrol formulou vários conceitos
de magia radicalmente diferentes daqueles considerados "mistérios Mágicos" na época de
Crowley. Este livro, junto ao "Psychonaut" (1981) do mesmo autor, se mantém importantes
fontes. Magistas que se alinham a estas idéias costumam a se chamar de várias formas,
evitando repetir a mesma.
Algumas destas formas de nomenclatura são: "Caoista", "Caóte", "Magista do Caos",
"Caoticista", "Eriano", "Discosdista", "Caoseiro", dentre outros tantos nomes - por vezes muito
bem humorados e/ou pouco polidos.
Carroll também co-fundou com Ray Sherwin O Pacto Mágico dos Illuminates of Thanateros, ou,
na abreviatura mais conhecida, I.O.T.; uma organização que continua a pesquisa e
desenvolvimento da magia do caos hoje em dia. A maior parte dos autores e praticantes
renomados de Magia do Caos mencionam afiliação ou algum grau de influência a esta. Porém
a magia do caos tem como característica marcante ser uma das vertentes de magia menos
organizadas do mundo, fazendo isso propositalmente.
[editar]Princípios gerais
Mesmo que poucas técnicas sejam exclusivas da magia do caos, ela é frequentemente
altamente individual e toma emprestado deliberadamente de outros sistemas de crenças,
devido à crença central de que a crença é um instrumento. Algumas fontes comuns de
inspiração incluem diversas áreas como ficção científica, teorias científicas, magia
cerimonial tradicional, neoxamanismo, filosofia oriental, religiões e experimentações individuais.
Não obstante a tremenda variação individual, os magos do caos frequentemente trabalham
com paradigmas caóticos e humorísticos, como Hundun do taoísmo e Éris do discordianismo.
Magos do caos frequentemente são vistos por outros ocultistas como perigosos ou
preocupantes revolucionários.
Esta quebra é encontrada não apenas em ritos, mas também no dia a dia, através da chamada
"quebra do ego".
Muitos caoistas uniram a Magia do Caos ao uso de diversas ciências modernas, entre elas a
Psicologia e a Psicanálise.
Como a base de trabalho dos ritos caoistas consiste na total desconstrução de tudo rumo ao
Caos (daí o nome Caoismo), uma técnica muito utilizada no treinamento pessoal dos caoistas é
a chamada "quebra do ego" que consiste em negar e trocar gostos pessoais como uma forma
de banimento pessoal, indo contra tudo aquilo que o ego acredita como pessoa, gerando em si
mesmo a desconstrução buscada pela Magia do Caos. Um exemplo de quebra do ego é por
exemplo, um vegetariano comer carne. Aqui cabe imaginação ao magista, para aplicar estes
exercícios em âmbitos profissionais, sexuais, familiares, gregários, entre outros, e conseguir
permanecer são - podendo ser até este conceito questionado.
A idéia é que a crença é uma ferramenta que pode ser aplicada à vontade de formas
conscientes. Alguns magistas do caos crêem que ter crenças inusuais e por vezes bizarras é
interessante como uma forma de considerar a flexibilidade de crenças e utilizá-las a seu dispor.
No natal de 2009 foi lançado o primeiro livro sobre Chaos Magick genuinamente brasileiro, com
o título de Salt Magick. O autor SatAnanda, disponibiliza gratuitamente uma cópia resumida do
livro em formato de e-book para os interessados.
Também foi no Brasil que surgiu o primeiro RPG jogado com técnicas de magia do caos no
tabuleiro da vida real: CAOS, O JOGO, cujo blog está sediado no endereço
http://caosojogo.wordpress.com
CAOS, o Jogo.
A história do RPG mágico chamado CAOS, O
JOGO.
Um Role Playing Game mágico.
CAOS O JOGO foi criado em 2003. Uma jornada lúdica em Magia do Caos. Um jogo
jogado no modelo PBEM (Play By E-Mail). Desejava-se dar um contexto lúdico ao
aprendizado do treinamento da mente na busca pelo auto-conhecimento. O aprendizado
da prática de magia aliada à lúdica ambientação no espaço-tempo. A experiência foi
evoluída com o tempo e a acumulação de resultados.
O primeiro ciclo de Edições compõe da 1a. até a 6a. Edição de jogo. Foram apresentados
as essências dos Personagens como entidades nascidas do Eu em Universos Paralelos,
ou simplesmente personagens de CAOS O JOGO. O Guia de Jogo chama-se Navaranda
e através dele o jogador tinha contato com as 3 classes de personagens: O Cientista, O
Executor e O Palhaço. Através de experiências em trases durante a vigília e sonhos o
jogador avança por 'cenas de jogo', na busca por contato, conhecimento e invocação do
seu personagem de jogo.
Em 2008 iniciou-se o segundo ciclo de Edições, que vão da 7a até a 10a Edição de jogo.
Foram introduzidas na estrutura de organização e manutenção do jogo a idéia Epicurista
dos Jardins. Jogadores que tiverem sucesso em terminar as Edições de jogo continuavam
a jogar agora como 'Mestre de Jogos', ou como jogador de um grupo interno. Foi criada
então uma associação para agremiar ex-jogadores e jogadores avançados deste jogo,
o C.A.O.S.
A CAOS-X.
1. Interessados em jogar podem deixar suas contas para contato em uma lista de
pré-inscrição aberta na lista kaos-brasil.
2. Para jogar o interessado deve ser brasileiro ou falar português.
3. O interessado deve ter 18 anos de idade ou mais.
4. O interessado deve usar apenas uma conta de e-mail para comunicação principal
com o jogo.
5. Além do e-mail, o interessado deve saber usar por sua conta os recursos de
internet, como:
o Navegador;
o Yahoogrupos;
o MSN Messenger;
6. Os recursos de internet e conhecimento sobre eles são requisitos básicos para
jogar CAOS O JOGO na sua 11a Edição.
O Que?
Magia do Caos
O que os outros disseram que pode levar ao entendimento do que seja a tal
'Magia do Caos'?
"...se você quer uma definição curta com a qual a maioria dos caoistas provavelmente não
discordariam, então ofereço a seguinte: Caoístas usualmente aceitam a metacrença de
que a crença é uma ferramenta para alcançar efeitos; ela não é um fim em si mesma."
"Chaos is not in itself, a system or philosophy. It is rather an attitude that one applies to
one's magic and philosophy. It is the basis for all magic, as it is the primal creative force. A
Chaos Magician learns a variety of magical techniques, usually as many as s/he can gain
access to, but sees beyond the systems and dogmas to the physics behind the magical
force and uses whatever methods are appealing to him/herself." - Mark Chao , "Defining
Chaos"
"Caos não é em si mesmo um sistema ou filosofia. É mais uma atitude que um aplica em
sua magia ou filosofia. É a base para toda magia, e é a força criativa prima. Um magista do
Caos aprende uma variedade de técnicas mágicas, usualmente tantas quantas ele(a)
consegue ter acesso, mas vê além dos dogmas e sistemas até a física por trás da força
magica e usa qualquer método que estiverem atraindo a ele(a).
"The Chaos Magician seeks to understand the natural laws behind the workings of magic,
and the reasons behind the use of ritual in the performance of a magical working." - Jaq D.
Hawkins , Understanding Chaos Maggic
"O Magista do Caos procura entender as leis naturais por trás dos trabalhos de magia, e
as razões por trás do uso de ritual na performance de um trabalho mágico."
"Chaos can be beautiful and good. Order can be dangerous and evil. As any carpenter will
tell you, some tools are dangerous. Dangerous tools are safest when properly sharpened,
and used by experts. You get to be an expert by practicing your sharpening skills, not by
hacking away..." - raudlee@xyplex.com, alt.magick.chaos FAAQ V 1.00
"Caos pode ser bonito e bom. Ordem pode ser perigosa e má. Como qualquer carpinteiro
irá lhe dizer, algumas ferramentas são perigosas. Ferramentas perigosas são mais
seguras quando devidamente afiadas, e usadas por especialistas. Você consegue ser um
especialista praticando suas habilidades em afiar, não por afiar fora (n.t.- pagar para
alguém afiar)."
"There's basically two kinds of magick. There's puff's magick, and git 'ard Magick. Chaos is
git 'ard Magick." -Mick McMagus. Leeds, 1987
"Existe basicamente dois tipos de magia. Existe a magia do sopro e magia da pedrada*.
Caos é magia da pedrada*." *( n.t. Git´ard - Durão, durona, pedreira, pedrada)
"Rather than trying to recover and maintain a tradition that links back to the past (and
former glories), Chaos Magick is an approach that enables the individual to use anything
that s/he thinks is suitable as a temporary belief or symbol system. What matters is the
results you get, not the 'authenticity' of the system used. So Chaos Magic then, is not a
system - it utilises systems and encourages adherents to devise their own, giving magic a
truly Postmodernist flavour." - Phil Hine, Condensed Chaos
"Ao invés de tentar recobrar e manter uma tradição que liga ao passado (e as glórias
passadas), Magia do Caos é uma aproximação que habilita o indivíduo a usar qualquer
coisa que ele(a) ache apropriado como uma crença temporária ou sistema simbólico. O
que importa são os resultados que você consegue, não a ´autenticidade´ do sistema
usado. Magia do Caos, então, não é um sistema - ela utiliza sistemas e encoraja adesistas
a construir os seus próprios, danda a magia um sabor verdadeiramente pós-modernista."
"Much of what passes for magical theory is, at root, a matter of belief. As such, it is more
relevant to the successful outcome of the magician's spell that he has some degree of
belief in what he is doing. Moreover, whereas scientific theories are based (at least so we
are told by scientists) on mathematical proofs, magical theories are rooted in personal
beliefs of whoever is expounding them. Where as scientific theories at least have the
appearance of being unified and consistent, magical theories do not, nor is it a requirement,
from the position of practical magic, that they do. " "Henceforth, whilst there are a great
many theories and models proposed as to how, or why, magic works (based on subtle
energies, animal magnetism, psychological concepts, quantum theory, mathematics or the
so-called anthropomorphic principle) it is not a case that one of them is more 'true' than
others, but a case of which theory or model you choose to believe in, or which theory you
find most attractive. Indeed, from a Chaos Magic perspective, you can selectively believe
that a particular theory or model of magical action is true only for the duration of a particular
ritual or phase of work." - Phil Hine, Prime Chaos
"Muito do que passa por teoria mágica é, em sua raiz, uma questão de crença. Desta
forma, é mais relevente para o para o resultado bem sucedido dos encantamentos do
magista, que ele tenha algum grau de crença naquilo que esteja fazendo. Além disso, visto
que as teorias científicas são baseadas (ao menos assim que nos é dito pelos cientistas)
em provas matemáticas, as teorias mágicas são enraizadas na opinião pessoal de quem
quer que as esteja expondo. Onde as teorias científicas ao menos têm a aparência de
serem unificadas e consistentes, as teorias mágicas não têm, nem é este um
requerimento, do prisma da prática mágica, que elas tenham. "Mais à frente, mesmo que
haja um grande número de teorias e modelos propostos para como, ou por quÊ, a magia
opera (baseada em energias sutis, magnetismo animal, conceitos psicológicos, teoria
quântica, matemática ou o assim chamado princípio antropomórfico) não é o caso que
algum deles ser mais ´verdadeiro´ do que outros, mas o caso de qual teoria ou modelo
você escolhe para acreditar, ou qual teoria você acha mais atrativa. De fato, para a
perspectiva da magia do Caos, você pode acreditar seletivamente que um modelo ou
teoria particular de ação mágica é verdadeiro somente pela duração de um determinado
ritual ou fase de trabalho. "
"Chaos comes before all principles of order & entropy, it's neither a god nor a maggot, its
idiotic desires encompass & define every possible choreography, all meaningless aethers &
phlogistons, its masks are crystallizations of its own facenessness, like clouds...Chaos
never died." - Hakim Bey,T.A.Z.
"Caos apareceu antes de todos os princípios de ordem e entropia, não é nem um deus
nem uma larva, seus desejos idiotas abrangem e definem todas coreografias possiveis,
todos etéres sem sentido, suas máscaras são cristalizações de sua própria falta de face,
como nuvens, Caos nunca morreu."
fonte: http://www.spiralnature.com/magick/chaos/
Hassan i Sabbah
Hassan-i-Sabbah(1034 - 1124) em persa: صباح بنor )صباح حسنou O Velho da Montanha (em
árabe: )الجبل شيخ, foi um missionário nizarita que, no final do Século XI, converteu a região
montanhosa do norte do Irã. O local era conhecido por Alamut e atribuído a um rei antigo
do Daylam.
História
Hassan bin Sabbah Homairi era filho de uma poderosa família iraniana de Qom – centro de
propagação do ismailismo. Se intitulava a sétima encarnação do Imam Ismael, o chamado
"Sétimo profeta" depois de Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Maomé.
A partir de 1079 passou a viver no Egito (Cairo) onde estudou e aperfeiçoou seu conhecimento
do Corão, descobriu o Antigo e o Novo Testamentos, além dos textos vedas hindus–
conhecidos desde as invasões de Alexandre, o Grande. Bin Sabbah promoveu a reunião
dessas religiões, misturando ainda o zoroastrismo e acrescentando, nesta síntese, um pouco
de neoplatonismo.
Durante a sua permanência no Cairo, Hassan relacionou-se com Nizar, filho do califa da
dinastia fatímida, al-Mustansir, até que Nizar foi afastado da sucessão pelo vizir al-Afdal.
Talvez esteja aí a origem do ódio de Hassan à dinastia fatímida. Foi em torno do nome de
Nizar que ele reuniu os seus primeiros seguidores – os nizaritas.
Das várias e dramáticas facções ismaelitas, as mais famosas foram a dos fatímidas do Egito, a
dos ismaelitas hindus e a dos ismaelitas reformados de Alamut – chefiada por Hassan.
A destruição da biblioteca de Alamut pelos mongóis dizimou suas fontes primeiras. Parte da
memória de Hassan i Sabbah foi encontrada entre os ismaelitas da Índia. O pouco que se sabe
sobre a sua vida é contado pelo historiador árabe mongolizado, Ala-Ed Din D'joueïny, que teve
a oportunidade de estudar durante um ano, com a permissão do khanHulagu, a biblioteca de
Hassan em Alamut. Dos textos encontrados na Índia, a narrativa da fuga de Isfahan, onde
Hassan teria tido uma visão de Zaratustra que o encaminhou para o norte, ao encontro de seus
iniciadores – membros de uma seita secreta, "numa caverna de uma alta montanha", para
receber a iniciação pelo senhor da montanha. A tradução do texto encontrado na Índia, por W.
Ivanov, é de "Jean Claude Frère, L'Ordre des assassins, caps. I e II, pp. 15 a 78)". O texto
revela uma mistura de elementos zoroastrianos, cristãos e islâmicos. Hassan teria, então,
recebido dos iniciadores a missão de "libertar a raça ariana e fundar um novo império, tendo
por base a nova religião.". No Cairo, Hassan completou sua iniciação na famosa "Casa das
Ciências" do Islamismo.
Suas andanças, após ser expulso da Pérsia pelos turcos seljúcidas – adeptos da ortodoxia
sunita, o levaram a muitos fiéis, dispostos a obedecê-lo cegamente até mesmo com o sacrifício
da própria vida: a Ordem dos Assassinos, uma ramificação do ismaelismo no Irã, na Síria e
no Iraque. Na hierarquia da seita os iassek estavam no patamar mais baixo - a massa dos fiéis.
Depois deles, os mujib - dependendo de sua aptidões poderiam se tornar fedayin, os que se
sacrificam. Os denominados de rafik eram treinados para comandar fortalezas e dirigir a
organização. Os da'i eram os missionários. Por último, no topo da pirâmide, estava o grande
senhor: Hassan.
Vida e trabalho
Quando Hassan conquistou a fortaleza de Alamut, em 04 de setembro de 1090, no final do
século XI, ela estava sob o domínio seljúcida. Os sectários de Hassan, infiltrados entre os
habitantes de Alamut, conquistaram a confiança dos seus residentes, convertendo-os
secretamente, permitindo que Hassan, enfim, dominasse a fortaleza de Alamut, localizada em
posição estratégica, no coração das montanhas Elbourz, a 1.800 metros de altitude, no
noroeste do Irã.
Hassan permitiu que o comandante deixasse seu castelo com um dote de 3.000 dináres de
prata em pagamento pela fortaleza. Deste ponto em diante, a sua comunidade e as suas filiais
espalharam-se pelo Irão e Síria, e vieram a ser chamadas
de hashashin ou hashishin ou assassinos, um novo culto islâmico.
Hassan era extremamente restrito e disciplinado. A revogação da lei islâmica (Charia) ocorreu
sob o governo de outro Grão Mestre - Hassan II, em 1174. O uso de haxixe pela comunidade
provavelmente só ocorreu depois também.
Ainda há dúvidas se o termo "Assassino" é oriundo de "sob efeito de haxixe", uma mutação da
palavra "hassasin" do Persa que significa aproximadamente "seguidores da fé" ou de seu
mestre Hassan Bin-Sabbah "seguidor de Hassan".
Pouco ainda se sabe sobre Hassan, mas abundam informações incertas sobre as tácticas
usadas para induzir membros à sua organização político-religiosa. Futuramente os Assassinos
foram expostos a ritos muito semelhantes àqueles encontrados em cultos onde o praticante era
levado a crer que estava sempre próximo da sua morte. Marco Polo, que disse ter visitado a
fortaleza de Alamut logo antes desta ser tomada pelos mongóis, deixou uma lenda peculiar
sobre os assassinos: o relato sobre algumas pessoas serem drogadas para simular uma morte.
Infelizmente os relatos de Marco Polo são muitas vezes incoerentes e improváveis, tornando
difícil separar a realidade da lenda, em uma época de poucas ou destruídas documentações.
Outros membros da Ordem afirmavam que os futuros hashashins eram levados a Alamut
quando ainda muito novos e, enquanto amadureciam, eram criados em jardins sob efeito
constante de haxixe e excitados por virgens. Em determinado ponto, eram iniciados à ordem, e
levados para outras acomodações, estas mais rústicas e cavernais. Aos membros era dito que,
ao seguirem as ordens do líder (incluindo assassinato e sacrifício), estes poderiam retornar aos
jardins.
Hassan i Sabbah nasceu com o nome de Hassan Bin Ali Bin Muhammad Bin Ja'fr Bin Hussain
Bin Muhammad al Sabbah al Hameeri em Rages, província do Teerão, Irão. Ele pertenceu à
tribo de Hameer de Yemen.
Os seus ancestrais eram todos xiitas Asna Asheri, mas Hassan sob a influência de amigos
ismaelitas converteu-se ao Ismaelismo. O Paraíso ou "Firdous e Bareen" foi o jardim criado por
Hassan Bin Sabbah, que foi usado para 'forjar' os Hashshishin, a sua arma mais letal.
Ele morreu a 26 Rabi utthani 518 Hijri (ano de 1124) na sua abadia, Alamut.
O famoso romance Firdous e Bareen escrito pelo novelista muslim indiano Abdul Halim
Sherer fornece informações biográficas de Hussain, um jovem capturado pelos homens de
Hassan e posto a dispor de sua máquina de guerra.
O culto foi o responsável por um considerável número de escolares e líderes Sunitas. Avisos
não-letais podiam ser mandados também - por vezes ao acordar um futuro alvo encontrava
uma adaga fincada ao seu travesseiro, próximo à sua cabeça: eles usualmente entendiam o
sinal.
Os assassinos por vezes, para se oporem aos sunitas, se aliaram aos templários - os "Pobres
Cavaleiros do Templo de Salomão" - Ordem católica romana responsável pelas cruzadas.
Rades foi uma cidade que, desde o Século IX viu diversos trabalhos missionários radicais de
diversas seitas. A Missão Ismaelita chamada Da'wa era uma presença no local. A missão
Ismaelita trabalhou em 3 planos: o mais baixo, o soldado, era chamado de Fida'ai; em seguida
vinha o Rafeek: o camarada; e finalmente o D'ai, o missionário que trabalhava para missão, a
Da'wa.
Foi aqui que Hassan ainda novo entrou em conferência com Amira Darrab, um Rafeek, quem o
introduziu à doutrina ismaelita. Hassan não se impressionou com sua doutrina: ele considerava
que ela era não mais do que uma aberração de pensamento, nada a par com o Sunnah.
Quando conheceu Darrab, participando tanto de debates passionais que discutiam os méritos
da doutrina ismaelita sobre o Musa, a admiração pela doutrina cresceu. Impressionado com a
convicção de Darrab, Hassan resolveu conhecer mais a fundo as crenças e doutrinas
ismaelitas. Após um mês de estudos dedicado apenas a isto, Hassan se converteu, jurando
fidelidade ao Califa do Cairo e continuando seus estudos em outros dois D'ai's.
Seu comprometimento com o Da'wa o levou à audiência com o chefe D'ai da região: Abd al
Malik ibn Attash, que impressionado com o menino de 17 anos, o fez Deputado D'Ai, e o
aconselhou a ir para o Cairo para maiores estudos.
Mas Hassan não foi para o Cairo. Aqui a vida de Hassan se mistura à sua lenda ao extremo.
Há uma lenda popular associada com Hassan, Omar Khayam – o afamado poeta, filósofo e
matemático, e o primeiro ministro dos Turcos Seljúcidas, Nizam al-Mulk. Havia um pacto entre
os três: aquele que estivesse favorecido pela fortuna iria ajudar aos outros dois (citado no filme
de 1957, Omar Khayyam). Nizam al-Mulk (o nome traduzido seria "Ministro de Estado") cresceu
a uma posição de proeminência na corte do turcos que governavam estas áreas. Ele empregou
Omar Khayam como poeta e matemático da corte. Hassan também ganhou um cargo na corte,
e trabalhando lá e, subindo na hierarquia, se tornou Chefe da Inteligência, começando a
ambicionar o posto de Nizam al-Mulk.
Existem alguns buracos nesta história popular: Nizam al-Mulk era muito mais velho que Hassan
e Omar, e os três terem sido parte de um pacto é muito improvável. Alguns historiadores
postulam que Hassan, seguindo sua conversão, estaria abrindo espaço para o Califado
Fatimida, e que isto chegou ao conhecimento do Nizam al-Mulk; que era anti-fatimida e anti-
Shi’a.
Ele levou cerca de dois anos para chegar ao Cairo. No caminho, ele esteve em várias regiões
que não estão diretamente na direção do Egito.
A primeira cidade que ele visitou foi Isfahan, sendo hospedado por um de seus D'ai's da
juventude: Resi Abufasl, que continuou a instrução de Hassan. Daí, ele foi ao Azerbaijão,
centenas de milhas ao norte, e de lá para a Turquia, onde ele atraiu a ira de alguns sacerdotes
em um debate, sendo expulso da cidade onde estava.
De lá ele rumou pelo Iraque, chegando a Damasco na Síria. Ele foi para o Egito partindo da
Palestina.
Ainda é incerto quanto tempo ele passou no Egito; uma visão aceita é a de três anos. Ele
continuou seus estudos e se tornou um D’ai completo. Os conceitos que ele estudou foram as
filosofias Xiita, Grega (pré-islamica), Persa e Babilônica. Foi Alída e abertamente contra os
Sunitas Abássidas.
Enquanto estava no Cairo, estudando e pregando, ele entrou em conflito com o Chefe do
Exército Badr al-Jamali, sendo preso pelo Califa al-Muntazir. O colapso do minarete da
mesquita foi visto como um sinal ao seu favor, e Hassan foi imediatamente solto e deportado.
O navio em que estava viajando quebrou, ele foi resgatado e levado à Síria. Viajando por
Allepo e Bagdá, ele terminou sua jornada em Isfahan em 1081.
Tendo agora sua vida totalmente devotada ao Da'wa, e visitado praticamente todos os locais
do Irã, Hassan resolveu assumir suas atividades D'ai em uma área montanhosa ao norte do Irã
- os Montes Alborz, região ao sul do Mar Cáspio que abrigava um povo xiita de afamada
resistência a subjugações.
Tornando-se o Chefe D'ai daquela área, ele mandou seus missionários treinados pessoalmente
para esta região. O Nizam Al-Mulk, sabendo das atividades ismaelitas na região, despachou
seus soldados com ordens de capturar Hassan, mas este escapou e se aprofundou nas
montanhas.
Sua busca por uma base de onde guiar sua missão terminou quando em 1088 ele encontrou o
castelo de Alamut, na região próxima a Rudbar. Se tratava de um forte em frente a um vale de
aproximadamente 50 quilômetros de distância e 5 quilômetros de largura. O forte foi construído
por volta de 865.
A lenda diz que sua construção foi feita pelo Rei Wah Sudan ibn Marzuban, quando este viu
sua águia voar e pousar sobre a pedra onde a fortaleza seria feita, pois de lá ela via melhor a
região. Em homenagem à águia ele chamou o forte de Aluh Amut: "A Lição da Águia".
A tomada demorou mais de dois anos para se completar: primeiro Hassan enviou seus D'ai e
Rafeeks para conquistar as vilas do vale e converter seus povos, principalmente pessoas
ligadas ao castelo, para apenas em 1090 tomar o forte.
É dito que em todo seu tempo em Alamut, Hassan apenas saiu de seus cômodos duas vezes
quando foi ao terraço. Passou todo seu tempo dedicado ao comando do Dawa Nizarin.
Aparentemente ele levou uma vida extremamente ortodoxa dentro de Alamut: ordenou a morte
de um de seus filhos por beber vinho, e outra pessoa foi expulsa de Alamut durante seu
governo por tocar flauta. Sendo assim, a associação do haxixe aos assassinos na época de
Hassan é ainda digna de debate.
Outro possibilidade etimológica para a palavra "assassino" vem da forma como os Nizarins
chamavam Alamut: al-Assas (pronunciado 'assas'), ou em português "A Base". Membros de Al-
Assas poderiam ser chamados de assassinos.
É sabido que Hassan chegou a Alamut já com 56 anos de idade, muito para sua época, e
morreu apenas quando já tinha 90 anos de idade - algo desproporcional para o Século XII,
mesmo para um governante. Isso o punha vivo para ver gerações inteiras nascerem e
morrerem, e para pô-lo em um status de ancião.
Porém provavelmente não foi só isso o que deu a Hassan o status de "imortal" para o ocidente
em sua época, mas dois fatores principais: Quando seu general Kiya Buzurg-Ummidassume a
liderança da Ordem, ele também é chamado de Velho da Montanha, assim como os
descendentes que o sucederam. Como a fortaleza não era um local de passagem, mas
basicamente a residência do Velho da Montanha e quartel general da missão ismaelita nazirim,
aqueles que estivessem fora de sua influência direta poderiam sequer saber da morte do líder,
crendo assim que ele continuasse vivo.
Isso explica porque o nome de Velho da Montanha continua sendo aplicado, e porque ele
chega a ser considerado imortal para os ocidentais: décadas depois ainda se ouvia falar do
mesmo líder no mesmo local.
Mas há uma outra questão que nos ajuda a entender o título, e porque mesmo o povo local e
habitantes da fortaleza continuavam a chamar os descendentes de Hassan pelo mesmo nome:
Pode se tratar de um mal entendido causado por uma tradução literal, visto que o título "Sheik"
traduzido literalmente para o português significa "Homem Velho"; portanto o título de Sheik al
Jabel poderia se confundir em traduções ocidentais com o título pelo qual os papas de Roma e
de Alexandria os chamavam: "Velho da Montanha".
Isso jamais foi um problema para os governantes de Alamut, que pareciam tirar proveito disso,
em meio ao caos e pânico que causavam ao Califado Fatimída.
Os assassinos
Do alto de sua fortaleza na montanha, a 6.000 pés acima do mar, Hassan conduziu uma forte
campanha contra os senhores de outras facções na Pérsia, Iraque e Síria. Alamut era
acessível através de um único caminho quase vertical, o que fazia da montanha parte natural
de sua defesa. Quando em 1090 Hassan tomou o castelo ele foi rebatizado como "Abadia da
Fortuna".
Sua organização tinha como marca o uso de veneno e adagas para o cometimento de
assassinatos, e de 1090 a 1256 os Assassinos destronaram quase todos que se opuseram a
eles. Emires, governantes de cidades, comandantes de fortalezas e até religiosos notórios
passaram a vestir armaduras de metal em seu dia a dia a todo o tempo.
As TAZ's
Embora Hakim Bey escreva um livro inteiro sobre TAZ, não é seu intuito definir e fixar formas,
ou padrões de como seria uma destas zonas. O máximo que faz é circundar o assunto,
lançando algumas explicações gerais.Editorial O que chamamos de TAZ desenvolve-se como
um levante, algo excepcional na história , que, apesar de muitos classificarem como uma
revolução que fracassou, eleva o grau de intensidade da vida e da consciência. A espetacular
"Revolução!"- cujos exemplos não passaram de pura simulação, acabando com uma opressão
e estabelecendo outra- são desmistificadas no livro, incitando a formação de um novo tipo de
revolucionar cotidiano e independente. Visar à liberdade de todos serviu, por muitas vezes,
como máscara de interesses particulares e opressores. Do que adianta acreditar que só há
liberdade quando todos forem livres? Libertar-se, revolucionar pode partir de um indivíduo, ou
de um bando. E é isso que poderiamos colocar como um princípio e possível objetivo da TAZ:
liberdade independente e autônoma. Por tais características, a TAZ se assemelha muito
ao comunalismo intencional e ao comunalismo libertário, chamados por Kenneth Rexroth,
simplesmente, de comunalismo.
Hakim Bey
Hakim Bey, é o pseudônimo de Peter Lamborn Wilson historiador, escritor e poeta,
pesquisador do Sufismo bem como da organização social dos Piratas do século XVII,
teórico libertário cujos escritos causaram grande impacto no movimento anarquista das últimas
décadas do século XX e início do século XXI.
Seu livro T.A.Z.: Zona Autônoma Temporária escrito em 1985 foi traduzido para vários idiomas
sendo lido no mundo todo. Nele, a partir de estudos históricos sobre as utopias piratas,
descreve a criação e propagação de espaços autônomos temporários como tática de
resistência e esvaziamento do poder.
Origem
Peter Lamborn Wilson nasceu em Maryland nas proximidades de Baltimore no ano de 1945.
Formação acadêmica
Após estudar na Universidade de Columbia Wilson fez uma longa viagem ao oriente médio,
vivendo durante algum tempo no Afeganistão, no Paquistão, na Índia e no Nepal. Na época ele
pesquisava sobre o Tantra no Nepal Ocidental e visitou muitos grandes nomes e templos
do sufismo. Em 1971 tornou-se pesquisador do Ordem Sufi Ni'mattullahi do Irãcom
financiamento da Fundação Marsden de Nova Iorque. Esta pesquisa resultou na publicação de
seu primeiro livro Kings of love: The history and poetry of Ni'mattullahi Sufi Order of Iran com N.
Pourjavady.[1]
Durante os anos de 1974 e 1975 ele foi consultor em Londres e Tehran do festival Mundo do
Islão. Ainda em 1974 tornou-se diretor das publicações de língua inglesa da Academia de
Filosofia do Império Iraniano em Tehran. Neste cargo publicou obras de Nasr, Toshihiko
Izutsu, Henry Corbin e outros com quem chegou a trabalhar. Foi editor do jornal Sophia
Perennis. Nesse período publicou ainda dois livros de poemas próprios - The Winter Caligraphy
of Ustad Selim em 1975 e DIVAN em 1978.
Neste período passa a definir a si mesmo e as suas ideias como imadiatista (sem mediação)
e anarquista ontológico. Interessa-se também por diversos autores relacionados
aocomunalismo experimental pesquisando a fundo desde os escritos de Charles Fourier à
implementação de comunidades anarquistas na atualidade, ainda na década de 1980 chega a
viver alguns anos na comunidade anarquista Modern Times.
Ao mesmo tempo debruça-se sobre a questão do surgimento do estado com base no debate
existente nos campos de saberes da Antropologia e Arqueologia, especialmente nas reflexões
de antropólogos como Pierre Clastres e Marshall Sahlins.
Escritos
A somar-se com os escritos das zonas autônomas, Wilson escreveu também ensaios sobre
uma grande diversidade de temas que vão das mafias chinesas descentralizadas conhecidas
como Tongs, ao comunalismo experimental de Charles Fourier, as conexões entre o Sufismo e
a antiga cultura Celta, tecnologia, ludismo e o uso ritualizado de substâncias alteradoras da
consciência na Europa e América.
Os textos poéticos de Bey apareceram em: P.A.N.; Panthology Um, Dois e Três; Ganymede; na
revista Exquisite Corpse; e em vários panfletos conhecidos como Acolyte Reader. Muito destes
poemas incluindo a série 'Sandburg', estão sendo coletados para serem futuramente
publicados em um livro a ser lançado. Seus trabalhos podem ser encontrados regularmente em
publicações como a Fifth Estate e na revista novaiorquina First of the Month. Wilson também
chegou a publicar ao menos um romance, The Chronicles of Qamar: Crowstone.[2]
No Brasil os escritos de Hakim Bey e Peter Lamborn Wilson têm sido publicados pela Editora
Conrad e mais recentemente pela Editora Deriva. Muitos de seus artigos estão sendo
traduzidos coletivamente pelos membros da iniciativa Protopia
Hackers
Alguns escritores consideram que os escritos de Wilson como Hakim Bey serviram de base
ideológica para os hackers. As ideias de Zona Autônoma Temporária e de Ataque Oculto às
Instituições estão na base desse argumento. Em vários de seus escritos Bey defende uma
guerra de guerrilha simbólica e midiática, contra os meios de comunicação capitalistas e
corporações a se dar de forma furtiva e oculta, sem chamar a atenção para quem o faz, mas
enfatizando e publicizando o máximo possível aquilo que é feito.
Nesse sentido Hakim Bey também contribui na opinião de alguns para uma nova leitura da
ideia clássica no anarquismo de propaganda pela ação e ação direta.
Okupas
Parte dos ativistas do movimento Okupa que se engajam na ocupação de espaços
abandonados e construções desabitadas e buscam transformar estes espaços em esferas de
sociabilidade libertária, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa reconhecem suas
estratégias políticas nos escritos a respeito das zonas autônomas de Hakim Bey. Este fato se
reflete nas ocasiões em que Peter Lamborn Wilson foi convidado para falar em squats tanto
na Itália quanto na Alemanha.
Raves
Especialmente devido ao seu livro Zona Autônoma Temporária, Bey tem sido adotado
pela Cultura Rave nos Estados Unidos e na Europa. Os ravers têm identificado a experiência e
promoção de raves como parte da tradição da "Zona Autônoma Temporária" delineada por
Bey, particularmente a "free party" e a cena Teknival. Apesar de reconhecer alguns
frequentadores de raves como seus leitores, Bey coloca em dúvida o entendimento destes com
relação aos seus escritos, ao afirmar que fazem uma leitura seletiva de sua obra. [5]
Os frequentadores de raves estão entre meus maiores leitores… Gostaria que eles pudessem repensar
toda sua relação com a tecnologia - eles deixaram de lado parte do que escrevi.
Caos (mitologia)
Caos (do grego Χάος, transl. khaos) é, segundo Hesíodo, a primeira divindade a surgir no
universo, portanto o mais velho dos deuses.[1] A natureza divina de Caos é de difícil
entendimento, devido às mudanças que a ideia de "caos" sofreu com o passar das épocas.
Inicialmente descrito como o ar que preenchia o espaço entre o Éter e a Terra, mais tarde
passou a ser visto como a mistura primordial dos elementos.[2]Seu nome deriva do verbo grego
χαίνω, que significa "separar, ser amplo", significando o espaço vazio primordial.
O poeta romano Ovídio foi o primeiro a atribuir a noção de desordem e confusão à divindade
Caos.[3] Todavia, Caos seria para os gregos o contrário deEros. Tanto Caos como Eros são
forças geradoras do universo. Caos parece ser uma força mais primitiva, enquanto Eros uma
força mais aprimorada. Caos significa algo como "corte", "rachadura", "cisão" ou ainda
"separação", já Eros é o princípio que produz a vida por meio da união dos elementos
(masculino e feminino).
Filhos
Os filhos de Caos nasceram de cisões assim como se reproduzem os seres
unicelulares. Nyx (Noite) e Érebus (Escuridão) nasceram a partir de "pedaços" do Caos. E do
mesmo modo, os filhos de Nyx nasceram de "pedaços" seus; como afirma Hesíodo: sem a
união sexual. Portanto a família de Caos se origina de forma assexuada.
Se Caos gera através da separação e distinção dos elementos, e Eros através da união ou
fusão destes, parece mais lógico que a ideia de confusão e de indistinção elemental pertença a
Eros. Eros age de tal modo sobre os elementos do Mundo, que poderia fundi-los numa
confusão inexorável. Assim, seu irmão Anteros equilibra sua força unificadora através da
repulsa do elementos.
Caos é, então, uma força antiga e obscura que manifesta a vida por meio da cisão dos
elementos. Caos parece ser um deus andrógino, trazendo em si tanto o masculino como o
feminino. Esta é uma característica comum a todos os deuses primogênitos de várias
mitologias.
É frequente, devido à divulgação das ideias de Ovídio, considerar Caos como uma força sem
forma ou aparência. Isso não é de todo uma inverdade. Na pré-história grega, tanto Caos como
Eros eram representados como forças sem forma. Eros era representado por uma pedra.
Outra problemática é considerar Caos como o pai-mãe de Gaia, Tártaro e Eros, quando é
somente genitor de Nix e Érebo. Na verdade ele seria "irmão-irmã" de Gaia, Tártaro e Eros.
Segundo o poeta romano Higino, Caos seria masculino e possuiria uma contraparte feminina
chamada Calígena "a Névoa primordial".
Teoria do caos
Teoria do caos, para a física e a matemática, é a teoria que explica o funcionamento
de sistemas complexos e dinâmicos. Em sistemas dinâmicos complexos, determinados
resultados podem ser "instáveis" no que diz respeito à evolução temporal como função de seus
parâmetros e variáveis. Isso significa que certos resultados determinados são causados pela
ação e a iteração de elementos de forma praticamente aleatória. Para entender o que isso
significa, basta pegar um exemplo na natureza, onde esses sistemas são comuns. A formação
de uma nuvem no céu, por exemplo, pode ser desencadeada e se desenvolver com base em
centenas de fatores que podem ser o calor, o frio, a evaporação da água, os ventos, o clima,
condições do Sol, os eventos sobre a superfície e inúmeros outros.
Além disso, mesmo que o número de fatores influenciando um determinado resultado seja
pequeno, ainda assim a ocorrência do resultado esperado pode ser instável, desde que o
sistema seja não-linear.
A conseqüência desta instabilidade dos resultados é que mesmo sistemas determinísticos (os
quais tem resultados determinados por leis de evolução bem definidas) apresentem uma
grande sensibilidade a perturbações (ruído) e erros, o que leva a resultados que são, na
prática, imprevisíveis ou aleatórios, ocorrendo ao acaso. Mesmo em sistemas nos quais não há
ruído, erros microscópicos na determinação do estado inicial e atual do sistema podem ser
amplificados pela não-linearidade ou pelo grande número de interações entre os componentes,
levando ao resultado aleatório. É o que se chama de "Caos Determinístico"
Pois, é exatamente isso que os matemáticos querem prever: o que as pessoas pensam que
é acaso mas, na realidade, é um fenômeno que pode ser representado por equações. Alguns
pesquisadores já conseguiram chegar a algumas equações capazes de simular o resultado
de sistemas como esses, ainda assim, a maior parte desses cálculos prevê um mínimo de
constância dentro do sistema, o que normalmente não ocorre na natureza.
Ideia inicial
A ideia é que uma pequena variação nas condições em determinado ponto de um sistema
dinâmico pode ter consequências de proporções inimagináveis. "O bater de asas de uma
borboleta em Tóquio pode provocar um furacão em Nova Iorque."
Com Isaac Newton, surgiram as leis que regem a Mecânica determinista Clássica e a
determinação de que a posição espacial de duas massas gravitacionais poderia ser prevista.
Havendo portanto uma explicação plausível da órbita terrestre em relação ao Sol.
Gravitação
Ao se encontrar no estudo do sistema gravitacional equações diferenciais não lineares, estas
se tornavam impossíveis de ser resolvidas.
Laplace afirmou que “...(sic) uma inteligência conhecendo todas as variáveis universais em
determinado momento, poderia compor numa só fórmula matemática a unificação de todos os
movimentos do Universo".
Conseqüentemente deixariam de existir para esta inteligência o passado e o futuro, pois aos
seus olhos todos os eventos seriam resultantes do momento presente.”
Henri Poincaré
Henri Poincaré em 1880 aproximadamente, pesquisou os problemas relacionados à
impossibilidade de resolução das equações diferenciais não lineares, na busca das leis da
uniformidade e da unificação dos sistemas físicos. Seu objetivo era descrever o que ocorreria
matematicamente quando da introdução de uma massa gravitacional complementar num
sistema duplo, isto é, passando a análise de dois para três corpos gravitacionais interagindo
mutuamente. Verificou que numa análise mais ampla, não se atendo a detalhes quantitativos e
fazendo comparações qualitativas, isto é, enxergando o sistema como um todo. Acabou
descobrindo que os sistemas de massas gravitacionais triplas evoluíam sempre para formas
cujo equilíbrio era irregular. As órbitas mútuas tendiam a não ser periódicas, tornavam-se
complexas e irregulares.
Teoria
Um conjunto de objetos estudados que se inter-relacionem é chamado de sistema. Entre os
sistemas consideram-se duas categorias: lineares e não-lineares, que divergem entre si na sua
relação de causa e efeito. Na primeira, a resposta a um distúrbio é diretamente proporcional à
intensidade deste. Já na segunda, a resposta não é necessariamente proporcional à
intensidade do distúrbio, e é esta a categoria de sistemas que servem de objeto à teoria do
caos, mais conhecidos como sistemas dinâmicos não-lineares.
Esta teoria estuda o comportamento aleatório e imprevisível dos sistemas, mostrando uma
faceta em que podem ocorrer irregularidades na uniformidade da natureza como um todo. Isto
ocorre a partir de pequenas alterações que aparentemente nada têm a ver com o evento futuro,
alterando toda uma previsão física dita precisa.
Uma das ideias centrais desta teoria, é que os comportamentos casuais (aleatórios) também
são governados por leis e que estas podem predizer dois resultados para uma entrada de
dados. O primeiro é uma resposta ordenada e lisa, sendo que o futuro dos eventos ocorre
dentro de margens estatísticas de erros previsíveis. O segundo é uma resposta também
ordenada, onde porém a resultante futura dos eventos é corrugada, onde a superfície é áspera,
caótica, ou seja, ocorre uma contradição neste ponto onde é previsível que os resultados de
um determinado sistema serão caóticos.
Efeito Borboleta
Ao efeito da realimentação do erro foi chamado mais tarde por Lorenz de Efeito Borboleta, ou
seja uma dependência sensível dos resultados finais às condições iniciais da alimentação dos
dados. Assim, havendo uma distância, mesmo que ínfima, entre dois pontos iniciais diferentes,
depois de um tempo os pontos estariam completamente separados e irreconhecíveis.
Normalmente este efeito é ilustrado com a noção de que o bater das asas de uma borboleta
num extremo do globo terrestre, pode provocar uma tormenta no outro extremo no intervalo de
tempo de semanas.
É por esse motivo que as previsões meteorológicas possuem erros. Para evitar tais erros
precisariamos de medidas exatas de muitas variáveis (pressão, temperatura...) em
praticamente todos os pontos do globo terreste, o que, atualmente, é impraticável. Além da
falta de medidas, as medidas tomadas possuem ainda um certo grau de erro, gerando os
problemas que conhecemos para as previsões.
Equações de Lorenz
Edward Lorenz continuando em sua pesquisa dos sistemas dinâmicos, elegeu três equações
que acabaram por ficar conhecidas como Equações de Lorenz para representar graficamente o
comportamento dinâmico através de computadores.
Equações de Lorenz:
Lorenz continuou observando os efeitos caóticos, notou que variações muito pequenas
aleatórias poderiam gerar um efeito dominó que elevava o grau de incerteza em eventos
futuros, realimentando os graus de aleatoriedade.
Desenvolveu teorias que demonstravam que a partir de variações mínimas havia acelerações
nas precipitações de dados em determinadas direções que mudavam completamente o
resultado de uma determinada experiência.
Atrator
Um atrator é um ponto (ou o conjunto dos pontos atratores, dependendo o contexto) para o
qual toda órbita que passar por um ponto suficientemente próximo converge para o ponto, isto
é, fica indefinidamente próximo bastando para isso esperar um tempo suficiente.
Por exemplo, uma bola rolando por uma superfície plana com atrito pára. O atrator desse
sistema dinâmico é o conjunto dos pontos (ou estados) em que a bola está parada.
Atrator estranho
Atratores e fractais
Os fractais são figuras da geometria não-Euclidiana. A partir dos estados de um determinado
sistema onde existem variáveis tais como massa, pressão, temperatura, velocidade,posição,
etc, estes podem ser representados por coordenadas, num determinado espaço cuja
configuração pode ser considerada multidimensional, de um ponto cujas coordenadas são
determinadas pelas variáveis. Na física clássica podemos descrever o comportamento de um
sistema dinâmico geometricamente como o movimento de um atrator. Já nos sistemas
considerados caóticos, os atratores são denominados atratores estranhos, isto ocorre pelo
elevado grau de incerteza dos resultados destes sistemas.
Idéias básicas
As idéias que devem ser levadas em conta num sistema caótico básico são três:
Atratores
Espaço de fase
Fractais