IVA – Imposto Sobre o Valor Acrescentado

Escrevemos este artigo de forma a ajudá-lo a compreender as principais questões

levantadas relativamente ao IVA.

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O IVA (Imposto Sobre o Valor Acrescentado) entrará em vigor em 1 de Outubro de 2019, e

substituirá o actual imposto de consumo.

O IVA é aplicável sempre que ocorrer uma transmissão de bens, prestação de serviços, ou
importação, salvo algumas exceções que inclui produtos alimentares, medicamentos, serviços
financeiros, saúde, educação, etc.

Numa primeira fase (2019-2020) o IVA não funcionará da mesma maneira para todos
contribuintes. Haverá dois regimes de tributação nomeadamente: Regime Geral, e Regime
Transitório.

O Regime Geral de Tributação aplica-se obrigatoriamente aos grandes contribuintes.

O Regime Transitório aplica-se aos restantes contribuintes que tenha obtido em 2018 um
volume de negócios superior ou 250.000 USD. Não obstante poderão de forma opcional aderir ao
Regime Geral de Tributação desde que apresentem cumulativamente os requisitos para adesão ao
Regime Geral.

Obs: Aos contribuintes que tenha atingido em 2018 um volume de negócios inferior ou
igual a 250.000USD não será aplicável o IVA. Estes estarão num regime de não sujeição, excepto
os grandes contribuintes e os sujeitos passivos não residentes sem estabelecimento estável.

Não obstante os que estiverem incluídos no regime de não sujeição, poderão de forma
opcional aderir ao Regime Geral de Tributação, mediante autorização prévia da AGT.

A partir de 2021 todos os sujeitos passivos serão tributados no Regime Geral de Tributação.

Como funciona o Regime Geral de Tributação?

No Regime Geral, os contribuintes suportam IVA nas aquisições de bens, serviços, e

importações. E liquidam (adicionam) IVA nas facturas ou documentos equivalentes emitidos a
clientes. Podendo efectuar a dedução do IVA suportado nas aquisições de bens, serviços, e
importações.
 Resumindo os contribuintes entregarão ao estado a diferença entre o IVA liquidado nas
facturas emitidas a clientes, e o IVA suportado nas aquisições de bens, serviços e importações.

Caso o valor do IVA suportado seja superior ao valor do IVA liquidado o contribuinte
poderá reportar o crédito de IVA para o período seguinte ou solicitar o reembolso.

Obrigações:

 Possuir contabilidade organizada;

 Emissão de faturas e documentos equivalentes através de programas informáticos
certificados;
 As facturas e documentos equivalentes emitidos devem estar em conformidade com o
Regime jurídico das facturas e documentos equivalentes;
 Apresentar mensalmente a declaração periódica de IVA, e respectivos anexos;
 Efectuar o pagamento do imposto devido até o fim do mês seguinte.
Nota: A declaração periódica apresentará detalhes das vendas e das compras, bem como o
valor do IVA a pagar ao estado, ou caso seja aplicável, o valor do IVA a reportar para o período
seguinte. Por fim deverá efectuar-se o pagamento do imposto nos casos em que seja aplicável.

Como funciona o Regime Transitório?

O regime transitório caracteriza-se por uma tributação simplificada. Neste regime os

contribuintes suportam IVA nas suas aquisições de bens, serviços, e importações, mas não
liquidam (adicionam) IVA nas facturas emitidas à clientes.

Neste regime o IVA é apurado trimestralmente, aplicando a taxa de 3% sobre o volume de

vendas e serviços prestados. Podendo deduzir o imposto suportado nas suas aquisições de bens e
serviços que constem do mapa de fornecedores, até o limite de 4%.

Obrigações:

 Possuir contabilidade organizada;

 Emissão de faturas e documentos equivalentes em conformidade com o Regime jurídico
das facturas e documentos equivalentes;
 Nas Facturas emitidas deve constar a expressão “Regime transitório”;
 Apresentar mensalmente o Mapa de Fornecedores;
 Apresentar trimestralmente a declaração periódica de IVA, e respectivos anexos;

Nota: O Mapa de Fornecedores deve ser enviado à AGT até ao último dia do mês seguinte, por
transmissão electrónica de dados, contendo as operações de compras efectuadas no mês anterior,
sempre que adquiram bens e serviços a sujeitos passivos do regime geral, bem como a
prestadores de serviços não residentes. A apresentação deste mapa confere o benefício de
dedução parcial (4%) do IVA suportado nas suas aquisições de bens, serviços, e importações.

Como funciona o Regime de Não Sujeição?

Neste regime os contribuintes suportam IVA nas suas aquisições de bens, serviços, e
importações, mas não liquidam (adicionam) IVA nas facturas emitidas à clientes.

Obrigações:

 Emissão de faturas e documentos equivalentes em conformidade com o Regime jurídico

das facturas e documentos equivalentes;
 Nas Facturas emitidas deve constar a expressão “IVA – Regime de Não Sujeição”.
 Apresentar mensalmente o Mapa de Fornecedores;
Nota: A apresentação do Mapa de Fornecedores confere aos contribuintes deste regime um
benefício fiscal. Estes poderão deduzir na colecta do Imposto sobre o rendimento (Imposto
Industrial) 10% do IVA suportado nas suas aquisições de bens, serviços e importações.

O Mapa de Fornecedores deve ser enviado à AGT até ao último dia do mês seguinte, por
transmissão electrónica de dados, contendo as operações de compras efectuadas no mês anterior,
em que tenha suportado IVA.

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Este artigo é apenas informativo, recomendamo-lo a consultar o Código do Imposto Sobre o

Valor Acrescentado, aprovado pela Lei 7/19, actualizado pela Lei 17/19 para melhor compreensão.

A cálculo Perspicaz, Lda., disponibiliza-se a ajudá-lo a estar por dentro do IVA e cumprir com
as exigências deste imposto, desde o registo das operações, cálculo do imposto, preenchimento da
declaração periódica, submissão electrónica de documentos a AGT, e aproveitamento dos
benefícios fiscais. Para mais informações contacte a Cálculo Perspicaz, Lda:

Tel: 917-708-627 / 926-068-837 / 222-777-230

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