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A IMPORTÂNCIA DA EMPATIA NO SEU TRABALHO (E NA SUA

VIDA)

Atos simples como escutar um colega com atenção podem fazer sua
rotina muito melhor.

Você já deve ter ouvido falar, principalmente nos últimos tempos, de


uma palavra que aparentemente parece mágica: empatia. Alguns ainda
fazem confusão com o seu significado, então nós explicamos: é
basicamente a capacidade de se colocar no lugar do outro, tentando
compreender como o outro sente ou pensa. E qual será a importância
da empatia no seu ambiente de trabalho eu até mesmo na forma que
você presta um serviço ou vende um produto?

Seja em uma grande corporação ou mesmo em um espaço de


coworking, pensar um pouco mais no colega ao lado é uma forma de
melhorar a convivência e transformar a rotina com mais leveza. Na
geração do compartilhamento, não podemos mais ignorar os
sentimentos e problemas das outras pessoas. O individualismo já não
cola mais, é coisa do século passado.

Para a empatia prevalecer, precisamos acabar com a cultura da


intriga
Algo muito recorrente nas empresas é aquele clássico sentimento de
competição, que, cá entre nós, muitas vezes sequer sabemos como
iniciou. É meio automático: às vezes começamos a trabalhar em um
lugar e quando você chega já existe uma certa rixa entre o setor Y e o
setor X. Como você está na equipe Y, com o tempo você vai fazer parte
da rixa contra a equipe X. Isso mesmo, sem nem questionar o porquê
dessa guerra e qual a origem disso.

É natural do ser humano a necessidade de fazer parte de um grupo,


então às vezes acabamos seguindo padrões totalmente impensados e
que talvez nem estejam alinhados com os nossos princípios.

Às vezes seguimos padrões totalmente impensados e que talvez


nem estejam alinhados com os nossos princípios

E se, antes de cairmos nessa rotina de picuinhas e fofocas de corredor


nós nos posicionássemos neutros? Questione o colega sobre o motivo
daquele atrito e, caso ele esteja resistente à mudança, apenas se afaste
e diga que esse tipo de situação não te deixa confortável.

É difícil mudar processos que já ocorrem há muito tempo em um lugar.


Principalmente aquele tipo de hábito que ninguém realmente se
questiona do porque está acontecendo e só vai seguindo o ritmo da
boiada, sabe?

Questione as pessoas e esteja pronto para ouvi-las (de verdade!)

Como falamos no início do texto, tem se falado muito em empatia, mas


ela de nada serve se não for sincera e natural. Se pra você ainda é difícil
não julgar e se colocar no lugar do outro, tudo bem! Não podemos
querer forçar uma suposta empatia, mas que quando estamos ouvindo a
pessoa falar, mentalmente estamos revirando os olhos e discordando de
tudo.
No ambiente de trabalho,
às vezes tudo o que um
colega precisa é um pouco
de atenção. Para você, o
trabalho daquele parceiro
de ilha pode parecer fácil,
sem grandes empecilhos.
Mas, como será que ele se
sente em relação as
demandas dele? E será
que a vida dele fora
daquele ambiente está
100% bem?

Não existe isso de separar totalmente os problemas do ganha pão das


questões pessoais. Somos humanos e é natural que o nosso emocional
fique abalado quando algo em casa acontece.

Um exemplo que já aconteceu comigo: perdi um bichinho de estimação


e fiquei completamente arrasada, sem foco no trabalho. Fui julgada por
algumas pessoas que não entendiam esse tipo de relação de afeto. Aí
eu pergunto: vai mudar em que as pessoas julgando a minha tristeza por
perder um cachorro? Só me deixou mais chateada com a situação toda.
Não seria muito mais fácil alguém me dar um abraço e tentar falar algo
para me animar? Seria, ao menos, uma tentativa de me colocar pra
cima.

ALGUMAS DICAS PARA COLOCAR EM PRÁTICA

Vi neste texto aqui, da Isadora Lopes, algumas ideias de perguntas para


você se questionar. Aqui vão elas:

 Como está sua capacidade de ouvir o próximo?

 Você consegue manter o autocontrole?

 Você se dispõe a enxergar o outro lado de uma discussão?

 Você elogia seus colegas e evita críticas desnecessárias?

Perceba como cada uma dessas questões aborda pontos bem


importantes de autoanálise. E no fim, é bem por aí que funciona: quanto
mais soubermos nos analisar e respeitar, mais pacientes seremos com
os outros.

E então, vamos praticar a empatia daqui para frente?

JOGO PARA TREINAR A EMPATIA – PROFESSOR/ALUNO E


VICE-VERSA

TEMA: AVALIAÇÃO Título: Empatia com a situação dos alunos/ professores


Objetivo: Fazer com que os participantes possam compreender a situação dos
alunos sobre serem avaliados muitas vezes sem critério ou sem considerar seus
interesses e habilidades.

Passo a passo: 1. Facilitador distribui uma folha em branco e alguns materiais


(canetas coloridas, fitas adesivas, recortes de revista, papelão, etc.).

2. Os participantes são convidados a escolherem alguns desses materiais sem


saber ainda o objetivo da dinâmica.

3. O facilitador pede então que todos desenhem uma escola (sem dar nenhum
detalhe: como deve ser o teto, onde deve estar, qual a cor, nada!).

4. O facilitador então recolhe os trabalhos e dá uma nota baixa para eles e justifica
com o uso incorreto de material ou má qualidade do desenho, o pouco tempo
empregado na confecção do desenho, entre outros critérios “injustos”.

5. O facilitador expõe as “provas” para todos e aguarda os feedbacks, sem dar


muitas justificativas. Ele apenas conta os critérios aleatórios que utilizou.

6. Em seguida ele pede que o colega sentado à esquerda refaça a avaliação da


“prova” avaliando por outro critério (como o esforço da pessoa ao realizar a tarefa,
ou a quantidade de cores ou materiais que empregou na feitura do desenho, etc.).

7. A partir da nova avaliação os técnicos discutem qual foi mais justa e fazem uma
reflexão sobre a relação dessa atividade com as provas/avaliações feitas pelos
alunos nos anos escolares.

Recursos: folhas de papel, canetas coloridas, entre outros disponíveis.

Algumas questões para guiar a reflexão: Como se sentiram ao serem avaliados por
algo que não é a habilidade de cada um (ou se for de apenas um ou dois)?
Como o professor deve se sentir ao perceber que um aluno não chegou a resposta
correta mesmo depois de um semestre de muita dedicação e esforço pessoal?

Como o aluno deve se sentir ao ser avaliado por critérios que vão além da resposta
final das avaliações?

Como eles gostariam de ter sido avaliados?

Quais as conexões que eles veem entre a prática que realizaram e as avaliações de
desempenho?

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