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The Witch's Life

When I was a child


there was an old woman in our neighborhood whom we called The Witch.
All day she peered from her second story
window
from behind the wrinkled curtains
and sometimes she would open the window
and yell: Get out of my life!
She had hair like kelp
and a voice like a boulder.

I think of her sometimes now


and wonder if I am becoming her.
My shoes turn up like a jester's.
Clumps of my hair, as I write this,
curl up individually like toes.
I am shoveling the children out,
scoop after scoop.
Only my books anoint me,
and a few friends,
those who reach into my veins.
Maybe I am becoming a hermit,
opening the door for only
a few special animals?
Maybe my skull is too crowded
and it has no opening through which
to feed it soup?
Maybe I have plugged up my sockets
to keep the gods in?
Maybe, although my heart
is a kitten of butter,
I am blowing it up like a zeppelin.
Yes. It is the witch's life,
climbing the primordial climb,
a dream within a dream,
then sitting here
holding a basket of fire.

A vida de uma bruxa

Quando criança,
havia uma senhora em nossa vizinhança
ao qual chamávamos de “A Bruxa”.
Ela costumava espiar o dia inteiro
por detrás das cortinas enrugadas
da janela do segundo andar
e às vezes ela abria a janela
para berrar: vão embora!
Seus cabelos pareciam algas marinhas
e a sua voz era a de uma rocha.

Penso nela atualmente e me pergunto


se eu não estou me tornando-a.
Meus sapatos se arrebitam como os de um bobo da corte.
Os fios do meu cabelo, enquanto escrevo, torcem
um a um como dedos dos pés.
Enxoto as crianças para fora,
pazada atrás de pazada.
Apenas os meus livros me encantam, e alguns amigos,
aqueles que realmente penetraram em minhas veias.
Talvez eu esteja me tornando uma eremita,
abrindo a porta apenas para alguns animais especiais?
Talvez a minha cabeça esteja tão cheia
e não há mais abertura
através do qual ela possa sorver?
Talvez eu tenha tapado todos os meus bocais
para impedir que Deus entre?
Talvez, apesar de o meu coração ser como um gatinho de manteiga,
eu esteja explodindo como um Zeppelin.
Sim, essa é a vida de uma bruxa,
escalando a escalada primordial,
um sonho dentro de um sonho,
depois me sentando aqui
segurando uma cesta de fogo.

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