A R L S SABEDORIA E CULTURA
Sob os auspícios da Maçonaria universal
O significado filosófico e simbólico dos instrumentos de trabalho do Primeiro Grau de Aprendiz Maçom
representa os conceitos fundamentais sobre a vida e o trabalho do homem, a sua natureza tríplice – corpo,
mente e espírito. Esses instrumentos – a Régua de 24 PP.’., o Maço e o Cinzel – são essenciais para que o
Aprendiz consiga desbastar a sua ‘pedra bruta’, que significa o próprio Aprendiz nas condições em que se
encontra no mundo profano, com seus defeitos (arestas), e sobre o qual deverá proceder à sua auto-lapidação,
sua auto-escultura, seu auto-desenvolvimento, transformando-se na ‘pedra polida’ em busca da construção de
seu ‘Templo Moral’ consagrado ao G.’.A.’.D.’.U.’.. Simbolicamente, a Régua de 24 PP.’. é a consciência, o
Maço a força de vontade e a energia, e o Cinzel a beleza moral, a razão, e significam que o Aprendiz deve
dominar suas paixões, emoções e vaidades, aperfeiçoando seu espírito e desbastando as arestas que causam suas
preocupações e vícios profanos.
A Régua de 24 PP.’.
O Maço
O Maço (ou martelo rudimentar) foi o primeiro instrumento imaginado pelo homem primitivo para mover a
matéria de um lugar para o outro no plano material, inaugurando a era das ferramentas, na qual coisas alheias
ao próprio corpo começaram a ser utilizadas pelo homem para conseguir seus intentos. Até então, o homem era
o maço de si mesmo, utilizando seus próprios músculos como ‘instrumento’ de força. Com a sua evolução, foi
se apoderando dos maços da natureza e de sua força, potencializando suas energias para o alcance de seus
objetivos (PESSANHA, 2008).
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À GDGADU
A R L S SABEDORIA E CULTURA
Sob os auspícios da Maçonaria universal
Como instrumento que serve para descarregar golpes, o Maço representa o método mais simples da aplicação
da força (e do poder) e simboliza, na Maçonaria, todas as forças físicas, morais, mentais e espirituais. O poder
do Maço é ilimitado, pois dentro de cada pessoa existe uma reprodução do G.’.A.’.D.’.U.’., cujo poder é
onipotente.
O Maço representa a força, a energia necessária para a execução de qualquer trabalho. A energia é fundamental
para a própria existência do mundo, pois nada existe sem energia (DANIEL, 2008). Na construção de sua auto-
escultura, o Aprendiz precisa da força e da energia do Maço para que as ações planejadas (Régua de 24 PP.’.)
possam ser efetivamente realizadas.
O Cinzel
O Cinzel possui o poder de cortar, dar forma, abrir caminho através da matéria. Para isso, necessita ter um fio
cortante e resistente, de maneira a receber e transmitir a força que lhe for aplicada pelo Maço, e de acordo com
a obra que com ele o Aprendiz será capaz de realizar. O Cinzel significa a capacidade de enxergar aquilo que é
preciso mudar, deve ser a autocrítica do Maçom que, apoiada pela força de vontade, fará com que consiga o
desbaste necessário de sua ‘pedra bruta’ (DANIEL, 2008). Para tanto, o Aprendiz-Maçom deve possuir
qualidades morais, sentimentos bons e generosos (linha da virtude), uma mente bem dotada e educada (linha da
direção) e uma natureza espiritual pura e profunda (linha do discernimento), os quais serão utilizados em suas
obras. Além disso, deve dirigir e concentrar a energia a um ponto definido, a obra final, para que a força não se
disperse e o resultado seja alcançado, sem nunca se desviar do caminho traçado (PESSANHA, 2008).
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