existem?
A improbidade administrativa é um dos maiores males envolvendo a máquina
administrativa do país e um dos pontos negativos da má administração que mais justificam
a implementação de um maior controle social. Por isso, com o intuito de ampliar o combate
às práticas corruptas na administração, o Ministério Público Federal elaborou um pacote
de medidas contra a corrupção. Entre as medidas, existiam algumas que visavam
combater diretamente o problema da improbidade administrativa.
O intuito das medidas contra improbidade era tornar mais rápido o processo das ações
relativas à improbidade administrativa, através da extinção de fases consideradas
irrelevantes ao processo, como a necessidade de uma notificação preliminar sobre a
existência da ação, e da criação de varas especializadas para julgar ilícitos dessa
natureza.
O Controle Social passou a ter uma conotação mais amigável após a promulgação da
Constituição Federal do Brasil em 1988, uma vez que passamos a construir um Estado
Democrático de Direito, e partir dela, visamos garantir à sociedade transparência das
contas públicas, foi criada a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. Sendo assim, ele pode
ser entendido como a participação do cidadão na gestão pública através da fiscalização,
monitoramento e controle das ações da Administração Pública, ou seja, o Estado é
controlado pelo cidadão. É um importante mecanismo de fortalecimento da cidadania que
contribui para aproximar a sociedade do Estado, abrindo a oportunidade de os cidadãos
acompanharem as ações dos governos e cobrarem uma boa gestão pública.
O controle social é conceituado e demonstrado na CF/1988, que incluiu a participação da
sociedade nas políticas públicas; destaca a LRF que instituiu a transparência pública
enfatizando os artigos 48 e 49 da referida lei. Portanto, é um instrumento de participação
social e de controle da corrupção, a partir do momento em que a sociedade organizada
vigia mais de perto, a atuação de seus representantes no uso do recurso público.
A participação contínua da sociedade na gestão pública é um direito assegurado pela
Constituição Federal, permitindo que os cidadãos não só participem da formulação das
políticas públicas, mas, também, fiscalizem de forma permanente a aplicação dos recursos
públicos. Assim, o cidadão tem o direito não só de escolher, de quatro em quatro anos,
seus representantes, mas também de acompanhar de perto, durante todo o mandato,
como esse poder delegado está sendo exercido, supervisionando e avaliando a tomada
das decisões administrativas.
Com isso, o controle social é uma forma expressiva de exercício da cidadania, pois
permite a ligação política entre o Município e a comunidade, de modo efetivo e pleno,
ficando o cidadão mais valorizado moral e socialmente, além de se sentir corresponsável
pelos resultados obtidos pelo governo.
Sendo assim, ninguém pode descartar, ou minimizar a importância que tem o controle
social como ferramenta da sociedade para ajudar na efetividade da gestão dos gastos
públicos e na obtenção de resultados mais eficientes da administração, bem como para
exigir a accountability, nela incluída a responsabilização do gestor público envolvido, pois
somente com a contribuição da sociedade civil é que se pode evitar o descaso e a
impunidade, que alimentam a cadeia da corrupção que, por sua vez, mantém pessoas
inescrupulosas e despreparadas na condução da coisa pública.
É de fundamental importância que cada cidadão assuma essa tarefa de participar de
gestão pública e de exercer o controle social do gasto do dinheiro público. A Controladoria-
Geral da União (CGU) é um dos órgãos de controle da correta aplicação dos recursos
federais repassados a estados, municípios e Distrito Federal. No entanto, devido às
dimensões do Estado Brasileiro e do número muito grande de municípios que possui, a
CGU conta com participação dos cidadãos para que o controle dos recursos seja feito de
maneira ainda mais eficaz.
Portanto, podemos observar que com a ajuda da sociedade, será mais fácil controlar os
gastos do Governo Federal em todo Brasil e garantir, assim, a correta aplicação dos
recursos públicos. Então, de acordo com o que foi apresentado no texto acima, podemos
ver, que tanto a improbidade administrativa quanto o controle social estão presentes no
cenário brasileiro.
Referências Bibliográficas:
• CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO (CGU). Controle Social- Orientações aos
cidadãos para participação na gestão pública e exercício do controle social. Brasília, 2012.
47 p. Disponível em:< http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/controle-
social/arquivos/controlesocial2012.pdf> Acesso em: 18 de Ago. 2017.
• DROPA, Romualdo Flávio. Improbidade administrativa e controle social. Disponível em:
<http://ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3900&revista_caderno=4>.
Acesso em: 18 de Ago. 2017.
• NUNES, Jonas Tadeu. Importância e necessidade do Controle Social. Observatório
Social do Brasil. Publicado em 05 Ago. 2013. Disponível em: <
http://osbrasil.org.br/importancia-e-necessidade-do-controle-social/> Acesso em: 18 de
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• PORTAL DA TRANSPARÊNCIA. Controle Social. Disponível em: <
http://www.portaldatransparencia.gov.br/controlesocial/> Acesso em: 18 de Ago. 2017.