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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UNILESTE

ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA - CEQ

PRODUÇÃO DE SABÃO

Relatório apresentado como parte das exigências da


disciplina de Laboratório de Química.
Aula prática 02

Prof. Dr. Leonardo Ramos Paes de Lima.


Grupo de trabalho: Ludmila de Oliveira
Fernanda Oliveira
Nathan Gomes Guimarães
Nathan Rodrigues Silva
Tayla Luiza Pereira Borges

IPATINGA - MG
FEVEREIRO DE 2018
1 – INTRODUÇÃO

Neste trabalho foram estudadas técnicas para a Produção do Sabão a


partir do óleo de fritura usado, visando contribuir com a preservação do meio
ambiente e seus impactos.  
O  sabão  é  produzido  através  de  uma  reação  que  se  chama 
saponificação.  Esta  reação  é  composta  de  um  éster  misturado  com  uma  base 
forte  na  presença  de  água  e  aquecimento.  O  produto  final  é  um  sal  orgânico  e 
álcool. 
A equação que demonstra o processo de obtenção do sabão é: 

O uso de bases no processo (hidróxido de sódio ou potássio) fez com


que a reação ficasse conhecida também como Hidrólise alcalina. Ela é usada
há muitos anos pelas donas de casa que retiram a matéria prima ácido graxo
de suas próprias cozinhas: os chamados óleos comestíveis são compostos por
ésteres, daí o por que de serem utilizados para a produção de sabões.(ALVES,
2016)

2 – MATERIAIS E MÉTODOS

Foi colocado no agitador magnético, um béquer de 100 mL contendo 12,47 mL


de água, para aquecer a uma temperatura de 40º C. Foram adicionadas aos
poucos 12,03 gramas de soda cáustica na água, até a dissolução completa.
Após a dissolução foi colocado 100 mL de óleo em um béquer e adicionada a
mistura de água e soda, deixando no agitador magnético por 20 minutos,
ficando homogêneo. Logo após, foi adicionado 10 gotas de essência e corante
verde. O líquido foi despejado em um vasilhame para o processo de
endurecimento.
2.1 Análises do sabão
Foi pesado 96,15 gramas de sabão. Possui aspecto macio e elástico, cor verde
e cheiro característico de sabão em barra. Foi pego 2% de sabão, sendo 2
gramas (1,990) para 100 mL de água. Foi feita a análise da quantidade de
espuma formada, assim foi diluída o sabão em 50 mL de água, em uma
proveta graduada de 100 mL. Foi realizadas 10 invertidas sincronizadas em
intervalos de 5 minutos. Representada na tabela.

Tabela 1- Produção de espuma

1º Teste 41 mL de espuma

2º Teste 52 mL de espuma

3º Teste 62 mL de espuma

Foi pesado 0,560 gramas de sabão, diluído em 50 mL de água. A solução foi


levada para o medidor de PH de bancada. Foi marcado PH 9,82. Para a
determinação de alcalinidade foi pesado 1,01 gramas de sabão. O sabão foi
adicionado no Erlenmeyer de 100 mL adicionado então 50 mL de álcool. foi
colocado no agitador magnético por 15 minutos. Foi feita a preparação da
bureta, foi adicionado HCL até a marca determinada na bureta.

2.2 Titulação
Foram realizadas duas tentativas de titulação. Foi adicionado na primeira
tentativa 7 gotas de fenolftaleína, não ocorreu a titulação. Na segunda foi
utilizada uma nova solução, usada na medição do PH. Foi adicionada 12 gotas
de fenolftaleína. Foi marcada a quantidade de HCL em ambas as tentativas.

Tabela 2- Titulação da solução

1º tentativa (HCL) 2º tentativa (HCL)


1.7 1.3

2.7 2.2

3.5 2.9

Concluindo, foram necessárias aproximadamente 2.9 mL de HCL para que a


solução titula-se.

3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Sete dias após o preparo do sabão, verificou-se que a mistura estava


com uma consistência mais sólida e firme. Com os corantes adicionados, o
sabão estava com uma cor verde escuro. Não havia aroma desagradável.
Apresentou as características básicas de um sabão comum, como a
capacidade de limpeza e a solubilidade em água.

Imagem 1 - Logo após a finalização do preparo do sabão.


Imagem 2 - Sabão obtido no laboratório, após sete dias do preparo.

Segundo Gouvea et al (2010), esta metodologia destaca-se entre as


metodologias pesquisadas, devido a um menor número de reagentes, menor
custo e com mesma eficácia de limpeza que os sabões comerciais.
A produção do sabão a partir do óleo de soja usado, tem o propósito de
diminuir os impactos que o óleo já usado causa no meio ambiente quando
descartado de forma errada na natureza, por esse motivo que se faz a
reutilização do mesmo para produzir sabão. Os testes de aplicação do sabão
para a remoção de gordura de materiais, revelou que todos, além de produzir
espumas, se mostraram eficientes para a limpeza.
Foi usado a soda cáustica na produção do sabão, porém foi destacado
no projeto de Janara Cristiny C. De Oliveira, que ao empregar água de cinzas
reduz o uso da soda cáustica na formulação, e que devido a utilização da cinza
em sua composição, o sabão apresentou maior valor de pH, confirmando a
propriedade alcalina da cinza mas sem comprometer a eficiência do produto.O
sabão feito apresentou resultados dentro dos valores recomendados pela
ANVISA (2010), cujo pH não pode ser maior que 11,5.
4 - CONCLUSÃO

Não podemos mais ter uma relação com a natureza de meros


expectadores; somos parte integrante da natureza, e temos o dever de
minimizar impactos e buscar alternativas de melhoria de condições de vida.
Este projeto mostra como pequenas ações podem refletir positivamente na
preservação do meio ambiente e no desenvolvimento de novas
tecnologias.​(ALBERICI; PONTES, 2014) 
A  coleta  e  o reuso do óleo pode contribuir para a ampliação da produção 
de  sabão,  gerando  um  produto  de  baixo  custo  e  diminuindo  os  impactos 
ambientais.  ​O sabão produzido serviu de bom uso, teve êxito em seu objetivo e
não corroeu a mão pois estava com Ph básico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, Luiz Cláudio de Almeida. ​Introdução à Química Orgânica​. São


Paulo: UFV, 2011.
ALVES, Líria. ​Reação de Saponificação​. [​S. l.]​ , 2016. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/reacao-saponificacao.htm. Acesso em:
13 mar. 2019.
DE OLIVEIRA, Janara Cristiny C. ​Reaproveitamento do óleo de cozinha
para a produção de sabão​. [​S. l.​], 2017. Disponível em:
https://www.ifnmg.edu.br/arquivos/2016/proppi/sic/resumos/f5925756-70b4-48e
6-a5e2-de594c81fab7.pdf. Acesso em: 5 abr. 2019.
ALBERICI, Rosana Maria ; PONTES, Flávia Fernanda Ferraz de. ​Reciclagem
de óleo comestível usado através da fabricação de sabão.​ Eng.ambient.,
Espírito Santo do Pinhal, v.1, n.1, p.073-076, Espírito Santo do Pinhal, 2014.
Disponível em:
http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:HPVOSz1v45oJ:scholar
.google.com/+Sab%C3%A3o+&hl=pt-BR&as_sdt=0,5. Acesso em: 11 abr.
2019.
GOUVEA, L. P.; DOURADO, M. T.; JORDÃO, S. J.; MESKO, M. F.; PEREIRA,
C. M. P. ​Reutilização de óleos comestíveis na confecção de sabões: uma
alternativa de reciclagem​. Disponível em: < http://
www.ufpel.edu.br/cic/2010/cd/cb.htm>. Acesso em 05 abr. 2019.

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