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Novas formas de fascismo: o caso brasileiro

Não importa o Governo, não importa saber se


existe uma democracia constitucional, não importa que as instituições
estejam em pleno funcionamento.

Para se dar um golpe, atualmente, não há mais


necessidade de baionetas e mobilização militar. Pelo menos na
América do Sul, em tempos de pós-modernidade, pós-verdade, pós-
tudo (sic).

O golpe brando é uma realidade. Exemplo


típico: o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff.

Eleições “livres” no Brasil em 2018? A


manipulação eletrônica levou o eleitor, com as distorções da mídia, a
eleger um tipo patológico: um capitão reformado do Exército,
representante dos setores mais retrógrados, comparado à direita
explosiva dos anos da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985).

Durante os anos de governo do PT no Brasil,


alguns ditos “ideólogos”, muito afeito às redes sociais (com forte peso
do Youtube), encamparam um discurso odioso, irracionalista,
herdeiros de teorias conspiratórias, tendo como o guru-mor a pessoa
de Olavo de Carvalho.

Essa forma de fascismo induz o cidadão


comum a “comprar” o discurso da moralidade de um governo
associado à milícia, próximo a segmentos evangélicos muito receptivo
a esse falso discurso de moralidade, de valorização da família, mas,
que, na verdade, consagra tudo o que um cristão não poderia ser ou
praticar no cotidiano: o ódio, a misoginia, a homofobia, a aversão ao
“diferente”.

O governo de Jair Messias Bolsonaro


representa um marco na vida político-institucional brasileira: um
marco na tentativa de destruição do pouco do estado social
conquistado por décadas de lutas e estampado numa violentada
Constituição-Cidadã.

Desde 1964 a ordem social competitiva não


permite o livre desenvolvimento do país, a ampla distribuição de
renda, a justiça social, a erradicação da pobreza, enfim, a Casa Grande
quer a sagração do interdito: o povo!

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