1. O que é Pregação?
2. Os Tipos de Pregação Expositiva
3. Os propósitos da Pregação Expositiva
4. Modelos de Pregação Expositiva
5. A Mecânica da Preparação do Sermão
6. Exemplos de sermões expositivos
7. A vida do pregador
INTRODUÇÃO
Definindo “Homilética”
Além dos termos usados para definir a pregação, temos que atentar também
para os termos usados para descrevê-la.
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O QUE É PREGAÇÃO?
B. Palavras gregas que “descrevem” a pregação
Quando unimos os termos que definem pregação com os termos que a des-
creve, concluímos que a pregação é a exposição das Escrituras. Nesse
sentido, um pregador é alguém que expõe o significado de um texto
das Escrituras e o aplica à realidade de seus ouvintes.
Hoje em dia, se fala em “pregação bíblica” ou “pregação expositiva” para se
referir a verdadeira pregação.
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O QUE É PREGAÇÃO?
C. Definições básicas
“A explicação da Escritura, desdobrando seu significado natural e verdadeiro,
enquanto faz aplicação à vida da congregação… Pregação é a exposição públi-
ca da Escritura por meio do homem enviado da parte de Deus, pela qual Deus
mesmo é apresentado em juízo e em graça” (João Calvino)
1. Discurso motivacional;
2. Usar o texto como trampolim;
3. Mensagem antropocêntrica.
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OS TIPOS DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA
1. Sequencial – Pregar através de vários livros da Bíblia. Você começa com
o capítulo 1.1 e prossegue para cada um dos versículos consecutivamen-
te até chegar ao final do livro. Você explica e aplica cada versículo daquele
livro.Toda verdade é pregada.
2. Secional – Você pega um setor da Bíblia e o expõem. Um exemplo seria
O Sermão da Monte em Mateus 5-7. Outro exemplo seria as Sete Cartas
as Igrejas em Apocalipse 2-3.
3. Doutrinária – Um tema ou assunto doutrinário é exposto à luz da Bíblia,
tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
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OS TIPOS DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA
4. Biográfica – Você escolhe um personagem, reúne todas as passagens
que falam dele e estuda este personagem. Um exemplo seria a história de
Abraão de Gênesis 11-26 ou a história de José de Gênesis 37-50.
5. Individual – Ele não está conectado ao estudo de um livro ou conectado
com qualquer série de exposições que esteja fazendo numa determinada
passagem. É o nome dado para àquele sermão que você trará em um
determinado lugar a pedido ou convite de alguém. Neste caso, o prega-
dor tem uma única mensagem para pregar.
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OS TIPOS DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA
6. Sazonal/circunstancial – Esta palavra significa aquilo que é temporário
ou que é típico a uma determinada época ou estação do ano. A referência
é aquele tipo de sermão que fala de um tema ou assunto de que é do
interesse de todos e comum a uma estação do ano ou não. Exemplos:
Pregar sobre o Natal ou nascimento de Jesus no mês de Dezembro ou
sobre a morte de Jesus no mês da Páscoa. Falar sobre a violência e inse-
gurança pública.
7. Fúnebre – É aquele sermão pregado em ocasião de morte de um crente
ou mesmo de um descrente.
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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA
1) a glória de Deus;
2) a exaltação de Jesus Cristo;
3) a manifestação do poder do Espírito Santo; e
4) o bem da humanidade.
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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA
• Para João Calvino, “a Palavra de Deus pregada era o cetro pelo qual Cristo
estabelecia continuamente seu governo único e espiritual sobre a mente e o co-
ração do seu povo”. O puritano William Perkins declarou: “O âmago da pre-
gação é este: Pregue a Cristo, por Cristo e para louvor de Cristo”.
• Da mesma forma, Charles Spurgeon, o Príncipe dos Pregadores, ao dar ori-
entação para seus alunos, disse: tema pelo qual eu desejaria angariar toda
língua santa
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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA
• “De tudo que gostaria de dizer este é o resumo: meus irmãos, preguem Cristo,
sempre e sempre. Ele é todo o evangelho. Sua pessoa, ofícios e obras devem ser
um tema grande e abrangente. Ainda precisamos contar ao mundo sobre o Salva-
dor e sobre o caminho para se chegar até ele”.
• Portanto, devemos pregar Cristo, com base em toda a Escritura, em qual-
quer lugar, em toda parte. A Bíblia é um livro singular que revela uma pes-
soa singular: Jesus! A mensagem central da Escritura é Jesus. O alvo
principal da pregação é a exaltação de Jesus como Salvador, Se-
nhor e Rei. Jesus é a mensagem da Escritura. A sagrada Escritura é o
instrumento pelo qual o Espírito do Deus exalta a Jesus Cristo.
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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA
• O Espírito Santo é a fonte do poder divino. O que Deus faz no mundo ho-
je, Ele executa mediante a instrumentalidade do Espírito (Jo 16.8., 13). Não
existe Cristianismo sem a poderosa influência e a obra do Espírito Santo.
• A pregação deve ser feita por meio do poder do Espírito Santo (1 Co 2:4,
5; 1 Ts 1:5). Não é possível pregar com eficácia sem esse poder. Onde não
há unção no púlpito, não há poder nos bancos. Não precisamos só
de erudição, mas acima de tudo de unção.
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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA
• O apóstolo Paulo declarou: “Aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura
da prega ção” (l Co 1:21). E ainda: “Como, porém, invocarão aquele em quem
não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se
não há quem pregue?” (Rm 10:14). Por conseguinte a pregação tem como
objetivo a salvação dos perdidos.
• Pregar não só leva os perdidos a Jesus, mas edifica igualmente os que rece-
beram a salvação. O apóstolo Paulo destacou este propósito em 2 Timóteo
3:14 — 4:2, onde a exposição da Escritura é revelado como o instrumento
de Deus para não só dar salvação em Cristo, mas também para ensinar, re-
preender, corrigir e preparar seu povo.
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MODELOS DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA
I. Esdras (Neemias 8)
I. Intercessão
A. Busque o Senhor
B. Santifique a sua vida
II. Seleção
A. Conheça as diferentes abordagens (sequencial, secional, etc)
B. Considere os vários fatores
1. Sermões recentes
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
2. Necessidades da congregação
3. Maturidade das pessoas
4. Suas próprias habilidades
5. Paixões pessoais
III.Aquisição
A. Bíblias de estudo
B. Comentários bíblicos
C. Ferramentas de idiomas
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
IV. Orientação
A. Introduções gerais
B. Divisões do livro
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
C. Esboço do livro
D.Tema central
E. Pano de fundo histórico
F. Redação repetida
G. Desafios interpretativos
V. Isolamento
A. Observe a unidade literária
B. Determine o texto específico
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
VI. Observação
A. Observações iniciais
1. Quem está falando?
2. A quem está se dirigindo?
3. Onde está o falante?
4. Quando isto foi escrito?
5. Quais são as circunstâncias?
6. Onde estavam os recipientes desta mensagem?
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
B. Observações adicionais
1. Quais são as palavras-chave?
2. Quais são as palavras repetidas?
3. Quais são as palavras teológicas?
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
VII.Visualização
A. Escreva um esboço inicial
1. Relativamente poucos
2. Obviamente claros
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
3. Logicamente coerentes
4. Equilibrados simetricamente
VIII. Cristalização
A. Descubra o tema central
B. Escreva a “grande ideia”
IX. Interpretação
Entenda as leis de interpretação
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
1. Significado único
2. Intenção do autor
3. Estrutura gramatical
4. Pano de fundo histórico
5. Distintivos culturais
6. Localizações geográficas
7. Referências cruzadas
8. Linguagem figurada
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
9. Gênero literário
10. Revelação progressiva
X. Construção do Esboço
A. Escreva o ponto principal (Introdução)
B. Escreva a interpretação bíblica (Desenvolvimento)
C. Escreva a aplicação prática (Conclusão)
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
B. Crie interesse
1. Use uma afirmação provocativa
2. Use uma citação impactante
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
C. Revele a direção
1. Afirme a “grande ideia”
2. Afirme os pontos principais
D. Reveja o contexto
1. Mostre o contexto do livro
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
XII. Conclusão
A. Apele aos crentes
1. Eles devem saber algo
2. Eles devem sentir algo
3. Eles devem fazer algo
1. Chame-os ao arrependimento
2. Chame-os à fé
XIII.Avaliação
A. Reveja o esboço
B. Reveja a qualidade
C. Reveja o equilíbrio
D. Reveja a clareza
E. Reveja o fluxo
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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO
XIV. Proclamação
A. Dependência espiritual
B. Contato visual
C. Voz clara
D. Tom variado
E. Ritmo alternado
F. Gestos apropriados
G. Postura corporal
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EXEMPLOS DE SERMÕES EXPOSITIVOS
Texto: 2 Samuel 11:12-23
Tema: A queda e restauração de um grande homem
I. Davi desobedeceu
a. Cometeu adultério — 11:2-5
b. Cometeu assassinato — 11:6-26
A. Oração
• A oração precisa ser prioridade vida do pregador. A vida do pregador
não deve ser medida pelo sucesso diante dos homens, mas por
sua intimidade com Deus.
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A VIDA DO PREGADOR
• Na vida de muitos pregadores, a oração não é a prioridade de sua vida e
ministério. Em virtude disso, tem pregado sermões secos e sermões secos
não produzem vida.
• Se desejamos ver a manifestação do poder de Deus, se nós desejamos ver
vidas sendo transformadas, se nós desejamos ver um saudável crescimento
da igreja, então devemos orar regularmente, privativa, sincera e po-
derosamente.
• Os grandes pregadores da Bíblia foram homens de oração: Moisés, Samuel,
Elias, os apóstolos e, acima de tudo, Jesus, nosso supremo exemplo.
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A VIDA DO PREGADOR
• Além destes, os maiores e mais conhecidos pregadores da história foram
homens de oração. João Crisóstomo, Agostinho, Martinho Lutero, João
Calvino, João Knox, Richard Baxter, Jonathan Edwards e muitos outros.
• Charles Simeon, um reavivalista inglês, devotava quatro horas por dia a
Deus em oração. John Wesley gastava duas horas por dia em oração. Lutero
dizia: “Se eu fracassar em investir duas horas em oração cada manhã, o diabo
terá vitória durante o dia”. David Brainerd dizia: “Eu amo estar só em minha
cabana, onde eu posso gastar muito tempo em oração”.
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A VIDA DO PREGADOR
ii. Jejum
• As Escrituras enfatizam também o jejum como um importante exercício
espiritual. Se nós desejamos pregar com poder, o jejum não pode ser es-
quecido em nossa vida devocional. O jejum está presente tanto no Antigo
como no Novo Testamento.
• Os profetas, os apóstolos, Jesus e muitos homens de Deus como Agostinho,
Lutero, Calvino, John Knox, Wesley, Charles Finney, Moody e outros mais
através da história, experimentaram bênçãos espirituais através do jejum.
Martyn Lloyd-Jones diz que “os santos de Deus em todos os tempos e em to-
dos os lugares não somente creram no jejum, mas também o praticaram”.
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A VIDA DO PREGADOR
• Se verdadeiramente desejamos ver poder no púlpito, se nós desejamos ver
pregações ungidas e cheias de vigor, se ansiamos ver o despertamento da
igreja e o seu crescimento numérico, precisamos, então, de pregadores que
sejam homens santos e piedosos, homens de oração e jejum.