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Superficia

l da

Água

e o

Meio

Ambiente

20. abr, 2010 2 Respostas

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A força que existe na superfície de
líquidos em repouso é denominada tensão superficial. Esta tensão superficial é devida às
fortes ligações intermoleculares, as quais dependem das diferenças elétricas entre as
moléculas, e pode ser definida como a força por unidade de comprimento que duas
camadas superficiais exercem uma sobre a outra.

Este efeito é bem intenso na água e no mercúrio, por exemplo, e pode ser percebido
também com a ajuda de outro fenômeno: a capilaridade. Quando um líquido é colocado
em um tubo capilar (tubo muito fino), a atração entre as moléculas do líquido e as
moléculas do material do tubo podem ser maiores ou menores do que a força de coesão
interna do líquido, ocasionando desta forma a formação de uma concavidade ou uma
convexidade na superfície do líquido, forma a qual apenas pode ser obtida devido ao
efeito de tensão superficial nos líquidos. A tensão superficial pode ser notada também
na forma quase esférica de gotas de água que pingam de uma torneira ou mesmo de
água espirrada em uma superfície. Esta tensão é ainda mais intensamente percebida no
caso de gotas de mercúrio colocadas sobre uma superfície, pois neste caso percebe-se
que a tendência é a de formação de pequenas esferas.

A tensão superficial é também responsável pela flutuação de pequenos pedaços de papel


e ajuda mesmo a pequenos insetos durante a sua locomoção sobre a superfície de lagos.

Para quebrar a tensão superficial, podemos utilizar um detergente, ou algumas


substâncias saponáceas, substâncias de base orgânica que diminui a tensão superficial
da água, essas substâncias são responsáveis por causar espumas em rios e córregos
poluídos devido o lançamento de dejetos sem o devido tratamento, consequentemente
os insetos não pode utilizar a superfície da água para se reproduzir, comprometendo
todo o ecossistema.
O aumento dessas substâncias orgânicas além de diminuir a tensão superficial também
reduz a taxa de oxigênio dissolvido na água impossibilitando a vida em rios e córregos
que apresentam tal situação, sendo assim, para recuperação desses locais é necessário
acabar com o depósito de resíduos e contar com a natureza para diluir as substâncias
orgânicas através das chuvas e afluentes, não poluídos, desses córregos e rios.

Caro leitor é importante observar que o rio Tietê não é poluído em toda sua extensão,
antes e depois, aproximadamente 300 km, de São Paulo o rio é limpo e cheio de vida.

Rio Tietê em Buritama – SP, localizado depois São Paulo, aproximadamente 600 km.

Aos professores, fica a sugestão de trabalhar com seus estudantes, de forma


interdisciplinar, o assunto envolvendo atividades de Biologia, Física e Química, através
de atividades experimentais simples que tratam da tensão superficial da água, veja um
exemplo, você pode pegar uma vasilha com água e colocar dois palitos, de forma que
fiquem paralelos, e também uma agulha no meio dos palitos, cuidado para não jogar,
pois eles afundarão, eles deverão flutuar, em seguida, coloque uma gota de detergente
no meio dos palitos. Você vai perceber que os palitos se afastarão e a agulha afundou,
pois o detergente diminuiu a tensão superficial da água.

http://biosferams.org/2010/04/tensao-superficial-da-agua/
Tensão superficial

As moléculas de um líquido interagem entre si de várias maneiras.


Uma delas é a atração ou repulsão elétrica, se estiverem carregadas ou se
suas cargas positivas e negativas não estiverem igualmente distribuídas no
espaço. Além disso, sofrem a ação da gravidade e da agitação térmica. No
geral, se o líquido estiver em um recipiente, como um copo, por exemplo, as
forças de atração estão mais fortes e impedem que as moléculas se
espalhem pelo espaço. O líquido ocupa um volume determinado, formando
uma superfície bem definida entre ele e o ar circundante. Surge daí uma
diferença clara entre as moléculas da superfície e as que ficam internas no
líquido. As que ficam dentro interagem com as demais em todas as
direções. Em média, portanto, essas interações (ou forças) se anulam
mutuamente. Já as que ficam na superfície só podem interagir com as que
estão do lado de dentro. Do lado de fora só existe o ar e as moléculas do ar
estão tão separadas uma das outras que seu efeito imediato sobre a
superfície líquida pode ser desprezado.

O resultado é que a película que fica na superfície sofre uma atração


para dentro do próprio líquido. Essa tendência é contrabalançada pela
resistência das moléculas de dentro que só podem ceder espaço até certo
ponto. Quando o equilíbrio é alcançado a tendência das moléculas
superficiais de penetrarem no líquido é equilibrada pela resistência das
demais que estão no interior.

Se o líquido for a água dentro de um copo, forma-se uma superfície


mais ou menos plana e ligeiramente encurvada para cima nas paredes
internas do copo. Se o recipiente for um tubo estreito, a superfície da água
assume uma forma côncava, o menisco, como se diz. E se a água estiver em
queda livre? Ou, o que é a mesma coisa, se estiver solta dentro de um
ônibus espacial em órbita?

Nesse caso, as moléculas da superfície se arranjam de modo a


formar a menor área possível para o volume que ocupam. Pode ser
demonstrado que essa configuração corresponde à situação de menor
energia. As moléculas de água em queda livre se ajuntam de modo a formar
gotas esféricas. Isso também explica porque as bolhas dentro de um líquido
são esféricas.

Esse fenômeno é descrito como sendo devido à tensão superficial.


Observe que a tensão superficial não é nenhuma força ou interação nova,
com o mesmo status do peso ou da força elétrica. É apenas um tipo de
equilíbrio entre essas forças que já existem no líquido moldando a forma da
superfície desse líquido.

Qual a razão desse termo tensão superficial? É fácil admitir que a


película de couro de um tambor está tensa. Se fizermos um furo no couro do
tambor com uma agulha ele se rasga todo por causa da tensão. Coisa
semelhante ocorre na superfície do líquido. Nela se forma uma espécie de
pele que é uma camada estreita e tensa, embora a tensão não seja tão
grande quanto no tambor. A intensidade dessa tensão depende de que
líquido estamos tratando, se ele é puro e da temperatura em que está.
Alguns aditivos modificam fortemente a tensão superficial de um líquido. O
exemplo mais comum é o dos detergentes que diminuem muito a tensão
superficial da água em que são dissolvidos. Com isso, diminui a tendência
de formar gotas fazendo com que as moléculas da água tenham maior
contato com as fibras dos tecidos. Dessa forma, a sujeira do tecido é mais
facilmente deslocada pela água e dissolvida em forma de emulsão.

Essa força de atração entre as moléculas permite que haja um


fenômeno chamado de tensão superficial, que pode ser verificado na
superfície de separação entre dois fluidos não misturáveis. Mas ela depende
na natura desses compostos e da temperatura do meio. No caso da água, é
como se houvesse um filme de água na superfície, por isso alguns insetos
conseguem pousar sobre a água sem afundar. A água possui uma tensão
superficial maior que dos outros líquidos.

A tensão superficial é o nome que damos para a coesão de


moléculas de água na superfície de uma massa de água.

A tensão superficial é uma camada na superfície do líquido que faz


com que sua superfície se comporte como uma membrana elástica que não
deixa o objeto adentrar-los, ou seja, afundar. Isso ocorre devido às
moléculas da água, que interagem entre si. As moléculas que estão no
interior do liquido interagem com as demais em todas as direções (em cima,
em baixo, dos lados e nas diagonais), já as que esta na superfície só
interage com as moléculas que estão dentro do liquido.

As moléculas da água (H2O) interagem entre si dentro do liquido e


todas as direções, mas as moléculas que estão na superfície só interagem
com as que estão abaixo porque não há nada em cima. Dessa forma cria-se
a tensão superficial.

O resultado dessa interação só com as moléculas do lado de dentro,


faz surgir uma tensão que exerce uma força sobre a camada da superfície,
com a intenção de compensar essa tensão do lado de dentro do liquido.
Essa “força” é a: tensão superficial dos líquidos.

Você pode fazer o teste da tensão superficial da água, colocando-a [a


água] em uma vasilha qualquer e em seguida colocar cuidadosamente uma
pequena moeda, uma agulha ou aqueles anéis de refrigerante sobre a água.
Nota-se que nenhum desses objetos mencionados é menos denso do que a
água, muito pelo contrario, é bem mais denso, porém, ao colocá-lo sobre a
água, você observa que eles não afundam devido à tensão superficial.
Agora tente adicionar algumas gotas de detergente nesse sistema e veja o
que acontece! Os objetos afundaram rapidamente! Isso ocorre porque o
detergente é um surfactante, isto é, ele age nas moléculas de água
quebrando a interação entre elas, consequentemente, quebrando sua
tensão superficial.

• Vejamos:

– Gota de água sobre um pedaço de papel cera.

– Olhe atentamente a gota. Defina a forma.

– Por que você acha que é desta forma?

– O que está acontecendo?

– A água não é atraída pela cera de papel (não existe uma aderência entre a
gota a cera e o papel).

– Cada molécula de água na gota é atraída para as outras moléculas de


água da gota.

Isto é um fenômeno onde a água atrai a si mesma gerando uma forma com
a menor quantidade de superfície, uma pérola (esfera).

– Todas as moléculas de água na superfície da esfera estão em


“explorando” umas às outras em conjunto ou criando tensão superficial

A tensão superficial explica vários fenômenos:

As gotas de água que se observam nas folhas ilustram bem a tensão


superficial. As menores de todas constituem esferas perfeitas. As maiores
são ovais, achatadas e as maiores de todas demasiado pesadas para serem
sustentadas pela tensão superficial e, por isso, espalham-se.

Alguns insetos passeiam sobre a água devido à sua tensão


superficial.
A ÁGUA SOBE POR CAPILARIDADE NAS PLANTAS
A água e os nutrientes inorgânicos absorvidos pela raiz deslocam-se ascendentemente
pelo xilema, seguindo o fluxo de transpiração. Parte dessa solução migra lateralmente para os
tecidos do sistema radicular e caulinar, enquanto o restante é enviado para os demais órgãos do
vegetal. Nas folhas, uma parcela da solução xilemática é transferida para o floema a fim de ser
exportada para os órgãos em crescimento. Tanto a água como os solutos que alcançam a raiz via
floema podem ser transferidos para o xilema, tornando a circular pela planta.
Enquanto isso, os produtos derivados da fotossíntese, realizada primordialmente nas
folhas maduras, são exportados para todas as regiões do organismo vegetal através do floema.
Dessa forma, a planta possui um sistema vascular organizado que permite a circulação eficiente
de compostos ao longo de todos os seus órgãos e tecidos.
Mas será que as plantas, em semelhança aos mamíferos, possuem um órgão
especializado para bombear as soluções que trafegam no xilema e no floema?
Para a decepção de alguns, sabemos que não existe tal órgão nos vegetais. Porém, os
mecanismos envolvidos nesses sistemas de transporte são tão primordiais e fantásticos quanto
aqueles que comandam o funcionamento do coração.

TRANSPORTE NO XILEMA
Características básicas do xilema
A função primária do xilema é o transporte de água e solutos inorgânicos dissolvidos,
embora possa conter, eventualmente, moléculas orgânicas. O transporte caracteriza-se por ser
ascendente, desde as raízes até as partes aéreas da planta.
O xilema consiste de:
• fibras xilemáticas: alongadas, com paredes celulares espessas, possuindo a sustentação como
função principal.
• células parenquimáticas: contém reservas e permitem a translocação lateral de solutos.
• elementos traqueais: traqueídeos e elementos de vaso são células mortas, com paredes
celulares espessas, que possuem como função principal o transporte.

Ascensão da água e nutrientes inorgânicos


A ascensão da água e dos solutos através do xilema é um processo que requer uma
força motriz bastante elevada. Quanto mais alta for a planta, maior deverá ser a força que
permite a chegada da solução xilemática até o ápice caulinar.
Na tentativa de elucidar qual o mecanismo envolvido nesse transporte, seja em uma planta
herbácea de poucos centímetros ou em um eucalipto de 130 m, foram elaboradas três teorias: a
teoria da pressão de raiz, a da capilaridade e da coesão e tensão.

Teoria da pressão de raiz


Caracteriza-se pelo desenvolvimento de uma pressão positiva no xilema, na região das
raízes, que serve para impulsionar a solução xilemática para cima.
O desenvolvimento dessa pressão positiva se dá devido à deposição ativa de solutos
absorvidos pela raiz nos vasos do xilema. Tal deposição ocasiona um potencial hídrico muito
negativo, havendo grande entrada de água nesses vasos. Como o retorno da água a córtex é
dificultado pela presença da endoderme, esta se acumula nos vasos xilemáticos, gerando a
pressão positiva que impulsiona a solução.
No entanto, a contribuição dessa pressão hidrostática para a ascensão da solução
xilemática é válida apenas para plantas de pequeno porte (herbáceas), sendo praticamente nula
para plantas maiores. Além disso, essa pressão não foi detectada em todas as plantas estudadas e
só se manifesta em condições especiais. Em plantas que estão transpirando normalmente, o
xilema encontra-se sob tensão, ou seja, sob pressão negativa.
Tais considerações descartam a teoria da pressão da raiz como sendo um mecanismo
universal para explicar o transporte no xilema.

Teoria da capilaridade
A teoria da capilaridade é fundamentada nas forças de adesão e coesão das moléculas
de água e pela força da gravidade.
Para entendê-la, basta imaginarmos um tubo capilar sendo colocado dentro de um
recipiente com água. As moléculas de água são atraídas e se aderem às paredes do tubo. Elas
continuam a subir pelo tubo graças a essa adesão e, devido à coesão, a coluna de água preenche
todo o lúmen do capilar. A coluna de água continuará ascendendo até que ocorra um equilíbrio
de forças, promovido pela ação da gravidade.
A capilaridade depende, ainda, do diâmetro do tubo (ou do vaso xilemático). Quanto
menor o diâmetro, maiores alturas são alcançadas pela coluna de água. No entanto, o menor
diâmetro apresentado pelos vasos do xilema permite uma ascensão de apenas 75 cm
aproximadamente.
Portanto, a teoria da capilaridade também não pode ser aceita como um mecanismo
geral para explicar o transporte no xilema.

Teoria da coesão e tensão


Essa teoria é atribuída à H. H. Dixon (1914) e é a mais aceita como modelo universal
de transporte no xilema.
Ela é regida, basicamente, por um gradiente de potencial hídrico (entre a atmosfera, a
planta e o solo), pelas propriedades de coesão e adesão das moléculas de água e pela força de
tensão nos vasos xilemáticos.
O ar que circunda as folhas possui, normalmente, menos água que as próprias folhas.
Ou seja, o potencial hídrico é menor na atmosfera que nas folhas. Assim, a planta perde água
das folhas para o ar durante a transpiração. A água perdida pelas células do mesofilo que
delimitam a câmara subestomática é reposta pela água de células adjacentes, criando-se um
gradiente de potencial hídrico que se propaga ao longo de toda a folha, atingindo as células do
xilema. Como conseqüência, os vasos xilemáticos são submetidos a uma forte tensão (pressão
negativa) e sua água é, literalmente, puxada para cima. Como o potencial hídrico do xilema, na
região das raízes, é menor que o do solo, a água está sendo continuamente absorvida pela planta.
Devido à coesão e à adesão, a coluna de água do xilema não é interrompida, evitando a
formação de bolhas de ar, cujos efeitos seriam danosos. É importante lembrar ainda que as
células dos vasos xilemáticos possuem paredes muito espessas, permitindo que suportem
grandes tensões sem ocorrer seu colapso.

Quanto a água pode subir por capilaridade?


O aumento na altura calculado no tubo capilar é inversamente proporcional ao raio do
tubo. Em um grande traqueíde ou em um vaso pequeno, com um diâmetro de 50 μm (r = 25
μm), a água atingirá a altura de aproximadamente 0,6 m. Para um vaso grande (r = 200 μm), a
capilaridade seria responsável pela altura de apenas 0,08 m. Com base nestes números a
capilaridade poderia contribuir para ascensão de água em traqueídes e pequenos vasos em
plantas de pequeno porte, ou seja, menos do que 0,75 m de altura. Entretanto, para alcançar a
altura de uma árvore de 100 m por capilaridade, o diâmetro do capilar deveria ser em torno de
0,15 μm, muito menor do que o menor dos traqueídes. Claramente, a capilaridade é inadequada
como um mecanismo geral para explicar a ascensão da seiva xilemática.

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