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Exmos Sr. Presidente, em. Desemb, Sr. Procurador de Justiça.

1 - O CASO CONCRETO

Os autores, ora apelantes, na condição de promitentes compradores, celebraram contrato


de compromisso de compra e venda de determinados aptos junto à empresa Ré, CCDI BH
Buritis, que é uma das subsidiárias do grande conglomerado empresarial Camargo Corrêa.

Na época das vendas do empreendimento, a perspectiva trazida aos consumidores era de


que por ser o 1º empreendimento dessa construtora em BH, haveria todo um tratamento
especial, inclusive com a possibilidade de entregar mesmo antes do prazo convencionado.

Muito ao contrário, a entrega estava prevista para 30/09/2011, mas foi feita somente em
setembro de 2013, ou seja, houve praticamente 2 anos de atraso em relação ao acordado
com os Autores (fls. 324 ).

Os Autores ingressaram com a ação ressarcitória requerendo:

a) Lucros cessantes pela não fruição do bem durante o período de atraso, no percentual
de 0,5% a.m. sobre o valor dos imóveis;
b) Compensação pelos danos morais experimentados;
c) Inversão da multa moratória de 2% prevista no contrato, apenas em desfavor dos
consumidores.

A sentença julgou os pedidos parcialmente procedentes, condenando a empresa somente


ao pagamento da multa moratória de 2%, em contrariedade à jurisprudência que vem se
consolidando no TJ e nesta Câmara. Esse é o objeto do recurso que trazemos à apreciação
de V. Exas.

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