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TRABALHO SOBRE EMBRIOLOGIA


ORIGEM, DESENVOLVIMENTO DO OLHO HUMANO

ÉDER RODRIGUES ZUBA


LUCAS GODOY GUTIERRES
MARCOS HENRIQUE GONÇALVES
TALITA MARÍLIA DE FARIA DE PAULA
THIAGO VENDRAMI VIEIRA

1 - Tema

“ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DO OLHO HUMANO”

Ao ser analisado o desenvolvimento do olho, pode-se observar que existe a


possibilidade de malformações, decorrentes de problemas genéticos (ou não), mas
que podem ser observados desde o princípio, analisando criteriosamente o passo-a-
passo deste desenvolvimento.

(SOLTA O VÍDEO – SLIDE 3)

3 - Hipótese

Após o nascimento, ao abrir os olhos, a criança desenvolve a visão gradativamente


após os primeiros meses de vida.

4 - Objetivos

4.1 - Sua finalidade é para compreender a estrutura e o desenvolvimento do


olho humano.
4.2 - Entender as principais malformações congênitas dos olhos.

6 - Introdução

Embora o nascimento seja um momento que marca o término de uma fase e o


início de outra, não apresenta o fim dos processos de desenvolvimento humano.

SLIDE 5 O desenvolvimento humano tem início com a fertilização mas uma


série de eventos deve ocorrer antes que este processo possa se iniciar. (SLIDE 6)
SLIDE 7 É por meio desse sentido que temos a capacidade de enxergar tudo à nossa
volta.
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Fig. 1 – Início da Fertilização (http://www.prof2000.pt/)

SLIDE 8 Os olhos se encontram no interior de cavidades ósseas, chamadas de


órbitas oculares
SLIDE 9 Semana após semana, este desenvolvimento vem sofrendo
mudanças constantes e passando por processos que, se não forem bem
acompanhados, podem ocorrer mal formações e até a interrupção do crescimento do
mesmo, podendo às vezes ocasionar um aborto.

O foco do estudo, é mostrar um bom desenvolvimento do olho humano nas


várias fases da gestação.

7 - Desenvolvimento

7.1. Introdução à Embriologia

O desenvolvimento principal do olho é derivado de três camadas embrionárias


e ocorre entre a semana 3 e a semana 10 e envolve a ectoderma superficial,
ectoderma neural e mesoderma:
SLIDE 10 - Conforme se pode ver o esquema de embrião humano com cerda
de 20 dias, mostrando o dobramento da placa neural. Ao mesmo tempo, o
mesoderma intraembrionário se organiza, formando o mesoderma para-axial,
intermediário e lateral. SLIDE 11 - FIGURA
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Fig. 2 – Esquema de embrião humano com cerca de 20 dias (Junqueira e Zago, 1977)

7.2. Desenvolvimento do Cálice Óptico e Vesícula de Lentes

A primeira evidência da formação do olho são os sulcos ópticos, que se


desenvolvem em cada lado do prosencéfalo em desenvolvimento nas pregas neurais.
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Fig. 3 – Sulcos Ópticos (

À medida que o tubo neural se fecha, esses sulcos são chamados de vesículas
ópticas e, à medida que estas vesículas ópticas crescem em direção ao ectodermo,
suas conexões com o prosencéfalo tornam-se atenuadas que acabarão por se tornar
os nervos ópticos.

Fig. 4 – Desenvolvimento ontogenético do olho do vertebrado (Henry Kimpton, 1963)


O desenvolvimento de vesícula óptica e haste tem um sulco nas suas
superfícies inferiores SLIDE 13
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Fig. 5 – Esboço ocular humano. Embrião ao redor de 33 dias

7.3. Desenvolvimento da retina SLIDE 14

Fig. 6 – Desenvolvimento da retina.


(http://www.doutoralencar.com/wp-
content/uploads/2013/01/olho-
humano-41.jpg)

O desenvolvimento da camada de pigmento da retina é muito direto, a luz


realmente passa através das camadas neuronais antes de atingir os bastonetes e os
cones SLIDE 15

7.4. Desenvolvimento da Lente

Ao mesmo tempo que a camada pigmentada da retina está se desenvolvendo,


as células da parte posterior da vesícula da lente se transformam em fibras de lentes
primárias alongadas e esbeltas SLIDE 16. Essas células novas preenchem a estrutura
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anteriormente vazia. Cerca de quatro semanas depois, mais fibras de lentes se


desenvolvem, desta vez a partir da parede anterior da vesícula da lente SLIDE 17

Fig. 7 – Esquema das diversas fases da formação do cristalino. A. (1) o ectoderma se deprime em
dedo-de-luva para formar a fosseta cristaliniana (2) o fechamento da fosseta origina a vesícula. B. a
vesícula separa-se do ectoderma. C. a vesícula é preenchida pelo alongamento de células profundas
que formam as primeiras fibras (Masson, 1958)

7.5. Desenvolvimento da Coroide, Esclera e Córnea SLIDE 17, 18

Durante as semanas sexta e sétima, o mesênquima que rodeia a superfície


externa do cálice óptico se condensa em duas camadas, uma camada vascular
interna, pigmentada, conhecida como a coroide e uma camada fibrosa externa
chamada esclerótica. SLIDE 19, 20 A córnea tem três camadas, epitélio, estroma e
endotélio. SLIDE 21, 22

Fig. 8 – Secção através do segmento anterior


do olho no estágio de 30 mm. A córnea e a
câmara anterior (ca) estão desenvolvidas
(Barber, 1955)

7.6. Desenvolvimento da íris e do corpo ciliar SLIDE 23, 24

A borda anterior do cálice óptico dá origem ao epitélio da íris e ao corpo ciliar.


SLIDE 25
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Fig. 9 – Formação da íris e do corpo ciliar.


Embrião de três meses: ângulo iridocorneano,
íris mesenquimal, íris ectodérmica (Offret,
1986)

Fig. 10 – Formação da íris e do corpo ciliar.


Embrião de três meses: Corpo ciliar
ectodérmico em pregueamento (Offret, 1986)

Fig.11, NETTER (Frank, 2008)

7.7. Corpo vítreo SLIDE 26

O corpo vítreo se forma no centro do cálice óptico posterior à lente. É composta


por uma substância semelhante a um gel chamada humor vítreo SLIDE 27

7.8. Pálpebra, Conjuntiva e Aparelho Lacrimal

No estágio de 10 a 15mm (seis semanas) do desenvolvimento embrionário, a


superfície do ectoderma adjacente ao local da futura córnea começa a abaular-se para
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fora, formando brotos que em seguida se desenvolvem nas dobras palpebrais.SLIDE


28 As dobras palpebrais em desenvolvimento se encontram durante a oitava semana
(e permanecem fusionadas até o final do quinto mês, quando ocorre a separação
SLIDE 29, 30.

Fig. 12 – Secção através das pálpebras


durante a nona semana, estágio de 35mm,
mostrando a formação da adesão epitelial
(Barber, 1955)

Fig. 13 – Secção através das pálpebras


durante o sexto mês. A adesão epitelial
começa a se separar, e as pálpebras
começarão a abrir (Barber, 1955).

Fig. 14 – Secção através das pálpebras em


uma criança de seis meses (Barber, 1955).

7.9. Músculos extraoculares SLIDE 31

Os primórdios dos músculos oculares podem ser identificados atrás das


vesículas ópticas em desenvolvimento em torno do 27º dia. Os músculos
extraoculares se movem para frente em torno do olho durante os próximos meses.
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Fig. 15 – Origem dos músculos extraoculares. (Willians, 1989).

8. Maturação Visual Sensório-motora SLIDE 32

A Dra. Lígia Beatriz COM RELAÇÃO a questão da maturação do olho e afirma


que é um órgão que está intimamente ligado ao cérebro.
Segundo a autora, a maturação do sistema visual continua ocorrendo até o
oitavo ou décimo ano de vida aproximadamente, sendo que os cinco primeiros anos
são os mais importantes SLIDE 33..
Abaixo, algumas características da maturação visual em diferentes fases da
vida do bebê:

8.1. Durante a gestação (30 a 40 semanas) SLIDE 33


 Reação pupilar à luz presente SLIDE 34
 Fechamento das pálpebras como resposta à luz forte SLIDE 35

8.2. Logo após o nascimento SLIDE 37


 Fixação visual presente SLIDE 38
 Paralelismo dos eixos visuais quando acordado SLIDE 39
8.3. 2 a 4 semanas SLIDE 40
 Reação pupilar à luz bem desenvolvida SLIDE 41
 Distinção de um objeto móvel SLIDE 42

8.4. 3 meses SLIDE 43 (A 6 MESES)


 sistema vergencial presente SLIDE 44

8.5. 4 meses
 visão binocular presente SLIDE 45
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8.6. 6 meses
 ssociações óticas, tácteis, auditivas e gustativas SLIDE 46

8.7. 12 meses SLIDE 47


 coordenação motora e atenção visual SLIDE 48
 discriminação de objetos SLIDE 49

8.8. 2 anos SLIDE 50


 consegue superpor vários cubos SLIDE 51
 imita traços SLIDE 52
 coordenação olho-mão bem desenvolvida SLIDE 53

Outros autores prolongam os estudos desta maturação chegando até a fazer


adulta do indivíduo.

Ainda na primeira infância, entre os seis meses até os 5 anos, período de maior
desenvolvimento visual, o alerta é para o estrabismo SLIDE 54. A doença é
caracterizada pelo desequilíbrio na função dos músculos oculares e causa um
desalinhamento dos eixos visuais SLIDE 55.
É essencial ressaltar que aos 7 anos o sistema visual estará completamente formado
e perderemos a chance de proporcionar uma melhor visão à criança estrábica SLIDE
56.

8.9. Em fase de crescimento


Entre os 8 e os 14 anos, os erros de refração, como a miopia (dificuldade para
enxergar objetos distantes) e a hipermetropia (embaçamento da visão) são os
problemas oculares que normalmente acometem as crianças e pré-adolescentes
SLIDE 57.

8.10. À medida que a idade chega (SLIDE 58)


A partir dos 40 anos (ALÉM DA PRESBIOPIA), a pessoa pode desenvolver
glaucoma, que, quando não tratado, pode levar à cegueira irreversível.
A partir dos 50 anos, os cuidados com os olhos devem ser redobrados.

9. Anomalias Oculares e Etiologia Genética SLIDE 59


Estão apresentadas a seguir algumas anomalias oculares mais frequentes que
apresentam etiologia genética:

9.1 – Anomalias do Globo Ocular SLIDE 60

Anolftalmo SLIDE 61 (figura 16)


Não ocorre a formação da vesícula óptica e consequentemente o bulbo ocular inexiste
ou é rudimentar.
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Fig. 16 - Anoftalmia

Microftalmo SLIDE 62
O globo ocular é pequeno. Esta anomalia é mais frequente que a anoftalmia.

Fig. 17 - Microftalmia

9.2 – Anomalias das Pálpebras

Coloboma de Pálpebra
Epicanto

Ptose Palpebral Congênita

9.3 – Anomalias das Vias Lacrimais

Atresia do Ponto Lacrimal


Falha na deiscência da membrana epitelial que recobre o ponto lacrimal.
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9.4 – Doenças da Córnea

Ceratocone
Distrofias estromais
as lesões são classificadas como: granular SLIDE 63), macular e lattice SLIDE 64
(substância amiloide).

Fig. 18 – Distrofia granular da córnea Fig. 19 – Distrofia lattice da córnea

9.5 – Disgenesias mesodérmicas da câmara anterior

Glaucoma Congênito

9.6 – Anomalias da Íris

Coloboma de Íris SLIDE 65


É a falha de fechamento da vesícula óptica na área nasal superior, que deixa
descontinuidade de tecido nesta região da íris

Fig. 20 – Coloboma de Íris

9.7 – Anomalias do cristalino

Catarata Congênita

Afacia Congênita
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9.8 - Doenças da retina, coroide e vítreo

Retinose Pigmentária SLIDE 66


Afeta os bastonetes, com quadros clínicos variáveis, com diminuição progressiva da
visão periférica, cegueira noturna ou extinção progressiva do eletrorretinograma

Fig. 21 – Aspecto fundoscópio na retinose pigmentar

Distrofia de cones
Doença de Stagardt SLIDE 67
Esta distrofia da retina aparece em geral entre 7 e 10 anos. O indivíduo afetado
apresenta baixa acuidade visual central que pode causar um escotoma central no
campo visual (figura 22).

Fig. 22 – Aspecto fundoscópico na doença de Stargardt

9.9 – Malformações do Nervo Óptico

Atrofias ópticas ou malformações do nervo óptico SLIDE 68


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Fig. 23 – Neuropatia óptica autossômica dominante

Síndrome de Morning Glory SLIDE 69


O disco óptico alargado, em forma de funil, com uma massa central de tecido glial,
envolvida por um anel elevado de hiperpigmentado de tecido coriorretiniano, os vasos
retinianos emergem com padrão radiado e retificado que lembra a forma da flor
morning glory (figura 24).

Fig. 24 – Morning glory

11. REFERÊNCIAS (SLIDE 70)

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