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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

CURSO: ENGENHARIA CIVIL


DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO E ESTABILIDADE DE
TALUDES
PROFESSOR: CESAR SCHMIDT GODOI

LUCAS MEIRA DA SILVA


MAURINO RAULINO DIAS
MITCHEL WILIAN BRUM DA SILVA

ESTUDO DE CASO
TALUDE E DIMENSIONAMENTO DE MURO

PALHOÇA, DEZEMBRO DE 2017


1.INTRODUÇÃO

O conhecimento sobre o solo é a base inicial para uma estrutura, sendo assim o
ponto principal para a realização do estudo a seguir. Com o auxilio de diversas
ferramentas o estudo sobre os efeitos causados no solo se tornam cada vez mais rápidos
e precisos, cabendo ao responsável a escolha da metodologia adequada e dos parâmetros
necessários.

Dentre diversas metodologias existentes foi optado a metodologia de Bishop,


baseada na divisão de fatias de amostras, facilitando o cálculo de fatores de resistência
do solo. Serão feitas duas maneiras da metodologia, o cálculo manual e com a utilização
de programa especializado, GeoStudio.

O intuito do estudo a seguir é realizar a comparação entre os valores obtidos


pelos diferentes modos de cálculo, a análise de estabilidade, alteração da geometria do
talude para um fator crítico escolhido e o pré dimensionamento de um muro para a
contenção do talude.
2.DESCRIÇÃO

O talude será utilizado para passagem rodoviária. Serão analisados a partir dos
parâmetros fornecidos a estabilidade do talude. Serão feitas duas verificações de ruptura
com cálculo manual, uma com passagem apenas pelo aterro e uma passando na camada
de fundação, e uma verificação com auxilio de software, no caso GeoStudio, na qual
será verificada o limite crítico.

O método a ser utilizado será o de Bishop, para ambas as análises.

Será projetado também um muro de contenção retangular de concreto no talude,


a análise dos dados também serão obtidas por cálculo manual e software.

3.PARÂMETROS DOS MATERIAS

As características do talude de forma trapezoidal, são:

TABELA 1- Dados talude

Altura Talude Comprimento de Crista Inclinação


11m 13m 1V; 1,8H

Os parâmetros totais do aterro, são:

TABELA 2- Dados aterro

Coesão Ângulo de atrito Peso especifico


8 kPa 32º 18,5 kN/m³

Os parâmetros totais do solo de fundação, são:

TABELA 3- Dados solo

Coesão Ângulo de atrito Peso especifico


20 kPa 12º 12,5 kN/m³

Os parâmetros totais do muro de contenção, são:

TABELA 4- Dados muro

Coesão Ângulo de atrito Peso especifico


100 kPa 45º 25,0 kN/m³

Anexo ao trabalho estão desenhos que auxiliam na visualização dos dados


fornecidos e da descrição das propriedades.
4.MÉTODO DE BISHOP

O método de Bishop é um estudo probabilístico de estabilidade, baseado em


equilíbrio limite e que o maciço deslocado seja separado em fatias.

Para o cálculo através do método de equilíbrio limite precisa-se considerar as


seguintes hipóteses:

1) A superfície de ruptura é bem definida;


2) A condição de ruptura da massa de solo é generalizada e incipiente;
3) O critério de Mohr-Coulomb é satisfeito ao longo da superfície potencial de
ruptura;
4) O fator de segurança ao longo da superfície de ruptura é unico.

A superfície potencial de ruptura deve ser dividida em fatias e aplicadas


equações de equilíbrio em cada seção.

O método de Bishop considera a superfície de ruptura com forma circular. Tem


como hipótese que a resultante das forças entre as fatias é horizontal.

Através de fórmula encontra-se o valor do fator de segurança. A solução resulta


de um processo iterativo, no qual é arbitrado o valor do fator de segurança, repetindo o
processo até que o valor calculado (FS) se iguale ao valor arbitrado.

Uma descrição da metodologia de cálculo está demonstrada no memorial de


cálculo presente no trabalho.

5.ANÁLISE DE ESTABILIDADE

5.1. CÁLCULO MANUAL: ESTABILIDADE DE TALUDE

O cálculo foi feito com auxílio de EXCELL com base dos parâmetros do talude
e do solo.

Foram realizados 2 cortes para a realização do estudo, feitos com auxílio do


AutoCAD. As medidas, ângulos e dimensões foram todas obtidas manualmente com
auxílio do programa, tornando uma imprecisão de cálculo inevitável.

Todas as fórmulas utilizadas nas tabelas estão descritas no memorial.

O desenho dos cortes estão em anexo no trabalho.


Tabela 5: Parâmetros do talude e do aterro.

Parâmetros do talude (parâmetros totais)

Peso
Angulo de
Coesão (kPa) Especifico ϒágua
Atrito (⁰)
Sat = Nat
8 32 18,5 10

Tabela 6: Parâmetros do solo e do talude.

Parâmetros do solo (parâmetros totais)


Inclinação Poisção da Linha Altura do Talude Peso Especifico Sat = Peso especifico
Coesão
do Talude Freática (m) Angulo de Atrito (⁰) Nat (kN/m³) da água
(kPa)
[kN/m³] (kN/m³)
1,8H; 1,0V N/A 11 20 12 12,5 10

O primeiro corte foi feito passando pelo aterro e pelo solo. Foram divididas 7
fatias, sendo 3 passando entre o aterro e solo, alternando assim os parâmetros
respectivos de cada.

Tabela 7: Dados do primeiro corte.

DADOS - INFORMAÇÕES
FATIA Área Peso Peso fatia α Poropressão (U) Ângulo de atrito Coesão Comprimento fatia Altura no solo
A1 3,60 66,60 66,60 63 0 32 8 1,98 0
A2 17,43 322,46 322,46 51 0 32 8 3,23 0
A3 16,73 309,51 309,51 40 0 32 8 2,14 0
A4 27,70 512,45 512,45 32 0 32 8 3,34 0
A5 superior 32,36 598,66
619,91 21 0 12 20 4,36 0,25
A5 inferior 1,70 21,25
A6 superior 21,09 390,17
449,17 -3 12,1 12 20 4,14 1,21
A6 inferior 4,72 59,00
A7 superior 13,98 258,63
333,13 -15 8,6 12 20 7,01 0,86
A7 inferior 5,96 74,50
Tabela 8: Cálculos primeiro corte.
CÁLCULOS
FATIA tg PHI TGα COSα senα P.senα (P - U.cosα)*tg phi C.L.cosα cosα+(senα/FS)*tgphi 2. PARTE EQUAÇÃO
A1 0,62 1,96 0,45 0,89 59,34 41,62 7,19 0,80 61,0242
A2 0,62 1,23 0,63 0,78 250,59 201,49 16,26 0,93 233,9064

A3 0,62 0,84 0,77 0,64 198,95 193,40 13,11 1,02 203,3584

A4 0,62 0,62 0,85 0,53 271,56 320,21 22,66 1,05 325,3943

A5 0,21 0,38 0,93 0,36 222,16 131,77 81,41 0,98 217,3266

A6 0,21 -0,05 1,00 -0,05 -23,51 92,90 82,69 0,99 177,0571


A7 0,21 -0,27 0,97 -0,26 -86,22 69,04 135,42 0,93 219,4417
SOMA 892,87 SOMA 1437,1598

Com os cálculos da tabela, deve-se igualar o valor de FS Iteração, arbitrado, com


FS resultado.

Tabela 9: Resultado FS.

FS - ITERAÇÃO FS - RESULTADO
1,61 1,61
Ao chegar nessa igualdade obtemos o FS, pelo método de Bishop calculado
manualmente para o primeiro corte.

O segundo corte foi feito do meio da crista até metade da altura do talude. Foi
separado em 8 fatias e com base no método de Bishop foram realizados os cálculos.

A metodologia é a mesma do primeiro corte, no entanto só contendo os


parâmetros apenas do aterro.

Tabela 10: Dados segundo corte.

DADOS - INFORMAÇÕES
FATIA Área Peso Peso fatia ALFA Poropressão (U) Ângulo de atrito Coesão Comprimento fatia Altura no solo
A1 2,25 41,63 41,63 73 0 32 8 1,35 0
A2 9,10 168,35 168,35 54 0 32 8 2,02 0
A3 11,00 203,50 203,50 38 0 32 8 1,73 0
A4 14,62 270,47 270,47 26 0 32 8 2 0
A5 13,59 251,42 251,42 13 0 32 8 1,98 0
A6 12,55 232,18 232,18 -6 0 32 8 2,13 0
A7 7,05 130,43 130,43 -15 0 32 8 1,5 0
A8 7,45 137,83 137,83 -35 0 32 8 3,65 0

A partir dos dados da tabela 10, realizamos os cálculos.


Tabela 11: Cálculos segundo corte.

CÁLCULOS
FATIA tg PHI TGα COSα senα P.senα (P - U.cosα)*tg phi C.L.cosα cosα+(senα/FS)*tgphi 2. PARTE EQUAÇÃO
A1 0,62 3,27 0,29 0,96 39,81 26,01 3,16 0,50 58,1831
A2 0,62 1,38 0,59 0,81 136,20 105,20 9,50 0,76 150,0180
A3 0,62 0,78 0,79 0,62 125,29 127,16 10,91 0,92 149,6622
A4 0,62 0,49 0,90 0,44 118,57 169,01 14,38 0,99 184,3900
A5 0,62 0,23 0,97 0,22 56,56 157,10 15,43 1,02 168,5710
A6 0,62 -0,11 0,99 -0,10 -24,27 145,08 16,95 0,97 166,7473
A7 0,62 -0,27 0,97 -0,26 -33,76 81,50 11,59 0,91 102,3664
A8 0,62 -0,70 0,82 -0,57 -79,05 86,12 23,92 0,69 158,5997
SOMA 339,34 SOMA 969,9668

Arbitrando valor para FS até que FS interação seja igual ao resultado, obteve-se
o seguinte valor:

Tabela 12: FS do corte 2.

FS - ITERAÇÃO FS - RESULTADO
2,86 2,86

5.2 CÁLCULO COM AUXÍLIO DE SOFTWARE

Com o auxílio do programa GeoStudio, foi realizado o cálculo do FS limite do


solo.

No programa, cria-se o talude, com suas medidas reais, aplica-se os parâmetros


do aterro e do solo, e selecionado o método escolhido, Bishop no caso do estudo, o
próprio programa calcula infinitos pontos e seus respectivos FS.

Na imagem a seguir encontra-se o valor crítico, do problema em estudo.


Figura 1- Representação em software do problema. Fonte: dos autores.

O programa apresentou um FS crítico de 1,205.

6. COMPARAÇÃO DE RESULTADOS

Os resultados apresentados pelo cálculo manual e através do programa, deram


uma diferença relativamente pequena, demonstrando que ambas as metodologias são
válidas para estudo de caso.

No entanto, a análise manual se sujeita a muitos erros devido a coleta de dados


ser feita manualmente, além de que os cálculos a serem realizados são mais trabalhosos
e dependem de uma maior gama de informação. Apesar dos valores serem imprecisos,
ainda são válidos para estudo.

O programa, GeoStudio, necessita apenas de parâmetros iniciais e calcula com


uma precisão maior uma infinidade de pontos e condições, tornando o seu uso mais
indicado para a utilização em estudos de caso.

7. ANÁLISE DE ESTABILIDADE

Sendo definido um FS=1,3, aplicando no programa, definiu-se que a inclinação


máxima do talude será de 1,0V;2,34H , pois foi aumentado 5,9 metros para cada lado
do talude para atender o FS requerido. Como demonstrado na figura abaixo.
Figura 2- Estabilidade de talude. Fonte: dos autores

8. PRÉ DIMENSIONAMENTO DO MURO

Será adotado um muro retangular de concreto com os parâmetros indicados na


tabela 4, e 11 metros de altura por 3,5 metros de largura, como demonstrado no desenho
em anexo ao trabalho.

Fazendo os cálculos descritos no memorial de cálculo, o muro dimensionado se


mostrou ineficiente.

A estabilidade global foi feita a partir do programa GeoStudio, e obteve o


seguinte resultado.
Figura 3- Análise de estabilidade do muro. Fonte: dos autores.

9.MEMORIAL DE CÁLCULO

9.1 CÁLCULO MANUAL

Para o cálculo em excell, cada coluna da tabela de cálculo possui uma fórmula
atrelada, descritas a seguir:

1)𝑡𝑔 𝜑 → 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜

Sendo o ângulo de atrito um dos parâmetros dados.

2)𝑡𝑔α → 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑡𝑖𝑎

3)𝑐𝑜𝑠α → 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑛𝑜 𝑑𝑜 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑡𝑖𝑎

4)𝑠𝑒𝑛α → 𝑠𝑒𝑛𝑜 𝑑𝑜 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑡𝑖𝑎

Sendo o ângulo da fatia retirado com o AutoCAD.


5)𝑃. 𝑠𝑒𝑛α → 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑡𝑖𝑎 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑜 𝑑𝑜 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑡𝑖𝑎

Sendo o Peso da fatia:

𝑃 = 𝛾. 𝐴

γ = peso especifico;

A = área da fatia.

6)(𝑃 − 𝑈. 𝑐𝑜𝑠𝛼) ∗ 𝑡𝑔 𝑝ℎ𝑖

Onde:

P= peso da fatia;

U= poropressão;

cosα = fórmula 3;

tg 𝜑= fórmula 1.

7) C.L.cosα

Onde:

C= coesão;

L= comprimento da fatia.

8)cosα+(senα/FS)*tg 𝜑

Onde:

cosα= fórmula 3;

FS= fator arbitrado;

tg 𝜑= fórmula 1.

9) 2ª parte da equação se dá por:

[(𝑃 − 𝑈. 𝑐𝑜𝑠𝛼) ∗ 𝑡𝑔 𝜑] + [𝐶. 𝐿. 𝑐𝑜𝑠𝛼]


[𝑐𝑜𝑠𝛼 + (𝑠𝑒𝑛𝛼/𝐹𝑆) ∗ 𝑡𝑔𝜑]
Cada fórmula referente com os valores de sua fatia.

10)FS-Resultado

Será dado por:

1
𝐹𝑆 =
(∑𝑃. 𝑠𝑒𝑛𝛼) ∗ (∑ 2 ª 𝑃𝐴𝑅𝑇𝐸 𝐸𝑄𝑈𝐴ÇÃ𝑂)

Repete-se o processo até encontrar a igualdade entre FS.

A mesma metodologia é aplicada para ambos os cortes.

9.2 DIMENSIONAMENTO DO MURO

Para o muro retangular dimensionado temos que:

Coesão Ângulo de atrito Peso especifico


100 kPa 45º 25,0 kN/m³

Com 11 metros de altura e 3,5 metros de largura.

Para o solo do aterro temos:

Coesão Ângulo de atrito Peso especifico


8 kPa 32º 18,5 kN/m³

9.2.1 FORÇAS ATUANTES

1)Coeficiente de empuxo: Solo A

1
𝐾𝑎𝑎 = → 𝐾𝑎𝑎 = 0,31
32
𝑡𝑔2 (45 + ( 2 ))

2)Empuxo do Solo A:

𝛾. ℎ². 𝐾𝑎𝑎
𝐸𝑎𝑎 = − 2. 𝑐. ℎ. √𝐾𝑎𝑎
2
Onde:

γ= peso especifico;
h= altura

Kaa= coeficiente de empuxo;

c=coesão.

Logo:

18,5.11². 0,31
𝐸𝑎𝑎 = − 2.8.11. √0,31 → 𝐸𝑎𝑎 = 248,89 𝑘𝑁/𝑚
2
Para calcular a altura da força de empuxo:

1 1
𝑦= ℎ → 𝑦 = . 11 → 𝑦 = 3,67𝑚
3 3

3)Diagrama de esforços:

Figura 4- Diagrama. Fonte: dos autores.

Por possuir uma única força, o empuxo será apenas ativo, e o empuxo total será
o mesmo que o empuxo ativo do solo A.

4) Peso do Muro (W) e Força Cisalhante (S):

𝑊 = 𝛾. 𝐴

Onde:

γ= peso especifico do concreto;


A=área do muro

Logo:

𝑊 = 25. (3,5.11) → 𝑊 = 962,5 𝑘𝑁/𝑚

(S)

𝑊
𝑆 = 𝐵. [𝑐 + 𝑡𝑔𝜑. ( − 𝑈)]
𝐵
Onde:

B= base do muro;

c=coesão;

W= peso do muro;

U= poropressão.

962,5
𝑆 = 3,5. [20 + 𝑡𝑔12. ( − 0)] → 𝑆 = 274,59 𝑘𝑁/𝑚
3,5

Figura 5. Diagrama do muro. Fonte: dos autores.

9.2.2 FATORES DE SEGURANÇA


1)Deslizamento da base:

∑𝐹ℎ𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 274,59


𝐹𝑆 𝑑𝑒𝑠𝑙 = → 𝐹𝑆 𝑑𝑒𝑠𝑙 = → 𝐹𝑆 𝑑𝑒𝑠𝑙 = 1,1
∑𝐹ℎ𝑜𝑟 𝑠𝑜𝑙𝑖𝑐𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 248,98

O fator de segurança mínimo para o fator de deslizamento é de 1,55, logo o


muro não passou por esse fator.

2) Tombamento:

∑𝑀 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 962,5.1,75
𝐹𝑆 𝑡𝑜𝑚𝑏 = → 𝐹𝑆 𝑡𝑜𝑚𝑏 = → 𝐹𝑆 𝑡𝑜𝑚𝑏 = 1,84
∑𝑀 𝑠𝑜𝑙𝑖𝑐𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 248,98.3,67

O fator de segurança mínimo para o fator de tombamento é de 2,00, logo o muro


não passou por esse fator.

3)Capacidade de carga:

A capacidade de carga do muro será dada por:

𝑞𝑚á𝑥
𝐹𝑆𝑐𝑐 =
𝜎𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒
Onde:

qmáx= 400 kn/m;

σatuante= definida pela fórmula abaixo

A tensão atuante será definida por:

2. ∑𝐹𝑣𝑒𝑟𝑡
𝜎=
3𝑒
O valor de ''e'' é definido por:

∑𝑀 (248,98.3,67) + (962,5.1,750
𝑒= →𝑒= → 𝑒 = 2,70
∑𝐹𝑣𝑒𝑟𝑡 962,5

𝐵 3,5
𝑒≤ → 2,70 ≤ → 2,70 ≤ 0,58
6 6
Como ''e'' não atende o valor máximo, a fundação sofrerá com tração. Para
resolver o problema seria necessário alterar sua geometria.

Calculando assim a tensão:

2.962,5
𝜎= → 𝜎 = 237,65 𝑘𝑁/𝑚
3.2,70

Assim a capacidade de carga será:

𝑞𝑚á𝑥 400
𝐹𝑆𝑐𝑐 = → 𝐹𝑆𝑐𝑐 = → 𝐹𝑆𝑐𝑐 = 1,68
𝜎𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒 237,65

O fator mínimo admissível é de 3,00, com o valor obtido o muro se torna


instável.
10. CONLUSÃO

O talude base do estudo tem como intuito a passagem de uma rodovia, onde
muitos que nela transitarão desconhecem a complexidade de seu projeto. A quantidade
de parâmetros, fatores e informação requeridas para a simples projeção são enormes.

O estudo realizado comprovou que a utilização de métodos manuais e através de


programas apresentam variação no resultado, mas ambas são válidas para estudo. No
entanto os resultados obtidos nem sempre são os esperados, necessitando fazer estudos
cada vez mais aprofundados para se garantir a eficiência do projeto.

Como visto, para se atender uma fator de segurança requerido, teve-se que
alterar a forma do talude. O muro pré dimensionado não atendeu a nenhum dos fatores
de segurança, são necessárias diversas tentativas, alterações e correções até se chegar no
resultado desejado, mostrando assim a complexidade e dificuldade de se trabalhar nessa
área.
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Maragon, M. Estabilidade de Taludes. Disponível em:


http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/togot_Unid04EstabilidadeTaludes01.pdf .
Acesso em: 19 de novembro de 2017.

Análises determinísticas de estabilidade. Disponível em:


https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/8888/8888_3.PDF . Acesso em: 19 de novembro
de 2017.

Nascimento, Emmanuel. Estabilidade de Taludes- Método de Bishop. Disponível em:


http://www.ebah.com.br/content/ABAAAenNUAH/estabilidade-taludes-metodo-
bishop-simplificado. Acesso em: 19 de novembro de 2017.

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