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RESUMO
O presente artigo aborda como temática os custos e benefícios de se investir em segurança
do trabalho, tanto para os empregadores como para os empregados. Utilizando-se de dados
secundários, referências bibliográficas e dados primários, obtidos por meio de questionários
aplicados aos colaboradores de duas indústrias madeireiras de Guarapuava, contemplando
41 entrevistados, em abril de 2008, que trabalham diretamente com a produção e estão, por
conseqüência, mais expostos aos acidentes de trabalho. Com o intuito de melhorar a
higiene no trabalho, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida para os envolvidos
na atividade industrial. Percebeu-se que os riscos são mais evidentes quando os
funcionários não dispõem de treinamento prévio, ou quando a função é exercida por muito
tempo, proporcionando os vícios do trabalho repetitivo. Os benefícios da prevenção são
notáveis, pois os funcionários não são afastados por danos o que agiliza a produção e evita
o deslocamento de pessoal para suprir os que se encontram em tratamento ou afastados
por acidentes.
Palavras Chaves: segurança no trabalho, acidentes de trabalho e higiene no trabalho.
ABSTRACT
This article addresses issue the cost benefit of investing in security of working for employers
and to employees. Using the case of secondary data, references and primary data, obtained
through questionnaires applied to employees of two of Guarapuava lumberjack, including 41
interviewed in April 2008 that work directly with the production and are therefore more
exposed to accidents at work . In order to improve occupational health in order to provide a
better quality of life for those involved in industrial activity. Clearly that the risks are greatest
when the officials have no prior training, or when the function is exercised for a long time,
providing the vices of repetitive work. The benefits of prevention are clear, because the
officials are not removed by the damage that speeds up the production and prevent the
displacement of personnel to fill those in treatment or removed by accident.
Key words: security of work, accidents at work and occupational health.
Ed. 6 Ano: 2008 Revista Eletrônica Lato Sensu – UNICENTRO ISSN: 1980-6116
SEGURANÇA NO TRABALHO: CUSTOS E BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO PARA AS EMPRESAS E PARA OS
EMPREGADOS
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Higiene no Trabalho
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leis de higiene, segurança e medicina do trabalho, que se amparam nas entidades oficiais
relacionadas à Segurança e Higiene Industrial, sendo elas: Ministério do Trabalho e
Emprego, Delegacias Regionais de Trabalho, Fundação Centro Nacional de Segurança,
Higiene e Medicina do Trabalho, Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, Universidades,
Instituições e Escolas (VIEIRA, 2000).
As transformações eram pequenas e lentas, culminando a Revolução
Industrial presenciada por todo mundo em 1930, que reivindicava uma legislação social e
trabalhista específica e obrigatória a todas as empresas (TORREIRA, 1997).
O crescente número de acidentes e doenças do trabalho é que avivou a
questão de leis e proteção do trabalho e do meio. Obviamente, as referidas leis tiveram
grande oposição do empresariado da época, porém, com o passar do tempo, elas, por
pressão da opinião pública, foram aperfeiçoadas (VIEIRA, 2000).
O ápice das manifestações e o início da busca por uma maior expectativa de
vida foi marcado pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), em 1943. Naquele
momento, o consumo da força de trabalho, resultante da submissão dos trabalhadores a um
processo acelerado e desumano de produção, exigiu uma intervenção, sob pena de tornar
inviável a sobrevivência e reprodução do próprio processo (DIAS; MENDES, 1991).
Em conseqüência da CLT, tem-se a lei n° 6.514/77 e a portaria n° 3.214/78,
que trata exclusivamente da Segurança e da Medicina do Trabalho (VIEIRA, 2000, p. 256).
Além de todos os desgastes das frentes de trabalho, os avanços tecnológicos e a segunda
guerra mundial contribuíram para o avanço das indústrias e as importações de máquinas e
equipamentos para as organizações, em meio a uma situação que já estava se tornando
uma escravidão mascarada, pois o trabalho era exaustivo e desumano.
É bem verdade que a comodidade da vida moderna trouxe repercussões
severas para a sociedade. A lei da oferta e procura, uma vez que as máquinas realizavam o
trabalho de vários operários em menor tempo, os riscos de acidentes e o desgaste social
que toda essa dinâmica causou.
A descoberta das máquinas foi uma Revolução, a transformação mais
presente na vida das pessoas e necessária a sociedade contemporânea. Apesar de todos
os avanços, o risco de acidentes, tornou-se considerável, a expectativa de conciliação dos
extremos homem-máquina uma emergência desejada nos quatro cantos do mundo
(SOUZA, 2002).
A troca de homens por máquinas resultou em uma produção uniforme e
eficiente, além de proporcionar a redução de custos. A tecnologia industrial evoluíra de
forma acelerada, traduzida pelo desenvolvimento de novos processos industriais, novos
equipamentos, e pela síntese de novos produtos químicos, simultaneamente ao rearranjo de
uma nova divisão internacional do trabalho (DIAS; MENDES, 1991). O problema é que as
Leis não eram suficientes e, junto à modernidade, chegaram também os desgastes e as
doenças. Afirmação de Vieira (2000, p. 31) “o ambiente de trabalho tem sido causa de
mortes, doenças e incapacidades para um número incalculável de trabalhadores ao longo
da história da humanidade.”
É nesse contexto que são redigidas as Normas Regulamentadoras (NR’s) e
as comissões internas de prevenção a acidentes (CIPA), com a finalidade de reduzir
acidentes e regrar as empresas em prol do zelo à vida de seus operários.
De acordo com Torreira (1997, p. 2-3 e 5):
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mapas de riscos e traçam programas de prevenção para esses fatores evidentes no meio
laboral onde cada indivíduo está inserido. De acordo com Marques (2004), devem-se utilizar
alguns critérios para a montagem de programas que realmente tenham eficiência e sejam
estendidos a todos os envolvidos de forma clara:
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Talvez seja por essa questão, cultura interna e normas vigentes a todos as
organizações, que as adequações para a inibição de acidentes seja tão difícil de ser
alcançada na atualidade. Uma vez que o acidente de trabalho é uma ocorrência anormal e
indesejada decorrente do exercício do trabalho que atua negativamente, agredindo o
trabalhador com pequenas ou grandes lesões, ou ainda até mesmo a morte, acarretando em
danos à empresa, ao operário e à sociedade economicamente ativa (ZOCCHIO, 2001).
A segurança para Vieira (2000, p. 259) “é à parte da Engenharia que trata de
reconhecer, avaliar e controlar as condições, atos e fatores humanos de insegurança nos
ambientes de trabalho, com o intuito de evitar acidentes com danos materiais e
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Uma vez que acidentes (ou até incidentes) influem de forma negativa em
todo o processo produtivo já que o mesmo é responsável por perda de
tempo, perda de materiais, diminuição da eficiência do trabalhador, aumento
do absenteísmo, prejuízos financeiros. São fatores que resultam em
sofrimento para o homem, mas que também afetam a qualidade dos
produtos ou serviços prestados (VIEIRA, 2000, p. 260).
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que ultrapassando esse ponto, podem ocorrer danos sensíveis. Além desse ponto a fadiga
passa a ser crônica (TORREIRA, 1999).
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3 METODOLOGIA
4 DESENVOLVIMENTO
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os riscos são presentes no meio industrial, não podem ser ignorados, mas
devem ser reduzidos, para que os acidentes sejam minimizados e eliminados no decorrer do
tempo. A legislação é abundante e bem detalhada, entretanto deve ser utilizada em um
conjunto de treinamento prévio e trabalho em equipe para os funcionários.
A pesquisa de campo demonstrou que os empregados, nas duas empresas
madeireiras analisadas, não recebem o significativo treinamento prévio para exercer as
funções que lhes são atribuídas, além de não conhecerem as atribuições das CIPAS e a
importância dos mapas de riscos, o que gera uma maior incidência de acidentes e
afastamentos decorrentes dos acidentes causados pela falta de conhecimento. É necessária
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REFERÊNCIAS
DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil: responsabilidade civil. 7 vol. 21ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2007.
SANTOS, A. dos. Guarapuava teve oito mortes por acidente de trabalho em 2007.
Jornal Rede Sul de Notícias, 28 de abril de 2008. Disponível em:
http://www.redesuldenoticias.com.br/noticias, acessado em 10 de maio de 2008.
SOUZA, O. A. R. Nova Teoria Geral do Direito do Trabalho. São Paulo: LTR, 2002.
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APÊNDICE 1
4) Você passou por treinamento prévio, antes de iniciar suas atividades dentro da
organização? Qual foi a duração?
...............................................................................................................................................
...
5) Você já teve algum tipo de acidente de trabalho, nesta ou em outra empresa, que
trabalhou? Se sim, quais foram os danos?
...............................................................................................................................................
...
7) A empresa possui algum tipo de palestra ou grupo para a prevenção de acidentes (CIPA)
por exemplo?
( ) sim ( ) não
10) Você sabe o que é um mapa de risco e qual sua função dentro da organização?
...............................................................................................................................................
...............................................................................................................................................
......
12) Você acredita que acidentes ocorridos no trajeto casa-trabalho-casa também são
considerados como acidentes de trabalho?
( ) sim ( ) não
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14) Qual o índice de funcionários afastados por acidentes de trabalho? (referência anual)
....................................................................................................................................................
Staff – o princípio básico é o mesmo da linha, só que com um elemento especializado que
irá assessorar os diferentes níveis hierárquicos sobre questões técnicas ligadas à segurança
no trabalho. Esse especialista estabelecerá os programas adotados assim como seu
desenvolvimento.
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