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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

MISSÃO DO SENAI:
“Promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência
de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da
indústria brasileira.”

PLANO DE CURSO
Educação Profissional Técnica de Nível Médio

EIXO TECNOLÓGICO: CONTROLE E PROCESSOS INDUSTRIAIS

Técnico em
Metalurgia
Fundamento Legal
Lei Federal nº 9394, de 20 de dezembro de 1996
Parecer CNE/CEB nº 16, de 05 de outubro de 1999
Parecer CNE/CEB nº 39, de 23 de julho de 2004
Resolução CNE/CEB nº 06, de 20 de setembro de2012
Resolução CNE nº 03, de 09 de julho de 2008
Resolução CNI Nº 14, de 27 de março de 2013

Abril, 2013

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás 1


Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

© 2013 – SENAI-GO

Técnico em Metalurgia
Itinerário Nacional de Técnico em Metalurgia

Plano de Curso elaborado pela DET – Diretoria de Educação e Tecnologia

Presidente do Conselho Regional do SENAI de Goiás - Pedro Alves de Oliveira

Diretor Regional do SENAI de Goiás - Paulo Vargas

Coordenação geral
Manoel Pereira da Costa – Diretor de Educação e Tecnologia SESI e SENAI de Goiás

Coordenação do Projeto
Ítalo de Lima Machado – Gerente de Educação Profissional do SENAI de Goiás
Ângela Maria Ferreira Buta – Gerente de Educação Básica do SESI de Goiás

Equipe Técnica do SENAI de Goiás


Thiago Vieira Ferri – Diretor da Escola SENAI Niquelândia
André David Cavalcanti Júnior - Coordenador Técnico Escola SENAI Niquelândia
Sebastião Duarte Nunes – Coordenador Técnico da Escola SENAI Catalão
Pierre Marcos de Moraes – Analista de Educação Profissional - GEP SENAI

Diagramação
Pierre Marcos de Moraes – Analista de Educação Profissional - GEP SENAI.

S515e

SENAI-GO. GEP-GO. Plano de Curso. Eixo Tecnológico de CONTROLE E PROCESSOS


INDUSTRIAIS. Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio. Goiás. Técnico em
Metalurgia. Goiânia, 2013.
81p. II.
1. Educação Profissional. 2. Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio. 3.
Controle e Processos Industriais. 6. Plano de Curso.
I. Autor. II. Técnico em Metalurgia.
CDU 370/621

SESI – Serviço Social da Indústria


SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de Goiás
Av. Araguaia, 1.544 – Edifício Albano Franco, Vila Nova
Fone: (62) 3219.1300 – Fax: (62) 32191728
Home page: www.sesigo.org.br e : www.senaigo.com.br

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COMITÊ TÉCNICO SETORIAL DAS EMPRESAS DO RAMO DE PIROMETALURGIA E


HIDROMETALURGIA PARCEIRAS NA DEFINIÇÃO DOS PERFIS PROFISSIONAIS DO
TÉCNICO EM METALURGIA.

1. Anglo American - Niquelândia e Barro Alto


 AdelitaQuenet – Engenheira de Minas Trainee;
 Bruno Pachione Sampaio Pelli – Engenheiro de Minas (Chefe do Depto Mineração);
 Joel Demuner – Chefe Depto. de Processos Metalúrgicos;
 Mário Zan Ferreira – Engenheiro de Minas (Gerente de Mineração).

2. Anglo American - Mineração de Catalão


 Fernando Rodrigues da Cunha – Engenheiro de Minas;
 Juliano de Oliveira Valle – Engenheiro de Minas.

3. Votorantin Metais – Companhia Níquel Tocantins


 Antônio Luiz Mountinho – Coordenador de Fornos Metalúrgicos;
 Cleiton Jorge Gonçalves – Técnico em Metalurgia em Controle de Fornos;
 Geovane Lima Macedo – Coordenador Planejamento de Lavra;
 José Geraldo Carneiro – Técnico em Metalurgia em Beneficiamento de Minérios;
 Marco Aurélio de Assis Cardoso – Gerente de DHO.

4. Yamana Gold – Mineração Maracá


 Adolfo Reginaldo Jerônimo – Supervisor de Beneficiamento de Minérios;
 Aldo Franco – Engenheiro de Processos de Produção;
 Beltrant de Morais Brandão Júnior – Técnico em Segurança do Trabalho;
 Cláudio José Chaves – Supervisor de Beneficiamento de Minérios;
 Girson José da Silva – Supervisor de Beneficiamento de Minérios;
 José Carlos Damasceno – Gerente de Recursos Humanos;
 Laila de Souza Perez – Coordenadora de Recursos Humanos;
 Manoel Messias da Silva – Supervisor de Manutenção Industrial;
 Márcia Andrade de Nascimento Marçal – Coordenadora de Capacitação;
 Roberto Melo Massa – Coordenador Industrial;
 Ronaldo Sangiórgi – Gerente Administrativo;
 Wanderlei F. Torres – Engenheiro Eletricista/Minas.

5. SENAI Departamento Regional de Goiás


 André David Cavalcanti Junior – Coordenador Técnico da Escola SENAI Niquelândia;
 Antônio Duarte Teodoro - Assessor Técnico GEP SENAI;
 Antônio Ilídio Reginaldo da Silva – Diretor da Escola SENAI Catalão;
 Pierre Marcos de Moraes – Assessor Técnico GEP SENAI;
 Thiago Vieira Ferri – Diretor da Escola SENAI Niquelândia
 Sebastião Duarte Nunes – Coordenador Técnico da Escola SENAI Catalão.

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 05

1. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS ................................................................................. 06


1.1. Justificativa ...................................................................................................... 06
1.2. Objetivos do Curso ........................................................................................... 18
1.2.1. Geral ...................................................................................................... 18
1.2.2. Específicos ............................................................................................. 18

2. REQUISITOS PARA ACESSO ................................................................................... 19


3. PERFIL PROFISSIONAL DA HABILITAÇÃO E DAS SAÍDAS DE
QUALIFICAÇÃO TÉCNICA ........................................................................................ 20
3.1. Classificação Tecnológica do Técnico em Metalurgia .......................................... 20
3.2. Perfil Profissional do Técnico em Metalurgia – 1.540 horas................................. 20
3.2. Perfil Profissional do Controlador de Processos Pirometalúrgicos ....................... 20
3.3. Perfil Profissional do Controlador de Processos Hidrometalúrgicos..................... 20
4. .. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ................................................................................ 21
4.1. Unidades de Competência do Técnico em Metalurgia ................................... 21
4.2. Competência de Gestão do Técnico em Metalurgia ....................................... 22
4.3. Detalhamento das Unidades e Elementos de Competência do Técnico em
Metalurgia ....................................................................................................... 23
4.4. Desenho Curricular Nacional da Habilitação Profissional do Técnico em
Metalurgia ....................................................................................................... 27
4.5. Itinerário Nacional do Técnico em Metalurgia................................................. 28
4.6. Organização Modular das Qualificações Técnicas e da habilitação Técnica . 29
4.7. Matriz Curricular Nacional da Habilitação Profissional ................................... 30
4.8. Organização Interna das Unidades Curriculares ............................................ 31
4.9. Desenvolvimento Metodológico do Curso Técnico em Metalurgia ................. 58
5. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO E PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DE
COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS ANTERIORMENTE DESENVOLVIDAS ................. 61
6. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PREVISTAS ....................................................................... 67
7. CRITÉRIOS E PROCEDMENTOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM .................... 76
8. INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, RECURSOS TECNOLÓGICOS E BIBLIOTECA .... 77
9. RECURSOS HUMANOS (PESSOAL DOCENTE, TÉCNICO E ADMINISTRATIVO) ....... 78
10. DIPLOMAS E CERTIFICADOS ........................................................................................ 79
11. ESTÁGIO SUPERVISIONADO OU PROJETO INTEGRADOR ........................................ 79
12. REGIME ESCOLAR ......................................................................................................... 80
13. CRITÉRIOS PARA A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EaD ........................................ 81
14. RECURSOS FINANCEIROS (INVESTIMENTOS, CUSTEIO E FONTES) ........................ 81
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APRESENTAÇÃO
Vem sendo um desafio contagiante capacitar jovens e adultos para o mundo do trabalho,
seja pelo dinamismo das ocupações, seja pela inquietação do mundo moderno, onde as
pessoas contam com informações variadas em curto espaço de tempo.
Com a evolução tecnológica as “distâncias” vêm se tornando menores e,
consequentemente, as situações vividas em cada nação sofrem repercussão mundial.
Nesse sentido, o mundo do trabalho demanda por profissional versátil e multicompetente,
sintonizado com essa realidade.
Em atenção a essas exigências e balizados em competência e polivalência, o SENAI de
Goiás buscando adequação às mudanças dos processos produtivos e do perfil do
trabalhador moderno, ofertam educação formal e educação profissional articuladas,
propiciando ao trabalhador, no mesmo curso, os conhecimentos propedêuticos, técnicos
científicos, bem como os relativos à autonomia, comunicação e criatividade, garantindo-
lhe melhor condição de laborabilidade.
Assim, este Plano de Curso estabelece as diretrizes referentes aos procedimentos
técnicos e didático-pedagógicos, para as atividades do Curso de Educação Profissional
Técnica de Nível Médio em Eletrotécnica, a ser desenvolvido nas unidades escolares do
SENAI, conforme demanda apresentada pelo setor de eletricidade no Estado de Goiás.
Sua estruturação obedece à Legislação vigente sobre a matéria fundamentada na Lei
Federal nº 9394, de 20 de dezembro de 1996; Parecer CNE/CEB nº 16, de 05 de outubro de
1999; Parecer CNE/CEB nº 39, de 23 de julho de 2004; Resolução CNE/CEB nº 06, de 20 de
setembro de2012; Resolução CNE nº 03, de 09 de julho de 2008 e Resolução CNI Nº 14, de
27 de março de 2013.
Será ele desenvolvido de forma presencial, observando as Diretrizes Curriculares
Nacionais das duas modalidades, as normas complementares e as exigências dos
respectivos sistemas de Ensino e os termos de suas Propostas Pedagógicas e da
Educação Profissional Técnica de Nível Médio, por meio do Regimento Comum das
Unidades Escolares do SENAI de Goiás.
Assim sendo, dentro de uma visão proativa, o SENAI de Goiás, buscando contribuir de
maneira racional e em consonância com as necessidades da sociedade e do mundo do
trabalho e, com vistas a oferecer oportunidades para a melhoria da qualidade de vida e
para o desenvolvimento pessoal e profissional do Cidadão-trabalhador, encaminham o
presente Plano de Curso para apreciação e parecer do Egrégio Conselho Regional do
SENAI de Goiás.

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1. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS

1.1. Justificativa

EDUCAÇÃO PARA A NOVA INDÚSTRIA


Na concepção da Confederação Nacional da Indústria a educação é um pilar para o
desenvolvimento sustentável do País, fonte de crescimento e uma das bases para a
elevação da produtividade das empresas e melhoria das condições de vida das pessoas.
A indústria nacional vem realizando um grande esforço para sua inserção nos padrões
competitivos do mercado global. Esse movimento é marcado pela acelerada incorporação
de tecnologias no processo produtivo, de modo a incentivar as pesquisas aplicadas e a
inovação nos vários segmentos da atividade econômica, a partir do incentivo à educação
em todos os níveis e modalidades de ensino.
As rápidas mudanças que ocorrem no mundo estimulam novos modelos de educação e
formação profissional, uma vez que os setores produtivos requerem trabalhadores cada
vez mais capacitados e qualificados. Soma-se a isso o fato de que a economia brasileira,
ao longo dos últimos anos, vem passando por forte processo de desenvolvimento,
exigindo, assim, um número cada vez maior de trabalhadores qualificados.
Como decorrência dessas alterações, a Confederação Nacional da Indústria, por meio do
SESI e SENAI, lançou o Programa “Educação para a Nova Indústria: uma Ação para o
Desenvolvimento Sustentável do Brasil”, que identifica as prioridades estratégicas
para a indústria brasileira relacionadas com a educação.
A educação é uma das vertentes fundamentais para o crescimento da economia, seja
pelo efeito direto sobre a melhoria da produtividade do trabalho - formação do capital
humano - ou pelo aumento da capacidade do País em absorver a geração de novas
tecnologias.
O posicionamento competitivo da indústria brasileira está apoiado na agregação de valor
e na inovação. Considerando a formação holística do trabalhador, é imprescindível que as
empresas possuam um ambiente de geração de novas tecnologias de informação e
comunicação, no desenvolvimento de competências humanísticas, científicas e
profissionais adequadas às necessidades do setor produtivo e no fomento ao
empreendedorismo e à criatividade.
Assim, acentua-se a tendência de contratação de recursos humanos com maior
escolaridade, de nível médio e superior, com especial interesse pelos cursos
tecnológicos.
O panorama educacional da força de trabalho da indústria, bem como a ampliação das
admissões de trabalhadores, demonstra a necessidade de unir a qualificação profissional
com o aumento de escolaridade, apontando para modelos de articulação do ensino médio
com a educação profissional técnica de nível médio.
Em consequência de maior mobilidade do capital produtivo, as taxas de crescimento do
emprego industrial no Brasil são hoje mais elevadas nos espaços geográficos onde a
indústria não tinha presença tão significativa, como é o caso do estado de Goiás, que vem
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contribuindo para o crescimento do PIB brasileiro.


Após duas décadas de baixo desempenho econômico, a oferta de trabalhadores
qualificados deve ser adequada a um cenário de crescimento sustentado da economia.
O aumento da demanda por recursos humanos mais qualificados nas empresas tem
impacto sobre a formação dos novos profissionais e requer a modernização dos parques
tecnológicos das instituições de ensino, bem como a busca de alternativas para a oferta
de educação básica de qualidade aliada à formação profissional técnica de nível médio.
Diante do contexto sócio-econômico vivido no País, o Programa Educação para a Nova
Indústria é uma resposta às forças transformadoras identificadas pela indústria e que
pode ser sintetizada pela seguinte equação: Nova territorialidade da indústria + Novos
Conteúdos + Atualização Tecnológica + Modernização da Infraestrutura + Aprendizagem
Flexível + Inovação = Indústria Competitiva.
Os elementos centrais do Programa Educação para uma Nova Indústria são:
expansão e diversificação da oferta de educação básica, continuada e profissional
ajustada às necessidades atuais e futuras da indústria;
modernização, otimização e adequação da infraestrutura física das escolas e
laboratórios;
flexibilização no formato e metodologias de atendimento às demandas
educacionais da indústria;
capacitação de docentes, técnicos e gestores em tecnologias e gestão dos
processos educacionais.
Assim, em decorrência da necessidade de expansão e diversificação da oferta de
educação básica e profissional, de flexibilização no formato e metodologias de
atendimento às demandas educacionais da indústria, o SENAI atua no sentido de
oferecer à sociedade uma proposta de articulação do ensino médio com a educação
profissional técnica de nível médio, capaz de dar uma resposta ao segmento industrial
que demanda um profissional com sólida formação básica e competências profissionais
sintonizadas com o avanço tecnológico, por meio de uma organização didático-
pedagógica integrada.

DEMANDAS DO SETOR INDUSTRIAL GOIANO


O Curso Técnico em Metalurgia ofertado está de acordo com as demandas apresentadas
pelo setor industrial, levantadas por meio da Pesquisa de Identificação das Demandas por
Capacitação Profissional e Serviços Técnicos e Tecnológicos na Indústria do estado de
Goiás, do Departamento Nacional do SENAI, bem como de estudos a partir da RAIS,
CAGED e DNPM – Departamento Nacional de Pesquisa Mineral.
Os estudos revelam que o Estado de Goiás ocupa a nona posição no ranking econômico
dos Estados brasileiros. O desempenho alcançado deve-se a uma série de fatores que
vão desde as riquezas minerais existentes no território goiano até as medidas
intervencionistas que resultam na exploração racional dessas riquezas, contribuindo para
acelerar o processo de desenvolvimento. Dessa forma, o Estado apresenta condições

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reais de expansão de sua economia, tornando-se mais competitivo. Fatores como o


diversificado poder competitivo de sua produção, a existência de uma rede de infra-
estrutura logística, a força emergente do setor privado e a grande disponibilidade de
matéria-prima mineral, solos com clima e topografia próprios à produção agropecuária e
ao amplo potencial turístico fazem de Goiás um Estado emergente, com forte impulso
econômico.
Focalizando especialmente a indústria de transformação, observamos que, no período
considerado, a geração de empregos formais no estado de Goiás foi proporcionalmente
maior que o obtido na Região Centro-Oeste e no País, o emprego na indústria vem
crescendo no Brasil (6,5%), no Centro-Oeste (9%) e, no Estado de Goiás (12,5%).

A INDÚSTRIA MINERAL GOIANA


A indústria mineral de Goiás é bastante diversificada, apresentando segmentos modernos
que adotam modelos de gestão similares às grandes corporações internacionais. A
produção mineral de Goiás ocupa o segundo lugar na pauta de exportações do Estado,
logo após as receitas obtidas de grãos e farelos de soja. O níquel, nióbio, fosfatados, ouro
e amianto são os produtos de maior peso.
Dentre os empreendimentos minerais de grande porte, os mais significativos são a
Copebrás e a Fosfertil, na produção de fertilizantes fosfatados; a Votorantin Metais (ex-
Companhia Níquel Tocantins - CNT), na produção de níquel e cobalto, a Anglo American
divisão metais Básicos, que explora jazidas de níquel e de nióbio; a SAMA, no amianto
crisotila, a Metalurgia Serra Grande (Grupo Anglo Gold Ashanti) e Metalurgia Maracá da
Yamana Gold, na produção de cobre e ouro. Na tabela abaixo é mostrado o quadro de
investimento na Metalurgia em Goiás por empresas e localidades.

PRINCIPAIS INVESTIMENTOS NA METALURGIA EM GOIÁS

EMPRESA INVESTIMENTOS (R$) SUBSTÂNCIA LOCALIDADE


Niquelândia, Crixás,
Níquel, cobre, cobalto, Hidrolândia, Montes
Votorantim Metais 2,0 bilhões
alumínio, chumbo e zinco Claros de Goiás,
Americano do Brasil.
Anglo American Metais 1,9 bilhões Níquel Barro Alto
Coperbrás 500 milhões Fosfato Catalão
Fosfertil 300 milhões Fosfato Catalão
Yamana Gold/Metalurgia
450 milhões Cobre e Ouro Alto Horizonte
Maracá
Yamana Gold/Metalurgia
60 milhões Ouro Fazenda Nova
Bacilândia
Prometálica 70 milhões Níquel, Cobre e Cobalto Americano do Brasil
Sertão Metalurgia 60 milhões Ouro Faina
SAMA 20 milhões Amianto-Crisoltila Minaçu
Misturadoras de adubo 40 milhões Fertilizantes Catalão
Metalurgia Serra Grande 1 milhão Ouro Crixás
Fonte: Revista Clube de Notícias – Clube de Engenharia de
Goiás, julho de 2006. Ano XI nº 242

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Goiás é o principal produtor mundial de amianto. O amianto crisotila alcançou lugar de


destaque na economia do Estado e é o responsável por praticamente toda a produção de
fibra de amianto consumida no Brasil. A fibra de amianto é utilizada para fabricação de
telhas, caixas d’água, lonas de freio e materiais de fricção em geral. A empresa que lavra
e comercializa esse recurso mineral, no município de Minaçu, luta para prosseguir com
sua produção em meio a uma grande controvérsia - internacional e nacional - acerca dos
possíveis efeitos cancerígenos resultantes da manipulação do amianto. Existe um
movimento nacional, do qual faz parte uma grande central de trabalhadores, que luta pelo
banimento do uso da fibra amianto, alegando razões de saúde pública.
A indústria mineral de pequeno e médio porte desempenha um importante papel no atual
cenário socioeconômico do Estado, mas caracteriza-se por não atender, de maneira
geral, aos aspectos ambientais da legislação vigente. Neste universo, destaca-se o
crescimento na demanda dos insumos minerais utilizados na construção civil e na
agroindústria.
Os empreendimentos não-metálicos de pequeno porte operam, em sua grande maioria,
na informalidade. No que se refere à extração de areia e argila, por exemplo, localizam-se
predominantemente nos depósitos associados às calhas e planícies aluvionares dos rios.
Os depósitos relacionados aos insumos minerais de aplicação direta na construção civil
(brita e areia) concentram-se na área de influência do grande mercado consumidor do
eixo Goiânia-Brasília.
Os empreendimentos de maior porte concentram-se na produção de rochas fosfáticas,
amianto e calcário para produção de cimento.
Os dados oficiais a respeito do universo de gemas, tanto no que se refere às reservas,
quanto à produção, são muito distantes da realidade, pois nesta área prevalece o
“garimpo”, onde a informalidade é a regra.
O potencial de consumo de produtos de Metalurgia para construção civil do mercado
goiano é bastante expressivo, pois o Estado apresenta um elevado déficit habitacional. O
governo do Estado, por sua vez, criou a AGH (Agência Goiana de Habitação) para
implementar programas direcionados a famílias de baixa renda. De acordo com a
Agência, existe no Estado uma carência habitacional de 112,6 mil unidades (AGH, 2006).
Para suprir essa demanda, a Agência promoveu parcerias com as prefeituras municipais,
que se comprometeram a doar terrenos e construir as fundações, doar a primeira fornada
de tijolos e fornecer assistência técnica.
O avanço da atividade do setor de construção civil em Goiás ampliou a demanda de
calcário, cimento, brita, areia, cascalho e argila, materiais utilizados nas cadeias
produtivas da cerâmica, agregados minerais e outros. O consumo de cimento na última
década teve relevante expansão, refletindo o dinamismo das atividades econômicas no
estado.
Goiás possui diversas empresas de extração de brita e areia, que geram mais de mil
empregos diretos, com faturamento estimado em quase R$ 150 milhões por ano. No caso
da cerâmica, existem mais de 400 empresas de pequeno e médio porte em Goiás. Outros
itens de destaque que vem despertando o interesse de investidores são as diversificadas

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variedades de jazidas de rochas ornamentais, utilizadas para revestimentos de pisos e


paredes, tais como granito, quartzitos, serpentinitos, anortositos e outros, cuja pesquisa e
explotação estão em franca expansão.
A produção mineral em Goiás nos dois últimos anos ultrapassou a cifra de 1,5 bilhões de
reais por ano, em termos de valor de produção de matéria bruta e beneficiada, se
agregados os efeitos da transformação desses recursos minerais, o valor, segundo os
analistas projetistas do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral – DNPM, poderá ser
multiplicado por onze vezes.
A produção mineral goiana é alicerçada em conhecimentos científicos, técnicos e
mercadológicos. A estrutura produtiva é sólida, racional e vem sendo desenvolvida
segundo o princípio da sustentabilidade dos recursos minerais. Os bens minerais
produzidos no estado contemplam espectro múltiplo, com relevância destaca-se como o
maior produtor de níquel e cobalto do Brasil, segundo de nióbio, quarto de ouro, segundo
de fosfato e único de amianto.
Os investimentos dos últimos dois anos em Goiás têm assumido somas consideráveis,
sendo dignos de nota os projetos de verticalização da industrialização de fosfato de
Catalão/Ouvidor onde já consumiu 250 milhões de dólares; a sua duplicação prevista se
implementada custará mais de 200 milhões de dólares; a instalação da mina de Barro Alto
consumiu 70 milhões de dólares; o projeto de implantação da usina de liga de ferro-níquel
no mesmo município, demandará mais de 800 milhões de dólares, este é o projeto que
exigirá maior aporte financeiro do estado.
Em Alto Horizonte, o famoso projeto Chapada decolou com recursos de 180 milhões de
dólares, para sua implantação visando produzir concentrados de ouro e cobre. Em
Fazenda Nova e Faina os projetos estão em fase de produção de ouro há mais de dois
anos, com vida útil a ser expandida através da ampliação das reservas.
Finalmente, têm-se os recursos minerais sub aproveitados em função do baixo grau de
tecnologia ou dos poucos trabalhos exploratórios realizados no depósito, nesta situação,
encontra-se a vermiculita, o titânio, o alumínio, o níquel do sudoeste goiano, as rochas
ornamentais, os diferentes tipos de argilas, os calcários com destinação mais nobre.

PRODUÇÃO MINERAL NO ESTADO DE GOIÁS


O Anuário Mineral Brasileiro do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM,
2012), trata a contribuição da produção goiana dos minerais metálicos em relação à
produção nacional e à da região Centro-Oeste. Goiás ocupa uma posição de destaque
nesta região sendo que grande concentração do valor da produção em poucos produtos,
tanto em minerais metálicos quanto em não metálicos: quatro produtos metálicos
representam mais de 99% do valor da produção deste setor, enquanto outros seis são
responsáveis por 98% do valor produzido em não metálicos, no Estado de Goiás.

O Estado de Goiás contribuiu com mais de 15% da distribuição das Usinas Mineradoras e
com cerca de 5% do valor total da produção mineral brasileira de substâncias metálicas e
não–metálicas. Em relação à produção nacional de metálicos, Goiás participou com mais
de 5,17% do total, e com aproximadamente 7,25% da produção nacional no segmento

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das substâncias minerais não-metálicas. Em termos de valores, os minerais metálicos


contribuíram com cerca de 48% da produção no Estado.

Dentre as substâncias minerais metálicas o valor da produção de níquel foi de 66,62% da


produção mineral goiana, com 24.556 toneladas beneficiadas, seguida do ouro (27,71%),
com seis toneladas beneficiadas. A terceira substância metálica mais importante do
produto mineral goiano foi o nióbio, com 3,00% do valor total, tendo atingido a produção
de 7.817 toneladas. O titânio, a partir da ilmenita, contribuiu com 2,58% da produção
goiana, com 152.200 toneladas.

Fonte: DNPM – Departamento Nacional de Pesquisa Mineral

Em relação ao valor da produção goiana dos minerais não metálicos, o amianto contribuiu
com 43,42%, com 209.332 toneladas e a produção de rocha fosfática (29,33%), com 1,38
milhões de toneladas. O valor da produção de pedras britadas representou um percentual
de 11,38%, tendo a produção chegado a 3,29 milhões de m 3.

O calcário contribuiu com 5,93% e produção de 2,56 milhões de toneladas e a areia/


cascalho com 5,79% do valor total, com 4,65 milhões de m 3 produzidos. Atenção especial
deve ser dada à água mineral, que já representa 2,16% do valor total, com 77 milhões de
litros comercializados em 2000. Já para a produção mineral da região Centro-Oeste,
houve uma contribuição de 71,3% do segmento das substâncias não-metálicas, realçando
sua grande importância na região.

Considerando-se o valor global da produção mineral goiana (metálicos + não-metálicos), a


classe das substâncias não-metálicas contribuiu com 52,88%, ou seja, equivaleu a US$
220 milhões, conformando a importância deste segmento na produção mineral goiana.

Fonte: DNPM – Departamento Nacional de Pesquisa Mineral

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Goiás também produz esmeraldas, diamantes, ametistas, cristais de rocha, turmalinas e


alexandritas. As reservas de esmeralda localizam-se nos municípios de Campos Verdes e
Itaberaí. O diamante é produzido na região sudeste (Catalão, Ouvidor, Três Ranchos e
Davinópolis) e sudoeste do Estado (Aragarças). A turmalina no Município de Nova Crixás,
e a alexandrita nos municípios de Minaçu e Trombas. A ametista é produzida nos
Municípios de Colinas do Sul e Cavalcante.
Por atuar na produção de matéria-prima para, apresenta-se na tabela abaixo, as
principais empresas produtoras de minerais da Unidade da Federação – UF e em Goiás.

Fonte: DNPM – Departamento Nacional de Pesquisa Mineral

Além disso, a atividade de Metalurgia envolve uma grande diversidade de processos,


mantendo ainda mais estreita essa sua relação com outras áreas. A seguir serão
descritas as principais áreas de interface da Metalurgia, no estado de Goiás:

a) METALURGIA
Neste caso, a transição ocorre dentro de uma sub-área da Metalurgia, ou seja, tratamento
de minérios, até os processos hidro ou pirometalúrgicos. No Brasil, os postos de trabalho
na área de tratamento de minérios, tanto de nível superior quanto técnico, são ocupados
por profissionais com formação nas áreas de Metalurgia, metalurgia e química. Destes, os
técnicos em Metalurgia e engenheiros de minas são aqueles que recebem uma formação
mais abrangente e qualificada para atuar nos processos de tratamento de minérios.
Entretanto, também os demais profissionais citados recebem uma formação básica que
associada a outros conhecimentos específicos de seus cursos permite as suas atuações
nesta sub-área do conhecimento da Metalurgia.
A referência feita anteriormente em relação a ser este um cenário brasileiro, decorre do
fato de que em alguns outros países da Europa, nos Estados Unidos, e nos países da
América do Sul, o tratamento de minérios não está incluso como matéria dos cursos
técnicos de Metalurgia e de engenharia de minas, estando, normalmente, associada aos
cursos de metalurgia e/ou processos. Este é um cenário que tem se modificado nos
últimos cinco anos.

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Em relação à interface com os processos da metalurgia, sejam eles hidro ou


pirometalúrgicos, esta se dá em razão da necessidade de se conhecer as variáveis destes
processos e suas relações com a matéria-prima fornecida pela Metalurgia. Usualmente,
os cursos de formação de profissionais para a Metalurgia apresentam como matéria
integrante de seus currículos noções de metalurgia e, por isso mesmo, é comum
encontrar esses profissionais atuando em processos metalúrgicos, principalmente,
aqueles associados a concentração de ouro.

b) QUÍMICA
Como já mencionado anteriormente, a interface com a química ocorre na ·área onde os
processos de tratamento de minérios são aplicáveis, mais comumente, os processos de
cominuição, classificação e flotação. Os processos de cominuição e classificação são
utilizados em grande parte da indústria química, desde a indústria de alimentos até a de
cosméticos. A flotação (principalmente a iônica) é aplicada no tratamento de efluentes de
indústrias de diversas naturezas. Vale ressaltar que não é comum encontrar profissionais
da área de Metalurgia ocupando postos de trabalho na indústria química, embora a
recíproca não seja verdadeira.
Uma ·área de trabalho comum aos profissionais da Metalurgia e da química é a
petrolífera. A atuação de ambos os profissionais neste caso requer conhecimentos
bastante específicos. Neste caso, existe uma atuação do profissional da Metalurgia que
vai desde a perfuração de poços, manutenção dos mesmos, atividades mais específicas
destes profissionais, até as operações de refino, de processamento do coque, entre
outras, mais típicas do profissional da área química.

c) MECÂNICA
A área mecânica tem interface com a Metalurgia tanto na sua sub-área de conhecimento
denominada de mecânica dura quanto na térmica. O primeiro caso envolve uma relação
estreita com as máquinas utilizadas na Metalurgia: caminhões, escavadeiras, britadores
cônicos, de mandíbula, de martelos, moinhos, entre outros.
Usualmente, o técnico de Metalurgia é responsável pela manutenção dos equipamentos
e, portanto, uma boa noção de mecânica faz-se necessária a sua atuação mais
qualificada. É prática comum, em mineradoras de pequeno porte, técnicos de Metalurgia
atuarem em manutenção e mecânica.
A sub-área térmica, da área mecânica, mais especificamente a termodinâmica, relaciona-
se diretamente aos problemas de ventilação de minas, muito importantes no
desenvolvimento dos trabalhos mineiros de minas subterrâneas. Os profissionais da área
de Metalurgia atuam neste caso desde o projeto dos sistemas de ventilação até a sua
manutenção, numa grande interface com a ·área de mecânica.

d) MEIO AMBIENTE
No caso da Metalurgia ela envolve desde o controle da poluição até a recuperação de
áreas degradadas. Quaisquer que sejam os profissionais envolvidos na equipe ambiental
de uma Metalurgia, o profissional específico da área deve·ter um importante papel. Por
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

exemplo, o planejamento da recuperação de áreas degradadas deve acompanha o


próprio desenvolvimento da mina solicita profissionais habilitados na área Metalurgia.
Há ainda questões ambientais, também com interface no campo de segurança do
trabalho, afeitas a estabilidade de taludes e de escavações subterrâneas, cuja
competência técnica está vinculada aos profissionais da área de Metalurgia, com grande
interface com a área da construção civil e de obras rodoviárias.
Nos últimos anos tem se fortalecido um novo campo de trabalho para os profissionais da
Metalurgia, no que se refere a área ambiental, que é o da reciclagem de resíduos sólidos
industriais e de recuperação de metais em efluentes de Metalurgia. Em ambos os casos,
os conhecimentos adquiridos por estes profissionais na área de tratamento de minérios os
habilita a atuar com grande competência nessas atividades. Recuperação de metais em
efluentes de Metalurgia por flotação, separação e recuperação de diferentes componentes
de sucatas de automóveis (ferro, chumbo, plástico, vidro, etc), através de separações
magnéticas, gravíticas e por flotação, são exemplos do uso de técnicas de tratamento de
minérios para a recuperação de metais em efluentes de Metalurgia e reciclagem de
resíduos sólidos industriais, respectivamente.

e) CONSTRUÇÃO CIVIL
Esta é uma área de grande interface com a Metalurgia no que diz respeito a geotecnia. A
estabilidade dos taludes em obras rodoviárias, a construção de barragens e outras obras
de contenção e as aberturas de vias subterrâneas exigem competências e habilidades
nas matérias de geologia e mecânica de rochas (geomecânica), afeitas aos currículos de
formação do profissional da Metalurgia.
Ainda, em termos de obras civis, as fundações de casas e edifícios são, também, de
competência dos profissionais da Metalurgia.
Surgida nas duas últimas décadas, a implosões de grandes obras civis também aparece
como uma interface da ·área de Metalurgia com a construção civil. Na realidade, os
profissionais habilitados para a execução desta tarefa, com cálculos precisos de
quantidade e disposição de explosivos, são aqueles com formação na área de Metalurgia.

f) ELETRÔNICA E INFORMÁTICA
O modelamento matemático das operações unitárias da Metalurgia, o uso de recursos
computacionais no planejamento das atividades mineiras e o controle e automações de
seus processos tem criado uma grande interface com as ·áreas de informática e
eletrônica, respectivamente. Os desenhos de mapas de mina deixaram de ser realizados
em prancheta para serem realizados em computadores, utilizando-se ferramentas Cad.
Diversos outros programas computacionais são utilizados para o planejamento de lavra
(como o Datamine Studio, Vulcan, entre outros), além da modelagem, simulação, controle
e automação das operações unitárias, tanto da lavra quanto do tratamento de minérios.
Existe uma tendência, cada vez maior, de que a Metalurgia se torne totalmente
automatizada; portanto, manter os postos de trabalho para os profissionais da Metalurgia,
no setor mineral, significa, necessariamente, incorporar às suas formações competências

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

e habilidades de matemática, computação e eletrônica.


Evidentemente, essas interfaces entre as ·áreas profissionais de Metalurgia e Indústria,
Química, Meio Ambiente, Construção Civil e Informática são indicativas de conteúdos
curriculares comuns e interligados, recomendando a implantação e o desenvolvimento
concomitante, sequencial ou alternado de cursos ou módulos dessas ·áreas em uma
mesma unidade escolar ou em mais de uma, integradas por acordos, parcerias ou
convênios.
Discutir as tendências da Metalurgia no Brasil deve passar, necessariamente, por uma
avaliação dos fatores internos e externos que configuram os seus ambientes de
desenvolvimento.
De uma maneira geral, existem algumas tendências do mundo moderno que afetam
particularmente a Metalurgia, quais sejam:
produzir mais com menos recursos, ou seja, otimização constante;
reciclagem de materiais;
aumento das pressões econômicas, de políticas de controle ambiental e de
segurança do trabalho;
mudança da dependência de materiais para a dependência da tecnologia;
atuar com responsabilidade social.
Apesar dessa importância econômica e mesmo sendo considerado um dos dez maiores
produtores mundiais, o Produto Mineral Bruto brasileiro (US$12,0 bilhões) é menor que o
de países como a Austrália (US$ 17,4 bilhões) e África do Sul (US$ 14,4 bilhões) e a
geologia do país é pouco conhecida, o que oferece boas perspectivas para o futuro da
área.
Os investimentos para a pesquisa e a prospecção de minério, no Brasil são tímidos, se
comparados aos destinados à lavra e produção. O quadro de investimentos no setor nos
últimos 20 anos, onde houve um crescimento linear de mais de US$ 250 milhões e um
decréscimo na pesquisa e prospecção em torno de US$ 150 milhões, o que permitiu um
saldo positivo em relações a investimentos na área. Nas décadas de 80 e 90, esse
investimento foi reduzido em torno de US$ 200 milhões se contrapondo a um crescimento
da injeção de recursos para a pesquisa e prospecção em cerca de US$ 100 milhões, o
que resultou em uma queda do investimento total no setor. A partir de 2004, observa-se
uma recuperação do setor, traduzida por um crescente investimento tanto na prospecção
e pesquisa quanto na lavra e produção.
O Plano Plurianual do DNPM confirmou que desde 2006 tiveram aportes de capital no
setor mineral brasileiro, até o ano 2010, de US$ 35 bilhões, supondo-se um crescimento
no PIB de 5% ao ano, em média. Deste montante, US$ 4 bilhões deveriam ser destinados
à exploração mineral (prospecção e pesquisa) e os US$ 31 bilhões restantes a projetos
de implantação, expansão e manutenção ou retomada de capacidade de produção (sem
considerar a provável existência de capacidade ociosa). Os valores estimados foram
baseados na análise de 30 substâncias, correspondendo à cerca de 80% da produção
mineral.
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Pesquisas apontam como um importante foco de promoção e atração de investimentos


para a área mineral a articulação com a opinião pública, objetivando uma melhor
receptividade e percepção pela comunidade, empresas e investidores nacionais e
estrangeiros da importância da Metalurgia no desenvolvimento sustentável do país.
De qualquer forma, seja interna ou externamente, num mundo globalizado, as
mineradoras devem se preocupar com os caminhos para o ganho de competitividade,
com base em um desenvolvimento sustentável, e esses caminhos passam normalmente
pela alta qualidade dos produtos, alta recuperação, a redução do impacto ambiental e
responsabilidade social.
Além da absorção de novas tecnologias, as empresas do ramo de Metalurgia e metalurgia
elegem o fator recursos humanos como sendo fundamental para a consecução da
melhoria da qualidade do produto e obtenção de condições que lhes permitissem
caminhar para a superação de suas demandas tecnológicas.
Do ponto de vista das empresas mineradoras, é inconteste que a busca de
competitividade vem alterando mundialmente o paradigma tecnológico, obrigando-as a
reorganizarem o trabalho, de forma a alcançar novos patamares da produtividade. É
comum dizer que esta nova organização do trabalho, já uma realidade em alguns setores
de ponta, faria mais apelo à capacidade intelectual e organizacional do trabalhador que
suas habilidades e destrezas, na organização da produção.
A forte demanda por trabalhadores com perfil para atuarem em indústrias mineradoras
nos permite afirmar que o mercado goiano está sinalizando para a necessidade crescente
de profissionais especializados. Observa–se que as empresas mineradoras estão
contratando trabalhadores com níveis de instrução compatíveis com a possibilidade de
ingresso nos cursos técnicos profissionalizantes, necessidade essa que convida o SENAI
de Goiás a dar a sua contribuição por intermédio da implantação de Cursos que atendam
às demandas atuais que já estão operando e daquelas que estão acenando com a
possibilidade de virem para Goiás.
Nesse sentido, o Técnico em Metalurgia, cujo Plano de Curso ora reapresentamos, será
um profissional devidamente preparado para atuar, utilizando as novas tecnologias da
logística e da produção de minerais metálicos e não-metálicos, com conhecimentos
técnicos específicos, em métodos de trabalho, gestão da qualidade do produto e, gestão
ambiental, além de apoio em questões de ordem administrativa, para fortalecer as
mineradoras goianas e brasileiras.

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O curso Técnico em Metalurgia proposto pelo SENAI está estruturado com vistas à
formação educacional para a vida, cidadania e meio ambiente, higiene e segurança no
trabalho e informática, buscando a formação específica por utilização de laboratórios,
além do desenvolvimento de competências de gestão como trabalhar em equipe, praticar
direitos e deveres do cidadão e demonstrar capacidade de organizar o próprio trabalho.

Referido curso está em sintonia com o Itinerário Nacional de Técnico em Metalurgia,


prospectando a rápida expansão das ciências e da tecnologia e com o processo de
desenvolvimento nacional e observado no Estado de Goiás, aliando sólida base de ensino
médio e de formação profissional técnica de nível médio (profissionalização e aumento de
escolaridade), contribuindo, assim, para a expansão da base industrial do Estado.

Diante dessa realidade, o SENAI Goiás promove como contribuição para a sociedade o
Curso Técnico em Metalurgia, destinado à capacitação de jovens com vistas à inserção
no mundo do trabalho. Ao mesmo tempo em que a estratégia permite a formação de
competências profissionais, elaborada conforme a Metodologia SENAI de Formação por
Competências possibilitando o aumento de escolaridade e laborabilidade.

Assim sendo, dentro de uma visão proativa, o SENAI de Goiás, busca contribuir de
maneira racional e em consonância com as necessidades da sociedade e do mundo do
trabalho e, com vistas a oferecer o Curso Técnico em Metalurgia como oportunidade
para a melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento pessoal e profissional do
Cidadão-trabalhador e para o desenvolvimento pleno e sustentável da indústria mineral e
metalúrgica nacional, encaminha o presente Plano de Curso para apreciação e parecer do
Egrégio Conselho Regional do SENAI de Goiás.

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Objetivos do Curso

1.2.1. Geral
Implantar e desenvolver, em ambientes pedagógicos das Escolas e Centros de Educação
Tecnológica do SENAI de Goiás, a habilitação profissional de Técnico em Metalurgia,
visando à capacitação de recursos humanos demandados pelo trabalho, com base no
perfil de competências estabelecidas, resultando em ações de supervisão, orientação e
avaliação de atividades de gestão, por meio da utilização de métodos, técnicas e
habilidades específicas, garantindo-lhe a condição de empregabilidade e trabalhabilidade.

1.2.2.Específicos
1. Proporcionar habilitação profissional mediante a aquisição de competências
necessárias ao permanente desenvolvimento para a vida produtiva, ao exercício
profissional eficiente, à participação ativa, consciente e crítica no mundo do
trabalho e na esfera industrial, à efetiva auto-realização e ao exercício pleno da
cidadania.
2. Preparar profissionais para agirem com liderança e espírito de equipe, pautados
pela criatividade, iniciativa, ações inovadoras, ética e excelência profissional,
capacitando-os a aplicar técnicas de planejamento, pesquisa, avaliação, gestão,
coordenação e execução das atividades, utilizando ferramentas da qualidade e de
métodos e processos de produção, balizados em tecnologias tradicionais,
contemporâneas e inovadoras.
3. Formar profissionais para a Habilitação Técnica em Metalurgia com sólida
preparação humanística, científica e tecnológica, capazes de aprender
continuamente, de participar e/ou liderar equipes de trabalho;

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

2. REQUISITOS PARA ACESSO

Os cursos técnicos ministrados pelas Unidades Escolares do SENAI de Goiás serão


ofertados aos candidatos que se inscreverem nos processos seletivos, em conformidade
com edital divulgado em épocas próprias. O processo de seleção ao curso Técnico em
Metalurgia inclui provas para apuração de conhecimentos gerais e específicos.

Constituem requisitos para a inscrição ao processo de seleção, bem como para a


efetivação da matrícula no curso Técnico em Metalurgia:

I – Cursos Concomitantes - Estar cursando o 2º ano do ensino médio ou equivalente,


desde que ao término do curso técnico também tenha concluído o ensino médio
equivalente;

II – Cursos Subsequentes - Ter concluído o ensino médio ou equivalente;

III - Preferencialmente 16 anos na data fixada para início das aulas.

Os candidatos aprovados e classificados no processo de seleção serão chamados à


matrícula, atendida a ordem de prioridade. A prioridade será para os candidatos que
mantenham algum vínculo empregatício com empresas contribuintes ao SENAI.

A matrícula inicial será efetuada mediante solicitação do candidato, observadas às


disposições constantes previstas no Edital. Caso o candidato possua idade inferior a 18
anos, será assistido por seu responsável direto.

No ato da matrícula inicial o candidato deverá apresentar à secretaria da Unidade Escolar


os documentos exigidos pela legislação, conforme edital.

O Regimento Comum das Unidades SESI SENAI de Goiás regulamenta o processo de


seleção conforme descrito no Artigo 58 e Parágrafo único abaixo:

Artigo 58 - Os candidatos aprovados e classificados no processo de seleção serão


chamados à matrícula até o limite das vagas existentes em cada curso, atendida a ordem
de prioridade que for estabelecida em cada caso.

Parágrafo único - Terão sempre prioridade para matrícula candidatos que mantenham
vínculo empregatício com empresas contribuintes do SESI e do SENAI, ou seus
dependentes.

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

3. PERFIL PROFISSIONAL
3.1. Classificação Tecnológica do Curso Técnico em Metalurgia:
Eixo Tecnológico: Controle e Processos Industriais
Educação Profissional Técnica de Nível Médio
1ª Saída de Qualificação Técnica: Controlador de Processos Pirometalúrgicos – 680 horas
2ª saída de Qualificação Técnica: Controlador de Processos Hidrometalúrgicos – 1.060 horas
Família Ocupacional CBO: 7121 – Trabalhadores de Beneficiamento de Minérios
Habilitação Profissional: Técnico em Metalurgia – 1.540 horas
Carga Horária: 1.300h de fase escolar e 240h Estágio Supervisionado ou Projeto Integrador
Família Ocupacional: CBO 3146- Técnicos em Metalurgia
Nível da Habilitação: 3 (Metodologia SENAI)

3.2. Perfil Profissional do Técnico em Metalurgia – 1.540 horas

Atua em processos relacionados à metalurgia; Desenvolve e supervisiona a


execução dos processos metalúrgicos relacionados às áreas dos Processos
Produtivos Metalúrgicos de usinagem, robótica, conformação mecânica, fundição,
soldagem, corte, tratamento dos metais e suas ligas, respeitando a legislação
pertinente, os procedimentos e normas técnicas de qualidade, de saúde e
segurança e de meio ambiente.

3.3. Perfil Profissional da Saída de Qualificação Técnica de Controlador


de Processos Pirometalúrgicos – 680 horas

Participa do planejamento de controle dos processos pirometalúrgicos de


fundição, coordena equipes de trabalho, programa, prepara e opera
equipamentos manuais e automáticos de fundição, determinando as condições
gerais de operação, aplicando técnicas de otimização durante os processos de
acordo com normas técnicas, de qualidade, segurança e saúde ocupacional e
meio ambiente.

3.4. Perfil Profissional da Saída de Qualificação Técnica de Controlador


de Processos Hidrometalúrgicos – 1.060 horas
Realiza procedimentos em plantas físico-químicas de produção e beneficiamento
em processos hidrometalúrgicos. Coordena equipes de trabalho para o
cumprimento dos planejamentos e atividades de metalurgia, controla, prepara e
opera equipamentos do processo, aplicando normas de saúde e segurança e
legislação ambiental; Participa de projetos de processos de metalurgia e
ambientais.

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM METALURGIA


4.1. UNIDADES DE COMPETÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE TÉCNICO EM METALURGIA.

Unidade de Competência 1: Planejar processos produtivos metalúrgicos, considerando matéria


prima, mão de obra, equipamentos, especificações técnicas e normas
de saúde e segurança do trabalho e ambientais, garantindo a
qualidade de produtos e processos.

Unidade de Competência 2: Operacionalizar processos produtivos metalúrgicos, considerando


matéria prima, mão de obra, equipamentos, especificações técnicas e
normas de saúde e segurança do trabalho e ambientais, garantindo a
qualidade de produtos e processos.

Unidade de Competência 3: Controlar processos produtivos metalúrgicos, considerando matéria


prima, mão de obra, equipamentos, especificações técnicas e normas
de saúde e segurança do trabalho e ambientais, garantindo a
qualidade de produtos e processos.
*UCE = UNIDADES DE COMPETÊNCIA DO TÉCNICO EM METALURGIA

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

4.2. COMPETÊNCIAS DE GESTÃO DO TÉCNICO EM METALURGIA.


CG 1: Coordenar atividades de trabalho;
CG 2: Participar na organização do ambiente;
CG 3: Ter visão sistêmica;
CG 4: Estabelecer relações funcionais entre setores;
CG 5: Administrar racional e conjuntamente os aspectos técnicos, sociais e econômicos implicados;
CG 6: Utilizar de forma adequada e segura os recursos materiais e humanos colocados a sua disposição;
CG 7: Responder a relações e procedimentos estabelecidos na organização do trabalho;
CG 8: Integrar-se com eficácia em nível horizontal e vertical;
CG 9: Cooperar com outras pessoas de forma comunicativa e construtiva;
CG 10: Liderar equipes de trabalho;
CG 11: Desenvolver postura ética e responsável;
CG 12: Despertar a responsabilidade socioambiental;
CG 13: Manter relacionamento interpessoal;
CG 14: Possuir controle emocional;
CG 15: Desenvolver capacidade de tomada de decisões;
CG 16: Desenvolver capacidade de negociação;
CG 17: Ser proativo;
CG 18: Responder a situações novas e imprevistas que se apresentam no trabalho, com relação a
procedimentos, sequências, equipamentos, produtos e serviços;
CG 19: Encontrar soluções apropriadas;
CG 20: Tomar decisão de forma autônoma, dentro de sua esfera de trabalho;
CG 21: Prever consequências da atitude.
*CG = COMPETÊNCIAS DE GESTÃO DO TÉCNICO EM METALURGIA

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4.3. DETALHAMENTO DAS UNIDADES E ELEMENTOS DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS DO


TÉCNICO EM METALURGIA.

Unidade de Competência nº 1:
UC 1 - Planejar processos produtivos metalúrgicos, considerando matéria prima, mão de obra,
equipamentos, especificações técnicas e normas de saúde e segurança do trabalho e ambientais,
garantindo a qualidade de produtos e processos.
Elementos de Competência Padrões de Desempenho
1.1.1. Obedecendo a normas técnicas;
EC 1.1 1.1.2. Atendendo especificações técnicas;
PLANEJAR OS PROCESSOS 1.1.3. Interpretando desenhos de produto;
METALÚRGICOS 1.1.4. Considerando recursos físicos existentes;
1.1.5. Emitindo relatório.
1.2.1. Obedecendo a normas técnicas;
1.2.2. Atendendo especificações técnicas;
1.2.3. Levantando os custos;
EC 1.2 1.2.4. Dimensionando parâmetros de processos;
DEFINIR PROCESSO 1.2.5. Realizando simulações;
1.2.6. Estabelecendo controles (meios, pontos, executor e padrões);
PRODUTIVO
1.2.7. Propondo melhorias;
1.2.8. Considerando as melhorias e correções propostas;
1.2.9. Elaborando folha de processos.
1.3.1. Capacitando equipes de trabalho;
EC 1.3 1.3.2. Sugerindo capacitação de equipe de trabalho;
1.3.3. Dimensionando matéria prima;
ELABORAR PROGRAMAÇÃO 1.3.4. Dimensionando mão de obra;
DE PRODUÇÃO 1.3.5. Dimensionado carga máquina;
1.3.6. Elaborando folha de produção.

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Unidade de Competência nº 2:
UC 2 - Operacionalizar processos produtivos metalúrgicos, considerando matéria prima,
mão de obra, equipamentos, especificações técnicas e normas de saúde e segurança
do trabalho e ambientais, garantindo a qualidade de produtos e processos.
Elementos de Competência Padrões de Desempenho
2.1.1. Trabalhando em equipes;
2.1.2. Liderando equipes;
EC 2.1
2.1.3. Seguindo procedimentos operacionais (técnicos, segurança e ambientais);
EXECUTAR FICHA DE 2.1.4. Operando máquinas e equipamentos;
PROCESSOS
2.1.5. Controlando a operação de máquinas e equipamentos;
2.1.6. Propondo melhorias.

EC 2.2 2.2.1. Planejando a operacionalização dos processos de fundição, soldagem e corte;


COORDENAR A 2.2.2. Assegurando a execução dos procedimentos operacionais de acordo com o planejado;
OPERACIONALIZAÇÃO DO 2.2.3. Assegurando a utilização dos EPIs e EPCs necessários;
PROCESSO CONFORME O
2.2.4. Identificando as necessidades de treinamento.
PLANO

2.3.1. Verificando a conformidade das operações;


EC 2.3 2.3.2. Assegurando o cumprimento do plano de controle;
REALIZAR O CONTROLE 2.3.3. Verificando o cumprimento das especificações descritas no procedimento operacional;
DO PROCESSO DE 2.3.4. Corrigindo possíveis desvios do processo;
ACORDO COM O PLANO 2.3.5. Verificando a utilização dos EPIs e EPCs;
2.3.6. Documentando as informações.

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Continuação da Unidade de Competência nº 2


Elementos de Competência Padrões de Desempenho

EC 2.4 2.4.1. Avaliando gargalos de produção;


CUMPRIR A 2.4.2. Registrando dados de produção;
PROGRAMAÇÃO DE 2.4.3. Corrigindo desvios dos processos;
PRODUÇÃO 2.4.4. Propondo correções no planejamento.

2.5.1. Estimulando o trabalho em equipe;


2.5.2. Organizando as equipes de trabalho;
2.5.3. Aplicando ferramentas de qualidade;
EC 2.5
2.5.4. Aplicando técnicas de liderança;
CONDUZIR EQUIPES DE 2.5.5. Utilizando ferramentas de gestão;
TRABALHO
2.5.6. Capacitando equipes;
2.5.7. Participando do processo de recrutamento e seleção;
2.5.8. Utilizando recursos de informática.

2.6.1. Propondo melhorias na produtividade e na qualidade dos processos de fundição,


soldagem e corte;
2.6.2. Orientando sobre a implementação das melhorias nos parâmetros de processo;
EC 2.6
2.6.3. Avaliando os resultados obtidos com base nos indicadores e métodos de controle dos
OTIMIZAR PROCESSOS processos;
2.6.4. Validando as melhorias implementadas;
2.6.5. Documentando as melhorias implementadas.

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade de Competência nº 3:
UC 3 - Controlar processos produtivos metalúrgicos, considerando matéria prima, mão de
obra, equipamentos, especificações técnicas e normas de saúde e segurança do
trabalho e ambientais, garantindo a qualidade de produtos e processos.
Elementos de Competência Padrões de Desempenho
3.1.1. Definindo amostras;

EC 3.1 3.1.2. Executando ensaios;

REALIZAR INSPEÇÕES, 3.1.3. Elaborando e aplicando critérios de inspeção;


TESTES E ENSAIOS 3.1.4. Seguindo instruções de trabalho;
3.1.5. Elaborando relatórios.

3.2.1. Interpretando resultados;


EC 3.2 3.2.2. Utilizando normas técnicas;
EMITIR PARECER TÉCNICO 3.2.3. Utilizando especificações técnicas;

3.2.4. Controlando padrões.

3.3.1. Utilizando ferramentas da qualidade;

EC 3.3 3.3.2. Interpretando dados dos relatórios e pareceres;

OTIMIZAR PROCESSOS E 3.3.3. Avaliando processos e produtos;


PRODUTOS 3.3.4. Orientando operadores;
3.3.5. Solicitando ações corretivas e de melhoria.

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

4.4. DESENHO CURRICULAR DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL


DO TÉCNICO EM METALURGIA
Fonte: Itinerários Nacionais do SENAI DN

O Desenho Curricular Nacional do Técnico em Metalurgia é a concepção


da oferta formativa que deve propiciar o desenvolvimento das competências
identificadas no perfil profissional1.

Trata-se de uma decodificação de informações do mundo do trabalho para


o mundo da educação, traduzindo-se pedagogicamente as competências do
perfil profissional em competências básicas2 (fundamentos técnicos e
científicos), competências específicas3 (capacidades técnicas) e
competências de gestão4 (capacidades sociais, organizativas e
metodológicas).

1
O perfil profissional do Técnico em Metalurgia foi estabelecido no âmbito
do Comitê Técnico Setorial Nacional, com a utilização da Metodologia
SENAI para Elaboração de Perfis Profissionais com Base em
Competências.

2
Os fundamentos técnicos e científicos estão explicitados nos Conteúdos
Formativos das unidades curriculares. Ver Organização Interna das
Unidades Curriculares.

3
As capacidades técnicas estão explicitadas nos Conteúdos Formativos
das unidades curriculares. Ver Organização Interna das Unidades
Curriculares.

4
As capacidades sociais, organizativas e metodológicas estão explicitadas
nos Conteúdos Formativos das unidades curriculares. Ver Organização
Interna das Unidades Curriculares.

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás 27


Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

4.5. ITINERÁRIO DA HABILITAÇÃO DE TÉCNICO EM METALURGIA


Fonte: Itinerários Nacionais do SENAI DN

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás 28 28


Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

4.6. ORGANIZAÇÃO MODULAR DAS QUALIFICAÇÕES TÉCNICAS


E DO CURSO TÉCNICO EM METALURGIA

O itinerário formativo do Técnico em Metalurgia está estruturado em quatro módulos: um


básico e três específicos, num total de 1.300 horas de fase escolar.

O Módulo Básico - Fundamentos Técnicos e Científicos é formado pelas unidades


curriculares que permitem desenvolver as competências básicas e as competências de
gestão (capacidades sociais, organizativas e metodológicas) mais recorrentes. Este módulo
contempla todas as unidades de competência estabelecidas nos perfis profissionais dos
Técnicos em Metalurgia e será desenvolvido em 310 horas.

Os Módulos Específicos são formados pelas unidades curriculares que mantêm relação
com cada unidade de competência estabelecida no perfil profissional do Técnico em
Metalurgia. Foram denominados de:

Modulo Específico I – Processos Pirometalúrgicos;


Módulo Específico II – Processos Metalúrgicos;
Módulo Específico III – Projeto Integrador.

O Módulo Específico I – Processos Pirometalúrgicos – contempla as competências


específicas (capacidades técnicas) e as competências de gestão (capacidades sociais,
organizativas e metodológicas). Suas unidades curriculares serão somadas ao Módulo
Básico e desenvolvidas em 370 horas, totalizando 680 horas da Saída de Qualificação
Técnica de Controlador de Processos Pirometalúrgicos.

O Módulo Específico II – Processos Metalúrgicos – contempla as competências


específicas (capacidades técnicas) e as competências de gestão (capacidades sociais,
organizativas e metodológicas). Suas unidades curriculares serão somadas ao Módulo
Básico e ao Módulo Específico I e desenvolvidas em 380 horas, totalizando 1.060 horas da
Saída de Qualificação Técnica de Controlador de Processos hidrometalúrgicos.

O Módulo Específico III – Projeto Integrador – contempla as competências específicas


(capacidades técnicas) e as competências de gestão (capacidades sociais, organizativas e
metodológicas) relacionadas à todas as Unidades de Competências. Suas unidades
curriculares serão somadas aos Módulos Básico, Módulo Específico I e II, desenvolvidas em
240 horas, totalizando 1.300 horas de fase presencial.

A seguir são descritos na Matriz Curricular os módulos e as unidades curriculares previstos e


as respectivas cargas horárias.

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

4.7. MATRIZ CURRICULAR POR UNIDADE CURRICULAR DA


HABILITAÇÃO PROFISSIONAL DO TÉCNICO EM
METALURGIA
A carga horária da fase escolar totaliza 1.300 horas, em atendimento ao Catálogo Nacional
de Cursos Técnicos.
A seguir são descritos na Matriz curricular os módulos e as unidades curriculares previstos e
as respectivas cargas horárias.
CARGA
Base
Módulos UNIDADES CURRICULARES HORÁRIA
Legal TOTAL

Módulo Básico Comunicação e Expressão Técnica 80 h


Fundamentos
Desenho Técnico aplicado à Metalurgia 120 h
técnicos e científicos
310 horas Ciências Aplicadas 110 h
Módulo Especifico I Metalurgia 180 h
Processos
Resolução CNE nº 06, de 20 de setembro de2012

Pirometalúrgicos
Lei Federal nº 9394, de 20 de dezembro de 1996
Resolução CNE nº 03, de 09 de junho de2008

Processos Metalúrgicos e Térmicos 190 h


370 horas
Qualificação Técnica: Controlador de Processos
680 horas
Pirometalúrgicos
Módulo Especifico II
Processos Metalúrgicos e Mecânicos 190 h
Processos
Metalúrgicos
380 horas Processos e Tratamentos Metalúrgicos 190 h

Qualificação Técnica: Controlador de Processos


1.060 horas
Hidrometalúrgicos
Ensaios Metalúrgicos 90 h
Módulo Especifico III
Projeto Integrador Gestão de pessoas, qualidade,
100 h
ambiental e de produção
240 horas
Projeto Integrador 50 h

Carga horária de Fase Escolar 1.300 horas


Estágio Supervisionado ou Projeto Integrador 240 horas
Carga Horária Total do Técnico em Metalurgia 1.540 horas
6
Unidade curricular é a unidade pedagógica que compõe o currículo, constituída, numa visão interdisciplinar,
por conjuntos coerentes e significativos de fundamentos técnicos e científicos ou capacidades técnicas,
capacidades sociais, organizativas e metodológicas, conhecimentos, habilidades e atitudes profissionais,
independente em termos formativos e de avaliação durante o processo de aprendizagem.

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás 30


Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

4.8. ORGANIZAÇÃO INTERNA DAS UNIDADES CURRICULARES


Considerando a metodologia de formação com base em competências, as unidades curriculares são formadas pelos conteúdos formativos que
contemplam as competências básicas (fundamentos técnicos e científicos), as competências específicas (capacidades técnicas), as competências
de gestão (capacidades organizativas, sociais e metodológicas) e os conhecimentos.

Vale destacar que na organização interna das unidades curriculares estão definidos os ambientes pedagógicos, indicando os equipamentos,
máquinas, ferramentas, instrumentos e materiais, com a finalidade de subsidiar o planejamento das práticas pedagógicas.

Unidade Curricular: Comunicação e Expressão Técnica – 80 horas


Módulo Básico
Objetivo Geral:
Desenvolver os fundamentos técnicos e científicos necessários à elaboração de textos técnicos e trabalhos científicos, bem
como as funções cognitivas de comunicação oral, gráfica e virtual de acordo com normas técnicas, ambientais e de saúde e
segurança no trabalho e desenvolver capacidades organizativas, sociais e metodológicas necessárias ao contexto
profissional.
Unidade Curricular: Comunicação e Expressão Técnica: 80 horas
CONTEÚDO FORMATIVO

Capacidades Técnicas Conhecimentos


1. Ler e interpretar textos, inclusive os textos técnicos (especificações, normas, manuais, 1. Comunicação e Tipos de textos: Idéia
catálogos, livros, etc), inclusive em outros idiomas (42) principal e idéias secundárias; Vocabulário
2. Comunicar-se oralmente e por escrito (29) (sinônimos e antônimos); Técnicas de
3. Pesquisar em diversas fontes, inclusive em meio eletrônico (feiras, internet, resumo de textos; Parágrafo.
planejamento, biblioteca, catálogos, bancos de dados de instituições, etc.) (16) 2. Técnicas de interpretações de catálogos
4. Interpretar gráficos (4) técnicos: Técnicas de tradução; Pesquisa
5. Aplicar técnicas de elaboração de texto (4) vocabular.
6. Interpretar legislação trabalhista (1) 3. Relatórios: Tipos; Planos de trabalho;

31
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Comunicação e Expressão Técnica: 80 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
7. Utilizar recursos de informática (computador, impressora, scanner, etc.) (33) Aplicação de um relatório; Campos de um
8. Ler e interpretar desenho técnico (8) relatório.
9. Reconhecer simbologias aplicadas a desenho técnico (3) 4. Argumentação: Objetividade e concisão;
10. Desenhar em perspectiva (2) Esquemas de dissertação para temas da
11. Interpretar esquemas de máquinas Metalurgia; Descrição técnica de processos
12. Elaborar esquemas de leiaute Metalúrgicos.
13. Interpretar a qualidade de superfície no desenho do produto 5. Estrutura padrão de documentos técnicos:
14. Interpretar as tolerâncias dimensionais do desenho do produto Determinação do tipo de norma utilizada;
15. Interpretar as tolerâncias geométricas do desenho do produto Levantamento de normas; Roteiro de
16. Interpretar tabelas de dados para desenho pesquisa de normas técnicas;
17. Reconhecer tipos de cotagem 6. Editores de Texto;
18. Reconhecer escalas de ampliação e redução 7. Planilha eletrônica;
19. Utilizar instrumentos de desenho 8. Programas de apresentação multimídia;
20. Utilizar softwares de desenho técnico 9. Internet/intranet.
21. Apresentações de slides
22. Utilizar ferramentas específicas de informática
23. Navegar em sites de busca.
24. Fazer downloads de arquivos
25. configurar contas de e-mails e notícias.
26. Planilhas de cálculos
27. Elaborar textos

BIBLIOGRAFIA BÁSICA: (utilizada como Material Didático)


1 - COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO TÉCNICA - I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial: il. BRD – Banco de
Recursos Didáticos do SENAI Nacional - Livro Digital do SENAI Nacional.
2 - Literatura técnica; Manuais técnicos de fabricantes, Apostilas do BRD.

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Unidade Curricular: DESENHO TÉCNICO APLICADO À


METALURGIA – 120 horas
Módulo Básico
Objetivo Geral:
Desenvolver os fundamentos técnicos e científicos necessários para a leitura e interpretação de desenhos técnicos
aplicados aos processos metalúrgicos, bem como sua elaboração por meio de recursos computacionais, de acordo com
normas técnicas, ambientais e de saúde e segurança no trabalho e desenvolver capacidades organizativas, sociais e
metodológicas necessárias ao contexto profissional.

Unidade Curricular: Desenho Técnico aplicado à Metalurgia: 120 horas


CONTEÚDO FORMATIVO

Capacidades Técnicas Conhecimentos


1. Utilizar recursos de informática (computador, impressora, 1. Construções geométricas: Perpendicular, paralelo; Mediatriz; bissetriz;
scanner, etc.) (33) Divisão de segmento em partes iguais; Polígonos inscritos;
2. Ler e interpretar desenho técnico (8) Concordâncias.
3. Reconhecer simbologias aplicadas a desenho técnico (3) 2. Planos e sólidos geométricos: Ponto e reta; Superfície plana e figura
4. Desenhar em perspectiva (2) plana; Cubo, pirâmide, prisma, cilindro, cone e esfera.
5. Interpretar esquemas de máquinas 3. Perspectivas: Eixos isométricos de modelos.
6. Elaborar esquemas de leiaute 4. Projeção ortogonal: Figuras e sólidos geométricos em três planos;
7. Interpretar a qualidade de superfície no desenho do Linhas convencionais; Projeção ortogonal espacial.
produto 5. Escala: Natural, redução e ampliação.
8. Interpretar as tolerâncias dimensionais do desenho do 6. Cotagem: Elementos; Simbologia.
produto 7. Cortes: Corte total; Corte parcial; Meio corte; Corte composto; Seção.
9. Interpretar as tolerâncias geométricas do desenho do 8. Tolerâncias: Dimensionais; Ajustes ISO; Geométricas.
produto 9. Estado de superfície: Rugosidade.
10. Interpretar tabelas de dados para desenho 10. Elementos padronizados de máquinas: Roscas; Parafusos; Chavetas;
11. Reconhecer tipos de cotagem
33
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Desenho Técnico aplicado à Metalurgia: 120 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
12. Reconhecer escalas de ampliação e redução Polias; Engrenagens; Rolamentos; etc.
13. Utilizar instrumentos de desenho 11. Desenho de conjuntos: Lista de material; Funcionamento.
14. Utilizar softwares de desenho técnico 12. Softwares para auxílio a desenho (2D e 3D de superfície): Comandos;
Recursos de saída.
Capacidades sociais, organizativas e metodológicas 13. Periféricos

1. Demonstrar capacidade de organização (42)


2. Trabalhar em equipe (38)
3. Demonstrar visão sistêmica (29)
4. Demonstrar atenção a detalhes (27)
5. Manter relacionamento interpessoal (18)
6. Demonstrar atitude pró-ativa (13)
7. Demonstrar raciocínio lógico (11)
8. Demonstrar senso crítico (11)
9. Ser conciso (10)
10. Demonstrar senso de observação (10)

BIBLIOGRAFIA BÁSICA: (utilizada como Material Didático)


1 - DESENHO TÉCNICO APLICADO À METALURGIA - I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial: il. BRD – Banco de
Recursos Didáticos do SENAI Nacional - Livro Digital do SENAI Nacional.
2 - Literatura técnica; Manuais técnicos de fabricantes, Apostilas do BRD.

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Unidade Curricular: CIÊNCIAS APLICADAS – 110 horas


Módulo Básico
Objetivo Geral:
Desenvolver os fundamentos técnicos e científicos das áreas de ciências da natureza (química, física e matemática) e metrologia
requeridos para atuação em todos os processos metalúrgicos, de acordo com normas técnicas, ambientais e de saúde e segurança
no trabalho e desenvolver capacidades organizativas, sociais e metodológicas necessárias ao contexto profissional.
Unidade Curricular: Ciências Aplicadas: 110 horas

CONTEÚDO FORMATIVO

Capacidades Técnicas Conhecimentos

1. Realizar cálculos comuns (porcentagem, razão, proporção, área, Metrologia:


volume, perímetro, trigonometria,operações básicas, potenciação e 1. Régua graduada, metro e trena: Fundamentos;
radiciação, média, conjuntos numéricos) Nomenclatura; Tipos e características; Leitura e
2. Aplicar sistema internacional de medidas (temperatura, força, massa, funcionamento; Conservação.
2. Paquímetro e micrômetro: Fundamentos; Nomenclatura;
área, porcentagem, tração, umidade, eletricidade, etc.)
Tipos e características; Leitura e funcionamento;
3. Calcular tolerâncias
Conservação.
4. Realizar cálculos estatísticos (média, desvio padrão, amplitude etc.)
3. Goniômetro simples e goniômetro com nônio:
5. Realizar operações com notação horária (cálculos de unidades de Fundamentos; Nomenclatura; Tipos e características;
tempo – cálculo de horas, minutos, segundos) Leitura e funcionamento; Conservação.
6. Calcular grandezas elétricas (tensão, corrente, potência, etc.) 4. Relógio comparador e relógio apalpador: Fundamentos;
7. Calcular grandezas físicas (área, volume, etc.) Nomenclatura; Tipos e características; Leitura e
8. Converter unidades em diversos sistemas de medidas funcionamento; Conservação.
9. Converter grandezas físicas 5. Gabaritos e verificadores: Fundamentos; Tipos e
10. Identificar características dos instrumentos de medição utilizados em características; Conservação; Aplicação.
processos metalúrgicos 6. Rugosímetro: Fundamentos; Tipos e características;
11. Identificar controles dimensionais Parâmetros; Conservação; Aplicação.
12. Identificar controles visuais 7. Erros de forma e posição: Tipos e características;
Aplicação; Formas de medição.
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Unidade Curricular: Ciências Aplicadas: 110 horas

CONTEÚDO FORMATIVO
13. Identificar unidades de grandeza (pressão, vazão etc.) 8. Erros de medição: Variação de temperatura; Paralaxe;
14. Identificar grandezas físicas (tensão, temperatura, esforço) Força de medição; Complexidade da peça.
15. Identificar produtos químicos 9. Projetor de perfil: Tipos e características; Aplicação;
16. Identificar reações químicas Conservação.
17. Identificar soluções químicas 10. Sistema de tolerância ISO: Importância da normalização;
18. Identificar substâncias químicas Dimensões; Leitura e interpretação de tabelas.
11. Outros instrumentos de medição: Termômetro; Balança;
19. Medir grandezas elétricas (potência, tensão, intensidade de corrente,
Dinamômetro; Multímetro; Torquímetro; Higrômetro;
etc.)
Pirômetro.
20. Medir por meio de instrumentos de medição (paquímetro, micrômetro,
trena, termômetros, pirômetros) Química:
21. Interpretar gráficos 1. Produtos químicos: Estados físicos da matéria;
22. Elaborar gráficos Substâncias puras e misturas; Caracterização de uma
23. Interpretar planilhas substância; Métodos clássicos e instrumentais de análises
24. Elaborar planilhas, inclusive em meio eletrônico químicas.
25. Interpretar resultados de cálculos (área, força, estatísticos) 2. Reações Químicas: Equação química; Balanceamento de
equação química; Fórmulas químicas; Cálculo
Capacidades sociais, organizativas e metodológicas estequiométrico; Tipos de reação química; Equilíbrio
1. Demonstrar capacidade de organização (42) químico; Deslocamento de equilíbrio químico.
2. Trabalhar em equipe (38) 3. Soluções Químicas: Conceito; Partes Constituintes; Tipos;
3. Ter visão sistêmica (29) Concentração; Propriedades; Preparo; Diluição.
4. Demonstrar atenção a detalhes (27)
5. Demonstrar atitude ética (19) Matemática
6. Manter relacionamento interpessoal (18) 1. Conjuntos numéricos
7. Demonstrar atitude pró-ativa (13) 2. Operações em conjuntos: Naturais; Inteiros; Racionais;
8. Demonstrar raciocínio lógico (11) Reais.
9. Demonstrar senso crítico (11) 3. Equações e Inequações: Primeiro Grau; Segundo Grau.
10. Demonstrar senso de observação (10) 4. Funções: Primeiro Grau; Segundo Grau (quadráticas)
5. Razão e proporção: Grandezas diretamente proporcionais;
11. Ser conciso (10)
Grandezas inversamente proporcionais
12. Saber ouvir (10)
6. Sistemas de medidas: Unidades de medidas e
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Ciências Aplicadas: 110 horas

CONTEÚDO FORMATIVO
13. Demonstrar capacidade de comunicação (8) transformações; Comprimento; Massa; Temperatura;
14. Ter consciência prevencionista (8) Tempo.
7. Geometria: Figuras planas regulares; Sólidos.
8. Trigonometria: Relações trigonométricas no triângulo;
Seno; Cosseno; Tangente.
9. Estatística básica: Conceitos; Média; Desvio padrão;
Distribuições.
Física
1. Mecânica: Cinemática; Dinâmica; Gravitação Universal.
2. Termologia: Termometria; Estudo dos Gases; Calorimetria;
Termodinâmica.
3. Eletromagnetismo: Eletrostática; Campo Magnético; Indução
Magnética; Eletrodinâmica.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA: (utilizada como Material Didático)


1 – CIÊNCIAS APLICADAS - I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial: il. BRD – Banco de Recursos Didáticos do
SENAI Nacional - Livro Digital do SENAI Nacional.
2 - Literatura técnica; Manuais técnicos de fabricantes, Apostilas do BRD.

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás
Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: METALURGIA – 180 horas


Módulo Específico I
Objetivo Geral:
Desenvolver os fundamentos técnicos e científicos necessários para a compreensão dos fenômenos e processos metalúrgicos e de
transformação de semi-acabados, bem como suas formas de controle, de acordo com normas técnicas, ambientais e de saúde e
segurança no trabalho e desenvolver capacidades organizativas, sociais e metodológicas necessárias ao contexto profissional.

Unidade Curricular: Metalurgia : 180 horas


CONTEÚDO FORMATIVO

Capacidades Técnicas Conhecimentos


1. Identificar propriedades físicas dos materiais (31) 1. Metalurgia: Descobrimento dos
2. Identificar propriedades mecânicas dos materiais (31) metais; Evolução.
3. Identificar propriedades metalúrgicas dos materiais (31) 2. Materiais de engenharia:
4. Identificar propriedades químicas dos materiais (31) Classificação; Seleção de materiais;
5. Distinguir os processos metalúrgicos (27) Características do produto a ser
6. Identificar equipamentos de acordo com o processo metalúrgico (24) obtido.
7. Diferenciar materiais metalúrgicos (23)
3. Propriedades dos materiais de
8. Distinguir os ensaios aplicados aos produtos metalúrgicos (destrutivos e não destrutivos) (13)
engenharia: Mecânicas; térmicas;
9. Consultar literatura técnica (5)
10. Identificar processos metalúrgicos (2) físicas; químicas; elétricas; óticas;
11. Descrever características das matérias primas magnéticas; custo.
12. Identificar diferentes parâmetros associados aos processos metalúrgicos 4. Processos metalúrgicos: Metalurgia
13. Identificar elementos químicos extrativa; Metalurgia produtiva;
14. Identificar máquinas e equipamentos utilizados em processos metalúrgicos Aplicações.
15. Identificar etapas dos processos metalúrgicos 5. Estrutura dos metais: Ligação
16. Identificar operações de produção (ensaios, soldagem, tratamento térmico, fundição, metálica; Estrutura cristalina;
conformação mecânica, usinagem) Difusão; Mecanismos de
17. Identificar tipos de defeitos metalúrgicos deformação.

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás
Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Metalurgia : 180 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
18. Pesquisar novas tecnologias 6. Solidificação dos metais: Metal puro;
19. Conhecer situações relativas a processos e produtos levantadas pela equipe Ligas metálicas; Tipos de solução.
20. Conhecer disponibilidade de equipamentos 7. Diagramas de equilíbrio: Metais
21. Descrever melhorias sobre o trabalho completamente solúveis; Metais
22. Descrever alteração na folha de processo parcialmente solúveis; Combinações
23. Registrar fatores de influências (temperatura, umidade)
intermetálicas.
24. Requisitar manutenção de máquinas e equipamentos (2)
8. Fundamentos e processos de
25. Utilizar EPI e EPC (4)
conformação mecânica de produtos
Capacidades Sociais, Organizativas e Metodológicas semi acabados.
1. Demonstrar capacidade de organização (42)
2. Trabalhar em equipe (38)
3. Ter visão sistêmica (29)
4. Demonstrar atenção a detalhes (27)
5. Demonstrar senso de observação (10)
6. Manter relacionamento interpessoal (18)
7. Demonstrar atitude ética (19)
8. Demonstrar raciocínio lógico (11)
9. Demonstrar senso crítico (11)
10. Ser conciso (10)
11. Ser conciso na comunicação (4)
12. Demonstrar capacidade de comunicação (8)
13. Demonstrar atitude pró-ativa (13)
14. Ter consciência prevencionista (8)
15. Saber ouvir (10)
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: (utilizada como Material Didático)
1 - METALURGIA - I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial: il. BRD – Banco de Recursos Didáticos do SENAI Nacional - Livro
Digital do SENAI Nacional.
2 - Literatura técnica; Manuais técnicos de fabricantes, Apostilas do BRD.

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás
Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: PROCESSOS METALÚRGICOS E


TÉRMICOS – 190 horas
Módulo Específico I
Objetivo Geral:
Desenvolver capacidades técnicas que permitem caracterizar e operacionalizar os processos produtivos metalúrgicos e térmicos, de
acordo com normas técnicas, ambientais e de saúde e segurança no trabalho e desenvolver as capacidades sociais, organizativas e
metodológicas necessárias ao contexto profissional.
Unidade Curricular: Processos Metalúrgicos e Térmicos 190 horas
CONTEÚDO FORMATIVO

Capacidades Técnicas Conhecimentos

1. Aplicar normas técnicas e regulamentadoras 1. Siderurgia geral: Preparação de


2. Adotar ações corretivas e preventivas nos processos metalúrgicos com relação a (2): matérias primas siderúrgicas, alto
 Parâmetros dos processos forno e seus periféricos, aciaria e
 Máquinas e equipamentos lingotamento.
3. Ajustar a folha de processo a partir das informações da equipe 2. Fundição: Fundamentos;
4. Analisar situações relativas a processos e produtos levantadas pela equipe Processos; Modelação;
5. Avaliar disponibilidade de equipamentos Equipamentos para Fundição;
6. Avaliar disponibilidade de mão de obra Moldagem e macharia;
7. Avaliar disponibilidade de materiais e insumos 3. Soldagem: Fundamentos;
8. Avaliar os dados obtidos do processo Processos; Metalurgia da
9. Avaliar os parâmetros do processo soldagem; Controle de qualidade
10. Efetivar medidas de correções de desvios propostos na soldagem.
11. Elaborar relatório de melhorias 4. Processos de corte térmico;
12. Encaminhar produtos defeituosos para recuperação
13. Encaminhar produtos para análise ou ensaio

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás
Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Processos Metalúrgicos e Térmicos 190 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
14. Especificar materiais das ferramentas
15. Fornecer informações técnicas sobre:
 capacidade de máquina;
 frequência de utilização de máquinas e equipamentos;
 operação de máquinas e equipamentos;
 principais problemas observados durante a operação.
16. Executar ajustes em máquinas e equipamentos promovendo intervenções (2)
17. Implementar ações para o cumprimento dos procedimentos relativos à instrução de trabalho e
normas técnicas
18. Implementar ações para operacionalização e execução da folha de processo:
 Consultar programa de produção
 Cumprir metas estabelecidas na folha de processos
 Acompanhar execução da folha de processo (2)
19. Interpretar documentos de produção
20. Interpretar planejamento e controle da produção
21. Monitorar a operação de máquinas e equipamentos (3)
22. Interpretar a instrução de trabalho (2)
23. Operar máquinas e equipamentos de fundição
24. Operar máquinas e equipamentos de soldagem
25. Operar máquinas e equipamentos de corte térmico
26. Preparar máquinas e equipamentos (4)
27. Preparar matéria prima
28. Propor manutenção em caso de desvios de funcionalidade de máquinas e equipamentos
29. Propor melhorias sobre o trabalho
30. Propor alteração de materiais
31. Propor alteração de produtos
32. Propor alterações de parâmetros de processos
33. Propor alteração na folha de processo

41
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás
Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Processos Metalúrgicos e Térmicos 190 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
34. Propor correções nas instruções de trabalho
35. Realizar limpeza e lubrificações em máquinas e equipamentos (3)
36. Registrar fatores de influências (temperatura, umidade)
37. Requisitar insumos
38. Requisitar manutenção de máquinas e equipamentos (2)
39. Seguir procedimentos de manutenção durante a operação de máquinas e equipamentos
40. Seguir procedimentos de operação de máquinas e equipamentos
41. Subsidiar o PCP com dados do sistema produtivo para o replanejamento
42. Utilizar EPI e EPC (4)
43. Verificar as condições de funcionamento e operação de máquinas e equipamentos

BIBLIOGRAFIA BÁSICA: (utilizada como Material Didático)


1 - PROCESSOS METALÚRGICOS E TÉRMICOS - I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial: il. BRD – Banco de
Recursos Didáticos do SENAI Nacional - Livro Digital do SENAI Nacional.
2 - Literatura técnica; Manuais técnicos de fabricantes, Apostilas do BRD.

42
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás
Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: PROCESSOS METALÚRGICOS E


MECÂNICOS – 190 horas
Módulo Específico II
Objetivo Geral:
Desenvolver capacidades técnicas que permitem caracterizar e operacionalizar os processos produtivos metalúrgicos e mecânicos, de
acordo com normas técnicas, ambientais e de saúde e segurança no trabalho e desenvolver as capacidades sociais, organizativas e
metodológicas necessárias ao contexto profissional.

Unidade Curricular: Processos Metalúrgicos e Mecânicos 190 horas


CONTEÚDO FORMATIVO

Capacidades Técnicas Conhecimentos

1. Aplicar normas técnicas e regulamentadoras 1. Conformação Mecânica de produtos


2. Adotar ações corretivas e preventivas nos processos metalúrgicos com relação a (2): acabados.
 Parâmetros dos processos 2. Fundição dos metais ferrosos e não
 Máquinas e equipamentos ferrosos; Análises laboratoriais.
3. Ajustar a folha de processo a partir das informações da equipe 3. Usinagem convencional e CNC:
4. Analisar situações relativas a processos e produtos levantadas pela equipe Fundamentos, ferramentas, parâmetros e
5. Avaliar disponibilidade de equipamentos processos.
6. Avaliar disponibilidade de mão de obra 4. Fundamentos da robótica: Tipos de
7. Avaliar disponibilidade de materiais e insumos robôs, aplicações, linguagens de
8. Avaliar os dados obtidos do processo programação.
9. Avaliar os parâmetros do processo
10. Efetivar medidas de correções de desvios propostos
11. Elaborar relatório de melhorias
12. Encaminhar produtos defeituosos para recuperação
13. Encaminhar produtos para análise ou ensaio
43
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás
Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Processos Metalúrgicos e Mecânicos 190 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
14. Especificar materiais das ferramentas
15. Fornecer informações técnicas sobre:
 capacidade de máquina;
 frequência de utilização de máquinas e equipamentos;
 operação de máquinas e equipamentos;
 principais problemas observados durante a operação.
16. Executar ajustes em máquinas e equipamentos promovendo intervenções (2)
17. Implementar ações para o cumprimento dos procedimentos relativos à instrução de
trabalho e normas técnicas
18. Implementar ações para operacionalização e execução da folha de processo:
 Consultar programa de produção
 Cumprir metas estabelecidas na folha de processos
 Acompanhar execução da folha de processo (2)
19. Interpretar documentos de produção
20. Interpretar planejamento e controle da produção
21. Monitorar a operação de máquinas e equipamentos (3)
22. Interpretar a instrução de trabalho (2)
23. Operar máquinas e equipamentos de conformação Mecânica
24. Operar máquinas e equipamentos de fundição
25. Operar máquinas e equipamentos de usinagem
26. Utilizar processos técnicos e operacionais para a elaboração das programações dos
robôs
27. Reconhecer os tipos, funções e técnicas de linguagens de programação aplicaveis à
robótica
28. Operar máquinas e equipamentos robóticos
29. Preparar máquinas e equipamentos (4)
30. Preparar matéria prima
31. Propor manutenção em caso de desvios de funcionalidade de máquinas e

44
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás
Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Processos Metalúrgicos e Mecânicos 190 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
equipamentos
32. Propor melhorias sobre o trabalho
33. Propor alteração de materiais
34. Propor alteração de produtos
35. Propor alterações de parâmetros de processos
36. Propor alteração na folha de processo
37. Propor correções nas instruções de trabalho
38. Realizar limpeza e lubrificações em máquinas e equipamentos (3)
39. Registrar fatores de influências (temperatura, umidade)
40. Requisitar insumos
41. Requisitar manutenção de máquinas e equipamentos (2)
42. Seguir procedimentos de manutenção durante a operação de máquinas e
equipamentos
43. Seguir procedimentos de operação de máquinas e equipamentos
44. Subsidiar o PCP com dados do sistema produtivo para o replanejamento
45. Utilizar EPI e EPC (4)
46. Verificar as condições de funcionamento e operação de máquinas e equipamentos
47. Dimensionar a redução e a largura de chapas para laminação

BIBLIOGRAFIA BÁSICA: (utilizada como Material Didático)


1 - PROCESSOS METALÚRGICOS E MECÂNICOS - I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial: il. BRD – Banco de
Recursos Didáticos do SENAI Nacional - Livro Digital do SENAI Nacional.
2 - Literatura técnica; Manuais técnicos de fabricantes, Apostilas do BRD.

45
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: PROCESSOS E TRATAMENTOS


METALÚRGICOS – 190 horas
Módulo Específico II
Objetivo Geral:
Desenvolver capacidades técnicas que permitem caracterizar e operacionalizar os processos produtivos e tratamentos metalúrgicos,
de acordo com normas técnicas, ambientais e de saúde e segurança no trabalho e desenvolver as capacidades sociais, organizativas
e metodológicas necessárias ao contexto profissional.
Unidade Curricular: Processos e Tratamentos Metalúrgicos 190 horas
CONTEÚDO FORMATIVO

Capacidades Técnicas Conhecimentos

1. Aplicar normas técnicas e regulamentadoras 1. Normas técnicas, ambientais e de


2. Adotar ações corretivas e preventivas nos processos metalúrgicos com relação a segurança; Impacto ambiental provocado
(2): pelos subprodutos da metalurgia. Riscos e
 Parâmetros dos processos prevenção de acidentes no trabalho.
 Máquinas e equipamentos 2. Tratamentos Térmicos: Tratamentos
3. Ajustar a folha de processo a partir das informações da equipe termofísicos; Tratamentos termoquímicos;
4. Analisar situações relativas a processos e produtos levantadas pela equipe Normas; Tratamento térmico de não
5. Avaliar disponibilidade de equipamentos ferrosos; Novos processos e tendências.
6. Avaliar disponibilidade de mão de obra 3. Tratamento de Superfície: Fundamentos;
7. Avaliar disponibilidade de materiais e insumos Pré-tratamento; Processos.
8. Avaliar os dados obtidos do processo 4. Projeto de fundição: Sistema de
9. Avaliar os parâmetros do processo alimentação e simulação
10. Efetivar medidas de correções de desvios propostos 5. Não conformidades: Defeitos decorrentes
11. Elaborar relatório de melhorias de processos de fabricação.
12. Encaminhar produtos defeituosos para recuperação
46
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Processos e Tratamentos Metalúrgicos 190 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
13. Encaminhar produtos para análise ou ensaio
14. Especificar materiais das ferramentas
15. Fornecer informações técnicas sobre:
 capacidade de máquina;
 frequência de utilização de máquinas e equipamentos;
 operação de máquinas e equipamentos;
 principais problemas observados durante a operação.
16. Executar ajustes em máquinas e equipamentos promovendo intervenções (2)
17. Implementar ações para o cumprimento dos procedimentos relativos à instrução
de trabalho e normas técnicas
18. Implementar ações para operacionalização e execução da folha de processo:
 Consultar programa de produção
 Cumprir metas estabelecidas na folha de processos
 Acompanhar execução da folha de processo (2)
19. Interpretar documentos de produção
20. Interpretar planejamento e controle da produção
21. Monitorar a operação de máquinas e equipamentos (3)
22. Interpretar a instrução de trabalho (2)
23. Operar máquinas e equipamentos de fundição
24. Calcular e simular sistemas de alimentação para fundição
25. Operar máquinas e equipamentos de tratamento térmico
26. Preparar máquinas e equipamentos (4)
27. Preparar matéria prima
28. Propor manutenção em caso de desvios de funcionalidade de máquinas e
equipamentos
29. Propor melhorias sobre o trabalho
30. Propor alteração de materiais
31. Propor alteração de produtos

47
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Processos e Tratamentos Metalúrgicos 190 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
32. Propor alterações de parâmetros de processos
33. Propor alteração na folha de processo
34. Propor correções nas instruções de trabalho
35. Realizar limpeza e lubrificações em máquinas e equipamentos (3)
36. Registrar fatores de influências (temperatura, umidade)
37. Requisitar insumos
38. Requisitar manutenção de máquinas e equipamentos (2)
39. Seguir procedimentos de manutenção durante a operação de máquinas e
equipamentos
40. Seguir procedimentos de operação de máquinas e equipamentos
41. Subsidiar o PCP com dados do sistema produtivo para o replanejamento
42. Utilizar EPI e EPC (4)
43. Verificar as condições de funcionamento e operação de máquinas e equipamentos

BIBLIOGRAFIA BÁSICA: (utilizada como Material Didático)


1 – PROCESSOS E TRATAMENTOS METALÚRGICOS - I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial: il. BRD – Banco de
Recursos Didáticos do SENAI Nacional - Livro Digital do SENAI Nacional.
2 - Literatura técnica; Apostilas; Kits didáticos de geologia; Kits didáticos de rochas geológicas.

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: ENSAIOS METALÚRGICOS – 90 horas


Módulo Específico III
Objetivo Geral:
Desenvolver capacidades técnicas que permitem a realização de ensaios metalúrgicos tendo em vista o controle da qualidade dos
processos e produtos metalúrgicos, de acordo com normas técnicas, ambientais e de saúde e segurança no trabalho e desenvolver
capacidades organizativas, sociais e metodológicas necessárias ao contexto profissional.
Unidade Curricular: Ensaios Metalúrgicos: 90 horas
CONTEÚDO FORMATIVO

Capacidades Técnicas Conhecimentos

1. Aplicar normas técnicas e regulamentadoras (6) Ensaios Metalúrgicos


2. Aplicar ferramentas da qualidade (2)
 Ensaio Metalográfico: Fundamentos;
3. Identificar fatores que impactam no meio ambiente (resíduos, poluentes, tóxicas, Aplicação; Tipos; Preparação de corpos de
etc.) prova; Análise de inclusões; Ensaio
4. Avaliar variações estatísticas de relatórios e pareceres macrográfico e micrográfico em juntas
5. Caracterizar defeitos metalúrgicos soldadas; Defeitos visuais; Conceitos físico
6. Identificar causas das variações causais químicos aplicados; Aços; Ferros fundidos;
Alumínio; Cobre; Análise e Interpretação de
7. Identificar os pontos de falhas em relação à produção, ferramental, processo e aos estruturas metalográficas dos aços, ferros
materiais fundidos, ligas de alumínio e ligas de cobre.
8. Identificar problemas apontados nos relatórios e pareceres
 Ensaios Destrutivos: Fundamentos;
9. Identificar setores envolvidos no processo de correção de falhas Aplicações; Propriedades mecânicas dos
10. Propor ações de melhoria, corretivas e preventivas por meio de relatórios de materiais; Ensaio de tração convencional;
análise da situação problema (4) Ensaio de Compressão; Ensaio de
11. Realizar análise crítica dos dados obtidos Cisalhamento; Ensaio de Dobramento e
12. Coletar dados dos ensaios (2) Flexão; Ensaio de Embutimento; Ensaio de
Torção; Ensaios de Dureza; Ensaio de
13. Comparar resultado dos ensaios com padrões, especificações, catálogos técnicos, Fluência; Ensaio de Fadiga; Ensaio de
procedimentos e normas técnicas (8) Impacto; Normas Técnicas.
49
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Ensaios Metalúrgicos: 90 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
14. Conservar amostras  Ensaios Não Destrutivos: Preparação de
15. Controlar os fatores de influência do ensaio corpos de prova; Ensaios visuais; Líquidos
16. Elaborar conclusão técnica dos ensaios penetrantes; Partículas magnéticas; Ensaio
17. Elaborar roteiros de trabalho para execução de ensaios (2) por ultra-som; Ensaio radiográfico; Normas
18. Estabelecer metodologia de ensaio conforme a instrução de trabalho técnicas e de segurança; Ensaios não
destrutivos não convencionais.
19. Executar ensaios conforme instrução de trabalho (3)
20. Identificar equipamentos, de acordo com os ensaios necessários Química Analítica (60)
21. Identificar tipos de ensaios metalúrgicos 1. Produtos químicos: Substâncias
22. Manter a confidencialidade das informações inflamáveis; Substâncias tóxicas e
23. Manter arquivo de registros (dados, relatórios) para garantir a sua confiabilidade e asfixiantes; Embalagens para produtos
químicos; Interpretação de rótulos de
a rastreabilidade do ensaio e da inspeção, conforme norma técnica (2)
produtos químicos; Rotulagem e
24. Manusear dados dos ensaios armazenagem de substâncias preparadas
25. Operar equipamentos de ensaios metalúrgicos em laboratório e de resíduos gerados;
26. Preparar de corpo de provas (11) Manuseio, armazenagem e transporte de
27. Preparar produtos químicos produtos químicos.
28. Relacionar resultados dos ensaios com condições de realização dos mesmos 2. Volumetria: Neutralização; Precipitação.
29. Relacionar resultados dos ensaios com materiais metalúrgicos (matéria-prima, 3. Potenciometria: Permanganometria;
peça final, etc.) Iodometria.
30. Relacionar resultados dos ensaios com propriedades dos materiais metalúrgicos 4. Condutividade.
31. Requisitar calibrações de padrões
Análise Química Quantitativa: Análise
32. Selecionar os padrões físicos de referência adequados ao parecer técnico (2)
Clássica para Ferrosos; Análise Clássica
33. Separar insumos para execução de ensaios para Não-Ferrosos; Análise Instrumental
34. Sintetizar informações de ensaios e de processos
35. Utilizar critérios das especificações técnicas e normativos na emissão do parecer
técnico (2)
36. Utilizar vidrarias de laboratório para manipulação de produtos químicos (2)
37. Verificar a pertinência das instruções de trabalho aos ensaios
38. Verificar calibração de equipamentos de ensaios (2)

50
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Ensaios Metalúrgicos: 90 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
39. Analisar os critérios de qualidade do processo e do produto baseados nos dados
de produção (2)
40. Associar a morfologia de estruturas com o resultado do processamento
41. Comparar os limites de especificação com os limites de controle
42. Elaborar fluxograma de processo
43. Elaborar relatório de análise com documentação técnica (fotos, gráficos, tabelas,
etc) (2)
44. Implementar controle estatístico de processo
45. Relacionar os dados de relatórios e pareceres ao processo metalúrgico (2)
46. Avaliar a eficiência dos padrões físicos de referência, propondo ajustes ou
alternativas a eles
47. Avaliar a freqüência de controle de produção
48. Avaliar ciclo de vida dos produtos
49. Avaliar os pontos de controle de produção
50. Comparar especificações técnicas de produto com os dados obtidos na produção
51. Comparar parâmetros de processo com os dados de produção
52. Elaborar croquis (3)
53. Utilizar EPI e EPC
54. Utilizar terminologia técnica (2)
55. Avaliar gráficos e tabelas (2)

BIBLIOGRAFIA BÁSICA: (utilizada como Material Didático)


1 - ENSAIOS METALÚRGICOS - I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial: il. BRD – Banco de Recursos Didáticos do
SENAI Nacional - Livro Digital do SENAI Nacional.
2 - Literatura técnica; Apostilas; Kits didáticos de topografia; Softwares específicos para projetos topográficos.

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: GESTÃO DE PESSOAS, QUALIDADE,


AMBIENTAL, E DE PRODUÇÃO – 100 horas
Módulo Específico I
Objetivo Geral:
Desenvolver capacidades técnicas relativas à gestão de pessoas, qualidade, meio ambiente e processos produtivos metalúrgicos, de
acordo com normas técnicas, ambientais e de saúde e segurança no trabalho e desenvolver as capacidades sociais, organizativas e
metodológicas necessárias ao contexto profissional..
Unidade Curricular: Gestão de pessoas, qualidade, ambiental, e de produção: 100 horas
CONTEÚDO FORMATIVO

Capacidades Técnicas Conhecimentos


1. Ajustar volumes de produção de acordo com o planejado versus real 1. Administração da Produção: Conceito;
Histórico; Evolução da Administração da
2. Analisar as causas de retrabalhos e de desvios dos processos (2)
Produção e Operações (APO); Funções
3. Analisar certificados de calibração gerenciais na APO; Sistema de Produção;
4. Analisar leiaute (2) Tipos de sistemas de produção.
5. Analisar o programa de produção 2. Programação e Controle da Produção:
6. Analisar os registros de não conformidades (RNC) Definição; Natureza da demanda e do
7. Aplicar ferramentas da qualidade fornecimento; Tarefas de planejamento e
controle; JIT / Kanban, MRP-II, OPT, ERP;
8. Aplicar normas técnicas, ambientais, de saúde e segurança do trabalho (11) Balanceamento da produção.
9. Assegurar a calibração de máquinas e equipamentos, efetuando ou controlando: 3. Materiais: Estoques; Movimentação de
10. Avaliar máquinas e equipamentos (6) quanto à capacidade e sequência produtiva, materiais.
eficiência e condições de operação 4. Custos: Diretos; Indiretos; Margem de
11. Avaliar a disponibilidade de matéria prima e de recursos humanos (2) contribuição; Ponto de equilíbrio.
12. Avaliar a influência da matéria prima 5. Gestão da manutenção: Planejamento e
13. Avaliar a influência da operação do ferramental pelo operador Controle; Manutenção da produção e a
14. Avaliar adequação das instalações previsão de incertezas; Tipos de

52
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Gestão de pessoas, qualidade, ambiental, e de produção: 100 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
15. Avaliar aplicabilidade de novas tecnologias Manutenção:
16. Avaliar as propriedades metalúrgicas do ferramental 6. Qualidade: Fundamentos; Filosofia;
17. Avaliar aspectos e impactos ambientais e de segurança (7) Política; Sistemas da Qualidade;
Produtividade.
18. Avaliar dados de produto (produtividade, porcentagem de perda, refugos, etc.)
7. Normalização de laboratórios: Normas ISO.
19. Avaliar desvio de produção (2)
8. Calibração: Finalidade; Tipos; Normas
20. Avaliar gargalos de produção
aplicáveis.
21. Avaliar os dados coletados da produção
9. Padrões de ensaios: Finalidades; Tipos;
22. Avaliar pontos de controle e inspeção Validade; Rastreabilidade; Verificação.
23. Calcular os limites de controle 10. Gestão ambiental: Conscientização
24. Comparar limites de especificação com os obtidos na produção Ambiental; O homem e o meio ambiente -
25. Comparar os níveis de produção programados (cronograma de produção) com a Sustentabilidade; Impacto ambiental de
capacidade instalada resíduos.
26. Consultar manuais de máquinas e equipamentos 11. Gestão por riscos: Definições;
27. Consultar padrões de referências Ferramentas; Análises.
28. Consultar relatórios de desvios de produção 12. coordenação de equipes
13. administração de conflito
29. Controlar atuação dos membros da equipe 14. administração do tempo
30. Controlar os tempos da produção 15. ; relações interpessoais e intrapessoais
31. Diagnosticar necessidade de troca de peças 16. ética e cidadania,
32. Elaborar cálculos de perdas e produtividade 17. recrutamento e seleção;
18. responsabilidade social
33. Elaborar instruções de operações de máquinas e equipamentos 19. direito e legislação
34. Elaborar padrões de referências 20. psicologia das relações humanas
35. Elaborar relatório de produção (3): 21. políticas de avaliação,
 Fazer apontamentos dos parâmetros de máquinas e equipamentos 22. remuneração e benefícios
 Fazer apontamentos dos parâmetros de produção 23. saúde e segurança no trabalho.
 Registrar tempos de produção (h/homem, h/máquina) 24. Qualidade total: histórico, filosofia,
 Registrar volumes de perdas conceitos e evolução;
 Registrar volumes de produção 25. Normas ISO 9000
26. Ferramentas da Qualidade: Ciclo PDCA,
53
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Gestão de pessoas, qualidade, ambiental, e de produção: 100 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
36. Emitir relatórios de não conformidade CCQ, 5S, MASP;
37. Executar manutenção em máquinas e equipamentos (2) 27. Introdução ao Meio Ambiente
38. Fazer inspeção metrológica na ferramenta e no produto 28. Resíduos de fundição (areia, gases, poeira,
39. Fazer inspeção visual na ferramenta e no produto escórias),
40. Identificar as funções da equipe, de acordo com organograma da empresa 29. Resíduos de galvanoplastia (efluentes
líquidos e sólidos),
41. Identificar prioridades da produção
30. resíduos de tratamento térmico (efluentes
42. Informar o PCP sobre a necessidade de replanejamento
líquidos e sais de cementação);
43. Informar sobre tipos e formas de descartes de resíduos
31. Normas ISO 14000.
44. Interpretar gráficos de controle
45. Operar máquinas e equipamentos de ensaios
46. Pesquisar normas técnicas
47. Planejar manutenção quanto a:
 documentação;
 elaboração de cronograma;
 prevenção de falhas;
 materiais e equipamentos;
 mão-de-obra;
 necessidade de tercerização.
48. Preparar máquinas e equipamentos
49. Propor contratação de recursos humanos
50. Remanejar recursos humanos conforme necessidade
51. Solucionar conflitos dentro da equipe
52. Calcular custos
53. Elaborar cronogramas
54. Identificar perfis ocupacionais para adequar o treinamento
55. Interpretar procedimentos de trabalho
56. Utilizar ferramentas de estatísticas

54
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás
Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Gestão de pessoas, qualidade, ambiental, e de produção: 100 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
57. Utilizar ferramentas da qualidade
58. Identificar métodos de controle de qualidade
59. Identificar sistemas normativos de qualidade
60. Diferenciar os tipos de ferramentas da qualidade
61. Identificar controle estatístico de processos
62. Identificar diversos sistemas normativos nacionais e internacionais
63. Planejar e desenvolver a qualificação da equipe de trabalho
64. Interpretar políticas e estratégias de valorização dos recursos humanos
65. Administrar conflitos.
66. Executar rotinas de departamento de pessoal (pesquisa, integração, folha de
pagamento, tributos e benefícios)
67. Prestar serviços de comunicação,
68. liderança, motivação;
69. Formar equipes e desenvolver pessoal;
70. Orientar quanto à importância da segurança no trabalho e da saúde ocupacional.
71. Aplicar ferramentas da qualidade;
72. Selecionar a melhor ferramenta de acordo com o processo;
73. Promover melhorias através da aplicação das ferramentas da qualidade;
74. Gerenciar o processo através de ferramentas de controle da qualidade.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA: (utilizada como Material Didático)


1 - GESTÃO DE PESSOAS, QUALIDADE, AMBIENTAL, E DE PRODUÇÃO - I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial: il.
BRD – Banco de Recursos Didáticos do SENAI Nacional - Livro Digital do SENAI Nacional.
2 - Literatura técnica; Apostilas; Kits didáticos de mineralogia; Softwares específicos para estudos minerais.

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás
Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: PROJETO INTEGRADOR – 50 horas


Módulo Específico I
Objetivo Geral:
Desenvolver capacidades técnicas relativas à elaboração de projetos metalúrgicos, de acordo com normas técnicas, ambientais e de
saúde e segurança no trabalho e desenvolver as capacidades sociais, organizativas e metodológicas necessárias ao contexto
profissional..
Unidade Curricular: Projeto Integrador: 50 horas
CONTEÚDO FORMATIVO

Capacidades Técnicas Conhecimentos

1. Pesquisar normas técnicas  Metodologia do trabalho científico


2. Selecionar normas técnicas aplicáveis ao controle  Projeto: Definição; Características;
3. Avaliar conformidade do projeto à norma Análise da viabilidade; Concepção.
4. Relacionar conteúdo da norma técnica ao projeto  Planejamento do projeto: Proposição
5. Selecionar normas técnicas aplicáveis ao projeto do objetivo; Coleta de dados; Análise
6. Avaliar a adequação das instalações existentes ao projeto de dados; Elaboração de cronograma
7. Avaliar necessidade de construção de protótipo de desenvolvimento (PERT/CPM);
8. Avaliar necessidade de utilização de softwares de simulações de processos metalúrgicos Previsão de recursos; Determinação
9. Avaliar procedimentos necessários para execução do projeto do custo do projeto; Definição de
10. Avaliar resultados fornecidos pela simulação critérios técnicos de avaliação do
11. Conferir projeto hidráulico-pneumático protótipo, produto ou sistematização
12. Elaborar croquis em perspectiva a partir de projeções ortogonais de resultados.
13. Incorporar ao projeto as melhorias consideradas adequadas (com relação a máquinas,  Desenvolvimento do projeto: Alocação
mão-de-obra, materiais, processos, controles, etc) de recursos para execução; Execução;
14. Interpretar desenho técnico em meio físico ou eletrônico Avaliação do projeto; Elaboração de
15. Interpretar simbologia de desenho de projetos documentação técnica do projeto.
16. Sintetizar os resultados obtidos no estudo de viabilidade de projetos  Apresentação do projeto: Técnicas de

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Unidade Curricular: Projeto Integrador: 50 horas


CONTEÚDO FORMATIVO
17. Tratar dados de estudo de viabilidade de projetos apresentação; Identificação de
18. Avaliar disponibilidade, quantidade e capacidade dos equipamentos para ensaios recursos necessários; Definição da
requeridos programação.
19. Avaliar a necessidade de ensaios metalúrgicos complementares à simulação
20. Realizar ensaios metalúrgicos para simulação do comportamento de materiais
21. Avaliar disponibilidade de equipamentos
22. Avaliar disponibilidade de insumos
23. Avaliar disponibilidade de materiais (2)
24. Interpretar resultados da simulação
25. Utilizar software de simulações de processos metalúrgicos
26. Verificar conformidade das especificações técnicas às normas
27. Pesquisar novas tecnologias aplicadas aos processos metalúrgicos
28. Realizar experiência piloto antes de implantar melhorias
29. Estabelecer métodos experimentais na linha de produção

BIBLIOGRAFIA BÁSICA: (utilizada como Material Didático)


1 - PROJETO INTEGRADOR - I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial: il. BRD – Banco de Recursos Didáticos do
SENAI Nacional - Livro Digital do SENAI Nacional.
2 - Literatura técnica; Apostilas; Kits didáticos de prospecção e avaliação mineral; Software específico para prospecção e
avaliação de minas. Apostilas BRD SENAI; Filmes; Links, Apresentações.

57
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

4.9. Desenvolvimento Metodológico do Curso Técnico em Metalurgia

A implementação deste curso deverá propiciar o desenvolvimento das competências


constitutivas do perfil profissional estabelecido pelo Comitê Técnico Setorial Nacional da
área Metalurgia, tanto para a habilitação completa – Técnico em Metalurgia – quanto para
as qualificações técnicas de nível médio – Controlador de Processos Pirometalúrgicos –
680 horas e Controlador de Processos Hidrometalúrgicos – 1.060 horas – contidas no
perfil profissional estabelecido, considerando as informações do Catálogo Nacional de
Cursos Técnicos de Nível Médio e do Itinerário Nacional do SENAI.

O norteador de toda a ação pedagógica são as informações trazidas pelo mundo do


trabalho, em termos das competências requeridas pela área de Metalurgia, numa visão atual
e prospectiva, bem como no contexto de trabalho em que esse profissional se insere,
situando seu âmbito de atuação, tal como apontado pelo Comitê Técnico Setorial Nacional.

Vale destacar que o perfil profissional foi estabelecido com base em metodologia
desenvolvida pelo SENAI para o estabelecimento de perfis profissionais baseados em
competências, tendo como parâmetro a análise funcional, centrando-se, assim, nos
resultados que o Técnico em Metalurgia deve apresentar no desenvolvimento de suas
funções. É fundamental, portanto, que a prática pedagógica se desenvolva tendo em vista,
constantemente, o perfil profissional de conclusão do curso.

A organização curricular proposta para o desenvolvimento deste curso é composta pela


integração de quatro Módulos – um Básico e o Específicos I, correspondentes à qualificação
profissional técnica de nível médio Controlador de Processos Pirometalúrgicos – 680
horas, o Específico II, correspondente à qualificação profissional técnica de nível médio
Controlador de Processos Hidrometalúrgicos – 1.060 horas, que acrescida do módulo
Específico III de 240 horas corresponde à habilitação do Técnico em Metalurgia – 1.300 h.

O Módulo Básico é composto pelas unidades curriculares Comunicação e Expressão


Técnica; Desenho Técnico aplicado a Metalurgia; Ciências Aplicadas. Intencionalmente, está
estruturado para desenvolver as competências básicas (fundamentos técnicos e científicos)
e as competências de gestão (capacidades sociais, organizativas e metodológicas) mais
recorrentes e significativas que resultaram da análise dos perfis profissionais do Técnico em
Metalurgia. Dessa forma, assume caráter de pré-requisito para os Módulos Específicos I, II e
III, possibilitando o prosseguimento de estudos.

58
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

O Módulo Específico I é composto pelas unidades curriculares Metalurgia e Processos


Metalúrgicos e Térmicos.

As unidades curriculares deste módulo permitem desenvolver as competências específicas


(capacidades técnicas) e as competências de gestão (capacidades sociais, organizativas e
metodológicas) definidas a partir da análise das competências profissionais estabelecidas
nas Unidades de Competências. Para tanto, devem ser ministradas por meio de situações
de aprendizagens desafiadoras, como Situações-Problema, Projetos, Pesquisa e Estudos de
Casos que levem em conta os resultados profissionais esperados no mundo do trabalho.

De acordo com o Itinerário Formativo, a conclusão do Módulo Básico e do Módulo


Específico I, permite a certificação profissional técnica de Controlador de Processos
Pirometalúrgicos – 680 horas.

O Módulo Específico II é composto pelas unidades curriculares Processos Metalúrgicos e


Mecânicos; Processos e Tratamentos Metalúrgicos, permite a certificação profissional
técnica de Controlador de Processos Hidrometalúrgicos – 1.060 horas.

As unidades curriculares deste módulo permitem desenvolver as competências específicas


(capacidades técnicas) e as competências de gestão (capacidades sociais, organizativas e
metodológicas). Assim, as unidades curriculares devem ser desenvolvidas por meio de
situações de aprendizagens desafiadoras que levem em conta os resultados profissionais
esperados no mundo do trabalho na área Metalurgia.

O Módulo Específico III é composto pelas unidades curriculares Ensaios Metalúrgicos;


Gestão de pessoas, qualidade, ambiental e de produção; Projeto Integrador.

Cabe reiterar que o Módulo Específico III – 240 horas é o módulo final do itinerário
formativo e, a fim de completar a formação escolar do Técnico em Metalurgia, com o
objetivo de permitir ao aluno vivenciar mais uma vez a interdisciplinaridade entre as
unidades curriculares estabelecidas para cada módulo e perceber que a presença destas
unidades no currículo estão estreitamente relacionadas com as competências definidas no
perfil profissional. Desta forma, deve ser desenvolvido por meio de situações
contextualizadas e alicerçadas em estratégias desafiadoras baseadas em projetos, que
permitam ao aluno realizar pesquisas bibliográficas e de campo, tendo em vista a
proposição e verificação de hipóteses para a resolução de uma problemática relacionada a
atuação nacional do Técnico em Metalurgia, considerando os aspectos relacionados à

59
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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

ensaios metalúrgicos, gestão de pessoas, qualidade, meio ambiente, gestão da produção e


projeto integrador.

Embora o curso seja modularizado, ele deve ser visto como um todo pelos docentes,
especialmente no momento da realização do planejamento de ensino, de modo que as
finalidades de cada módulo sejam observadas, bem como os objetivos das suas unidades
curriculares, sem, no entanto, acarretar a fragmentação do currículo. Para tanto, sugere-se
que o grupo de docentes e a coordenação pedagógica definam uma proposta didático-
pedagógica que se constitua fio condutor, perpassando cada um dos Módulos, do Básico ao
Específico III. Para isso, sugere-se o desenvolvimento de um projeto integrador com
complexidade tal que permita envolver, módulo a módulo, todas as unidades curriculares.

O desenvolvimento do curso parte do princípio de que os processos de ensino e de


aprendizagem são dinâmicos, sujeitos às mudanças decorrentes de transformações que
ocorrem segundo contextos socioculturais. Desta forma, docentes e alunos devem atuar
como parceiros.

Alinhados a esse princípio, a avaliação deve ser pensada e desenvolvida como meio de
coleta de informações para a melhoria do ensino e da aprendizagem, tendo as funções de
orientação, apoio, assessoria e nunca de punição ou simples decisão final a respeito do
desempenho do aluno. Assim, o processo de avaliação deverá, necessariamente,
especificar claramente o que será avaliado, utilizar as estratégias e instrumentos mais
adequados, possibilitar a auto-avaliação por parte do aluno, estimulá-lo a progredir e a
buscar sempre a melhoria de seu desempenho, em consonância com as competências
explicitadas no perfil profissional de conclusão do curso.

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5. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO E PROCEDIMENTOS DE


AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
ANTERIORMENTE DESENVOLVIDAS
É facultado ao discente o aproveitamento de conhecimentos e de experiências anteriores,
com vistas à aceleração de estudos, para fins de prosseguimento de estudos.

As competências profissionais adquiridas no trabalho poderão ser reconhecidas através de


avaliação individual do discente, realizada por banca de professores especialmente
designada, à luz do perfil profissional de conclusão.

Será Certificado por Competência Profissional, o discente que obtiver grau de


aproveitamento igual ou superior a sessenta (60) na avaliação mencionada.

As avaliações de competências profissionais adquiridas em unidades curriculares ou no


mundo do trabalho, para efeito de certificação, diplomação, dispensa de unidade curricular,
sequência de estudos observada a legislação vigente, será requerida pelo interessado junto
à Secretaria da unidade escolar.

O discente ingresso, portador de certificado de conclusão de unidades curriculares ou


módulos do ensino médio, técnico e superior ou com competências adquiridas no mundo do
trabalho que desejar solicitar dispensa de alguma unidade curricular ou certificação de
competência profissional, deverá apresentar à Secretaria, no prazo estipulado em calendário
escolar, o seu requerimento acompanhado do histórico escolar e dos programas das
unidades curriculares, sendo o caso, para fins de análise e parecer.

As unidades escolares informarão aos interessados, antes de cada período letivo, os


programas dos cursos e demais unidades curriculares, sua duração, requisitos, qualificação
dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir as
respectivas condições.
Os discentes que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio
de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca
especialmente constituída, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo
com as normas dos sistemas de ensino e regulamento específico das unidades escolares.

Todo e qualquer processo de aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores


deverão ser devidamente registrados na pasta escolar do discente.

Aproveitar todo conhecimento adquirido de maneira formal ou não-formal tem sido uma
constante preocupação dos legisladores da educação.

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Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

Essa preocupação tem se materializado nos institutos do “aproveitamento de estudos” e da


“certificação de competências”, já contemplados em legislações anteriores.

A RESOLUÇÃO CEE/CP N.º 02, de 28 de fevereiro de 2009, em seu item III artigo 4° assim
estabelece:

“A instituição pode aproveitar conhecimentos e experiências anteriores, no todo ou em parte,


desde que essa possibilidade conste do projeto ou plano de curso e que corresponda ao
perfil profissional de conclusão da respectiva qualificação, habilitação técnica e/ou
graduação tecnológica, oriundos de:

I. ensino médio, pertinente à parte diversificada;


II. educação superior;
III. qualificação profissional;
IV. habilitação técnica e/ou graduação tecnológica de segmentos afins;
V. cursos de formação inicial e continuada, mediante avaliação da aprendizagem do
aluno pela instituição de ensino;
VI. trabalho ou meios informais, mediante avaliação da aprendizagem do aluno pela
instituição de ensino.”

APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

As competências construídas e os conhecimentos adquiridos pelo educando, por meio


formal ou não-formal, poderão ser aproveitados, mediante análise de comissões de
docentes e especialistas em educação, especialmente designadas pela direção,

PROCEDIMENTO PARA APROVEITAMENTO DE ESTUDOS


Candidato:
Obtém, em processo seletivo, classificação para matrícula em curso oferecido
pela unidade escolar;
Requer ao Diretor da Escola a dispensa nas Unidades Curriculares já
cursadas, cujas competências tenham igual valor formativo ao da Matriz do
curso pretendido.
No requerimento deverá constar, pelo menos:
♦ Curso, ocupação / qualificação / habilitação, série / módulos cursados
anteriormente;
♦ Curso, qualificação / habilitação, semestre/ módulo para o qual pleiteia
matrícula;
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♦ Unidade Curricular para o qual solicita dispensa por aproveitamento de


estudos.

Ao requerimento deverão ser anexados os seguintes documentos:

♦ Histórico Escolar;
♦ Documento expedido pela escola de origem onde constem as competências a
serem aproveitadas.

Diretor

Designa, por meio de comunicado interno, Comissão Especial de Docentes e


Especialistas em educação para análise do pedido.

Farão parte da comissão, obrigatoriamente, os técnicos:

♦ Coordenador Pedagógico se houver;

♦ Coordenador Técnico e/ ou Instrutor Orientador;

♦ Docentes relacionados com as unidades curriculares a serem analisados.

Comissão:

Procede a análise do pedido, considerando, entre outros, os seguintes aspectos:

♦ Objetivos específicos das Unidades Curriculares desenvolvidas nos dois


cursos cotejados;
♦ Profundidade das Unidades Curriculares ministradas, atentando-se que,
embora com denominações idênticas, nem sempre têm correspondência;
♦ Perfil profissional pretendido pelos dois cursos e sua identidade;
♦ Cumprimento integral do currículo do curso pretendido.

Verifica a possibilidade de concessão da dispensa integral ou parcial da Unidade

Curricular com a realização de estudos de adaptação, se for o caso;

Define critérios para realização dos estudos de adaptação;

Lavra ata, para fins de registros escolares e arquivo, da qual deverá constar:

♦ Descrição de todo trabalho desenvolvido;


♦ Parecer sugerindo a concessão ou não da dispensa requerida, com exposição
de motivos;
♦ Termo inicial para matrícula no curso pretendido;
♦ Avaliação das unidade curriculares analisados, expressos em notas de zero a
63
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cem;
♦ Estratégias de desenvolvimento dos estudos de adaptação se for o caso;
♦ Assinatura de todos os membros da comissão.
Diretor

Analisa a ata discutindo o parecer com a comissão, se for o caso;

Decide pelo deferimento ou indeferimento do pedido;

Encaminha os documentos à secretaria.


Secretaria

Comunica a decisão ao candidato requerente, verificando seu interesse na


matrícula, nas condições propostas pela escola;

Processa a matrícula, observando os procedimentos preconizados nas normas


e orientações vigentes, utilizando os recursos disponíveis. Se necessário,
manter entendimentos com a GEP para efetuar esses registros;

Registra a seguinte observação nos Diários de classe, nos Controles do

Rendimento Escolar e na Ficha Individual do aluno:

“Aluno beneficiado com dispensa de frequência, por aproveitamento de estudos, nas


unidades curriculares ................................, no(s) módulos ou semestre(s)....”

Diretor da Escola

Homologa o processo.

Secretaria

Anexa o processo no prontuário do aluno.

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Comunica
a decisão
do aluno

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Efetua a
matrícula

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6. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PREVISTAS

FUNDAMENTOS NORTEADORES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

LEGAIS

As instituições SESI e SENAI norteiam suas práticas em consonância com as Políticas e


Diretrizes nacionais do Sistema Indústria, princípios constitucionais da educação, políticas e
diretrizes da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), diretrizes e objetivos do Plano Nacional de
Educação, diretrizes curriculares nacionais, parâmetros nacionais de avaliação e normas
estaduais e municipais.

Dentre os aspectos legais que fundamentam a prática pedagógica, estão as diretrizes


nacionais do SESI e do SENAI, como são relatadas abaixo.

O Programa “Educação para a Nova Indústria”, é um conjunto de ações do Sistema


Indústria, em consonância com as diretrizes do Mapa Estratégico da Indústria, que é uma
visão sobre o futuro do País. No mapa são identificadas as prioridades estratégicas, para as
quais há um sistema de gestão para o acompanhamento de sua implementação.

Na concepção da indústria, a educação é um pilar para o desenvolvimento sustentável do


Brasil, fonte de crescimento e uma das bases da elevação da produtividade. O Programa
Educação para a Nova Indústria tem abrangência nacional e está sendo executado pelo
SESI e SENAI.

O SENAI reestruturam-se para atender adequadamente às novas necessidades da


indústria competitiva e da sociedade como um todo.

O documento Plano Estratégico da Rede SESI de Educação 2007-2010 afirma que o mapa:

“Expressa um conjunto de objetivos, metas e programas que envolvem o


desenvolvimento de instituições e a implementação de políticas
fundamentais para liberar o potencial de crescimento da economia
brasileira, colocando-a como indústria de classe mundial. A partir da
metodologia do Balanced Scorecard, o Mapa estabelece as bases do
desenvolvimento e os processos e atividades necessários para se
alcançar a visão do desenvolvimento sustentável para a indústria e o
Brasil. A visão que orienta o mapa é a do desenvolvimento sustentável,
cujas bases são liderança empresarial, ambiente institucional e regulatório
favorável à produção e aos negócios, educação e saúde.” (CNI, MAPA
ESTRATÉGICO DA INDÚSTRIA).

Portanto, o Programa Educação para a Nova Indústria:


“Alinha-se às proposições do Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015,
que tem a educação na sua agenda de prioridades e que, por meio de
seus objetivos, metas e programas, buscam participar – com determinação
e firmeza, da construção de um Brasil diferente: um país capaz de
apresentar uma economia competitiva, tendo a consciência de que
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás 67
Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

vivemos numa sociedade da informação e do conhecimento e, ao mesmo


tempo – no caso do Brasil, numa sociedade injusta e desigual, que precisa
ser transformada.
Precisamos, pois, buscar caminhos que nos capacite a resolver a equação
da necessária e possível aproximação entre o crescimento econômico e a
igualdade social. (ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL, v. 1).”

O SENAI tem como referência as Diretrizes da Educação Profissional e Tecnológica que


tem por finalidade orientar as ações nacionais e regionais, alinhadas ao mapa estratégico
da indústria para o alcance de sua missão.

EPISTEMOLÓGICOS
A epistemologia genética de Piaget explica a origem e o desenvolvimento da inteligência,
partindo do conhecimento, em direção às construções sistemáticas feitas pelo homem: as
ciências.

As epistemologias que fundamentam as posturas pedagógicas evidenciadas na educação


estão relacionadas, no decorrer da história da humanidade, de diversas formas, dando
origem às várias correntes epistemológicas.

O SESI/SENAI-GO fazem sua opção pelo Interacionismo, no qual o conhecimento é o


resultado da interação entre educador, educando e o objeto. Nesse entendimento, o
conhecimento passa de mera transmissão de informações para construção do saber,
possibilitando, ao educando, aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a pensar,
aprender a ser um sujeito do seu processo de aprendizagem.

DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
As condições do mundo atual, configuradoras de um novo ambiente para a educação,
implicam a ressignificação do ato de ensinar e do ato de aprender. Urge a construção de
um novo significado para ensinar, a partir de uma diferente concepção do ato de aprender.
Não se trata primordialmente de melhorar métodos e atualizar conteúdos de ensino, mas
de ver o ensino e o conteúdo de outra maneira. De ato unidirecional - transmissão dos
conteúdos - o ensino nesse contexto tem que ser a criação de situações de aprendizagem
nas quais todos os aprendentes possam despertar, mediante sua própria experiência do
conhecimento, para a sua dignidade de sujeitos do seu futuro. E em que os educadores
também são aprendentes, seja pelo mergulho nos conhecimentos que afloram
constantemente, ultrapassando o dito e escrito, seja pela reflexão sobre sua prática, seja,
ainda, pela interação com educandos que aprendem e, nesse ato, revelam nuanças
distintas do ato de aprender.

Desenha-se, então, um novo desafio para os educadores: trabalhar com os educandos o


desenvolvimento da autonomia, do espírito crítico, da capacidade de análise e da

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás 68


Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

criatividade; a flexibilidade mental diante dos conhecimentos novos ou mais aprofundados


e a aprendizagem de como aprender. O desafio é também para eles mesmos,
educadores: o processo de ensinar leva embutida a necessidade e a possibilidade de sua
própria aprendizagem. Nenhuma proposta pedagógica tem êxito se não contar, desde sua
formulação e durante sua aplicação, com as modificações internas das concepções e
atitudes do educador, de como sente, pensa e faz a educação.

Nesse modelo de educação, a preocupação central está voltada para o sucesso de todos
os educandos, de acordo com seus potenciais e ritmos próprios.

É importante também conhecer as bases da Pedagogia Diferenciada de Philippe


Perrenoud. As pedagogias diferenciadas inspiram-se, em geral, em uma revolta contra o
fracasso escolar e contra as desigualdades.

Para Perrenoud, as pedagogias diferenciadas são caracterizadas pelos seguintes


pressupostos:

a. Buscam o sucesso de todos os educandos, encarando a reprovação como ação


violenta contra as pessoas, não trazendo em seu bojo nenhum benefício concreto
que justifique sua existência;

b. Desenvolvem organizações curriculares modularizadas que permitem a


individualização de percursos de formação, as certificações parciais, sem prejudicar
o trabalho escolar em equipes;

c. Desenvolvem metodologias que trabalhem com projetos, criação de situações


problemas contextualizados e interdisciplinares, favorecendo o aprendizado da
transferência de conhecimentos para essas situações novas, significativas;

d. Reconstroem e negociam com os educandos, as competências que serão


desenvolvidas, com base em perfis profissionais de conclusão;

e. Acreditam que a mudança que realmente faz a diferença é a mudança que se


consegue implementar não somente nas estruturas escolares e na transformação
dos currículos, mas, sobretudo é preciso atingir as práticas, a relação pedagógica,
o contrato didático, as culturas profissionais e a colaboração entre educadores,
tudo isso num período mínimo de dez anos”.

Finalmente, considerando as transformações que o coletivo institucional está criando e


implantando, buscou-se nas obras de Paulo Freire aquela que apresentava maior sinergia
de princípios, tendo sido escolhida a Pedagogia da Autonomia, uma vez que se pretende,
por meio de Desenho Curricular flexível e inovador, contribuir com o processo de
desenvolvimento da autonomia dos educandos para estudar, trabalhar e viver. A
autonomia, segundo Paulo Freire, pressupõe uma série de princípios, dentre os quais
destacamos a capacidade do sujeito construir representações que dêem sentido às suas

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás 69


Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

experiências num determinado contexto social, permitindo-lhe prever e programar novas


experiências no mesmo ou em outros contextos.

Sobre essa base teórica do desenvolvimento e da aprendizagem, são definidas as


premissas da Proposta Pedagógica das instituições SESI SENAI de Goiás:

a. A escola tem uma função sócio-cultural. Ela deve possibilitar ao educando vivenciar
a cidadania e incentivar a participação social;

b. A aprendizagem acontece, permanentemente, ao longo de toda a vida e o


conhecimento nunca está completo. Daí a compreensão de sua incompletude e a
busca permanente de mais conhecimento;

c. Direito à educação, que é o direito à inclusão social, implica o compromisso com a


democratização do saber e a comunicação entre todos os que aprendem;

d. Diálogo pedagógico, a investigação, a pergunta e a criatividade perpassam todo o


processo de ensinar-aprender, levando o educando à autonomia em aprender a
aprender;

e. Os educadores, os educandos e os pais tomam parte na construção social do


conhecimento;

f. O Desenho Curricular e todas as condições internas e externas para sua


concretização são definidos com vistas à evolução dos conceitos aprendidos pelos
jovens e adultos no convívio escolar, profissional e social em conceitos científicos;

g. O tempo e o espaço da escola são definidos em função do educando, que é a


razão da Proposta Pedagógica;

h. Respeito à diversidade e o respeito à individualidade fazem a riqueza do coletivo na


escola;

i. A valorização social e profissional do educador está na base de sua satisfação


pessoal e fundam o prazer de ensinar e a auto-estima. Condição de uma boa
escola é a auto-estima dos educadores;

j. Os currículos serão organizados de forma a permitir a individualização de percursos,


possibilitando trajetórias diferenciadas;

k. Todos os atores escolares trabalham para concretizar o sucesso de todos os


educandos no alcance das competências planejadas para cada curso.

METODOLÓGICOS
Sobre as bases epistemológicas e didático-pedagógicas estabelecidas repousam as
orientações para a passagem do plano das intenções para o plano das ações. Assim, a
metodologia ancorada nos pilares propostos para a efetivação da Rede de Educação

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás 70


Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

SESI/SENAI de Goiás requer:

a. que o educando desenvolva autonomia em sua aprendizagem, capacitados a


reconstruir conhecimentos a partir da resolução de situações-problema
apresentadas pelos educadores e/ou criadas por ele próprio;
b. que o educando seja o sujeito ativo do seu processo de aprender, pensando
criticamente e desenvolvendo a criatividade;
c. interdependência profunda entre teoria e prática, em todos os momentos e
componentes curriculares da aprendizagem;
d. diálogo permanente e reciprocidade intensa entre educadores e educandos, gênese
de enriquecimento mútuo;
e. ancoragem dos componentes curriculares nas questões problemáticas da vida
cotidiana, refletindo sobre elas numa perspectiva dinâmica e crítica;
f. uso das tecnologias da informação como ambiente de aprendizagem e como meio
de acesso aos mais atualizados saberes socialmente construídos;
g. esforço permanente de todos os atores sociais do contexto escolar, para tornar
prazeroso o processo de aprender.

Em relação ao trabalho pedagógico nas diversas áreas, esta Proposta recomenda:


a. tratamento globalizado dos temas, ou seja, a realidade contextualizada deve ser
apresentada na sua totalidade, mesmo que as unidades curriculares exijam
separações didáticas, isto é, eles devem ser articulados em torno do significado
maior, que lhes dá o sentido vital da experiência;
b. abordagem interdisciplinar, considerando que qualquer conhecimento mantém
relação com outros conhecimentos, mesmo que essa relação não seja de
complementação, mas de negação ou questionamento;
c. enfoque sócio-afetivo, uma vez que a aprendizagem não é um processo meramente
intelectual, mas participativo, emocional e afetivo.
Em coerência com essas recomendações, propõe-se que o ensino se desenvolva por meio
de situações-problema e projetos de desenvolvimento pessoal, comunitário, pedagógico e
empresarial. As situações-problema e os projetos são aqui entendidos como contextos para
a ação educativa interdisciplinar, da qual participam diferentes componentes curriculares e
educadores, em torno de um eixo comum e que possibilite aos educandos a experiência do
conhecimento não fragmentado, mas explicativo da realidade e em cuja atividade
cognoscente os educandos possam desenvolver ações de forma autônoma e crítica,
motivados por atitudes e valores éticos e estéticos. É importante que os temas para as
situações-problema e para os projetos partam de acontecimentos significativos para os
educandos, que ocorrem no âmbito da interação social da escola e que sua escolha seja
aprovada por todos os educadores que dela deverão participar. O engajamento em
situações-problema e projetos é rica experiência de vivência democrática.

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás 71


Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

O grau de abrangência, a duração e os componentes curriculares envolvidos em situações-


problema e nos projetos vão depender dos temas escolhidos. Eles podem variar desde uma
situação-problema e/ou projeto que envolva a escola inteira durante um longo período de
tempo até uma situação-problema e/ou projeto de uma turma, com duração variável. Por
terem mais conhecimento, leitura, experiência que os educandos, os educadores estarão
sempre apoiando, sugerindo e acompanhando a pesquisa, fazendo perguntas provocativas
de maior ou menor aprofundamento. Eles estarão aprendendo também o que
possivelmente não tiveram oportunidade de aprender quando eram estudantes, pois as
fontes de informação hoje são maiores do que há alguns anos e os educandos têm
oportunidade de aprofundá-las, obtendo dados que cada educador não teria tempo físico
para buscar.

A equipe técnico-pedagógica do SESI SENAI-GO está consciente de que a concretização


da Proposta Pedagógica, pautada nas bases epistemológicas e nas orientações
metodológicas descritas, depende da co-responsabilidade de todos os agentes educativos
que atuam na escola. A organização escolar deve oportunizar situações de cooperação
plena, em que os educandos se sintam envolvidos e os educadores sejam protagonistas.

Além disso, a coerência na estrutura, nas normas de funcionamento, nas formas de


participação, no processo de gestão e na convivência escolar é essencial, uma vez que os
valores são percebidos na prática. Cidadania resulta da harmonia entre vivências e teorias.

RELAÇÃO EDUCADOR / EDUCANDO

As relações humanas são elementos fundamentais na realização comportamental e


profissional dos indivíduos. A qualidade da relação educador - educando é fundamental
para o sucesso das atividades desenvolvidas. Segundo Freire (1996), "o bom professor é o
que consegue, enquanto fala, trazer o educando até a intimidade do movimento de seu
pensamento. Sua aula é, assim, um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus educandos
cansam-se, não dormem, pois acompanham as idas e vindas de seu pensamento,
surpreendendo suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas."

A riqueza das relações emergentes do encontro entre educador, educando e objeto de


conhecimento depende do modo como o educador atribui significado à ação do educando
e a sua própria. Considerando que a escola é o espaço eleito socialmente para construção
de tipos específicos de conhecimento, é aí que a ação docente e a educação escolar
configuram-se como uma atividade humana transformadora.

Nas Unidades Escolares do SESI/SENAI-GO, as relações pedagógicas são centradas no


trabalho cooperativo, no respeito mútuo, na autonomia e no intercâmbio de experiências.

A mediação do educador é fundamental e assume a forma de intervenção, de


questionamento e de orientações junto aos educandos, tendo como horizonte as

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás 72


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finalidades da educação.

As relações educador e educando e entre educandos, se construtivas, são vitais para o


sucesso dos educandos, a satisfação dos educadores e o desempenho efetivo da escola
embasado na confiança e no companheirismo, enfim, uma relação cidadã.

Nesse sentido, educador e educando assumem papéis ativos na construção do


conhecimento. O educando é exposto à prática em que tenha de tomar decisões, planejar
e encaminhar o que projeta, coordenar esforços e resolver situações conflitantes. O
educador, por sua vez, é o responsável pela viabilização/organização dessas práticas. É
ele quem planeja e coordena as condições de aprendizagens, ou seja, apresenta
problemas reais para que os educandos busquem soluções, o que provoca o
desenvolvimento de diversas competências e habilidades, de acordo com os objetivos
pretendidos, em sintonia com essa proposta pedagógica.

ESTRATÉGICAS PEDAGÓGICAS
Adoção de práticas interdisciplinares como procedimento metodológico compatível com
uma prática formativa, contínua, processual, e contextualizada, na sua forma de instigar
seus sujeitos a procederem com investigações, observações e outros procedimentos
decorrentes das situações – problema propostas e encaminhadas.

Atividades complementares: seminários, feiras, palestras, conferências, etc;


Aulas práticas em laboratório e instalações industriais para melhor vivência e
compreensão dos tópicos teóricos;
Aulas teóricas com utilização de recursos multimídia, etc., para a apresentação do
assunto (problematização) a ser trabalhado, com posterior discussão e troca de
experiências;
Cursos de extensão;
Elaboração de projetos diversos;
Palestras com profissionais da área;
Pesquisas;
Programa de monitoria;
Visitas técnicas à empresas e indústrias da região.

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7. CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

7.1 - Do processo de Avaliação

A avaliação dos alunos será continua e cumulativa, envolvendo os aspectos cognitivos,


afetivos e psicomotores, relacionados com os conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores requeridos pelos alunos, devendo estimular reflexões sobre os planos e projetos
pedagógicos dos cursos ministrados pelas unidades escolares.

No processo de avaliação da aprendizagem para cada bimestre, semestre, ano, unidade


curricular, etapa, módulo ou curso deverão ser aplicados instrumentos, tais como:

 Observação diária realizada pelos professores;

 Trabalhos Individuais ou coletivos;

 Provas orais e/ou escritas;

 Relatórios;

 Atividades extra-classe;

 Resolução de situações problemas;

 Desenvolvimento de projetos;

A sistemática de avaliação deverá conter estratégias variadas e utilizadas como meio de


verificação do desenvolvimento de competências, do desenvolvimento da criatividade e
do habito de pesquisar pelo aluno;

A sistemática de avaliação e de aferição do rendimento escolar deverá ser explicitada


pelo professor aos alunos no início de cada unidade curricular, bimestre, semestre,
módulo, ano ou curso, observando o estabelecido no Regimento Comum das Unidades
Escolares do SESI e SENAI;

Toda avaliação aplicada deverá ter a sua correção explicitada pelo professor e devolvida
ao aluno para que este possa acompanhar e melhorar sua aprendizagem;

O docente deverá aplicar em cada bimestre pelo menos três instrumentos de avaliação,
sendo um, necessariamente, de avaliação de atitudes e valores.

Quando o aluno deixar de fazer uma avaliação, não entregar dentro do prazo
estabelecido, porém, apresentar justificativa convincente, atestado e/ou declaração de
trabalho, a situação será resolvida diretamente entre o professor o aluno.

Os casos em que não houver consenso serão abertos processos administrativos que
serão analisados pelo Diretor, Coordenadores Técnico e Pedagógico e o Professor.

O professor terá 03 (três) dias úteis, após o encerramento de cada bimestre, semestre,
ano, unidade curricular, etapa, módulo ou curso, para informar as notas de

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás 74


Plano de Curso - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em Metalurgia

aproveitamento e frequências à secretaria escolar, conforme previsto em calendário


escolar dos cursos.

O rendimento escolar será expresso em notas de aproveitamento que variarão de zero (0)
a cem (100), não sendo admitido o fracionamento em décimos.

O processo de avaliação deverá contemplar a preponderância da dimensão qualitativa


sobre a quantitativa, devendo evidenciar os conhecimentos, as habilidades, as atitudes e
os valores inerentes às competências, conforme previsto no Regimento Comum das
Unidades Escolares do SESI e SENAI.

7.2 - Das Condições de Aprovação, Dependência e Retenção.

Quanto ao aproveitamento do aluno, serão observados os seguintes graus finais de


aproveitamento:

1. Terá aprovação direta o aluno que obtiver na unidade curricular, módulo, semestre,
ano ou curso nota final igual ou superior a 60 (sessenta);

2. O aluno que obtiver na unidade curricular nota ou grau final entre (40) e menor que
sessenta (60) ficará obrigado a fazer uma recuperação final, onde soma–se a
nota final mais a nota de recuperação e divide-se por (2), obtendo-se a média final,
assim expresso:

MF = (Nota final + Nota de Recuperação) / 2

3. Após a avaliação final de todas as unidades curriculares que compõem o módulo,


semestre, ano ou curso, em que a média global (MG) for igual ou superior a
sessenta (60), ainda que o aluno tenha, em até três unidades curriculares nota final
igual ou superior a cinquenta (50) e inferior a sessenta (60), estará promovido.

4. Estará aprovado, com dependência, o aluno retido em até dois componentes


curriculares, cujas médias finais sejam iguais ou superiores a (40).

5. Após a avaliação final, em caráter de recuperação, estará retido na unidade


curricular o aluno que obtiver nota final de aproveitamento menor que quarenta
(40).

6. O aluno retido poderá ser dispensado das unidades curriculares nas quais obteve
nota final de aproveitamento igual ou superior a sessenta (60).

Será aprovado, quanto à assiduidade, o aluno com frequência igual ou superior a 75%
(setenta e cinco por cento) da carga horária total prevista para as unidades curriculares do
módulo, semestre, ano ou curso.

Situações especiais serão avaliadas pela Coordenação Técnico-Pedagógica e pela


Direção das Unidades Escolares.

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Goiás 75


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7.3 - Da Recuperação

A recuperação é um direito e facultada a todos os alunos. Sendo parte integrante do


processo de construção do conhecimento, devendo ser entendida como orientação
continua de estudos e criação de novas situações de aprendizagem, ocorrendo:

 De forma contínua, nos ambientes pedagógicos, em que o aluno, a partir da ação


educativa desencadeada, criará novas situações desafiadoras e dará atendimento
ao aluno que dela necessitar, por meio de atividades diversificadas;

 Periodicamente, definida no cronograma das atividades das unidades escolares ou


nos plano de ensino dos professores;

 Os estudos de recuperação serão planejados e ministrados pelos professores de


cada unidade curricular, sob supervisão das respectivas coordenações técnico-
pedagógica, deverão ser realizados paralelamente à unidade curricular e
divulgados juntos aos discentes.

 Ao final da unidade curricular, etapa, semestre, ano ou curso por meio da avaliação
final para os alunos cuja nota final de aproveitamento nos componentes
curriculares ou etapas foi igual ou superior 40 (quarenta) e inferior a 60 (sessenta).

Os estudos de recuperação serão planejados e ministrados pelos professores de cada


unidade curricular, módulo, semestre, ano ou curso, sob a supervisão das respectivas
coordenações técnica e pedagógica, devendo ser realizados de forma paralela e
divulgados junto aos alunos.

7.4 - CRITÉRIOS PARA A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EaD


Os cursos em EaD, ofertados no SENAI Departamento Regional de Goiás, seguirão as
diretrizes dos cursos presenciais, respeitadas as especificidades da Educação a distancia,
bem como a legislação nacional que a regula, com especial atenção para a Resolução
CNE/CEB nº 06 de 20 de setembro de 2012, em seu artigo 33 que define que vinte por
cento da carga horária da fase escolar dos cursos ofertados na modalidade de EaD
deverá ser presencial.

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8. INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, RECURSOS


TECNOLÓGICOS E BIBLIOTECA
As Unidades do SESI e do SENAI são dotadas de ambientes pedagógicos estruturados
para dar todas as condições de aprendizagem aos seus alunos, possuem salas de aulas
adequadas, contando com recursos áudio-visual permitindo ao docente lançar mão de
diversas estratégias de ensino-aprendizagem. Estas salas atendem ao que determina a
Lei Complementar nº.26, no que se refere ao número de alunos permitido por metro
quadrado (1,2 m2 por aluno e 1,5 m2 para o professor).

As Unidades escolares das duas instituições possuem Rede de Internet e programa


especifico “Pergamo”, permitindo a interação com diversas bibliotecas virtuais de
universidades do País. Possui em algumas salas de aulas equipamento de computador
ligado ao projetor multimídia e a internet possibilitando ao docente acesso ao Banco de
Recursos didáticos do SENAI Departamento Nacional, considerado um dos maiores
banco de recursos didáticos do Brasil. As unidades são dotadas de estrutura mínima de
computadores para a realização dos registros escolares, sendo que as Unidades do
SENAI, Conta o SIGE – Sistema Integrado de Gestão Escolar e as do SESI contam com o
EDUCA. Bancos de dados únicos que realizam os registros escolares dos seus alunos,
garantindo a fidedignidade e autenticidade dos atos e fatos escolares. Todas as Unidades
possuem Laboratório de informática com equipamentos dotados com os softwares;
Windows, Word, Excel.

Na descrição das condições de edificação das unidades, pode-se perceber a existência


de diversos laboratórios que estarão sendo utilizados no desenvolvimento dos cursos de
acordo com a área profissional de cada um deles. Destaca-se também, que nesta
descrição estão contidas as estruturas das bibliotecas existentes, contendo espaço físico,
salas de estudos individuais e em grupo e os equipamentos. Estas possuem além do
acervo bibliográficos contemplando as bibliografias básicas e completares referentes aos
cursos, computadores ligados a internet permitindo acesso a diversas bibliotecas de
universidades brasileiras, possibilitando aos alunos todas as condições de pesquisas e
acesso as informações necessárias para o desenvolvimento das atividades dos cursos.

As Unidades do SESI e do SENAI são dotadas de laboratórios de informática que


atendem desde a inclusão digital, com o desenvolvimento de programas de informática
básica, até cursos específicos.

Outrossim, no caso de cursos em parceria “In Company” com indústrias, serão instituídos
Termos de Cooperação de Intercâmbio Educacional e Tecnológico, onde estarão
celebrados os compromissos entre as partes.

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9. RECURSOS HUMANOS (PESSOAL DOCENTE, TÉCNICO E


ADMINISTRATIVO)
Os agentes do processo educativo são profissionais devidamente habilitados que
exercem suas funções em consonância com a Proposta Pedagógica Institucional e o
Regimento Comum das Unidades Escolares do SESI e SENAI.

As unidades escolares observam os princípios de solidariedade, ética, pluralidade cultural,


autonomia e gestão participativa que regem as relações entre os agentes do processo
educativo, conforme orientação da Proposta Pedagógica institucional e do Regimento
Comum das Unidades Escolares do SENAI de Goiás.

As unidades possuem quadro de pessoal técnico-administrativo com a seguinte estrutura:

a) Direção - Diretor

b) Secretaria Escolar – Secretário Escolar

c) Coordenação Pedagógica – Coordenador Pedagógico

d) Coordenação Técnica (de curso) – Coordenador Técnico

e) Serviços de Apoio Pedagógico – Auxiliares e Assistentes administrativos

f) Serviços Gerais – Auxiliares de serviços gerais

O Pessoal docente da educação profissional técnica de nível médio – composto de


professores devidamente habilitados e em consonância com o Parecer Técnico-
Pedagógico CEE/CP nº 001/2005, particularmente em relação aos itens 5.23, 5.24 e 5.25.

Entre os docentes estão profissionais licenciados, engenheiros, tecnólogos e técnicos,


com formação e experiência profissional condizentes com a organização curricular dos
cursos.

Esclarecemos que a utilização de técnicos de nível médio (instrutores), somente ocorre


nas práticas de laboratórios e nos casos em que não estão disponíveis para contratação
profissionais graduados. Neste caso, são submetidos a processos de capacitação
pedagógica e de formação continuada, promovidos pela unidade escolar.

Os docentes das escolas e faculdades do SENAI são homologadas na aba


“Homologação de Docentes” no SIGE – Sistema de Gestão Escolar do SENAI, que instrui
sobre o processo de autorização docente, com os nomes, função, formação acadêmica,
instituições formadoras e as unidades curriculares em que ministrarão aulas.

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10. DIPLOMAS E CERTIFICADOS


Os históricos Escolares que acompanham os certificados e diplomas de conclusão
conterão as unidades curriculares, suas respectivas cargas horárias, os resultados dos
processos de avaliação de aprendizagem e as competências definidas no perfil
profissional de conclusão.
Ao aluno que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares do
Módulo Básico – 310 horas e do Módulo Específico I – 370 horas, será outorgado o
certificado de Controlador de Processos Pirometalúrgicos – 680 horas.
Ao aluno que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares do
Módulo Básico – 310 horas, do Módulo Específico I – 370 horas e do Módulo Específico II
– 380 horas, será outorgado o certificado de Controlador de Processos
Hidrometalúrgicos – 1.060 horas.
Ao aluno que concluir, com aproveitamento, todos os componentes curriculares do
Módulo Básico – 310 horas, do Módulo Específico I – 370 horas, do Módulo Específico II –
380 horas e do Módulo Específico III – 240 horas, acrescidos do Estágio Curricular de
240 horas, entre outras atividades, e haver comprovado, mediante apresentação de
certificado a conclusão do Ensino Médio, será outorgado o diploma de TÉCNICO EM
METALURGIA – 1.540 horas.
Os diplomas e certificados serão expedidos e registrados em livro próprio nas Unidades
Escolares do SENAI, contendo as assinaturas do(a) Diretor(a) e do(a) Secretário(a) e
registrados nos órgãos competentes para validade nacional.

11. ESTÁGIO SUPERVISIONADO OU PROJETO INTEGRADOR


O aluno deverá cumprir estágio curricular na mesma área ou em área afim à de sua
formação profissional, em conformidade com as diretrizes emanadas da legislação em
vigor, devendo ser cumprido concomitantemente com a fase escolar.

O estágio curricular terá duração de 240 horas e observará os critérios definidos no Guia
do Estagiário do SENAI de Goiás, tendo por objetivo propiciar a complementação da
formação dos alunos e será planejado, executado, acompanhado e avaliado em
conformidade com os currículos, programas e calendários escolares, devendo constituir
instrumento de integração em termos prático, técnico, cultural, científico e de
relacionamento humano.

O estágio curricular terá duração mínima de 240h, podendo ser concomitante a fase
escolar, preferencialmente, a partir da metade do curso. E, poderá ser realizado em
atividades tais como: Trabalho de Conclusão de Curso; Artigos Técnicos (definido com
orientador do estágio); monitorias (apoio acadêmico, preparação de laboratórios, oficinas
e manutenção básica); atividades voluntárias relacionadas com o curso técnico
(autorizadas pelo orientador de estágio); empreendedorismo, incubadora, empresa júnior

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(com plano de negócio elaborado); projetos (disciplinar ou interdisciplinar) desenvolvidos


pela escola.

Ao aluno que interromper o estágio será assegurado, para todos os efeitos, os créditos já
adquiridos (hora de estágio já realizadas, reuniões assistidas, relatórios, trabalhos
apresentados, etc.)

Para o aluno-estagiário que já for empregado na ocupação, a jornada de trabalho poderá


ser considerada como estágio, devendo a empresa encaminhar ao SENAI a relação de
tarefas que o empregado executa normalmente no serviço e o comprovante de
frequência, ficando o aluno-estagiário obrigado a submeter-se às normas e aos
regulamentos estabelecidos no Guia do Estagiário do SENAI.

12. REGIME ESCOLAR


12.1. Inscrição ao Processo de Seleção
As inscrições serão realizadas nas épocas previstas no Calendário Escolar, conforme
Requisitos para Acesso e Edital.

No ato da inscrição, os candidatos deverão comprovar:


I – Cursos Concomitantes - Estar cursando o 2º ano do ensino médio ou equivalente,
desde que ao término do curso técnico também tenha concluído o ensino médio
equivalente;
II – Cursos Subsequentes - Ter concluído o ensino médio ou equivalente;
II - Preferencialmente 16 anos na data de início das aula.
O Departamento Regional poderá, nas épocas oportunas, determinar outras condições
especiais para inscrição, dentre as quais: limite mínimo de idade mais elevado que o
constante do inciso II do item anterior; restrições a candidatos que não tenham realmente
interesse em trabalhar na indústria, ou ainda a exigência de vínculo empregatício com
empresas.

12.2. Processo de Seleção de Candidatos à Matrícula


Os candidatos à matrícula poderão, quando for o caso, a critério do Departamento
Regional, serem submetidos a processo de seleção que comprove suas aptidões físicas e
mentais e que possuam conhecimentos requeridos para a frequência do Curso objeto
deste Plano. A Unidade Escolar, tendo como base o calendário da administração regional,
deve elaborar seu Calendário Escolar e integrá-lo ao Plano de Gestão da Unidade, sendo
o processo de seleção realizado pela equipe da Unidade Escolar do SENAI de Goiás. Os
candidatos serão chamados à matrícula por ordem de classificação, até o limite das vagas
existentes, dando-se prioridade àqueles que, encaminhados por empresas do âmbito do
SENAI, mantiverem com elas vínculo empregatício ou apresentarem termo de
compromisso, por elas firmado, para fins de realização do Estágio de prática profissional.

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12.3. Matrícula
São condições para matrícula:
I - Ter sido habilitado no processo de seleção e classificado dentro do número de
vagas existentes, de acordo com a prioridade estabelecida no item referente ao
Regime Escolar “Processo de Seleção de Candidatos à matrícula”;
II - Apresentar documento que comprove quitação com o Serviço Militar (candidatos
do sexo masculino) e Título Eleitoral (maiores de 18 anos);
III - Apresentar declaração de concordância com as disposições deste Plano e com os
dispositivos do Regimento comum das Unidades Escolares do SENAI de Goiás.
A matrícula em termos subsequentes ao primeiro semestre efetivar-se-á nas épocas
próprias constantes do Calendário Escolar.

12.4. Horário Escolar


O Horário Escolar será organizado com base no Regimento das Unidades Escolares do
SENAI de Goiás e nas constantes do quadro “Organização Curricular”, integrante deste
Plano. As aulas terão a duração de uma hora (hora relógio).

12.5. Transferência e Aproveitamento de Estudos


Os pedidos de transferências de alunos somente serão aceitos em caso de existência de
vagas e se o interessado cursar, no Estabelecimento de origem, o mesmo Curso objeto
deste plano, atendidas, ainda, as normas complementares baixadas pelo Departamento
Regional.

13. CRITÉRIOS PARA A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EaD


Os cursos em EaD, ofertados no SENAI Departamento Regional de Goiás, seguirão as
diretrizes dos cursos presenciais, respeitadas as especificidades da Educação a distancia,
bem como a legislação nacional que a regula, com especial atenção para a Resolução
CNE/CEB nº 06 de 20 de setembro de 2012, em seu artigo 33 que define que vinte por
cento da carga horária da fase escolar dos cursos ofertados na modalidade de EaD
deverá ser presencial.

14. Recursos financeiros (Investimentos, Custeio e Fontes)


Os Recursos financeiros de Investimentos, Custeio e Fontes para implementação dos
laboratórios das escolas e faculdades do SENAI são oriundos do Plano de Gestão e das
demandas das indústrias da região, podendo ser consolidados por projetos de instalação
e complementação da infraestrutura laboratorial para realização de cursos presenciais. No
caso de desenvolvimento de cursos técnicos, em parceria com as indústrias em ações por
unidades remotas, fica condicionado a celebração de Termo de Cooperação e
Intercâmbio Educacional e Tecnológico firmado entre as escolas e faculdades SENAI de
Goiás, que regulamenta as responsabilidades entre as partes quanto a disponibilidade de
laboratórios, professores, insumos, infraestruturas específicas, material didático e
coordenação técnica e pedagógica.

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