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O solo é uma parte da biosfera geralmente repleta de vida. Muitos dos seres
vivos que habitam o interior do solo não são visíveis a olho nu, mas há
outros que podem ser vistos com facilidade. Um exemplo é a minhoca. Ela
vive em solo úmido, como é, geralmente, o solo fértil que serve como
canteiro (de horta ou jardim).

A à  pertence ao filo dos anelídeos - nome que inclui vermes com o
corpo segmentado, dividido em anéis. Os anelídeos compreendem cerca de
15 mil espécies, com representantes que vivem no solo úmido, na água doce
e na água salgada. Podem ser parasitas ou de vida livre.

Ô     


Além da minhoca, existem várias espécies de anelídeos. Podemos citar animais pequenos - como a
ppp, que pode medir apenas alguns milímetros de comprimento - e também animais de
grande porte - como o à 
, que atinge dois metros.

Sanguessuga

Minhocaçu

O habitat dos anelídeos pode ser a água dos mares e oceanos ou a água doce e a terra úmida.
Eles são considerados os mais complexos dos vermes. Além dos tubos p  p à  , têm
um sistema       isto é, têm boca e ânus e também apresentam um sistema
circulatório em que o sangue só circula dentro dos vasos.

O corpo dos anelídeos é revestido por uma pele fina e úmida. Essa é uma característica
importante da respiração cutânea - respiração realizada através da pele, pois os gases
respiratórios não atravessam superfícies secas.

Na maioria das vezes, os anelídeos são  à  p, isto é, cada animal possui os dois
sistemas reprodutores: o masculino e o feminino. No entanto, eles realizam fecundação cruzada e
recíproca, ou seja, dois animais hermafroditos cruzam e se fecundam mutuamente.
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Podemos classificar os anelídeos utilizando como critério a presença ou a ausência de estruturas
semelhantes a pelos e a quantidade dessas cerdas.

Há três grupos de anelídeos:   p   p  p p Pelo significado dessas
palavras, é possível identificar como são as cerdas (quetos) desses animais: Y Ysignifica
"poucos"; Y  significa "muito´; e significa "sem".

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Apresentam poucas cerdas por anel. Não há para pódios (pequenas projeções do corpo que
auxiliam a locomoção) nem cabeça diferenciada do restante do corpo.

O principal representante desse grupo é a à . Ela tem a pele coberta por uma fina película
e produz uma substância viscosa; esse muco diminui o atrito com o solo, protege a pele do
contato com possíveis substâncias tóxicas e mantém a umidade, que é fundamental para a
respiração cutânea.

Nesse animal, é visível o   - um anel mais claro por onde os animais se unem na fecundação
cruzada, trocando espermatozóides. Após a reprodução, cada um dos vermes libera no solo um
casulo cheio de ovos. Alguns dias depois, saem desses ovos vermes jovens.

D? O sistema digestor é formado por uma  um  , que parece uma grande câmera;
uma moela, por onde o alimento é triturado; um longo  p , que termina
no p situado no ultima anel do corpo.
D? O p p à        e nele o sangue circula dentro dos vasos. O sangue
possui à , o mesmo pigmento vermelho que nós, seres humanos, possuímos.
D? O sistema nervoso é formado por células nervosas que coordenam várias funções do
corpo.

A minhoca desempenha um papel importante na fertilidade do solo. Ela cava "túneis", atua como
arado, aumentando a aeração e a circulação da água. Além disso, as suas fezes contêm
substâncias nutritivas que se misturam com a terra e agem como adubo, fertilizando o solo.
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Possuem muitas cerdas em cada segmento, ou seja, em cada anel. Cada anel tem um par de
projeções laterais, os para pódios, no qual estão implantadas as cerdas.

Os poliquetas são carnívoros. Muitas vezes, são canibais, isto é, devoram outros poliquetas.


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Os aquestos (também chamados   p) não possuem cerdas e apresentam ventosas, que
ajudam na fixação e na locomoção.

Nesse grupo, está a ppp. Ela é hermafrodita e vive em solo úmido e pantanoso ou em
água doce. Existem também algumas espécies marinhas.

A sanguessuga chupa o sangue de outros animais pelas ventosas, mas também pode se alimentar
de minhocas e de restos de animais. É de pequeno porte, o seu comprimento varia de 1 a 20
centímetros.

Sanguessuga



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Ao passear na areias de uma praia, muitas pessoas gostam de admirar e pegar conchinhas
trazidas pelas ondas. Essas conchinhas são de diversos tamanhos, formas e cores. Muitas vezes,
se tornam bijuterias, pequenos enfeites, ou até mesmo elementos de uma coleção.

Os moluscos têm uma composição frágil, são animais de corpo mole, mas a maioria deles possui
uma concha que protege o corpo. Nesse grupo, encontramos o caracol, o marisco e a ostra. Há
também os que apresentam a concha interna e reduzida, como a lula, e os que não têm concha,
como o polvo e a lesma, entre outros exemplos.

A concha da ostra protege de predadores, da dissecação etc.

A  é importante para proteger esses animais e evitar a perda de água. Ela é produzida por
glândulas localizadas sob a pele, uma região chamada de à 

Ela não é uma parte viva do corpo do molusco; conforme o animal aumenta de tamanho, novo
material é acrescentado à concha, que pode variar de forma e tamanho e ser formada por uma ou
mais peças.


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6ocê pode encontrar moluscos no mar, na água doce e na terra. Por exemplo: o caramujo e a
lesma ficam em canteiros de horta, jardim, enfim, onde houver vegetação e a terra estiver bem
úmida, após uma boa chuva; ficam também sobre plantas aquáticas em lagos, beira de rios etc. O
grande caramujo marinho vive se arrastando nas rochas ou areias no fundo do mar. Já as ostras e
o marisco fixam-se nas rochas no litoral, enquanto a lula e polvo nadam livremente nas águas
marinhas.

No tempo em que ainda não havia vida no ambiente terrestre, os moluscos - com a sua concha
protetora - já habitavam os mares. O caramujo do mar é uma das espécies que têm 500 milhões
de anos de história. Portanto ele já existia há alguns milhões de anos antes dos peixes surgirem
no mar. Fósseis revelam que esses seres, atualmente pequenos, foram, no passado, bem maiores,
pois há concha fóssil de 2,5 metros.


m 

Como já vimos, os moluscos têm corpo mole. A sua pele produz uma secreção viscosa, também
conhecida por à que facilita principalmente a sua locomoção sobre troncos de árvores e
pedras ásperas, sem machucar o corpo.

O corpo desse tipo de animal é composto por: 


, p e àpp  p . A massa visceral
fica dentro da concha e compreende os sistemas digestores e reprodutores.

Ô   

A forma e o tipo da concha são alguns dos critérios usados na classificação dos moluscos.
Atualmente, esses animais estão divididos em três classes: os p   p, os  p e
os   p.

w  

A concha única, em espiral, é característica típica do grupo dos


gastrópodes. Por essa razão, são chamados univalves (uni
significa "única", e volve "peça").

Entre os gastrópodes, estão o caracol e o caramujo; a lesma,


apesar de não apresentar conchas ou apresentá-la muito
reduzida, também está incluída nesse grupo.

Os gastrópodes são animais aquáticos ou terrestres de ambiente


úmido. Os aquáticos respiram por meios de brânquias, enquanto
os terrestres apresentam pulmões.

A cabeça da lesma, do caracol e do caramujo possui dois pares


de tentáculos, semelhantes na aparência a antenas. Os olhos
ficam nas extremidades do par de tentáculos mais longos.


Caracol e seus tentáculos

Na boca, existe a , um tipo de "língua raspadora" que facilita a alimentação desses animais.

Microscopia ele tônica do rábula raspadora.

Os bivalves apresentam concha com duas peças fechadas por


fortes músculos (bi significa "duas", e valve, "peça"). São
seres aquáticos e, em geral, vivem no ambiente marinho.

Eles são animais     p, isto é, retiram o alimento da


água. Não possuem cabeça, nem rábula (são os únicos
moluscos desprovidos dessa espécie de língua). Sua massa
visceral fica totalmente protegida pela concha. O pé se
expande para fora quando as conchas se abrem.

A respiração desses animais é   ; as conchas


permitem que uma corrente de água circule entre as
brânquias, que absorvem e filtram o oxigênio dissolvido na
água. Em relação à reprodução em geral os sexos são
separados, e a união dos gametas, ou seja, a fecundação, é
externa.


Na água, a fêmea solta os óvulos, e o macho solta os espermatozóides. As células se encontram,
ocorre a fecundação e se forma os ovos.

Ô  

Cefalópode é uma palavra de origem grega; vem


deÚephale, que significa "cabeça", e de pode, "pé".
Designa um grupo de moluscos do qual fazem parte o
polvo e a lula.

A concha pode não existir (como no polvo), ser


interna e reduzida (como na lula) ou ser externa
(como no náutilo).

Os cefalópodes apresentam cabeça grande, olhos bem


desenvolvidos e rábula dentro da boca. Possuem oito,
dez ou mais tentáculos, que são "braços" alongados.
½



rp   p  p

Esses animais têm a  


   - isto é, o sangue só circula no interior dos vasos,
diferente dos outros moluscos.

A respiração é branquial. Eles têm um sistema nervoso bastante desenvolvido se comparado ao de


outros invertebrados. Além da visão, o olfato é bem apurado.

Esses moluscos, em geral, têm sexos separados e a fecundação é interna. Há pesquisas que
indicam que algumas espécies de polvo cuidam dos filhotes, protegendo-os dos predadores.
Como recurso de defesa, alguns moluscos contam com a àà. Ao mudarem de cor são
confundidos com o ambiente. A lula e o polvo, por exemplo, expelem uma substância escura na
água. Isto confunde os predadores desses moluscos, permitindo a sua fuga.


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Por séculos, os navios carregaram lastro sólido, na forma de pedras, areias ou metais.
Atualmente, as embarcações usam a água como lastro, o que facilita bastante a tarefa de carregar
e descarregar um navio, além de ser mais econômico e eficiente do que o lastro sólido. Mas o que
é lastro?

Quando um navio está descarregado, ou seja, sem carga,


fica muito leve. Para que não haja perigo de flutuação, os
seus tanques recebem água de lastro para manter a
estabilidade, o balanço e a integridade estrutural.
Quando o navio é carregado e fica mais pesado, a água
deixa de ser necessária e é lançada ao mar. Um sério
problema ambiental surge quando a água dos lastros
contém vida marinha.

Um navio, por exemplo, enche seus porões com água do


mar e um porto brasileiro, no oceano Atlântico, e viaja
até Hong Kong, na China. Lá ele recebe carga e despeja
o lastro no oceano Pacífico. Ao fazer isso, esse navio
provavelmente introduz espécies de um ecossistema em
outro diferente; porque, com a água do mar, entram e
saem do navio milhares de espécies marinhas, tais como
bactérias e outros micróbios, pequenos invertebrados e
ovos, cistos e larvas de diversas espécies.

D? Que efeitos isso pode provocar nas cadeias e


teias alimentares do local onde essas espécies
estão sendo introduzidas?
D? Haverá competição entre espécies que ocupam
nichos ecológicos semelhantes?
D? Espécies naturais daquele ambiente
desaparecerão?
D? Espécies introduzidas de outros ecossistemas
podem se reproduzir de forma intensa se não
tiverem predadores que façam o controle?

Essas são apenas algumas das perguntas a serem feitas


em relação a essa questão.

Estima-se que o movimento de água de lastro


proporcione o transporte diário de pelo menos 7 mil
espécies entre diferentes regiões do globo. A grande
maioria das espécies levadas na água de lastro não
sobrevive à viagem por conta do ciclo de enchimento e
despejo do lastro, bem como das condições internas dos
tanques, hostis à sobrevivência dos organismos.

Mesmo para aqueles que continuam vivendo depois da


jornada e são jogadas no mar, as chances de
sobrevivência em novas condições ambientais, incluindo
ações predatórias e/ou competições com as espécies
nativas - são bastante reduzidas.

No entanto, quando todos os fatores são favoráveis, uma espécie introduzida, ao sobreviver e
estabelecer uma população reprodutora no ambiente hospedeiro, pode tornar-se invasora,
competindo com as espécies nativas e se multiplicando em grandes proporções.

Além dos desequilíbrios ambientais, bactérias causadoras de doenças podem ser introduzidas e
provocar a contaminação de moluscos filtradores, como a ostra e o mexilhão, utilizados na
alimentação humana, causando paralisia e até mesmo a morte.
A lista segue com centenas de exemplos de importantes impactos econômicos e ecológicos, que
afetam a saúde do ser humano em todo o mundo. Teme-se, inclusive, que doenças, como o
cólera, possam ser transportadas na água de lastro.

Em casos de derramamentos de óleo, há vários procedimentos para buscar a recuperação do meio


ambiente, mas, ao contrário desta e de outras formas de poluição marinha, o efeito das espécies
marinhas invasoras é irreversível, na maioria dos casos, e representa uma das maiores ameaças
aos oceanos do mundo!


 

O governo brasileiro assinou, em 2005, em Londres, a Convenção Internacional sobre Controle e
Gestão de Água de Lastro e Sedimentos de Navio. A Convenção, aprovada em fevereiro do ano
passado pela Organização Marítima Internacional (IMO, sigla em inglês), tem por objetivo reduzir
a introdução de espécies exóticas por meio da água de lastro dos navios. A adoção de uma nova
convenção sobre água de lastro vinha sendo discutida há 10 anos, por causa das grandes
implicações econômicas e ambientais. O Brasil foi o segundo país a assinar o acordo que depende
da adesão de 30 países, que representem 35% da tonelagem da frota mundial, para entrar em
vigor.

Para antecipar a convenção internacional, que pode demorar até 20 anos para entrar em vigor, a
Marinha do Brasil está discutindo a publicação de uma Norma de Autoridade Marítima (Norma),
determinando que todos os navios que se destinarem aos portos brasileiros troquem a água de
lastro, ao menos, a 200 milhas da costa e a 200 metros de profundidade.

m
  

Os equinodermos (das
gregas exinasΠespinhos; dermaΠpele) constituem um
grupo de animais exclusivamente marinhos, dotados
de um endoesqueleto (ido = dentro) calcário muitas
vezes provido de espinhos salientes, que justificam o
nome zoológico do grupo.

Embora não seja uma coluna vertebral, ele é


importante na sustentação do corpo, pois é bem
desenvolvido e resistente. Entre os equinodermos
estão as estrelas-do-mar, os pepinos-do-mar, os lírios-
do-mar e os ouriços-do-mar, entre outros.

O tamanho dos equinodermos varia bastante; o


diâmetro da estrela-do-mar, por exemplo, medido de
uma ponta a outra de seus braços, pode ser de alguns
centímetros a até um metro, dependendo da espécie. ëp  à

Ô   
  

Uma das características mais marcantes dos equinodermos é a presença de um complexo sistema
de lâminas, canais e válvulas, denominado sistema aqüífero ou à   (do
latim ambulare: caminhar). Este sistema relaciona-se com a locomoção, respiração, circulação,
excreção e até mesmo com a percepção do animal.

Os p à  p possuem paredes musculares e ampolas que acumulam líquido; as variações


de pressão do líquido no sistema determinam a expansão ou retração dos pés, fato que culmina
com o deslocamento do animal. Quando a pressão do líquido é maior nos pés, estes ficam mais
rígidos, quando a pressão diminui, eles ficam moles - essa diferença permite o movimento.
°

Os equinodermos alimentam-se de pequenos animais e algas. A estrela-do-mar, por exemplo, é


carnívora. Os sistemas vitais desses animais são simples e eficientes. O sistema digestor contém
apenas boca, estômago, intestinos e ânus. Mas o estômago só esta presente no corpo dos
equinodermos carnívoros, possuindo glândulas que produzem substâncias digestivas.

A estrela-do-mar alimenta-se principalmente de pequenos moluscos, como mariscos. Com os seus


pequenos pés, a estrela do mar força a abertura das conchas das ostras, em seguida vira o seu
próprio estômago do avesso e lança um suco digestivo dentro das conchas. Depois, é só engolir a
massa, isto é, o corpo do molusco já digerido. Essa é, portanto, uma digestão extracorpórea.

m
 à

O ouriço-do-mar que se alimenta de algas - tem o aparelho bucal com "dentes" constituídos de
substâncias rígidas. Com esses "dentes", ele raspa as algas presas nas rochas. Esse aparelho
bucal dos ouriços recebe o nome de     p  p.

ë 

A eliminação de excretas é facilitada pelo p p à à  , pelo qual circula a água no
corpo dos equinodermos.
â 

A respiração - isto é, a troca gasosa - é realizada


por minúsculas   p, próximas à boca, e
também por toda a extensão dos pés ambulacrários,
pelos quais circula a água.

Ô
 

Há um líquido incolor que circula pelos canais,


localizados ao longo de todo o corpo desses
animais. Esse líquido realiza uma tarefa semelhante
à do sangue no nosso corpo, ou seja, transportar
substâncias para todo o corpo.
r  à


â



 

Os equinodermos realizam reprodução sexuada, isto é, reprodução com a participação de


gametas. Eles possuem sexos separados e a fecundação externa ocorre na água. Seu
desenvolvimento é indireto, pois as larvas se transformam em animais jovens com forma própria.

 


Quando a cauda de uma lagartixa é cortada, em poucos dias cresce uma


nova cauda, regenerando-se. Isso também acontece quando uma
estrela-do-mar perde um dos braços.

Esse fenômeno de regeneração de parte do corpo representa uma


vantagem para esses animais, que, quando atacados ou em iminente
perigo, "entregam" parte do seu corpo para o predador, enquanto
procuram se esconder.

Se o disco central estiver intacto, há espécies de estrela-do-mar que


conseguem se locomover e se alimentar com apenas um dos braços,
enquanto ocorre o processo de regeneração através de divisões
celulares. O pepino-do-mar, em situação extrema de perigo, deixa parte
de suas vísceras (órgãos internos). Isso é vantajoso, pois distrai os
predadores e lhe dá tempo de escapar.
½  à

½ 

Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas entre os vertebrados.
Acredita-se que os peixes tenham surgido por volta de 45 milhões de anos atrás.

áp à p p p à   

Os peixes ocupam as águas salgadas


dos à p p e as águas doces
dos p, p ep . Nesse grupo, existem
cerca de 20 mil espécies, das quais mais da
metade vive em água salgada. O tamanho médio
dos peixes pode variar de um centímetro a até
cerca de 18 metros.

Provavelmente, foram os primeiros vertebrados a


surgir na Terra, e eram pequenos, sem
mandíbula, tinham coluna vertebral cartilaginosa e
uma carapaça revestindo seus corpos. Na
evolução, houve uma série de adaptações que
representaram aos peixes melhores condições de
sobrevivência em seu habitat -    

p  p    p p 
à p    à  .

Antes limitados à filtração de partículas nutritivas suspensas na água ou depositados no fundo e


sendo presos de alguns tipos de invertebrados, os peixes tornaram-se também eficientes
predadores.

Desde que surgiram, já ocupavam com sucesso os ambientes aquáticos salgado e doce, e
continuam assim até hoje.

Ô   
      

Os peixes apresentam várias características que favorecem o desempenho de suas atividades no
ambiente em que vivem. Entre elas, destacam-se:

D? corpo com formato, em geral, hidrodinâmico, isto é,      à  


 , o que favorece seu deslocamento na água;
D? Presença de    p, estruturas de locomoção que, quanto à localização, podem ser
peitorais, ventrais, dorsais, caudais e anais;
D? Corpo geralmente recoberto por pàp  pp, cuja organização diminui o atrito com a
água enquanto o animal se desloca; além disso, a pele é dotada de  p
   p  à, o que também contribui para diminuir o atrito com a água;
D? áp     pà  , o que permite a realização de movimentos
ondulatórios.


c  
  
Os peixes são animais    à p. Isso significa que a temperatura do seu corpo varia de
acordo com a do ambiente. A temperatura do corpo dos peixes em geral mantém-se mais ou
menos próxima à temperatura ambiental.


â 
  

A maioria dos peixes respira por meio de   p, também conhecida como guelras. A água
entra continuamente pela boca do peixe, banha as brânquias e sai pelas aberturas existentes de
cada lado da cabeça.

Nas brânquias, onde existem muitos vasos sanguíneos, o gás oxigênio dissolvido na água passa
para o sangue. Ao mesmo tempo, o gás carbônico que se forma no organismo do animal e que
está no sangue passa para a água, sendo eliminado do corpo.

O coração dos peixes tem p   p à    à   - e por ele circula apenas
sangue não-oxigenado. Depois de passar pelo coração, o sangue não oxigenado vai para uma
artéria e dai para as brânquias, onde recebe gás oxigênio. A seguir, esse sangue, agora
oxigenado, é distribuído para todos os órgãos do corpo do animal.


c   
Alguns peixes são   p, alimentando-se principalmente de algas. Outros são   p, e
alimentam-se de outros peixes e de animais diversos, como moluscos e crustáceos.

Nas zonas abissais - os grandes abismos oceânicos, destituídos de luz -, onde os seres
fotossintetizantes não sobrevivem, há muitos peixes   p, que se alimentam de restos
orgânicos oriundos da superfície iluminada, e também peixes carnívoros.

O sistema digestor dos peixes é constituído de boca, faringe, esôfago, estômago e intestino, além
de glândulas anexas, como o fígado e o pâncreas.

m 
Os peixes têm vários órgãos dos sentidos
D? op     São formadas por células localizadas nas narinas e associadas à
percepção de cheiros das substâncias dissolvidas na água. O sentido do olfato dos peixes
é geralmente muito aguçado. O tubarão, por exemplo, pode "farejar" sangue fresco a
dezenas de metros de distância.
D? mp  Permite formar imagens nítidas a curta distância. A distância maior percebe
apenas objetos em movimento na superfície da água. Alguns peixes têm percepção das
cores e outros não. Os tubarões e as raias (também conhecidas como arraias), por
exemplo, não distinguem cores. Os olhos são geralmente grandes e não possuem
pálpebras nem glândulas lacrimais.
D? r      É formada por uma fileira de poros situada de cada lado do corpo, com
ramificações na cabeça. Os poros comunica-se com um canal localizado sob as escamas,
no qual existem células sensoriais. Por meio das células sensoriais, o peixe percebe as
diferenças de pressão da água, que aumenta gradativamente com a profundidade.
Percebe também corrente e vibrações na água, detectando a presença de uma presa, de
um predador ou os movimentos de outros peixes que estão nadando ao seu lado, o que é
muito importante para as viagens em cardumes. Percebe, ainda, a direção dos
movimentos da água, o que facilita sua locomoção na escuridão ou em águas turvas.

Ô  
Existem duas classes de peixes: a classe dos   p (do grego Úhondros: 'cartilagem';
e ichthyes: 'peixe'), ou peixes cartilaginosos, e a classe dos p  p (do grego osteon: 'osso'),
ou peixes ósseos.

Os peixes ósseos são os mais abundantes em número de espécies conhecidas, representando


cerca de 95% do total dessas espécies. Existem várias diferenças entre os peixes cartilaginosos e
os ósseos.

m    

Os peixes cartilaginosos, como o tubarão e a raia, vivem principalmente em água salgada. Mas
algumas espécies de raia vivem em água doce.

Entre as características dos peixes cartilaginosos, podemos considerar:

D? ëp    p e relativamente leve;


D? Presença de cinco pares de fendas branquiais e um orifício chamado p , por onde
entra a água e banha as brânquias;
D? o      à  e intestino terminando em uma espécie de bolsa
chamada  - nela, convergem os dutos finais do sistema digestores, urinário e
genital.

    !Ô 


 =


m  
Os peixes ósseos são abundantes tanto em água salgada (tainhas, robalos, cavalos-marinhos,
pescadas, etc.) como em água doce (lambaris, dourados, pintados, pacus, acarás-bandeiras, etc.).

6amos considerar algumas características dos peixes ósseos:

D? ëp   à  à  pp;


D? Presença de quatro pares de fendas branquiais e p   p , brânquias
protegidas por uma estrutura denominada   ;
D? Boca localizada na região anterior e intestino terminado no ânus, não há cloaca;
D? Presença, em muitas espécies, de uma vesícula armazenadora de gases chamada  
    ou vesícula gasosa.

Ausente nos peixes cartilaginosos, a       - que pode aumentar e diminuir de volume
de acordo com a profundidade em que o peixe se encontra - favorece a flutuação e, com isso,
permite ao animal economizar energia, já que ele pode permanecer mais ou menos estável numa
determinada profundidade sem que para isso necessite de grande esforço muscular para a
natação.


â
 


A maioria dos peixes ósseos apresenta


 
   : a fêmea e o macho
liberam seus gametas na água. Após a
fecundação do óvulo por um espermatozóide,
forma-se o zigoto. Em muitas espécies de
peixes ósseos, o p à  
  , com larvas chamadas  p.

Nos peixes cartilaginosos, a  


 
 à    : o macho introduz seus
espermatozóides no corpo da fêmea, onde os
óvulos são fecundados. O p à 
  : os ovos dão origem a filhotes que
já nascem com o aspecto geral de um adulto,
apenas menores.

Ao lado: m peixe aulistinha na ase larval


acima) e na ase adulta ao lado); espécie é
muito usada em pesquisa biomédica



c 

Nas proximidades de riachos, lagoas, açudes, banhados e outras áreas alagadas, você pode
escutar os sons dos anfíbios - sapos, rãs, pererecas.

O que são anfíbios, afinal? A palavra anbia, de origem


grega, significa "vida dupla", porque esses animais são
capazes de viver no ambiente terrestre na fase adulta,
mas dependem da água para a reprodução.

Na evolução da vida no nosso planeta, os anfíbios foram


os à p    p     à  
 p , embora não efetivamente. Além de
possuírem uma pele muito fina que não protege da
desidratação, eles colocam ovos sem casca, que ficam
ressecados se permanecerem fora da água ou de
ambientes úmidos. Assim, esse grupo de animais,  
      , já que pelo menos uma fase
da vida, da maioria dos anfíbios, acontece na água e
eles precisam dela para a reprodução.

Ô
   
 
Não possuem pêlos nem escamas externas. São incapazes de manter constante a temperatura de
seu corpo, por isso são chamados animais de sangue frio (    à p).

A pele fina, rica em vasos sanguíneos e glândulas, através da respiração, permitem-lhes, a


absorção de água, que funciona como defesa orgânica. Quando estão com "sede", os anfíbios
encostam a região ventral de seu corpo na água e a absorvem pela pele.

As  p em sua pele são de dois tipos: àpp, que produzem muco, e p pp, que
produzem veneno. Todo o anfíbio produz substâncias tóxicas. Existem espécies mais e menos
tóxicas e os acidentes com humanos somente acontecerão se essas substâncias entrarem em
contato com as mucosas ou sangue.
Salamandra

â 
No estágio da vida aquática, quando são larvas, os anfíbios respiram por brânquias, como os
peixes. Quando adultos, vivem em ambiente terrestre e realizam a respiração pulmonar. Como os
seus pulmões são simples e têm pouca superfície de contato para as trocas gasosas, a respiração
pulmonar é pouco eficiente, sendo importante a respiração cutânea - processo de trocas de gases
com o meio ambiente através da pele.

A pele deve, necessariamente, estar úmida, pois os gases não se difundem em superfícies secas.
As paredes finas das células superficiais da pele permitem a passagem do oxigênio para o sangue.
A pele dos anfíbios é bem vascularizada, isto é, com muitos vasos sanguíneos.


 
Na fase adulta, que ocorre no ambiente terrestre, os anfíbios são   p. Alimentam-se de
minhocas, insetos, aranhas, e de outros vertebrados.

A , em algumas espécies de anfíbios é uma das


suas características adaptativas mais importantes. Os
sapos caçam insetos em pleno vôo, utilizando a língua que
é presa na parte da frente da boca e não na parte mais
interna. Quando esticada para fora da boca, a língua
desses animais alcança uma grande distância, além de ser
pegajoso, outro fator facilitador na captura da presa.

Possui estômago bem desenvolvido, intestino que termina


em uma cloaca, glândulas como fígado e pâncreas. Seu
sistema digestor produz substâncias capazes de digerir a
"casca" de insetos.

Os anfíbios fazem a sua excreção através dos rins, e sua


urina é abundante e bem diluída, isto é, há bastante água
na urina, em relação às outras substâncias que a formam.

Ô
 
Os anfíbios têm  
   (o sangue circula dentro dos vasos). Como ocorre mistura de
sangue venoso (rico em gás carbônico) e arterial (rico em oxigênio) a circulação neste grupo de
animais é do tipo incompleta. O coração dos anfíbios é dividido em três cavidades:  p  p
  p  à  .
â

O lugar para a reprodução dos anfíbios varia entre as espécies. Pode ser uma poça transitória
formada após uma chuva, um rio, lago ou um açude. Há também os que procriam na terra, desde
que seja bem úmida.

O acasalamento da maioria dos anfíbios acontece na água. O coaxar do sapo macho faz parte do
ritual "pré-nupcial". A fêmea no seu período fértil é atraída pelo parceiro sexual por meio do seu
canto e do seu coaxar.

Esse canto varia de acordo com a espécie. A maioria das


espécies possui dois ou três tipos de cantos diferentes.
Além do canto nupcial (que atrai as parceiras), há os
cantos de advertência com os quais o macho defende
seu território da aproximação de outros machos.

A fêmea com o corpo cheio de óvulos é agarrada pelo


macho com um forte "abraço". Esse "abraço" pode levar
dias, até que a fêmeo lance os seus gametas (isto é, os
seus óvulos) na água. Então o macho também lança os
seus espermatozóides, que fecundam os óvulos, cujo
desenvolvimento ocorre na água.

O sapo, a rã e a perereca realizam fecundação externa.


A salamandra e a cobra-cega realizam fecundação
interna.

Nos numerosos ovos protegidos por uma grossa camada de substâncias gelatinosa, que
geralmente se prendem às plantas aquáticas, as células vão se dividindo e formando embriões. Os
ovos fecundados eclodem e as larvas denominadas  p, vivem e crescem na água até
realizarem a metamorfose para a vida adulta.

 

A metamorfose envolve uma série de transformações e é um


processo bastante lento que transforma o anfíbio jovem (girino) em
adulto. Durante esse processo desaparecem as brânquias e
desenvolvem-se os pulmões. E surgem também as patas no corpo do
animal.

Nessa fase, os girinos se alimentam primeiramente da própria


gelatina que os envolve e depois de algas e plantas aquáticas
microscópicas.

Reproduzem-se através de ovos moles e sem casca, postos na água


ou em lugares encharcados, dando origem a uma larva e depois a um
adulto através do processo de metamorfose. Existem exceções a essa
regra, alguns deles são vivíparos.

Em geral, não existe cuidado com a prole dentre os anfíbios.


São divididos em três grupos: os sapos, as rãs, as pererecas Anura, as salamandras Cauda ta e as
Cecília Apoda.

m
 

Das cerca de 3.500 espécies de sapos, rãs e pererecas catalogadas no mundo, mais de 600
ocorrem no Brasil. De acordo com a forma do corpo, os animais classificados como os anfíbios
estão ordenados da seguinte maneira:



Ô 
As cecílias são anfíbios, vermiformes, que não têm membros e que vivem enterradas.

Em decorrência, seus olhos são muito pequenos e


usam receptores químicos para detectar suas presas.
Podem ser aquáticas ou terrestres, mas todas respiram
através de pulmões.

Alimentam-se de presas alongadas como minhocas,


vermes, larvas de insetos e provavelmente também de
peixes pequenos. A Cecília é encontrada em regiões
tropicais. No Brasil existem espécies aquáticas na
Amazônia e terrestres por grande parte do território.
São difíceis de encontrar, pois vivem em locais úmidos,
enterradas no solo.

Os machos desse grupo possuem um órgão reprodutor


chamado de  , assim a fecundação nas Cecília é
interna.

Algumas espécies de Cecília são   p e outras vivíparas, no caso das   p as fêmeas
cuidam dos ovos até o nascimento.
?

 p
Os anuros são um grupo de anfíbios que não possuem cauda e possuem estrutura de esqueleto
adaptada para locomoção aos saltos. A diversidade de anuros é enorme e este grupo está
presente em todos os continentes. Existem anuros adaptados à vida aquática e terrestre.

Todos são carnívoros, em geral utilizam a visão para a detecção da presa, portanto é importante
que haja movimento. Esses animais possuem uma grande variedade de estratégias reprodutivas,
que vão desde o desenvolvimento direto dos girinos, que nascem após dez dias, e que depois de
uma série de metamorfoses transformam-se em sapinhos.
O sapo captura suas presas com a língua ágil. Ele
fecha os olhos para engolir o alimento. Atitude que é
uma necessidade fisiológica: os grandes olhos são
forçados para cavidade bucal a assim ajudam a
empurrar os alimentos para a garganta abaixo.

Os sapos são muito úteis ao homem porque com seu


grande apetite comem muitos vermes, lagartas e
insetos nocivos de várias espécies. A parte mais
fascinante da reprodução dos anuros é, entretanto a
vocalização do macho para atrair a fêmea. Cada
espécie produz um som diferente originando grande
variedade de sons emitidos. São capazes de emitir
também sons de agonia e de defesa de território.

p

As rãs são popularmente conhecidas como anuros. São bastante


ligadas à água e bons nadadores. No Brasil, ocorre apenas uma
espécie de rã verdadeira que é encontrada na Amazônia. Seus
membros posteriores são longos e adaptados à natação e aos
saltos.

p p "   p" ppà àà p   p  p


p àà p p   p (como num pé de pato).

Alimentam-se de caramujos, lesmas e insetos, apanhando-os


com a língua. O acasalamento dura 24 horas. A fêmea põe 2.000
ou 3.000 ovos com cerca de 2 mm de diâmetro.

A carne da rã é bastante apreciada. Existem criadouros para


exploração comercial.

½  p

A perereca pertence à família das Racoforídeas. Existem cerca de


150 espécies. Sua pele é mais lisa que as dos sapos.    
pp p  à  p      p
à p  p p  p à   p   p
p Ela é dotada de membranas elásticas estendidas entre
os dedos, que formam uma espécie de pipa.

Encurvando o tórax e estendendo as pernas, as pererecas podem


realizar vôos de quase 2 metros. Quando vão botar seus ovos,
escolhem uma árvore pendente sobre o pântano, esses ovos
depositados nas folhas, são envolvidos por uma substância
pegajosa, muito parecida com claras batidas em neve.

Quando nascem os girinos, fabricam uma substância que os livra


desta massa pegajosa caindo então no pântano e só assim
começa sua vida aquática.

As pererecas são comumente encontradas em banheiros de casas de chácaras e sítios.


?

à p 


As salamandras comuns são chamadas pelo nome científico de alamandra terrestre. Habitam
regiões arborizadas. 6ivem principalmente na Europa e no norte da África e têm hábitos
essencialmente noturnos. Normalmente elas hibernam.

Elas diferem em tamanho e no jogo de cores das costas. Algumas medem cerca de 14 a 20
centímetros.

Secretam um veneno que as protege de predadores. Esse veneno é produzido por glândulas
localizadas na parte de traz da cabeça e é muito forte. Um cachorro que tentar comer uma
salamandra pode morrer.

Ao contrário de outros anfíbios, a salamandra comum se acasala em terra firme. Os machos, que
são muito ativos, correm de uma fenda a outra à procura de fêmeas. Depois da fecundação, os
ovos se desenvolvem dentro do órgão genital da fêmea.

As larvas nascem da fêmea numa corrente de água. Sofrem metamorfose, tornam-se adultas e
perdem a capacidade de viver dentro da água.

à p  p p



m 

Os répteis (do latim reptare, 'rastejar') abrangem cerca de 7 mil espécies conhecidas. Eles
surgiram há cerca de 300 milhões de anos, tendo provavelmente evoluído de certos anfíbios.
Foram os primeiros vertebrados efetivamente adaptados à vida em lugares secos, embora alguns
animais deste grupo, como as tartarugas, sejam aquáticos.

A Terra já abrigou formas gigantescas de répteis, como os pp p. Hoje esse grupo é
representado por animais de porte relativamente menor, como os jacarés, tartarugas, cobras e
lagartos.

c 
Os répteis têm o corpo recoberto por uma pele seca e praticamente impermeável. As células mais
superficiais da epiderme são ricas em   , o que protege o animal contra a desidratação e
representa uma adaptação à vida em ambientes terrestres. A pele pode apresentar escamas
(cobras), placas (jacarés, crocodilos) ou carapaças (tartarugas, jabutis).
Escamas de cobras.

*  
  
Os répteis, assim como os peixes e os anfíbios, são animais    à p a temperatura do
corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente.

â 
  

A respiração dos répteis é pulmonar; seus pulmões são mais desenvolvidos que os dos anfíbios,
apresentando dobras internas que aumentam a sua capacidade respiratória.

Os pulmões fornecem aos répteis uma quantidade suficiente de gás oxigênio, o que torna
"dispensável" a respiração por meio da pele, observada nos anfíbios. Aliás, com a grande
quantidade de queratina que apresenta, a pele torna-se praticamente impermeável, o que
impossibilita a aquisição de gás oxigênio.

O coração da maioria dos répteis apresenta dois átrios e dois ventrículos parcialmente divididos.
Nos ventrículos ocorrem mistura de sangue oxigenado com sangue não-oxigenado. Nos répteis
crocodilianos (crocodilo, jacarés), os dois ventrículos estão completamente separados, mas o
sangue oxigenado e o sangue não-oxigenado continuam se misturando, agora fora do coração.

c   
Em sua maioria, os répteis são animais carnívoros; algumas espécies são herbívoras e outras são
onívoras. Eles possuem sistema digestores completo. O intestino grosso termina na cloaca.

m 
Os répteis possuem órgãos dos sentidos que
lhes permitem, por exemplo, sentir o gosto e
o cheiro das coisas. Os olhos possuem
pálpebras e membrana nictitante, que
auxiliam na proteção dessas estruturas. Eles
têm glândulas lacrimais, fundamentais para
manter a superfície dos olhos úmida fora da
água.

Destacamos aqui uma estrutura existente


entre os olhos e as narinas de cobras,
chamada pp    !  =. Ela
possibilita que a cobra perceba a presença de
outros animais vivos por meio do calor emitido
pelo corpo deles.

Embora os répteis não tenham orelha externa, alguns deles apresentam conduto auditivo externo
e curo, que fica abaixo de uma dobra da pele, de cada lado da cabeça. Na extremidade de cada
conduto auditivo situa-se o tímpano, que se comunica com a orelha média e a interna. 6ários
experimentos comprovam que a maioria dos répteis é capaz de ouvir diversos sons.

Ô  
6amos conhecer as principais ordens em que se divide a classe dos répteis.


 

São as   p, os  p e os  p. Têm o


corpo recoberto por duas carapaças: a carapaça
dorsal, na parte superior do corpo, e o plastrão, na
parte inferior. Essas duas carapaças são soldadas
uma à outra. Há aberturas apenas para a saída do
pescoço, dos membros anteriores e posteriores e da
cauda.

As tartarugas são aquáticas e podem viver em água


doce ou salgada; suas pernas têm a forma de
nadadeiras, o que facilita a locomoção na água. Os
jabutis são terrestres e seus dedos são grossos. Os
cágados vivem em água doce e seus dedos são
ligados por uma membrana que auxilia na natação.

Esses animais não têm dentes. A boca apresenta um


bico córneo. 

Ô 
São os   p e os  p. Grandes répteis
aquáticos, os crocodilianos têm corpo alongado e
recoberto por placas córneas. Possuem quatro
membros, que são usados para a locomoção
terrestre e aquática.

O jacaré tem a cabeça mais larga e arredondada


do que a dos crocodilianos, e, quando fecha a
boca, seus dentes não aparecem. Já o crocodilo
tem a cabeça mais estreita e, mesmo com a boca
fechada, alguns dentes são visíveis.

Jacarés e crocodilos habitam regiões tropicais,


geralmente às margens dos rios.

No Brasil só existem jacarés. Eles são


encontrados na Amazônia e no Pantanal Mato-
Ô   Grossense.



ë 

São os  p e as p  p (estas mais comumente chamadas de cobras). Esses animais


têm a pele recoberta por escamas e dividem-se em dois grupos menores: lacertílios e ofídeos.

r  p  Compreendem os lagartos, os camaleões e as


lagartixas, répteis de corpo alongado, com a cabeça curta e
unida ao corpo por um pequeno pescoço. Possuem quatro
membros, sendo os anteriores mais curtos que os posteriores.

m p  Compreendem as serpentes ou cobras, répteis que não têm


pernas. A grande maioria desses animais possui glândulas que fabricam
veneno. #à p    
    pp  p p
 p    p  à p    Os dentes têm
um canal ou sulco que se comunica com as glândulas produtoras de
veneno. No momento da picada, o veneno escoa por esse canal e é
inoculado no corpo da presa.

?

â

O sistema reprodutor dos répteis foi um importante fator de adaptação desses animais ao
ambiente terrestre. Os répteis fazem a  
   : o macho introduz os
espermatozóides no corpo da fêmea.
A maioria é   , ou seja, a fêmea põe ovos, de onde saem os filhotes. Esses ovos têm casca
rígida e consistente como couro. Os ovos se desenvolvem em ambiente de baixa umidade.

A fecundação interna e os ovos com casca representam um marco na evolução dos vertebrados,
pois impediram a morte dos gametas e embriões por desidratação. Assim, em ralação a
reprodução, os répteis tornaram-se     p  . A tartaruga marinha e muitos
outros répteis aquáticos depositam os seus ovos em ambiente terrestre. Eles ficam cobertos de
areia e aquecidos pelo calor do Sol.

O ovo é rico em vitelo - substância que nutre o


embrião - e é capaz de reter a umidade. Na
casca há poros, pequenos orifícios que
permitem a entrada de oxigênio do ar e a saída
de gás carbônico, ou seja, a troca de gases.
Isso ajuda a manter o embrião vivo.

A maioria dos répteis não precisa cuidar dos


seus ovos e filhotes. Os filhotes quando
"prontos" saem da casca usando seus próprios
recursos. Porém, tanto o jacaré, quanto o
crocodilo têm muito cuidado com os ovos e os
filhotes. A fêmea põe os ovos no ninho e fica
por perto até o nascimento dos filhotes, que são
carregados na boca até a água, onde ficam com
a mãe. Alguns chegam a permanecer com a
mãe por mais de três anos.

Existem também os répteis em cujos ovos, já na ocasião da postura, há filhotes formados. Os


ovos ficam retidos com o embrião em um canal no corpo da fêmea, enquanto se desenvolvem,
como ocorre em algumas cobras. Quando os ovos saem do corpo da fêmea, os filhotes dentro
deles já se encontram formados. A casca desses ovos é bem fina, como uma membrana,
permitindo a saída dos filhotes logo após a postura. Esses animais são classificados como
ovovivíparos. Há ainda alguns répteis vivíparos, que produzem filhotes já "prontos", sem terem se
desenvolvido em ovos, como certas espécies de lagartos.

c 

As p compreendem um grupo muito grande e bonito de animais. Chamam a atenção pela
beleza e pelo canto. São os únicos animais que possuem p. A conquista do vôo permitiu a
estes animais habitarem locais de difícil acesso e até impossível para outras espécies. Apresentam
outra grande adaptação à vida terrestre, a à  à , que é a manutenção da temperatura
corporal, regulada pelo próprio metabolismo. O estudo das aves é chamado Ornitologia.

As aves evoluíram a partir dos répteis e muitas modificações ocorreram para que elas
conquistassem todo esse modo de vida. Os ovos passaram a se desenvolver fora do corpo da
fêmea, aparecimento de penas, os membros anteriores deram origem à asas, a excreção
nitrogenada é o ácido úrico, num composto pastoso para economizar água, perda da bexiga,
endotermia, separação da circulação venosa e arterial, sacos aéreos que ajudam na diminuição da
densidade e dissipam calor, corpo aerodinâmico e elaboração da voz e da audição.

*
 

A pele é delgada, flexível e frouxamente presa à musculatura subjacente. Não possuem glândulas,
com exceção da      , que fica próxima à base da cauda, onde a ave passa o
bico, recolhendo a secreção e passa nas penas para impermeabilizar e também evitar que o bico
fique quebradiço.
As penas são leves e flexíveis. Crescem a
partir dos folículos que estão na pele, formam
uma isolação térmica e protegem a pele, além
de terem uma enorme importância no vôo.

Existem vários tipos de pena como: penas de


contorno, plumas, filoplumas, cerdas e
plumas pulverulentas.

Durante o crescimento da ave, os pigmentos


são depositados nas penas, resultando na
coloração destas. O conjunto de todas as
penas é chamado plumagem. O processo de
troca das penas é chamado de muda.

ë


Os ossos das aves precisam ser leves e


delicados para o vôo e muitos possuem
cavidades para a diminuição do peso, são
chamados ppp à p.

No esterno possuem a quilha ou carena, local


onde os músculos peitorais se inserem, estes
são responsáveis pelos batimentos da asa.



 


Para maior agilidade destes animais, assim como nos mamíferos, os músculos dos membros são
aumentados. Os músculos peitorais das aves são responsáveis pelo movimento da asa durante o
vôo e se inserem na quilha.

Como as pernas e patas não possuem penas, elas possuem poucos músculos para evitar a perda
de calor e garantir uma forma mais aerodinâmica.


 °

A língua das aves é pequena, pontiaguda e possui um


revestimento córneo. O formato do bico é adaptado à
dieta de cada espécie e não possui dentes.

O sistema digestores é formado por boca, uma faringe


curta, esôfago tubular que se dilata no papo, local onde o
alimento fica armazenado e é umedecido. O estômago é
dividido em pro ventrículo, que secretas enzimas, e
ventrículo ou moela, onde o alimento é triturado pelos
movimentos dos músculos. O intestino delgado termina
no reto, há dois cecos, a cloaca e o ânus. A cloaca é a
saída dos aparelhos reprodutor e excretor.

Ô
 

A circulação é fechada e o coração tem 2 átrios e 2


ventrículos completamente separados, persistindo o arco
aórtico sistêmico direito.

Não há mistura entre sangue venoso e sangue arterial e


isso é muito importante na regulação da temperatura. As
hemácias são ovais e nucleadas.




 â 

Os pulmões das aves são compactos e muito eficientes.


Estão ligados à estruturas muito importantes chamadas
pp  p, que trabalham para a diminuição da
densidade da ave durante o vôo.

Na base da traquéia há uma estrutura chamadap ,


com músculos vocais, responsáveis pelo canto.

Esses sons emitidos pelas aves possibilitam a


comunicação entre indivíduos da mesma espécie - o que
é importante para a defesa do animal, para a marcação
do território, e para aproximar machos e fêmeas no
período reprodutivo. Há aves, como o avestruz e o
urubu, que não possuem a si ringe.

ë 

As aves não têm bexiga. Os rins se comunicam diretamente com a cloaca por dois canais. A urina
é esbranquiçada, meio pastosa e eliminada junto com as fezes.

  

O cérebro de uma ave é proporcionalmente maior que o cérebro de um réptil e possuem 12 pares
de nervos cranianos.
â


As aves são dióicas, com fecundação interna, ovíparas e com desenvolvimento direto. A
fecundação ocorre geralmente na região superior do oviduto, as glândulas da parte posterior
secretam as membranas da casca quando o ovo está pronto para a postura.

A fêmea possui apenas um ovário, que produz grandes óvulos. O óvulo, também chamado de
gema, quando fecundado pelo espermatozóide masculino, forma o zigoto, embrião do novo ser
vivo. Passando por um longo canal, o ovo sai pela cloaca.

Os ovos são chocados pela fêmea, pelo macho


ou pelos dois, geralmente, em ninho. O corpo
da ave adulta sobre os ovos lhes garante o
calor necessário para desenvolver o embrião. O
período de incubação dura de 20 a 30 dias.

Nos ovos, existem substâncias (o vitelo) que


nutrem o filhote em formação. A casca é porosa
e apresenta minúsculos orifícios, que permitem
a troca de gases, mas não a saída da água do
interior do ovo, o que deixaria o embrião
desidratado e o levaria a morte.

m 

Os mamíferos formam o grupo mais evoluído e mais conhecido dos cordados. Nesta classe
incluem-se as toupeiras, morcegos, roedores, gatos, macacos, baleias, cavalos, veados e muitos
outros, o próprio homem entre eles. Todos (com raras exceções) apresentam o corpo coberto de
pêlos e têm temperatura interna constante.

Os cuidados com a prole são os mais desenvolvidos do reino animal e atingem o seu clímax com a
espécie humana. São, ainda, extremamente adaptáveis, modificando o seu comportamento de
acordo com as condições do meio. Alguns grupos, principalmente primatas, formam sociedades
muito complexas.
Uma característica única dos mamíferos é a capacidade de brincar. Os jovens mamíferos
aprendem quase tudo o que necessitam saber para a sua vida adulta através de brincadeiras,
onde as crias experimentam, entre si e com adultos, as técnicas de caça, luta e acasalamento.
Estas brincadeiras estabelecem freqüentemente uma hierarquia que se manterá na fase adulta,
evitando conflitos potencialmente perigosos para os indivíduos.

Os antepassados dos mamíferos foram um grupo de


répteis designados terapsídeos. Estes animais eram
pequenos carnívoros ativos e viveram no período
Trisseco (225 m.a. atrás).

Além de importantes diferenças a nível do crânio, os


terapsídeos desenvolveram um esqueleto mais leve e
flexível, com os membros alinhados por baixo do corpo,
°p  à   p  à tornando-os mais ágeis e rápidos.
  p p

A transição de réptil para mamífero terminou há cerca de 195 M.a., coincidindo com a ascensão
dos dinossauros, ameaçando os recém-formados mamíferos de extinção. No entanto, a sua
capacidade de controlar a temperatura interna talvez explique porque os mamíferos sobreviveram
ao arrefecimento global do fim do Mesozóico.

c      


A pele é formada por duas camadas principais:   à   à. As  p localizadas
na derme (pp ± lubrificam e impermeabilizam o pêlo e produzem substâncias odoríferas
usadas na comunicação entre os animais, p    p ± auxiliam a regulação da temperatura e a
excreção de sais, e mamárias ± geralmente mais numerosas que o número médio de crias por
ninhada) são um dos aspectos mais marcantes do revestimento dos mamíferos.

O cão, o gato e o rato não possuem glândulas sudoríparas. A respiração ofegante do cão e as
lambidas que o gato dá em si mesmo ajudam a resfriar o corpo.

Abaixo da derme, com os vasos sanguíneos que alimentam a epiderme e nervos sensoriais, existe
uma camada de gordura subcutânea mais ou menos espessa, dependendo do habitat do animal.
O conjunto de pêlos designa-se à, onde cada um cresce a partir de um folículo, tal como
as penas das aves ou as escamas dos répteis. O pêlo é uma sucessão de células fortalecidas
com  . A pelagem é sempre composta por dois tipos de pêlos: um interno, macio e
isolante, e outro externo, mais espesso e que protege o corpo e dá cor, permitindo a camuflagem.

Algumas espécies têm a cobertura de pêlos reduzida, mas


estes são sempre mudados periodicamente (cada pêlo é
mudado individualmente, formando-se um novo a partir do
mesmo folículo).

São produzidas pela epiderme outras estruturas como


as p, p e pp (que crescem permanentemente
a partir da base para compensar o desgaste), bem como
chifres e cornos (com centro ósseo e permanentes) e
armações (caem anualmente).

O corno do rinoceronte é um caso particular destas


estruturas, pois apesar de não cair anualmente é composto
por um emaranhado denso de pêlos.

O esqueleto é totalmente ossificado, permanecendo Ô p    p   pp


cartilagem apenas nas zonas articulares. àà p  p

O focinho é geralmente estreito. O tronco apresenta costelas ligadas ao esterno, formando uma
caixa torácica muito eficiente nos movimentos respiratórios.

Os mamíferos apresentam tipicamente quatro patas (exceto cetáceos, onde não existem membros
posteriores) com 5 dedos (ou menos) com garras, unhas, cascos ou almofadas carnudas e
adaptadas variadamente a andar, correr, trepar, cavar, nadar ou voar.
ëp   à  

A marcha quadrúpede é a mais comum, mas existem muitas espécies bípedes, como os cangurus
ou o homem.

Associado ao modo de deslocação está a forma de contato da pata


com o solo: os animais    p (ursos, por exemplo)
assentam o calcanhar, metapódio e dedos dos membros no chão,
enquanto os    p (canídeos, por exemplo) apenas apóiam
os dedos.

Os  p (cavalos, por exemplo) apenas apóiam a ponta de


um ou dois dedos. Nos marsupiais o segundo e terceiro dedos dos
membros posteriores estão fundidos, originando um só dígito com
duas garras.

As extremidades localizam-se por baixo do corpo e não para o lado


como nos répteis, o que não só sustenta melhor o peso do corpo,
mas também permite maior velocidade e reflexos.

A velocidade está igualmente associada à flexibilidade da coluna


vertebral (chita, por exemplo, acrescenta cerca de 30 Km/h à sua
velocidade máxima devido ao efeito de mola da sua coluna) e ao
aumento do comprimento da zona inferior dos membros (gazelas,
A) Plantígrado B) Digitígrado C) por exemplo).
Ungulado.

m   ? ? 


 ?

Alguns mamíferos apresentam sentidos mais desenvolvidos do que outros.

O morcego, por exemplo, tem ótima audição; a onça tem


olfato apurado e o gato tem excelente visão. A informação
táctil provém não só da superfície do corpo, mas também
de bigodes. Na língua localizam-se receptores do gosto em
papilas especializadas.

Os mamíferos são considerados animais inteligentes,


embora a inteligência seja difícil de definir. Geralmente
considera-se indicador de inteligência a capacidade de
aprendizagem associada a flexibilidade de comportamento.
Estas capacidades permitem solucionar problemas
relacionados com a invasão de novos habitats e de captura
de presas, por exemplo.
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A maioria dos mamíferos gera os seus


filhotes dentro do útero da fêmea.
Quase todos os filhotes de mamíferos
nascem diretamente do corpo da mãe
e em estágio avançado de
desenvolvimento, ou seja, já nascem
com a forma semelhante à que terão
quando forem adultos.

Os filhotes mantidos dentro do corpo


da fêmea durante um período maior
ficam mais protegidos do que os que
terminam o seu desenvolvimento no
interior de ovos (como acontece com
ëp  àà  p  à      à & aves e répteis, por exemplo).
pàp  p 

Embora a viviparidade limite o
número de filhotes por gestação, é
um fator que se revelou vantajoso
evolutivamente, aumentando as
chances de sobrevivência e o sucesso
reprodutivo.

Enquanto o filhote está se


desenvolvendo no útero materno,
recebe nutrientes e oxigênio através
da placenta, pelo cordão umbilical. A
placenta é uma estrutura formada por
parte do corpo da mãe e parte do
corpo do feto. Também é pela
placenta que o feto elimina as
excretas, que são restos produzidos,
por exemplo, o gás carbônico.

Podem nascer um ou mais filhotes,


pois o número varia dependendo da
espécie. Após o nascimento, o filhote
se alimenta do leite materno e recebe
 os cuidados da mãe - às vezes do pai
- na primeira fase da vida. Os bebês
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de certas espécies de baleias, por
p 

exemplo, chegam a mamar
quinhentos litros de leite num só dia.

Ô   



Os mamíferos dividem-se em três grandes grupos em relação à reprodução, embora todos
apresentem sexos separados, a fecundação seja interna e as crias sejam alimentadas com leite
secretado pelas glândulas mamárias da fêmea:

D? à à p - neste grupo incluem-se o ornitorrinco e o equidna, animais que põem
ovos semelhantes aos dos répteis, donde nasce um minúsculo embrião que se desloca
para uma bolsa, onde termina o seu desenvolvimento lambendo leite produzido pela mãe,
pois não existem mamilos (ao contrário dos restantes dois grupos);
Equidna

Ornitorrinco

D? à p  p - neste grupo, onde se incluem os cangurus, entre outros, não existe


placenta para nutrir o embrião durante o seu desenvolvimento no útero. Assim, ao
nascer, os marsupiais não se encontram totalmente desenvolvidos. As fêmeas possuem
um sistema reprodutor "duplo", com dois úteros e duas vaginas laterais.

As crias nascem através de um canal de nascimento central independente, que se forma antes de
cada parto, podendo ou não permanecer aberto. Por esse motivo, em algumas espécies o pênis do
macho é bifurcado.

A maioria das espécies termina o seu desenvolvimento no interior de uma bolsa externa no corpo
da fêmea - marsúpio. Em muitas espécies as fêmeas acasalam novamente durante a gravidez,
mas o embrião apenas se desenvolverá após a cria anterior abandonar o marsúpio - diapausa
embrionária;

D?   p - este é o maior grupo de mamíferos, dominando totalmente a


classe e os habitats terrestres atuais. Os ovos amnióticos são geralmente minúsculos e
retidos no útero da fêmea para o desenvolvimento, com a ajuda de uma placenta que
fornece fixação e nutrientes (oxigênio e alimentos). Em sentido contrário passam as
excreções do embrião. Ao nascer, os placentários encontram-se num estado de
desenvolvimento superior ao dos marsupiais.
Este método reprodutivo, embora implique a produção de um menor número de descendentes,
permite um grande sucesso pois aumenta grandemente as probabilidades de sobrevivência dos
descendentes.

O leite produzido pelas fêmeas de mamífero é muito rico em gorduras e proteínas, o que o torna
altamente nutritivo, mas fornece igualmente anticorpos que ajudam o juvenil a desenvolver-se
saudável. Dado que os jovens não necessitam de procurar o seu próprio alimento nas primeiras
semanas, permite um início de vida mais seguro que nos outros grupos de vertebrados.

As ninhadas podem ter até 20 crias ou apenas uma, com períodos de gestação de apenas 12 dias
(bandicute, um tipo de marsupial omnívoro) até 22 meses (elefante africano).

Os machos apresentam órgão copulador (pênis) e os testículos estão geralmente num escroto
externo ao abdômen.

Os mamíferos comunicam ativamente entre si, seja por meio de odores produzidos pelas glândulas
odoríferas (localizadas na face, patas ou virilhas), urina ou fezes, ou por posições do corpo,
expressões faciais, tacto e ruído, que podem formar mensagens complexas.

A socialização tem início logo após o nascimento através de sinais entre progenitores e crias,
continuando na juventude com a interação entre crias (brincadeiras). Algumas espécies apenas
interagem para acasalar, mas a grande maioria forma grupos, permanentes ou temporários.

A unidade social tem várias vantagens, nomeadamente a segurança e facilidade de obtenção de


alimento, mas existem outros aspectos importantes. Geralmente a gestão do espaço implica que o
grupo, o casal ou o indivíduo defenda o seu território de intrusos da mesma espécie e do mesmo
sexo.

Algumas espécies, como as focas ou os elefantes, os sexos vivem separados a maior parte do ano,
vivendo os machos isolados ou em pequenos grupos de solteiros. Nesse caso, a concorrência para
acasalar é feroz, sendo os machos melhor sucedidos os maiores, mais fortes e melhor equipados
(hastes, chifres ou presas).

Outras espécies, como as zebras, formam pequenos haréns com um único macho, sendo os
restantes expulsos para grupos de solteiros, a não ser que vençam o macho dominante em
combate, roubando-lhe as fêmeas.

O tipo de grupo social mais complexo é formado por vários machos e várias fêmeas, e, quase sem
exceção, é reservado a primatas e carnívoros sociais. Nos primatas forma-se geralmente uma
hierarquia em permanente mudança, sendo os machos de posição mais elevada os primeiros a
acasalar. Nos leões, os machos (geralmente irmãos) colaboram na defesa das fêmeas, não
competindo pelo acasalamento. Nos lobos e mabecos, as alcateias ou matilhas são formadas por
um casal alfa, o único que acasala e pelos filhos de anos anteriores, que em vez de formarem
novas alcateias permanecem e ajudam a criar os irmãos mais novos.

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