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MARINGÁ
2019
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MARINGÁ
2019
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu querido avô, José Machado, que faleceu no dia 04 de
novembro de 2018, o qual foi um exemplo de integridade, força, fé, honestidade,
companheirismo, compaixão e, principalmente, determinação.
A este homem, que nunca deixou de acreditar em sua neta, e que, em todos os
momentos desde a pré-escola, vibrou com todas as vitórias, e esteve presente em todas as
derrotas, permitindo que a vida fosse mais leve, minha eterna gratidão.
4
AGRADECIMENTOS
A todos que direta ou indiretamente me ajudaram a chegar até aqui, deixo os meus
mais sinceros sentimentos de gratidão.
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“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação, mas, se você
não fizer nada, não existirão resultados” – Mahatma Gandhi
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RESUMO
ABSTRACT
Infant mortality is an important indicator of the quality of life of a population due to its
direct connection to environmental infrastructure, access and maternal and child health
conditions. In light of this perspective, the Rede Cegonha Program emerges, which
provides access to quality health for the maternal and child population. Faced with the
possibility of adequacy of the program, the state of Paraná joined the program, naming it as
Rede Mãe Paranaense, which classifies its population as low, medium and high risk,
aiming at articulation and effectiveness in the network. Among the high-risk classification
criteria, there are vertically transmitted diseases, such as syphilis, Acquired
Immunodeficiency Syndrome (AIDS), caused by Human Immunodeficiency Virus (HIV)
and toxoplasmosis. The objective was to analyze the growth and development of children
of mothers with vertically transmitted diseases. Observational, longitudinal and
retrospective study. Data collection was performed with all the children accompanied in a
High Risk Outpatient Clinic of the Rede Mãe Paranaense of the 15th Regional Health of
the State of Paraná, from 2015 to 2018, in addition to secondary data extracted from public
health platforms. Data collected were related to child growth, neuropsychomotor
development and factors associated with treatment withdrawal. For the analysis of child
growth data, the graphics proposed by the World Health Organization were used; for
neuropsychomotor development, the instrument of the early childhood milestones
proposed by Gesell was used. For the factors associated with treatment abandonment,
univariate and Fisher's analyses were performed. The result was expressed using odds
ratio, with a 95% confidence interval, using the Statistical Package for the Social Sciences,
version 20.1. The Human Research Ethics Committee of the State University of Maringá
approved the study, under the number 2.287.476. There was analysis of 136 records of
children enrolled in the high-risk outpatient clinic. Of these, 81 were children of women
with syphilis, 31 of mothers diagnosed with toxoplasmosis and 24 of mothers with HIV.
Regarding the clinical outcome of the children followed up, six had confirmation of
diagnosis of congenital syphilis, five of congenital toxoplasmosis and none had diagnosis
of HIV infection until the time of discharge. Regarding the sex of the attended children, the
majority was female. The predominant gestational age was greater than 37 weeks;
weighing 2,500 grams or more; and Apgar of 1 and 5 minutes of life greater than 8 in the
three diseases studied. Only 11.11% (9) of the children referred by syphilis, 6.5% (2) for
toxoplasmosis and 21% (5) of the children referred by HIV remained in follow-up during
the recommended period. Therefore, the process of follow-up of these children, from their
enrollment, to the moment of discharge or abandonment of treatment, offers preliminary
subsidies to punctuate the main shortcomings of this follow-up, as well as the behavior in
terms of the process of growth and development of this part of the vulnerable population
that integrates the demand of Rede Mãe Paranaense.
RESUMEN
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14
2. REVISÃO TEÓRICA............................................................................................. 17
2.1. MORTALIDADE INFANTIL .............................................................................. 17
2.2. PROGRAMA REDE MÃE PARANAENSE ....................................................... 20
2.3. SÍFILIS .................................................................................................................. 23
2.4. TOXOPLASMOSE ............................................................................................... 25
2.5. HIV ........................................................................................................................ 28
3. JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 31
4. QUESTÃO DE PESQUISA ..................................................................................... 32
5. OBJETIVOS ............................................................................................................ 33
6. MÉTODOS .............................................................................................................. 34
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................ 39
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 60
10. CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO PARA O ENSINO, A PESQUISA E A
PRÁTICA DE ENFERMAGEM ................................................................................. 63
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 64
APÊNDICES................................................................................................................. 77
ANEXOS...................................................................................................................... 80
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1. INTRODUÇÃO
desenvolvimento saudável, é que se optou por incluir todas as crianças, filhos de mães
portadoras do vírus do HIV, na estratitificação de alto risco da RMP (BRASIL, 2017).
As doenças de transmissão vertical devem ser monitoradas, a fim de reduzir e até
mesmo extinguir tal transmissão, visto que são doenças totalmente evitáveis com
assistência correta e de qualidade. Outra donça de transmissão vertical que está incluída na
estratificação alto risco para gestantes e seus filhos, mesmo que estes não apresentem a
forma congênita da doença, é a toxoplasmose.
Estima-se que 30% da população mundial seja infectada ou possua soroprevalência
para a doença; já no Brasil, esta estimativa aumenta para 65%. A taxa brasileira de
incidência de toxoplasmose congênita varia de 1 a 7 casos a cada 1.000 nascidos vivos,
com bastante discrepância entre as regiões do país. Tais dados geram preocupação dos
serviços de saúde, tendo em vista os desfechos desfavoráveis da doença em sua forma
congênita, que incluem neuropatias, disfunções no desenvolvimento neuropsicomotor e até
mesmo a morte (CAPOBIANGO et al., 2016; SILVA et al., 2016).
O acompanhamento das crianças que foram expostas ainda no útero materno a
qualquer uma das doenças supracitadas, prevê a estratificação das mesmas como alto risco,
ainda na instituição de nascimento, bem como alta somente após o agendamento com o
ambulatório da Rede Mãe Paranaense, pois é de suma importância para a saúde do bebê
que o mesmo receba o acompanhamento sistematizado de seu desenvolvimento
(PARANÁ, 2018).
Ainda não estão claros, na literatura, todos os desfechos desfavoráveis que estas
crianças possam desenvolver ao longo de sua infância; porém, já é sabido que as mesmas
possuem maior risco de mortalidade, o que as tornam um grupo vulnerável (FRANK et al.,
2016; KWOFIE et al., 2016).
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2. REVISÃO TEÓRICA
reduzir, já que envolve não só fatores assistenciais e sim fatores biológicos, além de altos
investimentos em prevenção e identificação precoce de problemas relacionados a
malformação do feto, gravidez tardia, problemas genéticos e complicações no parto e pós-
parto (CALDAS et al., 2017; KROPIWIEC et al., 2017; RAMALHO et al., 2018).
Já a mortalidade pós-neonatal, é um parâmetro das condições de vida em que a
população está inserida, como por exemplo: saneamento básico, alimentação adequada,
acesso aos serviços de saúde e distribuição de renda, são dependentes de ações
governamentais e geralmente atinge as populações menos favorecidas (CALDAS et al.,
2017; KROPIWIEC et al., 2017; RAMALHO et al., 2018).
Cabe ressalta que somente o óbito neonatal representa 50% das mortes em menores
de 5 anos no mundo. Cerca de 3,8 milhões de mortes neonatais são registradas em todo o
mundo e destas, 98% são oriundas de países subdesenvolvidos, e as principais causas são:
prematuridade, infecção e asfixia perinatal (SABZEHEI et al., 2018).
Estima-se ainda que, cerca de 22 milhões de bebês nasçam com baixo peso (<
2.500 gramas) e que 95,6% destes nasçam em países subdesenvolvidos. Assim, apesar dos
avanços no acompanhamento materno infantil, estes números não diminuíram
mundialmente nos últimos 10 anos. Trata-se de fator preocupante, já que a combinação de
prematuridade e baixo peso ao nascer, aumenta em 20 vezes a chance de morte, sendo
estes elementos responsáveis por cerca de 70% das mortes neonatais, além de
constituírem-se em fator de predisposição para eventos desfavoráveis na vida adulta
(ABDALLAH et al., 2018; AKBARI et al., 2018; RATOWIECKI et al., 2018).
No Brasil, a implementação de políticas sociais e de saúde como o Programa Bolsa
Família, Estratégia Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde,
voltados para melhoraria das condições de vida e saúde da população, e que visam a
ampliação da cobertura vacinal, melhoria do acesso aos serviços de saúde e ao pré-natal
qualificado e melhoria da distribuição de renda, auxiliaram na redução das taxas de
mortalidade infantil nas últimas décadas. Porém, as medidas que influem apenas o meio
em que as pessoas vivem favorecem principalmente a redução da taxa de mortalidade pós-
neonatal; sendo que a mortalidade neonatal tem suas taxas reduzidas mais lentamente,
visto que depende de investimentos e políticas públicas diferentes das que são executadas
habitualmente. Não obstante tais considerações e ponderações numéricas, há que se
destacar que as taxas de mortalidade infantil brasileira continuam muito mais altas do que
as taxas de países desenvolvidos (FARIA e SANTANA, 2016; QUARESMA et al., 2018).
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2.3. SÍFILIS
mulheres encarceradas, onde a incidência de sífilis congênita é de 58,1 por 1.000 nascidos
vivos (DOMINGUES et al., 2017; KINIKAR et al., 2017; OLIVEIRA et al., 2018;
TAYLOR et al., 2018).
O custo médio diretamente associado a desfechos desfavoráveis decorrentes da
sífilis congênita é estimado pela OMS em 309 milhões de dólares por ano. A mortalidade
por sífilis congênita pode atingir até 40% das crianças infectadas, número muito alto para
uma doença considerada evitável (CERQUEIRA et al., 2017).
Com o propósito de diminuir e eliminar a transmissão de sífilis congênita, a
Oganização Mundial de Saúde estipulou que, até o ano de 2015, a taxa de incidência de SC
a ser alcançada seria de 0,5 casos a cada mil nascidos vivos (AZEVEDO et al., 2017;
PADOVANI et al., 2018).
A luta pela extinção da SC não evoluiu em muitos países: nos Estados Unidos, a
taxa passou de 8,4 em 2008 para 11,6 casos em 2014; no Brasil, a taxa de SC em 2006 era
de dois casos, passando a 6,5 casos por mil nascidos vivos em 2015. Nesta mesma
vertente, a mortalidade por SC no Brasil também disparou, passando de 2,3 óbitos/100.000
nascidos vivos em 2006 para 7,4 em 2015 (AZEVEDO et al., 2017).
A realização do pré-natal é essencial para o diagnóstico precoce da doença,
favorecendo o tratamento imediato e reduzindo as chances da transmissõa vertical da
doença. No Brasil, a cobertura de pré-natal é de 95%, porém já é claro na literatura que
cobertura não significa qualidade de assistência (PADOVANI et al., 2018).
Um estudo brasileiro realizado com 23.894 puéperas sobre o pré-natal,
evidenciou que 98,7% realizaram ao menos uma consulta de pré-natal, 89% possuiam em
sua carteira de gestante ao menos um registro de resultado de exame para sífilis, porém
apenas 41% possuiam registro de um segundo exame de sífilis, muito distante da meta
proposta pela OPAS, que preconiza tratamento adequado a pelo menos 95% das gestantes
infectadas. Outro fator agravante é a estimativa de que no Brasil apenas 12% dos parceiros
sexuais recebem tratamento (COOPER et al., 2016).
Uma das dificuldades relatadas na literatura para o início do tratamento da
doença, é a detecção precoce, visto que existem problemas organizacionais e estruturais
para a realização dos exames laboratoriais convencionais. Nesse sentido, o governo
federal, por meio da estratégia da Rede Cegonha, propôs o teste rápido de sífilis, devido a
sua fácil execução e rapidez, uma vez que o resultado é emitido em 30 minutos,
25
2.4. TOXOPLASMOSE
26
equipe multiprofissional até completar seus dois anos de vida, garantindo a realização
regular de exames de sorologias para toxoplasmose, bem como outros exames diagnósticos
que forem necessários para o bom desenvolvimento da criança (PARANÁ, 2018).
2.5. HIV
Um estudo realizado nos Estados Unidos estima que, se não tratada, 20% das
crianças com HIV podem morrer antes mesmo de completar seis meses de vida e, 50%,
antes de completar dois anos. Assim, faz-se necessário o acompanhamento das crianças
nascidas de mães com o teste de HIV positivo, pois com o tratamento correto, a taxa de
transmissão materno-infantil pode ser reduzida a 1% (PETERS et al., 2016).
Tendo em vista as possíveis complicações que as crianças podem desenvolver, o
Programa Rede Mãe Paranaense prevê a estratificação como alto risco, de todas as crianças
cujas mães apresentavam-se com diagnóstico de HIV durante a gestação, mesmo não
sendo a forma congênita da doença. Assim, nos mesmos moldes das doenças previamente
enumeradas, o objetivo de tal conduta é viabilizar que os centros da RMP, em conjunto
com a atenção primária em saúde, possam acompanhar efetivamente a criança até os dois
anos de idade (PARANÁ, 2018).
31
3. JUSTIFICATIVA
Ante ao exposto, cabe destacar a importância da Rede Mãe Paranaese, que prevê o
acompanhamento de todas as crianças, por meio de consultas multiprofissionais,
viabilizando assim, a verificação do crescimento e desenvolvimento infantil. Estes dois
processos constituem um importante indicador da qualidade de vida e da saúde infantil, já
que conseguem expressar a situação ambiental, socioeconômica e cultural das crianças
avaliadas.
O monitoramento do crescimento e do desenvolvimento infantil possibilita, deste
modo, detectar precocemente os sinais e agravos à saúde, o que permite implementar as
intervenções necessárias para o restabelecimento da vitalidade. Entretanto, existem
evidências de que os serviços de atenção à saúde não estão desenvolvendo tal ação em sua
totalidade, o que contribui para a ocorrência de agravos no desenvolvimento das crianças,
gerando expansão de custos com saúde devido ao aumento do número de internamentos,
levando ao sofrimento de familiares das crianças em estado de doença e à sensação de
insegurança da sociedade frente à fragilidade de tais serviços.
Portanto, faz-se necessária uma avaliação sistemática e contínua dos serviços, de
modo a permitir um planejamento adequado, priorizando as ações de cuidado integral à
saúde da criança.
Neste contexto, é imprescindível o engajamento das equipes de saúde e um olhar
especial, principalmente, do profissional enfermeiro, o qual deve realizar a puericultura
com todo seu conhecimento técnico científico, de modo a contribuir para o
reestabelecimento da saúde da criança e, assim, diminuir as taxas dos óbitos infantis
evitáveis.
32
4. PROBLEMA DE PESQUISA
5. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
6. MÉTODO
A população deste estudo foi constituída por todas as crianças acompanhadas pelo
principal Ambulatório de alto risco da Rede Mãe Paranaense da 15ª Regional de Saúde,
cujas mães apresentaram diagnóstico de sífilis, toxoplasmose ou Vírus da
35
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES
abaixo de 3 e 66,7% (4) com percentil acima de 97. Na quarta consulta, apenas 17 crianças
continuaram no seguimento, sendo que destas, 5,9% (1) apresentaram percentil acima de
97, não se identificando mais crianças com percentil abaixo de 3.
Na quinta consulta, apenas sete crianças ainda seguiam acompanhadas pelo
ambulatório, sendo que destas, 43,9% (3) apresentaram medidas fora do padronizado,
sendo que uma estava abaixo e outras duas, acima dos limites percentis esperados,
respectivamente (P3 e P97). Na sexta consulta, havia apenas duas crianças ainda em
acompanhamento por sífilis materna, sendo que uma delas apresentou medidas acima do
percentil 97.
Foram encontrados estudos de coorte que avaliaram o seguimento das crianças
cujas mãe possuíam sífilis durante a gestação ou mesmo com sífilis congênita. Porém, até o
momento, não foram encontrados na literatura estudos com ênfase no acompanhamento de
crescimento de crianças, filhos de mulheres inscritas na RMP com doença de transmissão
vertical, especificamente. Os estudos encontrados envolvendo tais populações, se
restringiram a descrever as características de exames ou de morbimortalidade desta
clientela (MIGOTO, 2016; MAGALHÃES et al., 2017).
Com relação ao acompanhamento do crescimento das crianças cadastradas pelo
critério de risco de toxoplasmose materna, verificou-se na primeira consulta um percentual
de 48,4% desta clientela fora da faixa de percentil considerada adequada pela OMS, sendo
que 53,3% (8) estavam abaixo do percentil 3, e 46,7% (7), estavam acima do percentil 97.
Na segunda consulta, o percentual de crianças fora da faixa de normalidade foi de 35,5%,
sendo 54,5% (6) abaixo do percentil 3, e 45,5% (5) acima do percentil 97.
Na terceira consulta, houve perda de 35,5% da amostra (11), de modo que, das
crianças que continuaram o acompanhamento, 62,5% (5) estavam abaixo do percentil 3 e
37,5% (3) estavam acima do percentil 97. Na quarta consulta, havia apenas 10 crianças em
seguimento, das quais 20% (2) apresentaram percentis abaixo de 3. Na quinta consulta, não
havia pacientes em acompanhamento fora dos padrões de crescimento esperados para a
idade, e não houve nenhuma criança que realizou mais de cinco consultas.
Um estudo de coorte realizado em Porto Alegre, que definiu o percentil abaixo de
10 como baixo peso, evidenciou que 25,7% dos bebês nascidos de mães com toxoplasmose
nasceram pequenos para a idade gestacional (BISCHOFF et al., 2015). Não foram
encontrados na literatura outros estudos que avaliassem percentis de altura, peso e
45
Tabela 2. Distribuição de crianças com percentil abaixo de 3 e acima de 97, segundo altura,
peso e perímetro cefálico durante as consultas de acompanhamento no ambulatório de alto
risco, de acordo com diagnóstico de DTV Maringá – PR, 2018.
Sífilis Toxoplasmose HIV
N % N % N %
1ª Consulta
Altura 15 18,5 7 22,6 7 29,2
Peso 10 12,3 10 32,3 7 29,2
PC 14 17,3 9 29,0 5 20,8
2ª Consulta
Altura 8 9,9 4 12,9 4 16,7
Peso 11 13,6 7 22,6 2 8,3
PC 14 17,3 7 22,6 5 20,8
3ª Consulta
Altura 4 12,1 6 30 1 4,5
Peso 2 6,1 2 10 3 13,6
PC 2 6,1 2 10 3 13,6
4ª Consulta
Altura 0 - 2 20 1 6,7
Peso 1 5,9 1 10 3 20
PC 1 5,9 1 10 2 13,3
5ª Consulta
Altura 1 14,3 - - 1 33,3
Peso 1 14,3 - - - -
PC 0 - - - - -
6ª Consulta
Altura 1 50 - - - -
Peso 0 - - - - -
PC 0 - - - - -
47
Das crianças que foram encaminhadas por sífilis materna, seis desenvolveram a
forma congênita da doença, das quais 50% (3) apresentaram medidas fora das
preconizadas, sendo 66,7% (2) abaixo do percentil 3 e 33,3% (1) percentil acima de 97.
Em relação às crianças encaminhadas por toxoplasmose materna, cinco
desenvolveram toxoplasmose congênita. Destes, todos apresentaram ao menos uma medida
fora do esperado e preconizado, sendo que 60% (3) apresentaram percentil menor que 3 e
40% (2), percentil acima de 97. Um percentual maior de crianças abaixo de P3 compõe
resultado que coaduna com a literatura, que demonstra que bebês que nascem com alguma
doença congênita tendem a ser menores do que os bebês que nascem saudáveis (SANTOS,
2015).
Em face destes apontamentos, a discussão dos achados de alteração de percentis
por este estudo, foi prejudicada pela falta de estudos para proceder comparações mais
pontuais.
No que concerne à avaliação do processo de desenvolvimento das crianças,
implementada por meio da utilização dos marcos motores preconizados por Gesell,
verificou-se que, dentre as crianças encaminhadas por sífilis, apenas 2,5% (2) apresentaram
déficit no desenvolvimento, sendo que estas eram portadoras de sífilis congênita.
Com relação às crianças encaminhadas por toxoplasmose e HIV materno, não
foram identificados casos de atraso no desenvolvimento infantil, porém 40% (2) das
crianças com toxoplasmose congênita apresentaram cicatriz coriorretiniana macular,
necessitando de acompanhamento por oftalmologista. Este resultado ratifica achados de
um estudo de coorte realizado em Porto Alegre, que evidenciou que 65% dos pacientes
desenvolveram problemas oftalmológicos (BISCHOFF et al., 2015).
As crianças que apresentaram a forma congênita da doença foram também
acompanhadas pelo serviço de infectologia, enquanto que aquelas que apresentaram déficit
no desenvolvimento neuropsicomotor foram encaminhadas para o serviço de fisioterapia,
posto que, com o acompanhamento correto, a criança tende a recuperar em 56% o déficit
motor (VASCONCELOS et al., 2017).
Em relação às características maternas, a maioria das mães das crianças
encaminhadas (82,7-83,9%) possuía idade entre 19 e 24 anos, escolaridade maior ou igual
a 8 anos (51,6-61,7%). Em relação a etnia materna, no caso da sífilis, verificou-se a
predominância da cor não branca, enquanto na toxoplasmose e HIV, houve predomínio da
cor branca. No que diz respeito à presença de companheiro, a sífilis novamente se
48
diferenciou das demais patologias, apontando que 54,3% destas mulheres não possuíam
companheiro, enquanto na toxoplasmose e HIV, a maioria possuía companheiro.
Os achados das características maternas coadunam com o perfil encontrado na
literatura, reforçando qual é o público alvo que as políticas públicas devem priorizar, a fim
de diminuir a transmissão vertical da doença (BASSICHETTO et al., 2013; LAFETÁ et
al., 2016; HONG et al., 2017; MOGES et al., 2017; NLEND et al., 2018; ROJAS, 2018).
Há que se ressalvar, no entanto, que o estudo Nascer no Brasil, apresenta resultado
divergente em relação à presente pesquisa, no que tange à situação civil das mulheres, uma
vez que apontou uma maioria das mulheres com sífilis com companheiro (DOMINGUES e
LEAL, 2016).
Outra característica materna que apresentou discordância com a literatura foi a
etnia materna, visto que nesta pesquisa, apenas a sífilis apontou a predominância da cor
não-branca, enquanto o HIV e a toxoplasmose, apresentaram a maioria das mulheres
brancas. Cabe destacar que tais resultados podem decorrer ou serem influenciados pela
colonização, predominantemente europeia do Estado do Paraná (ACOSTA et al., 2016;
VEDANA e MORAES, 2018).
A via predominante de parto entre as três doenças foi a cesárea, com exceção das
mulheres com toxoplasmose, que apresentaram índice de 51,6% de parto normal. O Brasil,
em geral, apresenta as mais altas taxas de cesáreas do mundo, o que faz com que este
resultado já fosse esperado. Entretanto, e no sentido de combater esta prática
indiscriminada, há um movimento muito forte no país voltado ao empoderamento da
mulher para escolha do parto humanizado. Nesta perspectiva, o poder de decisão do local e
tipo de parto, sai das mãos dos médicos e passam a pertencer à mulher, motivo pelo qual as
taxas de cesáreas podem diminuir nos próximos anos (PEREIRA et al., 2018).
O município de origem mais frequente, de acordo com o diagnóstico de DTV, foi
respectivamente e em ordem decrescente: Maringá, Sarandi e Marialva (sífilis); Maringá,
Sarandi e Mandaguari (HIV); Maringá, Mandaguaçu e Sarandi (toxoplasmose). A
quantidade de pacientes encaminhadas é inferior ao que deveria ser. A literatura aponta
alguns possíveis motivos para esta discrepância numérica, entre notificações e
encaminhamentos efetivados, com destaque para: confusão, desconhecimento e falta de
treinamento sobre a referência e contra referência a ser praticada entre os níveis de atenção
à saúde (CALDEIRA et al., 2017; REICHERT et al., 2017).
49
O não encaminhamento para o nível de atenção previsto para cada criança, provoca
exposição desnecessária deste grupo ao risco de morte, além de estar negando um direito
que a criança possui de acompanhamento especializado. Não proceder com o
encaminhamento, mesmo tendo ciência do mesmo, constitui um ato de negligência com a
população, pois já é consenso na literatura que a captação precoce e o acompanhamento
infantil são grandes aliados contra a mortalidade infantil (GAIVA et al., 2016; GAÍVA et
al., 2018; PINHEIRO et al., 2016).
As características maternas encontradas por este estudo e discutidas anteriormente,
são apresentadas na tabela a seguir:
Figura 3. Total de consultas de segmento realizadas no ambulatório de alto risco até a alta
do paciente por diagnóstico de encaminhamento. Maringá, Paraná, 2018.
55
Lobato - - 0 0 - -
Mandaguaçu 1 6,7 3 8,1 - -
Mandaguari 1 6,7 0 0 2 28,6
Marialva 0 0 4 10,8 1 14,3
Maringá 8 53,3 17 45,9 1 14,3
Munhoz de melo - - 0 0 - -
Nossa Senhora das Graças - - 0 0 - -
Nova Esperança 1 6,7 0 0 - -
Ourizona - - 0 0 - -
Paranacity - - 0 0 - -
Presidente Castelo Branco - - 0 0 - -
Santa Fé - - 0 0 - -
Santa Inês - - 0 0 - -
Santo Inácio - - 3 8,1 - -
São Jorge do Ivaí - - 0 0 - -
Sarandi 3 20 8 21,6 2 28,6
Uniflor - - - - - -
Variáveis maternas
Nacionalidade 57 96,6 76 98,7
Brasileira 2 3,4 1 1,3 2,67 0,428 0,236-30,136*
Estrangeira
Idade 51 86,4 62 80,5
< 18 5 8,5 12 15,6 0,51 0,229 0,167-1,533*
19-34 3 5,1 3 3,9 1,22 0,816 0,235-6,284*
> 35
Instrução 15 25,4 33 42,9
<8 29 49,2 31 40,3 2,06 0,074 0,931-4,548
>8
Etnia 31 52,5 41 53,2
Branca 28 47,5 36 46,8 1,03 0,935 0,521-2,029
Não branca
Estado civil 31 52,5 41 53,2
Com companheiro 28 47,5 36 46,8 1,23 0,935 0,521-2,029
Sem companheiro
Religião 37 62,7 46 59,7
Católica 11 18,6 25 32,5 0,55 0,155 0,238-1,256
Evangélica 6 10,2 3 3,9 2,48 0,219 0,582-10,621*
Outros
Parto 27 45,8 39 50,6
Normal 26 44,1 32 41,6 1,17 0,660 0,575-2,395
Cesárea
Variáveis infantis
Sexo
Feminino 19 32,2 46 59,7
Masculino 40 67,8 31 40,3 3,12 0,002 1,534-6,361
Apgar 1
<7 40 67,8 62 80,5
≥7 7 11,9 4 5,2 2,71 0,130 0,746-9,866*
Apgar 5
<7 46 78,0 66 85,7
≥7 1 1,7 - - -
IG
< 36 36 61,0 53 68,8
> 37 9 15,3 9 11,7 1,47 0,456 0,533-4,068
Desenv. Psicom.
Normal 57 96,6 77 100 -
Déficit 2 3,4 - - -
* Realizado teste de Fisher devido número na célula ser menor que cinco.
58
Tabela 8. Motivo de falta nas consultas relatadas durante contato de busca ativa. Maringá-
PR, 2018.
Sífilis Toxoplasmose HIV
Motivo da falta N % N % N %
Alegou não saber da existência da
1 2,7 - - - -
consulta
Criança estava internada no dia da
1 2,7 - - - -
consulta
Esqueceu da consulta 2 5,4 2 13,3 - -
Falta de transporte 7 18,9 3 20 3 42,9
Imprevisto familiar 7 18,9 3 20 1 14,3
Mudaram de município 1 2,7 - - - -
Não conseguir fazer exames
1 2,7 - - - -
solicitados
Sem resposta de busca ativa 17 45,9 7 46,7 3 42,9
59
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As políticas públicas são essenciais no contexto da saúde, pois são voltadas para
promoção, prevenção e recuperação da saúde. A Rede Mãe Paranaense possui apenas sete
anos de implementação no Estado, portanto, faz-se necessário realizar uma leitura do
quadro de funcionamentos da rede, a fim de verificar seus pontos fracos e suas fortalezas,
visto tratar-se de importante estratégia para a redução da mortalidade materna e infantil.
Os profissionais enfermeiros são um elo fundamental dentro do processo da Rede
Mãe Paranaense, visto que, na grande maioria das vezes, é este profissional que vai
proceder com a captação precoce e estratificação de risco das pacientes. O enfermeiro
também é responsável pela gestão das atividades do programa, sendo referência nos
diferentes níveis de atenção em saúde. Portanto, é de suma importância trazer ao centro das
discussões, o engajamento da enfermagem neste programa de melhoria da assistência
materna e infantil.
A pesquisa relacionada ao crescimento e desenvolvimento das crianças filhas de
mães portadoras de doenças de transmissão vertical também se faz necessária para o
planejamento das ações em saúde, visto que ações planejadas e sistematizadas, além de
otimizar a assistência, melhoram a qualidade do atendimento prestado, bem como oferece
segurança aos pacientes e uma perspectiva de melhores desfechos neste contexto de
atenção prioritária.
O presente trabalho relaciona justamente o crescimento e desenvolvimento das
crianças filhas de mães que apresentaram doença de transmissão vertical durante a
gestação, com os desdobramentos que ocorrem dentro do ambulatório, evidenciando os
grupos vulneráveis e oportunizando à equipe de enfermagem, promover trabalhos de
conscientização e promoção da saúde.
Os achados deste estudo são de extrema relevância, visto a escassez de publicações
sobre a temática, e a abertura de novos horizontes, seja para a investigação como suporte
às políticas públicas e aos saberes e fazeres profissionais, seja como subsídio para a
avaliação continuada dos Programas atualmente vigentes no contexto da Saúde materno-
infantil em nosso país.
64
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APÊNDICES
78
DADOS MATERNOS
Idade:
Escolaridade:
Raça:
Estado Civil:
DADOS DO ACOMPANHAMENTO – 1ª CONSULTA
Idade:
Peso:
Perímetro cefálico:
Perímetro torácico:
Comprimento:
Marcos do desenvolvimento:
Intercorrências clínicas:
ANEXOS
81
EFERÊNCIASANAPENDICE BEXO B
88
89
90
91