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Ministério da Educação – MEC

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP


Diretoria de Avaliação da Educação Superior – DAES
Coordenação-Geral de Avaliação dos Cursos de Graduação e Instituições de Ensino Superior – CGACGIES

Análise de indicadores do Instrumento de


Avaliação Institucional Externa (IAIE) para o ato
autorizativo de credenciamento

Brasília | 2018

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Sumário
Introdução ........................................................................................................................................................... 3
Análise a partir do conceito 5 do indicador......................................................................................................... 5
Análise a partir do conceito 3 de indicador....................................................................................................... 10
Especificidades dos critérios de análise para os conceitos 1 e 2....................................................................... 14
Considerações finais .......................................................................................................................................... 16

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Introdução

O objetivo desse documento é demonstrar como realizar a análise de indicadores do


Instrumento de Avaliação Institucional Externa (IAIE) para o ato autorizativo de credenciamento.
Para tanto, vamos abordar a estrutura dos indicadores e, de forma mais detida, os critérios de
análise e seus atributos para que você possa utilizar o instrumento de avaliação de maneira
competente.
Aproveitamos para relembrar que o IAIE é composto por 5 (cinco) eixos, que aglutinam
indicadores relacionados às 10 dimensões de avaliação institucional definidas na Lei 10.861, de 14 de
abril de 2004, que “institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES e dá
outras providências”. Os eixos e dimensões associadas no IAIE podem ser observados na Figura 1:

Figura 1 – Quadro de relação entre eixos do instrumento e dimensões institucionais da Lei 10.861/2004

Eixos do Instrumento Dimensões institucionais (incisos do artigo 3° da Lei 10.861/2004)


Eixo 1 (planejamento e VIII – planejamento e avaliação, especialmente os processos, resultados e
avaliação institucional) eficácia da autoavaliação institucional.
Eixo 2 (desenvolvimento I – a missão e o plano de desenvolvimento institucional
institucional)
III – a responsabilidade social da instituição, considerada especialmente no
que se refere à sua contribuição em relação à inclusão social, ao
desenvolvimento econômico e social, à defesa do meio ambiente, da
memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural.
Eixo 3 (políticas II – a política para o ensino, a pesquisa, a pós-graduação, a extensão e as
acadêmicas) respectivas formas de operacionalização, incluídos os procedimentos para
estímulo à produção acadêmica, as bolsas de pesquisa, de monitoria e
demais modalidades.
IV – a comunicação com a sociedade.
IX – políticas de atendimento aos estudantes.
Eixo 4 (políticas de V – as políticas de pessoal, as carreiras do corpo docente e do corpo
gestão) técnico-administrativo, seu aperfeiçoamento, desenvolvimento
profissional e suas condições de trabalho.

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VI – organização e gestão da instituição, especialmente o funcionamento e


representatividade dos colegiados, sua independência e autonomia na
relação com a mantenedora, e a participação dos segmentos da
comunidade universitária nos processos decisórios.
X – sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social da
continuidade dos compromissos na oferta da educação superior.
Eixo 5 (insfraestrutura) VII – infraestrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa,
biblioteca, recursos de informação e comunicação.

Para nossa exposição vamos relembrar algumas definições importantes para o entendimento
dos diversos indicadores do instrumento de avaliação.

Figura 2 – Definições dos elementos constituintes dos indicadores nos instrumentos de avaliação

Vamos relembrar Objeto de avaliação: indicado por seu título;


definições
importantes sobre os
indicadores de acordo
Conceito: valor numérico que representa um nível
com a Nota Técnica crescente de qualidade (1 a 5);
n°16/2017/CGACGIES/
DAES/INEP
Critério de análise: conjunto de atributos que
caracterizam a qualidade do objeto de análise, associados
a um conceito;
Critério aditivo: atributo suplementar que integra o
critério de análise para os conceitos 4 e 5;

Observação: comentário informativo sobre a aplicação do


indicador.

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Análise a partir do conceito 5 do indicador

Vamos estudar agora um indicador do eixo 1, que trata de planejamento e avaliação


institucional. Abaixo, podemos observar o indicador 1.2 do IAIE para o ato autorizativo de
credenciamento. Como estudamos na unidade anterior de nossa capacitação, associado a cada
conceito do indicador temos um critério de análise que é composto por diversos atributos.

Figura 3 – Indicador 1.2 no Instrumento de Avaliação Institucional Externa para atos de


credenciamento

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Temos, a seguir, um quadro analítico para atribuição do conceito 5 no indicador 1.2. Note
que em cada seta há um atributo do critério de análise mencionado (Figura 4).

Figura 4 - Quadro analítico do critério de análise do conceito 5 para o indicador 1.2 - Autoavaliação
institucional: participação da comunidade acadêmica

Atributo 1 do critério de O projeto de autoavaliação descreve como ocorrerá a


análise para atribuição do participação de todos os segmentos da comunidade
conceito 5 ao indicador acadêmica e da sociedade civil organizada (vedada a
composição que privilegie a maioria absoluta de um
deles),
Atributo 2 do critério de abrange instrumentos de coleta diversificados
análise para atribuição do (voltados às particularidades de cada segmento e
conceito 5 ao indicador objeto de análise) e
Atributo 3 do critério de estratégias para fomentar o
análise para atribuição do engajamento crescente
conceito 5 ao indicador

Para a atribuição do conceito 5, todos os atributos do critério de análise associado devem


estar sustentados por evidências obtidas a partir das atividades da comissão na avaliação in loco.
Observe que temos uma escada invertida. Cada atributo se refere a um fato que deve ser verificado
in loco, com a enumeração das evidências que o sustenta, conforme suas características descritas.
Assim, no texto do critério de análise associado ao conceito 5,
Atenção! Todos os atributos do critério
cada um dos três atributos sintetiza característica que deve de análise associado devem
existir na IES. necessariamente estar contemplados
na justificativa, com a enumeração de
Com o foco mais detido no critério de análise para o
suas evidências advindas da avaliação
conceito 5, deve ser estudado o projeto de autoavaliação. A in loco.
avaliação do ato de credenciamento, pela sua natureza, lida,
sobretudo, com a perspectiva do planejamento e de projetos. Esse indicador específico aborda o
projeto de autoavaliação de responsabilidade da CPA. Por se tratar de um projeto, o avaliador lidará
com descrições escritas e detalhadas de um empreendimento a ser realizado; um plano,
delineamento ou esquema.

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Note que, embora ainda em planejamento, a ação da CPA constitui um dos três pilares
previstos no Sinaes. Cada um dos atributos do critério de análise do conceito 5 está alinhado à
importância para garantir um funcionamento muito bom da comissão. Assim, para alcançar o
conceito 5, a IES deve garantir: a existência do projeto e a descrição de como ocorrerá a participação
dos diferentes segmentos mencionados (atributo 1); a existência de instrumentos de coleta
diversificados para a realização da autoavaliação (atributo 2); e a existência de diferentes estratégias
para o fomento do engajamento crescente dos participantes no processo (atributo 3).
A comissão de avaliação deve enumerar as
evidências verificadas in loco na justificativa elaborada, Atenção! Cada um desses atributos é
passível de verificação in loco por meio
para que o objeto de análise seja corretamente
de evidências que devem ser
caracterizado a partir de seu conceito no indicador. apresentadas pela IES.

Figura 5 – Objeto de análise (título) do indicador 1.2

Conforme as Notas Técnicas n° 16/2017/CGACGIES/DAES/INEP e n° 2/2018/CGACGIES/DAES,


os critérios de análise de cada indicador possuem relações entre si, como exposto na Figura 6.

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Figura 6 – Relação entre os critérios de análise associados a cada conceito

CONCEITO RELAÇÃO ENTRE CRITÉRIOS DE ANÁLISE


1 Ausência crítica do objeto de avaliação ou ausência de evidências dos
atributos descritos no conceito 2 ou inexistência de evidências que atendam
integralmente o disposto no critério de análise do conceito 2
2 Ausência de evidências dos atributos descritos no conceito 3 ou inexistência de
evidências que não atendam integralmente o disposto no critério de análise do
conceito 3
3 Existência de evidências para os atributos apresentados nos critérios de análise
do conceito 3
4 Existência de evidências para os atributos apresentados nos critérios de análise
do conceito 3 e para o(s) critério(s) aditivo(s) do conceito 4
5 Existência de evidências para os atributos apresentados nos critérios de análise
do conceito 3 e 4 e para o(s) critério(s) aditivo(s) do conceito 5

A partir das relações entre os critérios de análise de cada conceito, podemos notar que o
conceito 5 possui o critério aditivo dele próprio (“estratégias para fomentar o engajamento
crescente”) em acumulação com o critério aditivo para o conceito 4 - “abrange instrumentos de
coleta diversificados (voltados às particularidades de cada segmento e objeto de análise)”.

Figura 7 – Critério de análise do conceito 5 do indicador 1.2

Além disso, ele acumula os atributos definidos para o critério de análise do conceito 3:
“descreve como ocorrerá a participação de todos os
Atenção! Na mesma lógica, o critério
segmentos da comunidade acadêmica e da sociedade civil
de análise para o conceito 4 acumula
organizada (vedada a composição que privilegie a maioria o seu próprio critério aditivo e o
critério de análise do conceito 3.
absoluta de um deles)”.

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O critério de análise associado ao conceito 2 é caracterizado pela “ausência de evidências dos


atributos descritos no conceito 3 ou inexistência de evidências que atendam integralmente o
disposto no critério de análise do conceito 3”, conforme Nota Técnica n° 02/2018/CGAGCIES/DAES.

Figura 8 - Critério de análise do conceito 2 do indicador 1.2

Perceba que o critério de análise para atribuição do conceito 2 aponta uma ausência em
relação ao conceito 3. Esse define que o projeto de autoavaliação “descreve como ocorrerá a
participação de todos os segmentos da comunidade acadêmica e da sociedade civil organizada
(vedada a composição que privilegie a maioria absoluta de um deles)”.

Finalmente, o critério de análise para o conceito 1 caracteriza-se pela “ausência crítica do


objeto de avaliação ou ausência de evidências dos atributos descritos no conceito 2 ou inexistência
de evidências que atendam integralmente o disposto no critério de análise do conceito 2”.

Figura 9 - Critério de análise do conceito 1 do indicador 1.2

No caso do indicador 1.2 temos que o critério de análise associado ao conceito 1 aponta a
não existência do projeto de autoavaliação.

A fim de reforçar a relação entre os critérios de Dado que o Decreto n° 9.235/2017, em


análise e os conceitos é pertinente abordar outro indicador a seu artigo 82, estabelece que os “[...]
conceitos [são] expressos em cinco
partir da perspectiva que adota o conceito 3 como ponto de níveis, cujos valores iguais ou
partida da análise. superiores a três indicam qualidade
satisfatória” (grifos nossos), a comissão
avaliadora deverá adotar como
parâmetro inicial de análise o critério
de análise do conceito 3.

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Análise a partir do conceito 3 do indicador

Como exemplo, vamos adotar um indicador do eixo 2 (desenvolvimento institucional) do IAIE


utilizado em avaliações de atos autorizativos de credenciamento. Nosso indicador de estudo será o
2.3 (PDI, política e práticas de pesquisa ou iniciação científica, de inovação tecnológica e de
desenvolvimento artístico e cultural).

Figura 10 - Indicador 2.3 no instrumento de avaliação institucional externa para atos de credenciamento

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No exemplo anterior partimos da observação do conceito 5 como referencial inicial, na


presente análise partiremos do conceito 3. A figura 11 apresenta um quadro analítico dos dois
atributos do critério de análise do conceito 3.

Figura 11 - Quadro analítico do critério de análise do conceito 3 para o indicador 2.3 - PDI, política e práticas
de pesquisa ou iniciação científica, de inovação tecnológica e de desenvolvimento artístico e cultural
Atributo 1 do critério de análise Há alinhamento entre o PDI e a política e as
para atribuição do conceito 3 ao práticas de pesquisa ou iniciação científica, de
indicador inovação tecnológica e de desenvolvimento
artístico e cultural,

Atributo 2 do critério de análise possibilitando-se práticas acadêmicas


para atribuição do conceito 3 ao voltadas à produção e à interpretação
indicador do conhecimento.

Seguindo a lógica de relação entre os critérios de análise dos conceitos, podemos inferir que
o conceito 4 possuirá critério(s) aditivo(s) próprio(s) além de acumular os do conceito 3. O conceito
5, por sua vez, também possuirá seu(s) critério(s) aditivo(s), além de acumular os do conceito 4 e 3.
Vamos observar esse relacionamento de forma esquemática na figura 12.

Figura 12 – Relação entre os critérios de análise nos conceitos do indicador 2.3

Conceito 1 Conceito 2 Conceito 3 Conceito 4 Conceito 5

Há alinhamento Há alinhamento Há alinhamento Há alinhamento


[...] [...] [...] [...]

Não há [...] [...]


alinhamento [...] possibilitando-se possibilitando-se
[...] [...]
[...]
[...] mas não [...] possibilitando-se
[...] [...] havendo [...]

[...] havendo [...]

[...] e [...]

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Note a relação entre os elementos apontados na figura 12 e o texto completo de cada


critério de análise dos conceitos do indicador 2.3 na figura 10.
Verificamos a lógica cumulativa entre o critério de análise de cada conceito dentro do
indicador. Essa lógica, embora predominante, não é absoluta, pois em alguns indicadores não existe
um acréscimo propriamente dito de atributo entre o critério de análise de um conceito e o que o
sucede imediatamente. Pode existir uma alteração qualitativa do atributo com relação à sua
natureza ou complexidade.
No exemplo desse indicador, para a atribuição do conceito 3:

Figura 13 - Critério de análise do conceito 3 do indicador 2.3

Observe que esse conceito demanda o alinhamento entre o PDI, a política e as práticas
mencionadas, e ainda a possibilidade de alinhamento das práticas acadêmicas como as constantes
no critério de análise em tela.
No conceito 4, além dos atributos do conceito 3, há o critério aditivo “havendo linhas de
pesquisa e de trabalho transversais aos cursos ofertados”.

Figura 14 - Critério de análise do conceito 4 do indicador 2.3

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Para o conceito 5 temos, igualmente, o seu próprio critério aditivo, acumulado aos do
conceito 4 e 3, vide figura 15.

Figura 15 - Critério de análise do conceito 5 do indicador 2.3

Quanto aos conceitos 2 e 1, temos, respectivamente, o conceito 2 aponta uma ausência em


relação ao conceito 3. Finalmente, o critério de análise para o conceito 1 caracteriza-se pela
“ausência crítica do objeto de avaliação ou ausência de evidências dos atributos descritos no
conceito 2 ou inexistência de evidências que atendam integralmente o disposto no critério de análise
do conceito 2”, conforme figura 16.

Figura 16 - Critério de análise dos conceitos 1 e 2 do indicador 2.3

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Os conceitos que exprimem critérios de qualidade insatisfatórios se apresentam com algumas


especificidades de acordo com o indicador. A fim de demonstrar essas características abordaremos
alguns exemplos na próxima seção.

Especificidades dos critérios de análise para os conceitos 1 e 2

Figura 17 - Critério de análise dos conceitos 1, 2 e 3 do indicador 1.1

No caso dos conceitos 1 e 2 observados na figura 17, temos os casos usuais de critério de
análise. Note que para o conceito 2, o critério de análise associado estipula o não atendimento de
um dos atributos associados ao conceito 3. O conceito 1, por sua vez, é a não existência do objeto de
análise (projeto de autoavaliação institucional).

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A figura 18, a diferença entre os critérios de análise do conceito 3 para o 2 é que o conceito 3
estipula a existência de dois atributos e o conceito 2 aponta a inexistência de pelo menos um dos
atributos, ao considerar o conectivo “OU”.

Figura 18 - Critério de análise dos conceitos 1, 2 e 3 do indicador 1.3

Observe os termos “[...] não há previsão [...] ou não há descrição” do critério de análise do
conceito 2. Esses critérios estipulam que se a IES não possuir alguma das duas condições –

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observado o uso do “OU”, o conceito a ser aplicado é o 2. No critério de análise para o conceito 1,
temos que sua aplicação ocorrerá quando a ausência dos atributos for concomitante, observado o
uso do conectivo “E”.

Na figura 19, o conceito 3 articula quatro atributos indicados por meio das palavras em
negrito (“Há [...], considerando [...], e [...], possibilitando”).

Figura 19 - Critério de análise dos conceitos 1, 2 e 3 do indicador 2.2

O conceito 2, seguindo a mesma lógica anterior, é aplicado quando há ausência de um dos


atributos do conceito 3. Chama a atenção que o atributo “possibilitando práticas de ensino de
graduação e de pós-graduação” não figura no critério de análise do conceito 2. Novamente, o
conceito 1 é a inexistência do objeto de análise.

Considerações finais

Esse texto apresentou como realizar a análise de indicadores do Instrumento de Avaliação


Institucional Externa (IAIE) para o ato autorizativo de credenciamento, demonstrando a lógicos dos
critérios aditivos para os conceitos 4 e 5 e ressaltando características especiais dos conceitos 1 e 2.

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Restou evidente que nos conceitos tidos como insuficientes, a lógica de construção dos
critérios de análise não prevê somente a presença ou ausência dos atributos associados ao conceito
3. A redação obedece às características intrínsecas à verificação da qualidade do objeto de avaliação.
Vimos também que os atributos que integram um critério de análise possuem uma relação
orgânica. Assim, como estudado na unidade anterior da capacitação, notamos a importância de
sempre se considerar o critério de análise em seu inteiro teor para que não ocorra a designação de
um conceito errôneo ao indicador, à luz das evidências obtidas com a avaliação in loco.
Ressaltou-se a importância de manter a atenção minuciosa ao indicador e seus critérios de
análise associados a cada conceito. Cada termo empregado no critério de análise deve ser
cuidadosamente interpretado para que a comissão não incorra em erro.
À medida que determinadas condições dos critérios não são verificadas, remete-se ao
conceito anterior, até que seja alcançado o critério de análise mais aderente às condições de fato
existentes na IES. O procedimento de atribuição de conceitos, entretanto, não é embasado apenas
na conferência das condições per se. As comissões partem das documentações apensadas ao
Sistema Eletrônico, assim como daquilo que foi preenchido pela IES no Formulário Eletrônico de
avaliação, com os aportes aditivos advindos das evidências obtidas in loco.

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