A Figura 1.3(a) apresenta uma ilustração conhecida como pintura rupestre, em
que o homem representava não apenas o mundo que o cercava, mas também as suas sensações: alegrias, medos, danças, estratégias de guerra etc. Esses desenhos eram feitos de forma rudimentar e não apresentavam nenhuma técnica. Ainda hoje o desenho é usado como forma de expressão em paredes, como o grafismo representado na Figura 1.3(b).
À medida que as civilizações foram evoluindo, o desenho foi acompanhando
essa tendência, sendo nos dias atuais possível criar desenhos muito semelhantes às fotografias.
O Renascimento marcou o surgimento dos primeiros desenhos técnicos e um dos
grandes avanços em desenho técnico se deu com a geometria descritiva de Gaspard Monge (1746-1818), também chamada de teoria de monge ou geometria mongeana. Gaspard Monge, matemático francês, criou uma técnica de representação das superfícies tridimensionais (3D) dos objetos sobre a superfície bidimensional (2D) do papel, e esse método é usado até os dias atuais. Com a Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX), os trabalhos artesanais começaram a ser substituídos por máquinas, e então surgiu a necessidade de uma comunicação internacional entre os projetos de máquinas, dando origem às primeiras normas técnicas para representação dos projetos (XAVIER, 2011).
Existem duas formas de representação gráfica:
1. Desenho artístico: forma de comunicação de ideias e sensações, que estimula a
imaginação do espectador, conforme ilustra a Figura 1.4(a).
2. Desenho técnico: forma de comunicação rápida e precisa, com a finalidade de
representação baseada em normas dos objetos, usando linhas, símbolos, números e indicações escritas, conforme Figura 1.4(b).
14 Introdução ao desenho técnico: simbologias e normas ABNT