Aprovado por:
_______________________________________________
Prof. Marcelo Amorim Savi
_______________________________________________
Prof. Fernando Castro Pinto
_______________________________________________
Prof. Daniel Alves Castello
ii
Lista de figuras
Figura 2.1 – Avanço da produção dos compósitos em bilhões de dólares. ...................... 7
Figura 2.2 – Fornecimento de compósitos a indústria. .................................................... 8
Figura 2.3 – Material compósito particulado existente nos pneus. .................................. 9
Figura 2.4 – Material compósito particulado com matriz de alumínio, reforçado por
partículas cerâmicas................................................................................................... 9
Figura 2.5 – Material compósito com matriz de epóxi, reforçado por fibras de carbono.
.................................................................................................................................. 10
Figura 2.6 – Material compósito com matriz de epóxi, reforçado por fibras de vidro. . 10
Figura 2.7 – Organização das fibras de uma maneira unidirecional, bidirecional ou
randômica. ................................................................................................................ 11
Figura 2.8 – Organização das fibras de uma maneira multiaxial. ................................. 11
Figura 2.9 – Composição do material compósito reforçado por fibras. ........................ 12
Figura 4.1 – Material ortotrópico com seu sistema principal e não-principal de
coordenadas.............................................................................................................. 16
Figura 5.1 – Etapas para a aplicação do método de elementos finitos. ......................... 20
Figura 5.2 – Exemplo de um carregamento harmônico. ................................................ 25
Figura 6.1 – Metodologia aplicada no estudo. ............................................................... 26
Figura 6.2 – Dimensões da placa de compósito. ............................................................ 28
Figura 6.3 – Dimensões da localização dos atuadores na placa. .................................. 30
Figura 6.4 – Dimensões do atuador piezoelétrico. ......................................................... 30
Figura 6.5 – Elemento finito utilizado para a placa compósita. .................................... 34
Figura 6.6 – Modelo geométrico da placa com o defeito de 25,4mm entre as camadas
A4 e A5...................................................................................................................... 34
Figura 6.7 – Disposição dos elementos na espessura da placa com defeito, no modelo
de elementos finitos. ................................................................................................. 35
Figura 6.8 – Disposição dos elementos na espessura da placa sem defeito, no modelo
de elementos finitos. ................................................................................................. 37
Figura 6.9 – Vista superior da malha de elementos finitos na superfície da placa........ 39
Figura 6.10 – Malha de elementos finitos do corpo com defeito, em detalhe a região do
defeito . ..................................................................................................................... 40
Figura 6.11 – Elemento finito utilizado para a cerâmica - piezoelétrica . ..................... 41
Figura 6.12 – Malha de elementos finitos para a placa, em detalhe a malha do atuador
piezoelétrico ............................................................................................................. 42
Figura 7.1 – Condição de simetria aplicada a placa no modelo estático . .................... 43
Figura 7.2 – Condições de carregamentos aplicadas a placa no modelo estático . ...... 44
Figura 7.3 – Resultado para o modelo estático, condição 1 – Tração em Y. ................. 45
Figura 7.4 – Resultado para o modelo estático, condição 2 – Tração em X. ................. 46
Figura 7.5 – Resultado para o modelo estático, condição 3 – Momento em X. ............. 47
Figura 7.6 – Resultado para o modelo estático, condição 4 – Momento em Y. ............. 48
Figura 8.1 – Resultado para a etapa modal – Modo de detecção – Deformação elástica
em X. ......................................................................................................................... 50
Figura 8.2 – Resultado para a etapa modal – Modo de detecção – Deformação elástica
em Y. ......................................................................................................................... 51
Figura 8.3 – Resultado para a etapa modal – Modo de não detecção – Deformação
elástica em X. ............................................................................................................ 52
Figura 8.4 – Resultado para a etapa modal – Modo de não detecção – Deformação
elástica em Y. ............................................................................................................ 53
iii
Figura 9.1 – Voltagem aplicada ao atuador. .................................................................. 54
Figura 9.2 – Resultado para a etapa harmônica – Modo de detecção. .......................... 56
Figura 9.3 – Caminho percorrido para a plotagem do apresentado na Figura 9.4. ..... 57
Figura 9.4 – Posição em X (m) x Diferença de deformação para o modo de detecção. 58
Figura 9.5 – Figura 9.4 aproximada na região central da placa. .................................. 58
Figura 9.6 – Resultado para a etapa harmônica – Modo de não detecção. ................... 59
Figura 9.7 – Posição em X (m) x Diferença de deformação para o modo de não
detecção. ................................................................................................................... 60
iv
Lista de Tabelas
Tabela 6.1 – Detalhes das camadas do material da placa. ............................................ 28
Tabela 6.2 – Propriedades mecânicas ortotrópicas da placa de carbono/epóxi. .......... 31
Tabela 6.3 – Propriedades mecânicas e elétricas do PZT-5. ......................................... 32
Tabela 6.4 – Disposição das camadas no modelo de elementos finitos para a placa com
defeito. ...................................................................................................................... 36
Tabela 6.5 – Disposição das camadas no modelo de elementos finitos para a placa sem
defeito. ...................................................................................................................... 37
Tabela 7.1 – Magnitude dos carregamentos aplicados no modelo estático. .................. 44
Tabela 8.1 – Freqüências naturais de detecção e de não detecção para cada placa. ... 49
Tabela 9.1 – Carregamentos harmônicos aplicados nos atuadores piezoelétricos. ...... 55
v
1. Introdução
6
No capítulo 2 e 3 discute-se sobre os materiais compósitos e piezoelétricos,
respectivamente, bem como suas características e aplicações, em seguida, no capítulo 4,
seus modelos constitutivos são apresentados. No capítulo 5, a formulação de elementos
finitos é discutida, aplicada a análise estática, modal e harmônica. No capítulo 6 discute-
se sobre a análise do defeito (monitoramento de integridade estrutural) com a
metodologia utilizada, características e malha de elementos finitos dos corpos de prova.
Nos capítulos 7, 8 e 9 são apresentados os resultados para cada análise elaborada,
respectivamente, estática, modal e com piezoelétricos. Por fim, no capítulo 10
conclusões são discutidas.
2. Materiais compósitos
Atualmente, muitas pesquisas são realizadas buscando materiais que melhor atendam as
tecnologias modernas. Essa exigência fez com que combinações de materiais fossem
criadas a fim de se obter uma melhor característica para a aplicação desejada, o que
inclui uma menor massa específica, melhor resistência, menor abrasão, resistência a
corrosão, entre outras características. Assim surgiram os materiais compósitos que são
fabricados a partir da combinação de diferentes materiais que permitem combinar as
características positivas de cada um de seus constituintes.
A Figura 2.1 e a Figura 2.2 mostram a evolução do uso dos materiais compósitos nos
Estados Unidos, bem como a variação de sua aplicação nas indústrias [1].
20
1
2
0.4
7
5%
15%
Aeroespacial
Industrial
80%
Recreação
Os materiais compósitos são aqueles que possuem pelo menos dois componentes ou
duas fases, com propriedades químicas e físicas distintas em sua composição.
Essas duas fases são geralmente chamadas de fase matriz e fase de reforço. A fase
matriz envolve a fase de reforço, preenchendo os espaços vazios e mantendo a fase de
reforço em sua devida posição. A fase de reforço, responsável por realçar as
propriedades do material compósito como um todo, pode ser dividida em dois tipos [2]:
• Partículas;
• Fibras.
Os compósitos reforçados por partículas utilizam uma fase particulada para reforçar a
matriz, como por exemplo, nos pneus, mostrado na Figura 2.3.
8
Figura 2.3 – Material compósito particulado existente nos pneus.
Outro exemplo de compósito reforçado por partículas é mostrado na Figura 2.4. Esse
material é composto por uma matriz de alumínio reforçado por partículas cerâmicas.
Figura 2.4 – Material compósito particulado com matriz de alumínio, reforçado por
partículas cerâmicas.
9
Os compósitos reforçados por fibras, como o próprio nome sugere, possuem fibras
como reforçadores para a matriz, como pode ser observado na Figura 2.5, para o
chamado carbono-epóxi.
Figura 2.5 – Material compósito com matriz de epóxi, reforçado por fibras de carbono.
Outro exemplo de compósito reforçado por fibras é o de matriz de epóxi reforçado por
fibra de vidro, ilustrado na Figura 2.6.
Figura 2.6 – Material compósito com matriz de epóxi, reforçado por fibras de vidro.
10
A organização das fibras na fase matriz pode ser feita de diversas maneiras, variando de
uma organização unidirecional, bidirecional ou randômica (Figura 2.7) até uma
organização multiaxial, onde as fibras não são orientadas em um único plano (Figura
2.8).
Figura 2.7 – Organização das fibras de uma maneira unidirecional, bidirecional ou randômica.
Usualmente, os materiais compósitos reforçados por fibras são formados por uma
combinação de diversas lâminas, formando um laminado. Cada uma dessas lâminas
possuem fibras orientadas segundo uma angulação, proporcionando uma resistência
adequada a cada aplicação específica. A Figura 2.9 mostra o exemplo de um laminado
reforçado por fibras orientadas unidirecionalmente.
11
Lâmina Laminado
Matriz + Fibra
3. Materiais inteligentes
12
• Diagnóstico mediante sensores ativos: Se baseia na utilização de sensores que
atuam também como atuadores. Neste, na maioria dos casos, são utilizados
materiais piezoelétricos. Assim, se pode medir a diferença dos sinais produzidos
na placa com dano em relação a placa sem dano. Neste caso, a detecção é capaz
de determinar a localização e até a dimensão do defeito.
13
sinterização de pós cerâmicos conformados via prensagem ou extrusão. Atualmente, as
cerâmicas piezoelétricas tipo PZT, em suas diversas variações, são os materiais
piezoelétricos predominantes no mercado. Variações como por exemplo, o PT(PbTiO3 )
e o PMN(Pb(Mg1/3Nb2/3)O3) são utilizadas em dispositivos que exigem propriedades
especiais e muito específicas, como transdutores para alta temperatura [5,6].
14
4. Modelos constitutivos
4.1 Elasticidade
𝜀 = 𝑠 {𝜎} (4.1)
!!
[s] é igual a D , onde [D] é a matriz elástica do material.
15
unidirecional de fibras com 3 planos ortogonais de simetria, um deles ortogonal a
direção da fibra e outros dois ortogonais a este. Na Figura 4.1 esses planos são definidos
pelos números 13, 12 e 23 respectivamente [1].
y 1
2
+θ
x
Figura 4.1 – Material ortotrópico com seu sistema principal e não-principal de coordenadas.
16
onde, 𝑠!! = 1/𝐸! ; 𝑠!! = 1/𝐸! ; 𝑠!! = 1/𝐸! ; 𝑠!" = −𝜈!" /𝐸! ; 𝑠!" = −𝜈!" /𝐸! ;
𝑠!" = −𝜈!" /𝐸! ; 𝑠!! = 1/𝐺!" ; 𝑠!! = 1/𝐺!" ; 𝑠!! = 1/𝐺!" .
Note que, devido aos planos de simetria, somente nove termos independentes são
necessários.
O caso mais simples da matriz elástica [D] é para materiais isotrópicos que possuem as
mesmas propriedades em diferentes direções. Desta forma, 𝐷!! = 𝐷!! = 𝐷!! , 𝐷!" =
𝐷!" = 𝐷!" e que 𝐷!! = 𝐷!! = 𝐷!! , onde 𝐷!! não vai ser um termo independente, i.e.
igual a (𝐷!! − 𝐷!" )/2, assim, obtemos a seguinte forma para a matriz [D], com
elasticidade isotrópica: [1]
1 𝜈/(1 − 𝜈) 𝜈/(1 − 𝜈) 0 0 0
𝜈/(1 − 𝜈) 1 𝜈/(1 − 𝜈) 0 0 0
𝜈/(1 − 𝜈) 𝜈/(1 − 𝜈) 1 0 0 0
1 − 2𝜈
𝐸 1−𝜈 0 0 0 0 0
[𝐷] = 2 1−𝜈
1 + 𝜈 1 − 2𝜈 1 − 2𝜈
0 0 0 0 0
2 1−𝜈
1 − 2𝜈
0 0 0 0 0
2 1−𝜈
(4.5)
17
4.2 Piezoeletricidade
De uma maneira geral o efeito piezoelétrico pode ser definido como a conversão de
energia mecânica em energia elétrica (modo direto) ou a conversão de energia elétrica
em energia mecânica (modo inverso). Assim, um sistema piezoelétrico é constituído de
dois sistemas físicos acoplados: o mecânico e o elétrico. As equações constitutivas
normalmente utilizadas para descrever o efeito piezoelétrico linear estão apresentadas a
seguir [8].
Note que para a resolução das equações 4.6 e 4.7, três matrizes são necessárias: matriz
de compliância calculada em um campo elétrico constante 𝑠 ! , matriz piezoelétrica 𝑑
e a matriz dielétrica calculada com uma tensão mecânica constante ϵ! . A matriz de
compliância 𝑠 ! possui a mesma forma que a matriz [s] da equação 4.4.
18
0 0 d!"
0 0 d!"
0 0 d!!
[d] = (4.8)
0 d!" 0
d!" 0 0
0 0 0
ϵ!!!
0 0
ϵ!
ϵ!!!
ϵ! = 0 0 (4.9)
ϵ!
ϵ!!!
0 0
ϵ!
!!
onde !!
é a permissividade relativa e ϵ! é a constante de permissividade elétrica no
19
O MEF teve suas origens na análise estrutural. Com o surgimento dos primeiros
computadores digitais no início da década de 1950, os métodos matriciais para a análise
estrutural tiveram um grande desenvolvimento. As primeiras aplicações envolviam
apenas estruturas reticuladas, mas a crescente demanda por estruturas mais leves, tais
como as encontradas na indústria aeronáutica, conduziu ao desenvolvimento de métodos
numéricos que pudessem ser utilizados nas análises de problemas mais complexos. Na
década de 1970 o MEF teve suas aplicações estendidas a problemas de mecânica dos
fluidos e, desde então, vem consolidando-se como um método mais geral de solução de
equações diferenciais parciais [10]. A Figura 5.1 apresenta as etapas para a aplicação do
MEF e um breve resumo de cada etapa.
5.1 Formulação
𝑀 𝑢 + 𝐶 𝑢 + 𝐾 𝑢 = {𝐹} (5.1)
20
5.1.1 Análise estática
Análise estática considera que {𝑢} e {𝑢} se anulam e, portanto, tem-se o seguinte
problema discreto:
𝐾 𝑢 = {𝐹} (5.2)
Este sistema pode ser resolvido a partir de um método de solução de equações lineares.
A análise modal trata das vibrações livres quando {𝐹} é igual a zero e [𝐶] normalmente
desprezado. Desta forma, tem-se o seguinte problema discreto:
𝑀 𝑢 + 𝐾 𝑢 = {0} (5.5)
𝑢 = 𝜙 ! sen (𝜔! 𝑡 + 𝜃! )
21
𝑢 = 𝜔! 𝜙 ! cos (𝜔! 𝑡 + 𝜃! )
𝑢 = −𝜔!! 𝜙 ! sen (𝜔! 𝑡 + 𝜃! ) (5.6)
Observe que a equação 5.9 é um problema de autovalor que pode ser resolvido para n
autovalores 𝜔!! , e n autovetores 𝜙 ! , onde n é o número de graus de liberdade.
Além disso, note que é necessária mais uma equação para a resolução do problema.
Essa equação adicional vem da normalização dos modos de vibração, que pode ser feita
de duas formas:
!
𝜙 ! 𝑀 𝜙 ! =1 (5.10)
22
Uma vez resolvido o problema de autovalor descrito acima, obtemos:
! !"!#$%
𝑓! = !!! ( !
) (5.11)
No modelo de elementos finitos, a matriz [K] da equação 5.9 é muito grande, assim, um
método numérico específico é utilizado para a extração dos autovalores, chamado de
Block Lanczos. Este utiliza o algoritmo de Lanczos, onde o recurso de Lanczos é
realizado com um bloco de vetores ao invés de um somente, maiores informação sobre
o algoritmo de Lanczos é encontrada na referência [14].
A análise harmônica considera um caso particular da vibração forçada em que {𝐹} e {𝑢}
são harmônicos com uma determinada freqüência Ω:
23
𝑢 = ( 𝑢! + 𝑖 𝑢! )𝑒 !Ω!
(−Ω! 𝑀 + 𝑖Ω 𝐶 + 𝐾 )( 𝑢! + 𝑖 𝑢! ) = ( 𝐹! + 𝑖 𝐹! ) (5.17)
Para a resolução da equação 5.17, um método direto é utilizado, chamado de full method
solver, esse método utiliza o mesmo método de solução utilizada nas análises estáticas,
assim temos [14]:
! ! !
24
As cargas e condições de contorno são tratadas como movimentos senoidais ou
harmônicos, que possuem suas respectivas amplitudes e ângulos de fase.
𝑥! = 𝑋! 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 + 𝜃) (5.19)
25
6. Análise de defeitos – Monitoramento de integridade estrutural
26
piezoelétricos nas freqüências encontradas na etapa modal. Conclusões são tiradas
utilizando a metodologia apresentada na Figura 6.1.
27
Figura 6.2 – Dimensões da placa de compósito.
Angulação Espessura
Camada
da fibra (mm)
A1 0º
A2 45º
A3 -45º 0,19
A4 90º
A5 0º
28
A6 45º
A7 -45º
A8 90º
A9 90º
A10 -45º
A11 45º
A12 0º
A13 90º
A14 -45º
A15 45º
A16 0º
29
Figura 6.3 – Dimensões da localização dos atuadores na placa.
30
6.2 Propriedades do material dos corpos de prova
Elasticidade Ortotrópica
E1 (Pa) 1,124×1011
E2 (Pa) 9,376×109
E3 (Pa) 9,376×109
ν12 0,32
ν23 0,4
ν13 0,32
31
O atuador cerâmico piezoelétrico que é utilizado chama-se PZT-5 que possui
propriedades mecânicas e elétricas descritas na Tabela 6.3, formando as matrizes
apresentadas nas equações 4.6 e 4.7.
PZT-5
!
s!! (Pa!! ) 16,5×10-12
!
s!" (Pa!! ) -4,78×10-12
!
s!" (Pa!! ) -8,45×10-12
!
s!! (Pa!! ) 20,7×10-12
!
s!! (Pa!! ) 43,5×10-12
C
d!" ( ) -274×10-12
N
C
d!! ( ) 593×10-12
N
C
d!" ( ) 741×10-12
N
ϵ!!!
3130
ϵ!
ϵ!!!
3400
ϵ!
𝐹
ϵ! ( ) 8,854×10-12
𝑚
𝑘𝑔
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ( ) 2432,8
𝑚!
32
! ! !
𝑠!! 𝑠!" 𝑠!" 0 0 0
! ! !
𝑠!" 𝑠!! 𝑠!" 0 0 0
! ! !
! 𝑠!" 𝑠!" 𝑠!! 0 0 0
[𝑠 ] = ! (6.1)
0 0 0 𝑠!! 0 0
!
0 0 0 0 𝑠!! 0
! !
0 0 0 0 0 2(𝑠!! − 𝑠!" )
33
Figura 6.5 – Elemento finito utilizado para a placa compósita.
Figura 6.6 – Modelo geométrico da placa com o defeito de 25,4mm entre as camadas A4 e A5.
34
O modelo apresentado na Figura 6.6 mostra que a placa é dividida em cinco corpos. Isso
permite melhores condições para gerar a malha na região do defeito. É importante
ressaltar que como não há subdivisão em mais um corpo devido ao defeito, a placa sem
defeito possui somente quatro corpos ao longo da sua espessura.
A Figura 6.7 e a Tabela 6.4 apresentam a estrutura utilizada para gerar a malha ao longo
da espessura da placa com defeito, representando a placa original, apresentada no item
6.2.
Corpo 2
Corpo 1
Corpo 3
Corpo 4
Corpo 5
Figura 6.7 – Disposição dos elementos na espessura da placa com defeito, no modelo de
elementos finitos.
35
Tabela 6.4 – Disposição das camadas no modelo de elementos finitos para a placa com defeito.
Espessura
Corpo Camada Orientação (º)
(m)
A1 0,19 × 10-3 0
A2 0,19 × 10-3 45
Corpo 1
A3 0,19 × 10-3 -‐45
A6 0,19 × 10-3 45
Corpo 3
A7 0,19 × 10-3 -‐45
A8 0,19 × 10-3 90
A9 0,19 × 10-3 90
36
Corpo 1
Corpo 2
Corpo 3
Corpo 4
Figura 6.8 – Disposição dos elementos na espessura da placa sem defeito, no modelo de
elementos finitos.
Tabela 6.5 – Disposição das camadas no modelo de elementos finitos para a placa sem defeito.
Espessura
Corpo Camada Orientação (º)
(m)
A1 0,19 × 10-3 0
A2 0,19 × 10-3 45
Corpo 1
A3 0,19 × 10-3 -‐45
A4 0,19 × 10-3 90
A5 0,19 × 10-3 0
A6 0,19 × 10-3 45
Corpo 2
A7 0,19 × 10-3 -‐45
A8 0,19 × 10-3 90
37
A9 0,19 × 10-3 90
A placa com defeito possui 165.783 nós e 23.163 elementos enquanto que a placa sem
defeito é gerada com 143.010 nós e 20.000 elementos. A Figura 6.9 apresenta uma vista
superior da malha, comum às duas placas e a Figura 6.10 mostra a malha do corpo
aonde se encontra o defeito.
38
Figura 6.9 – Vista superior da malha de elementos finitos na superfície da placa.
39
Figura 6.10 – Malha de elementos finitos do corpo com defeito, em detalhe a região do defeito .
É importante ressaltar que a malha descrita foi fruto de um teste de convergência que
permitiu a obtenção dessa malha ótima que representa a resposta na região próxima ao
defeito. Assim, foram modelados quatro elementos ao longo nas arestas do defeito.
40
apresenta a geometria do elemento utilizado para o atuador. Esse elemento utiliza 14
pontos de integração de Gauss para integração numérica.
41
Figura 6.12 – Malha de elementos finitos para a placa, em detalhe a malha do atuador piezoelétrico .
A malha da placa compósita com defeito e com o atuador piezoelétrico possui 171.126
nós e 24.027 elementos. A placa sem defeito é gerada com 148.355 nós e 20.864
elementos com o atuador piezoelétrico acoplado.
42
7. Análise Estática
43
Figura 7.2 – Condições de carregamentos aplicadas a placa no modelo estático .
44
Aplicando a metodologia apresentada no item 6.1 (Figura 6.1) obtivemos os seguintes
resultados para as diferenças nas deformações elásticas em X e Y entre as placas sem e
com defeito, apresentados da Figura 7.3 até a Figura 7.6, seguindo a ordem das
condições de carregamentos apresentados anteriormente na Figura 7.2 e na Tabela 7.1
(a) (b)
45
Considere agora uma tração aplicada na direção X. Na Figura 7.4 apresentam-se as
diferenças das deformações X e Y mostrando que é possível localizar o defeito nas suas
vizinhanças, ficando menos clara nas diferenças da direção Y. A diferença varia de
0,572 × 10-6 até 0,515 × 10-5 na direção X e de 0,198 × 10-4 a 0,329 × 10-4 na direção Y.
(a) (b)
46
Agora, analisa-se um carregamento de momento em torno da direção X, aplicado nos
nós pertencentes a face normal a Y. A Figura 7.5 apresenta a diferença nas deformações
X e Y, mostrando que é possível localizar as diferenças nas proximidades do defeito,
para ambas as direções, variando de 0,451 × 10-8 até 0,406 × 10-7 na direção X e de
0,837 × 10-8 a 0,754 × 10-7 na direção Y.
(a) (b)
47
Finalmente, considera-se um momento em torno de Y aplicado nos nós pertencentes as
faces normais a X. Neste tipo de carregamento, não é possível visualizar a diferença de
comportamento na região do defeito, como pode ser visto na Figura 7.6. De uma
maneira geral, as diferenças ficaram de 0,138 × 10-7 até 0,125 × 10-6 na direção X e de
0,462 × 10-7 a 0,416 × 10-6 na direção Y.
(a) (b)
48
8. Análise Modal
A fim de definir uma nomenclatura para cada um dos modos de vibração tratados,
considere que o modo onde o defeito fica evidente é chamado de modo de detecção e o
outro em que o defeito não fica nítido como modo de não detecção. Cada um desses
modos com as suas específicas freqüências de detecção e de não detecção.
A Tabela 8.1 apresenta as freqüências naturais de vibração para cada uma das placas de
acordo com o modo de vibração escolhido. Note que para os dois modos escolhidos há
uma diferença no valor da frequência natural. Nos dois casos essa diferença é
desprezível, sendo da ordem de 0,2% para a de detecção e de 0,15% para a de não
detecção.
Tabela 8.1 – Freqüências naturais de detecção e de não detecção para cada placa.
49
A Figura 8.1 apresenta os resultados para as deformações elásticas na direção X para a
frequência de detecção da placa.
(a) (b)
Figura 8.1 – Resultado para a etapa modal – Modo de detecção – Deformação elástica em X.
50
Agora, a Figura 8.2 apresenta as deformações elásticas na direção Y para a freqüência
de detecção.
(a) (b)
Figura 8.2 – Resultado para a etapa modal – Modo de detecção – Deformação elástica em Y.
Reforçando o que foi dito no item 5.1, especificamente na equação 5.14, os resultados
da análise modal são resultados normalizados, portanto, a magnitude das deformações
não pode ser levada em consideração e somente a característica de comportamento e as
freqüências naturais de vibração. Por essa razão, não se apresenta as variações das
51
deformações conforme mostrado no caso estático. Considerando, agora, o modo de não
detecção, a Figura 8.3 apresenta as deformações elásticas na direção X para a placa de
assinatura e para a placa com defeito, considerando as suas respectivas freqüências
naturais de vibração mostradas na Tabela 8.1.
(a) (b)
Figura 8.3 – Resultado para a etapa modal – Modo de não detecção – Deformação elástica em X.
52
Agora, considerando as deformações elásticas na direção Y, para as freqüências de não
detecção mostradas na Tabela 8.1, a Figura 8.4 é apresentada.
(a) (b)
Figura 8.4 – Resultado para a etapa modal – Modo de não detecção – Deformação elástica em Y.
Observa-se nas imagens referentes a freqüência de não detecção, Figura 8.3 e Figura
8.4, que é praticamente imperceptível a diferença no comportamento das deformações
elásticas nos modos de vibração.
53
placa com defeito possui uma intensificação maior na região próxima ao defeito,
quando comparada com a placa de assinatura, mesmo esses valores sendo normalizados
(equação 5.16).
A análise harmônica é uma técnica para determinar a resposta de uma estrutura em seu
estado estacionário quando este é submetido a um carregamento senoidal (harmônico)
em uma determinada freqüência.
100V
54
Um carregamento harmônico necessita de uma amplitude, uma freqüência e um ângulo
de fase. A amplitude é ilustrada na Figura 9.1, o ângulo de fase é considerado nulo para
os três atuadores, como o carregamento x1 da Figura 5.2, portanto, as diferenças de
potencial aplicadas nos três atuadores se propagam em fase.
𝒙𝒊 = 𝑿𝒊 𝒔𝒆𝒏(𝝎𝒕 + 𝜽)
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Um aumento na diferença é observado na região central da placa, exatamente aonde o
defeito foi modelado (Figura 6.10). Este incremento de deformação foi possivelmente
causado pelo defeito, portanto, a detecção da localização do defeito (posição X e Y) foi
bem sucedida com o modelo, o que significa que se o defeito existisse em uma outra
posição no plano, possivelmente a sua localização seria detectada.
(a) (b)
Como mostrado na figura aproximada na região central da placa (Figura 9.5), observa-
se uma largura de 0.3m no pico de aumento na diferença de deformação, o que é uma
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boa aproximação para o tamanho do defeito, de 0.0254m. Portanto, uma estimativa da
dimensão do defeito pode ser feita a partir de uma análise deste comportamento.
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Figura 9.4 – Posição em X (m) x Diferença de deformação para o modo de detecção.
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(a) (b)
Reforçando o que foi dito acima, a Figura 9.7 apresenta a curva de diferença de
deformação, utilizando os mesmos parâmetros da Figura 9.4. Observa-se que somente
uma pequena diferença é notada no centro da curva, o que torna impossível a
visualização de localização e muito menos a estimativa de dimensão do defeito.
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Figura 9.7 – Posição em X (m) x Diferença de deformação para o modo de não detecção.
10. Conclusões
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A segunda etapa considera a análise modal, verificando as freqüências e modos naturais
de vibração. Nessa análise, definem-se os modos de detecção e de não detecção. O
primeiro apresenta uma intensificação nos resultados na região próxima ao defeito. Por
outro lado, o modo de não-detecção mostra ambas as placas com características
praticamente iguais, tornando difícil a observação do defeito.
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11. Referências Bibliográficas
5. Suslick, K.S. The Chemical Effects of Ultrasound. s.l. : Scientific American, 1989.
10. O.C. Zienkiewicz, R. L. Taylor. The finite element method. s.l. : McGRAW -
HILL, 1989.
12. Red, J.N. An Introduction to Finite Element Method. s.l. : McGRAW - HILL, 1985.
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