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AGO 1989 NBR 10720


Prevenção e proteção contra incêndio
em instalações aeroportuárias
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Fax: (021) 240-8249/532-2143
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Procedimento
Origem: Projeto 00:001.03-038/1988 (NB-1182)
CB-24- Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio
GT-26 - Grupo de Trabalho de Proteção contra Incêndio em Aeroportos
NBR 10720 - Fire protection - Fire prevention and protection on airport
Copyright © 1989, installations - Procedure
ABNT–Associação Brasileira Esta Norma foi baseada em um documento preparado pela INFRAERO
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Palavras-chave: Proteção contra incêndio. Instalação aeroportuária 15 páginas

SUMÁRIO NBR 8601 - Equipamentos elétricos imersos em óleo


1 Objetivo para atmosferas explosivas - Especificação
2 Documentos complementares
3 Definições NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios -
4 Condições gerais Procedimento
5 Condições específicas
ANEXO A - Ficha de controle de extintor NBR 9719 - Depósito de combustíveis em aeroportos
ANEXO B - Figuras - Especificação

1 Objetivo NR 23 - Norma regulamentadora do Ministério do


Trabalho - Portaria nº 3214 de 8/6/78 do MTb
Esta Norma fixa as condições, requisitos gerais e elenco
de medidas de prevenção e proteção contra incêndio em 3 Definições
instalações aeroportuárias.
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
2 Documentos complementares de 3.1 a 3.5.
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: 3.1 Instalações aeroportuárias
NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão -
Procedimento Referem-se a terminal de passageiros, terminal de carga
aérea, hangares, depósitos, comissarias, edificações em
NBR 5414 - Execução de instalações elétricas de geral, casa de força, sistemas e equipamentos de proteção
alta tensão de 0,6 kV a 15 kV - Procedimento ao vôo, almoxarifados, depósitos de combustíveis de avia-
ção, sistema viário, áreas verdes e demais instalações
NBR 5418 - Instalações elétricas em ambientes com aeroportuárias em geral, relacionadas com a infra-estru-
líquidos, gases ou vapores inflamáveis - Procedi- tura aeronáutica, que devem ser protegidas por facilidades
mento e instalações de proteção contra incêndio apropriadas.

NBR 5419 - Proteção de edificações contra descar- 3.2 Terminal de passageiros


gas elétricas atmosféricas - Procedimento
Parte do aeroporto dotada de instalações específicas,
NBR 6244 - Ensaio de resistência à chama para fios onde o passageiro se habilita a proceder à transferência
e cabos elétricos - Método de ensaio de meio de transporte.
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3.3 Terminal de carga aérea 4.2 Proteção contra incêndio

Conjunto de áreas cobertas ou descobertas no aeroporto, As instalações aeroportuárias devem ser projetadas e
especificamente delimitadas para o recebimento, guarda, construídas, observando-se inclusive os importantes
armazenagem, controle, movimentação e entrega da aspectos relacionados com prevenção e proteção contra
carga transportada ou a transportar por via aérea. incêndio previstos nas normas brasileiras e, na sua au-
sência, as internacionais aplicáveis.
3.4 Depósitos de combustíveis de aviação em
4.2.1 Finalidade da proteção contra incêndio
aeroportos
As instalações aeroportuárias devem ser protegidas, ob-
Conjunto de instalações fixas, compreendendo tanques, jetivando a preservação de vidas e do patrimônio através
equipamentos e edifícios de administração e manutenção, de detecção, alarme e combate a incêndio.
com a finalidade de receber, armazenar e distribuir com-
bustíveis de aviação e dotados com instalações de pro- 4.2.2 Seleção de sistema e equipamentos de proteção contra
teção contra incêndio. incêndio

3.5 Seção contra incêndio Compreende desde os simples extintores de incêndio e


sistema de proteção por hidrantes de incêndio, e meios
Edificação convenientemente projetada e localizada em de alarme sob comando até os sistemas de chuveiros
relação à área de movimento de aeronaves, dotada de automáticos, de proteção por espuma mecânica, por CO2
instalações específicas (sistema de comunicações, re- e de detecção de alarmes automáticos, evitando, sempre
serva de água para fins de prevenção contra incêndio, que possível, os estragos que possam ocorrer pelo em-
etc.) e que abriga os C.C.I (Carros de Combate a Incêndio) prego destes, principalmente nos terminais de carga
e o pessoal que os opera. aérea. A seleção, o dimensionamento e a distribuição
dos sistemas, equipamentos e outros meios de proteção,
dependem dos fatores relacionados a seguir:
4 Condições gerais
a) porte e complexidade dos investimentos aero-
4.1 Prevenção de incêndio portuários e do seu tráfego de aeronaves, pas-
sageiros e carga aérea;
Compreende uma série de medidas construtivas, opera-
cionais-administrativas, uma determinada distribuição de b) perigo de incêndio oferecido pelo risco a proteger
equipamentos de proteção contra incêndio (de detecção, das diversas e diferentes áreas do aeroporto;
alarme e combate a incêndio) e de salvamento, um plane-
jamento prévio de prontas respostas a essas situações c) extensão e localização do risco;
de emergências, a organização e o treinamento do corpo
de voluntários especiais - CVE, a vigilância contínua, ade- d) possibilidade de receber socorro da SCI do aero-
quada ocupação das edificações, a distribuição ade- porto;
quada de produtos perigosos, segundo suas classes e
suas respectivas periculosidades e compatibilidades à e) possibilidade de receber socorro externo do Corpo
arrumação e limpeza geral, visando: de Bombeiros local.

5 Condições específicas
a) elaborar e executar programas de prevenção de
acidentes de incêndio; 5.1 Planejamento do uso do solo e ocupação em geral

b) estabelecer mecanismos para a preparação da Assegurar na face inicial do planejamento do uso do solo
comunidade aeroportuária e local para as prontas do aeroporto, com um adequado zoneamento e com a
respostas; adoção de parâmetros de afastamentos de segurança
mínimos para todas as atividades aeroportuárias, har-
c) detectar o incêndio, acionar os alarmes e pro- monizando-os inclusive com os regulamentos vigentes
videnciar as prontas respostas para essas si- do IRB(1) (isolamento de risco e outros critérios de locali-
tuações de emergência; zação, classes de ocupação e de construção).

d) impedir o surgimento de um princípio de incêndio; 5.1.1 Depósitos de combustíveis de aviação

A implantação de depósitos de combustíveis de aviação


e) dificultar a propagação do incêndio;
deve observar as prescrições da NBR 9719.

f) facilitar o combate do incêndio, ainda na fase ini- 5.1.2 Depósito de armazenamento de GLP
cial;
Sempre que possível, devem ser localizados afastados
g) facilitar uma pronta e ordeira evacuação do da edificação principal que atendem. As instalações de
pessoal. GLP devem observar as normas e legislação pertinentes.

(1)
IRB - Instituto de Resseguros do Brasil - Rio de Janeiro.
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5.1.3 Localização de instalações, máquinas e materiais 5.2.3 Instalações elétricas


perigosos em geral
Devem ser realizadas em estrita observância às
Devem ficar em compartimentos separados e com pa- NBR 5410, NBR 5414 e NBR 6244 e, quando em am-
redes de proteção, longe das atividades com chamas bientes líquidos, gases ou vapores inflamáveis, em confor-
abertas, de centelhas e fontes de calor, quando forem midade com as NBR 5418 e NBR 8601. Os materiais e
possíveis de serem colocadas em áreas próprias, res- equipamentos elétricos a serem utilizados nesses am-
guardadas com os necessários afastamentos mínimos bientes adversos e perigosos, inclusive os motores elé-
de segurança e com proteção contra incêndio especiais. tricos, devem ser blindados e do tipo à prova de explosão.
Todos os materiais e equipamentos elétricos, sempre que
5.1.4 Ventilação possível, devem ser selecionados entre aqueles deten-
tores de Marca de Conformidade.
Nas instalações aeroportuárias, em que existem
tubulações ou motores a combustão interna, ou em que 5.2.4 Proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos
sejam usados, guardados ou manipulados líquidos,
gases ou vapores infamáveis, deve existir uma adequa- As instalações aeroportuárias devem ser devidamente
da ventilação natural ou forçada que impeça a concen- protegidas contra as descargas atmosféricas, com sistemas
tração de gases de vapores infamáveis perigosos, bem de pára-raios, em conformidade com as NBR 5410 e
como o uso obrigatório de dispositivo corta-chama nos NBR 5419.
escapamentos dos motores a explosão, operando nesses
ambientes perigosos, conforme 5.2.8. 5.2.5 Drenagem pluvial e caixas sifonadas com “selos
d’água”
Nota: A não observância desses requisitos acarreta a fixação
de tarifas de seguro mais elevadas.
Nas instalações referidas em 5.1 e semelhantes, bem
como no pátio de manobras de aeronaves (sujeito a derra-
5.2 Características do projeto, construção e mento de combustíveis de aviação), cujos sistemas de
instalações drenagem se interligam com o sistema geral de dre-
nagem pluvial do aeroporto, devem ser protegidos com a
5.2.1 Projeto dos sistemas e equipamentos de proteção construção de caixas sifonadas com “selo d’água”, para
contra incêndio interromper eventuais propagações de chamas desse sis-
tema para os depósitos de combustíveis de aviação e/ou
Os projetos e especificações dos sistemas, equipamentos para outras edificações, como terminal de passageiros,
e materiais utilizados nas instalações aeroportuárias de- terminal de carga, etc.
vem estar em conformidade com as normas brasileiras e,
na sua ausência, com as internacionais aplicáveis. Os 5.2.6 Sistema de evacuação de emergência de pessoal
equipamentos e materiais a serem utilizados, sempre que
possível, devem ser aqueles detentores de Marca de As instalações aeroportuárias devem ser projetadas e ou
Conformidade. adaptadas às existentes, estabelecendo-se um eficiente
sistema de proteção e de evacuação de emergência de
5.2.2 Características de construção pessoal, com a utilização dos recursos disponíveis, por
menores que sejam. Devem ser considerados os se-
Devem ser consideradas no projeto, sempre que possível guintes tipos que permitem prontas, seguras e ordeiras
e compatível com as suas funcionalidades, especificações evacuação de pessoal:
de materiais e adotados processos que retardem a propa-
gação da combustão e venham a prevenir acidentes e a) porta corta-fogo para saídas de emergência;
incêndios, tais como:
b) saídas de emergência em edifícios altos;
a) adoção de materiais incombustíveis e, quando for
absolutamente necessário, o uso de materiais c) escadas de emergência;
combustíveis, os mesmos devem receber pintura
com massas e tintas retardantes de combustão,
conforme prescrevem as normas brasileiras para d) iluminação de emergência do sistema de evacua-
o assunto; ção;

b) paredes, portas corta-fogo para saída de emergên- e) sinalização do “sentido de fuga”;


cia e platibandas;
f) sinalização das “saídas de emergência”;
c) pisos, tetos, paredes incombustíveis ou resistentes
à combustão; g) plano de evacuação de pessoal;

d) vidros entelados em portas e janelas. h) exercícios simulados de incêndio;


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5.2.6.1 Porta corta-fogo para saídas de emergência 5.2.7.2 Portas de abrir ou de girar

Devem existir aberturas nas paredes de proteção contra


As portas envolvidas no sistema de saídas de emergência
incêndio, dispostas para facilitar a circulação entre os di-
para a evacuação de pessoal (fluxo básico), do tipo de
versos compartimentos. Essas aberturas devem ser pro-
abrir, tanto as saídas de emergência como as de comuni-
tegidas por portas com fechamento automático, podendo
cações internas do fluxo, devem:
ser facilmente abertas pelos dois lados, construídas, em
conformidade com as normas pertinentes. Inspeções
regulares das portas corta-fogo devem ser procedidas a) abrir no sentido de saída;
com freqüência, para garantia do funcionamento das por-
tas, com verificações nas ferragens, cabos, polias e liga- b) situar-se de tal modo que, ao abrirem, não impe-
ções fusíveis. çam as vias de passagem.

5.2.6.2 Saídas de emergência em edifícios altos 5.2.7.3 Portas verticais, de enrolar e giratórias

Os edifícios com altura superior a 20 m devem ser


providos desse tipo de proteção, constando de acesso, Não são permitidas em comunicações internas, como
escada enclausurada à prova de fumaça e descarga e integrantes do sistema de saídas de emergência.
observando-se as condições mínimas a que devem obe-
decer os edifícios altos, conforme a NBR 9077. 5.2.7.4 Portas que conduzem às escadas

5.2.6.3 Sinalização do “sentido de fuga” Devem ser dispostas de maneira a não diminuirem a lar-
gura efetiva dessas escadas.
Deve ser provida uma sinalização com indicação clara
do sentido de saída. Preferencialmente deve ser do tipo
luminosa e alimentada por acumuladores que devem fun- 5.2.7.5 Condições de permanente acessibilidade através
cionar automaticamente quando faltar energia da rede de portas
pública. Deve ser em conformidade com os padrões de
simbologia das normas brasileiras que prevêem essa sina- Nenhuma porta de sistema de saída de emergência deve,
lização, contendo a palavra “saída” e o símbolo inter- durante o período de operações e trabalho normal per-
nacional padronizado pela OACI(2). manecer fechada à chave, aferrolhada ou presa.

5.2.6.4 Sinalização de saídas de emergência 5.2.7.6 Dimensionamento de número de saídas


Deve ser provida uma sinalização com indicação clara
da localização da saída de emergência. Preferencial- Os locais de trabalho e operação devem dispor de saídas
mente deve ser do tipo luminosa e alimentada por acumu- em número suficiente e dispostas de modo que aqueles
ladores que devem funcionar automaticamente quando que se encontrarem nesses locais possam abandoná-
faltar energia da rede pública, contendo a palavra “saí- los com rapidez e segurança, em caso de emergência.
da”e o símbolo internacional pela OACI(2).
5.2.7.7 Largura mínima das saídas e corredores
5.2.6.5 Iluminação de saídas de emergência

Esse tipo de iluminação deve ser provida nas caixas da Deve ser de 1,20 m.
escada enclausurada à prova de fumaça e através do
sistema de evacuação de emergência de pessoal. 5.2.7.8 Distâncias máximas de percurso para integração ao
Preferencialmente, deve ser do tipo luminosa e alimen- sistema de saídas de emergência
tada por acumuladores que devem funcionar automatica-
mente quando faltar energia da rede pública. As saídas devem ser dispostas de tal forma que entre
elas e qualquer local de operação e/ou trabalho não se
5.2.7 Critérios para planejamento de saídas de emergência tenha de percorrer distância maior do que 15 m nos de
para a evacuação de pessoal risco grande e 30 m de risco médio ou pequeno. Essas
distâncias podem ser acrescidas de 50%, se houver ins-
Como no mínimo, o planejamento do sistema de saídas
talações de chuveiros automáticos, e segundo a natureza
de emergência para a evacuação de pessoal, deve
do risco.
considerar o prescrito em 5.2.7.1 a 5.2.7.14.

5.2.7.1 Dois caminhos para a saída 5.2.7.9 Circulação desimpedida

O requisito básico é a existência de pelo menos “dois ca- Sempre que possível deveriam nos casos de níveis di-
minhos para a saída” de um edifício ou de uma área de ferentes, adotar-se rampas que concordem suavemente
incêndio. e, neste caso, deve ser colocado um “aviso” no início da
Nota: Existem algumas exceções, tais como quartos individuais
rampa, no sentido da descida, a exemplo do que se de-
em hotéis e escritórios, mas, como regra geral, a existência veria fazer também quando estiver envolvido no sistema
de “dois caminhos para a saída” deve ser um requisito de saídas de emergência escadas que devem ser bem
mínimo a ser observado. iluminadas.

(2)
Organização de Aviação Civil Internacional.
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5.2.7.10 Escadas em espiral, de mãos ou externas de f) sistema fixo de gás carbônico (CO2);
madeira
g) sistema de chuveiros automáticos e/ou sob co-
Não devem ser consideradas como parte integrante de mando;
um sistema de saídas de emergência. As escadas devem
ser de material incombustível e resistente ao fogo. h) sistema de detecção e alarme;

5.2.7.11 Degraus em corredores de circulação


i) sistema de hidrocarbonetos halogenados;

j) sinalização e indicações específicas que facilitem


Não devem existir em um sistema de saídas de emer- as operações de combate a incêndios e salva-
gência. mento;

5.2.7.12 Material auxiliar de arrombamento l) sistema de comunicações de emergência (telefone,


“Bip”, radiocomunicações);
Devem ser previstos nas instalações aeroportuárias fer-
ramenta e equipamento de arrombamento, para apoio m) seção contra icêndio (SCI) do aeroporto quando
às situações de emergência. justificável em função do tráfego aéreo e, sempre
que possível, também equipada com CCI e
5.2.7.13 Velocidade de locomoção bombeiros também voltados para a proteção das
instalações aeroportuárias.
A velocidade média segura de locomoção por fila e por
5.3 Exercícios simulados de incêndio - Alerta
minuto é de 60 passos através de portas e corredores
planos e 45 passos através de escadas.
Devem ser realizados exercícios simulados de incêndio,
com freqüência como parte dos programas e prevenção
5.2.7.14 Simulados para evacuação em edificações de acidentes e de incêndios, objetivando não só um ades-
tramento do pessoal-chave responsável por uma pronta,
Treinamentos adequados asseguram saída ordeira sob segura e ordeira evacuação do público como dos demais
controle e impedem o pânico. Devem ser realizados regu- empregados atuando nas instalações aeroportuárias e
larmente ensaios para a evacuação de pessoal. A ordem reduzir o pânico por ocasião das situações de emergência
e o controle são os objetivos precípuos de ensaio. A velo- e providenciando-se inclusive o isolamento da área
cidade de evacuação é secundária. Durante os treina- atingida.
mentos devem ser enfatizadas as “recomendações gerais
de como agir em caso de incêndio”. 5.3.1 Objetivos dos exercícios simulados

5.2.8 Corta-chamas Os exercícios simulados devem ser feitos periodicamente,


objetivando:
Os veículos e equipamentos com motores à explosão,
operando em ambientes com líquidos, gases ou vapores a) detectar imediatamente o incêndio e acionamento
inflamáveis, como por exemplo apoiando aeronaves, dos alarmes;
sempre sujeitos a operações de abastecimentos de com-
bustíveis nos pátios de manobras, devem ser equipados b) que o pessoal grave o significado do alarme;
com dispositivos corta-chamas nos respectivos escapa-
mentos. c) que a evacuação do local se faça em boa ordem;

d) que seja evitado qualquer pânico;


5.2.9 Tipos de meios de combate a incêndio

e) que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades


Devem ser considerados nos projetos construtivos de específicas aos empregados (acionamento de alar-
novas instalações aeroportuárias e adaptações nas exis- mes, evacuação de pessoal, primeiros combates
tentes, os seguintes sistemas e equipamentos de combate de incêndio e isolamento da área atingida);
a incêndio, conforme venham a ser requeridos, em função
dos fatores referidos em 4.2.2: f) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida
em todas as áreas.
a) extintores portáteis (manuais);
5.3.2 Direção e coordenação dos exercícios
b) extintores não portáteis (sobre rodas e carretas);
Os exercícios devem ser realizados sob a direção de um
c) meios de alarme contra incêndio sob comando; grupo de pessoas capazes de prepará-los e dirigi-los,
comportando um chefe e ajudantes em número neces-
sário, segundo as características do aeroporto.
d) sistema de proteção por hidrantes de incêndio;
Nota: O planejamento de um exercício simulado deve ser como
e) sistema de proteção por espuma; se fosse para um caso real de incêndio.
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5.3.3 Acionamento dos exercícios simulados b) possibilidade dos aparelhos serem acionados
inadvertidamente ou mesmo propositalmente;
Nas instalações aeroportuárias que mantenham equipes
organizadas de bombeiros e/ou brigadas de combate a c) possibilidade dos aparelhos sofrerem danos ou
incêndio e salvamento, os exercícios devem ser ficarem obstruídos;
realizados periodicamente, de preferência sem aviso, e
aproximando-se o mais possível das condições reais de d) exposição a temperaturas anormais, meio ambi-
luta contra o incêndio. ente agressivo ou expostos ao tempo.

5.3.4 Participações nos exercícios simulados 5.6.2.2 Em grande parte dos sistemas e equipamentos de
proteção contra incêndio, os serviços de inspeção podem
Nas instalações aeroportuárias, mesmo que dotadas de ser realizados inclusive pelo pessoal integrante do corpo
SCI e brigadas de combate a incêndio e salvamento, deve, de voluntários especiais - CVE, previamente submetidos
sempre que possível, ter grupos de empregados do corpo a um treinamento de orientação básica; entretanto, os
de voluntários especiais - CVE’s, notadamente guardas sistemas mais complexos requerem técnicos especiali-
e vigilantes previamente treinados em combates iniciais zados e treinados para essas tarefas.
de incêndios, participando também nos exercícios simu-
lados, para exercitá-los no correto manejo do equipa- 5.6.3 Registro de irregularidades
mento de proteção contra incêndio e no seu emprego efi-
ciente. Todas as vezes que forem observadas irregularidades,
os extintores e equipamentos de proteção contra incêndio
5.4 Organização do corpo de voluntários especiais - devem ser recolhidos para manutenção e, obrigatoria-
CVE mente, deve-se deixar outro aparelho do mesmo tipo e
capacidade no local. Um relatório de irregularidades deve
Objetiva a integração dos meios de salvamento, de com- ser imediatamente encaminhado para o serviço de
bate a incêndio e de primeiros-socorros da comunidade manutenção da organização para tomar as providências
aeroportuária e constante do plano de emergência do de reparos.
aeroporto, através de ações previamente atribuídas aos
diversos grupos integrantes do corpo de voluntários espe- 5.7 Manutenção
ciais - CVE - do aeroporto.
Os sistemas de proteção contra incêndio e respectivos
equipamentos devem ser submetidos regularmente a pro-
5.5 Programas de treinamento de combate inicial a
grama de manutenção preventiva e, quando constatadas
incêndio
irregularidades, providências de reparos devem imedia-
tamente ser tomadas e, obriagatoriamente, deve-se dei-
Esses treinamentos devem envolver, no mínimo uma vez
xar outro aparelho do mesmo tipo e capacidade no local.
ao ano, todos os empregados do aeroporto e, com maior
freqüência, os guardas e vigilantes, e os integrantes das
5.8 Controle dos sistemas e equipamentos de proteção
brigadas de combate a incêndio e salvamento, e bom-
beiros da SCI. Sempre que possível, deve ser utilizado
Deve ser estabelecido um controle dinâmico dos sistemas
equipamento de proteção contra incêndio padronizado,
e equipamentos de proteção contra incêndio existentes
usado nas instalações aeroportuárias e observando-se
em cada instalação aeroportuária.
os procedimentos de técnicas de combate a incêndio.
5.9 Extintores de incêndio
5.6 Inspeções dos sistemas e equipamentos de
proteção contra incêndio
Em todas as instalações aeroportuárias devem ser
instalados extintores de incêndio que obedeçam às
5.6.1 Geral normas brasileiras, garantida essa exigência pela apli-
cação nos aparelhos dos correspondentes “selos de con-
A inspeção deve ser entendida inicialmente como verifi- formidade” e ou Marca de Conformidade. Essa instalação
cação sumária dos extintores, sistemas e equipamentos de extintores de incêndio é necessária mesmo onde pos-
de proteção contra incêndios, nos próprios locais de sua sam existir outros sistemas fixos mais complexos.
permanência. A inspeção deve ser feita pelo próprio
pessoal do aeroporto com o objetivo de verificar se os 5.9.1 Instalação de extintores de incêndio
aparelhos estão em perfeitas condições para o risco a
proteger, se estão carregados, sinalizados, desobstruídos Constitui-se em uma distribuição planejada e devida-
e livres de problemas que impeçam o seu funcionamento mente sinalizada desses aparelhos nas instalações aero-
normal. portuárias a serem protegidas, obedecendo-se à indi-
cação do tipo de extintor, tipo de agente extintor e demais
5.6.2 Freqüências e pessoal de inspeção características, em relação aos seguintes princípios bá-
sicos:
5.6.2.1 A freqüência pode variar de acordo com as neces-
sidades de cada instalação, riscos existentes, condições a) classificação dos riscos a proteger;
de trabalho. As condições a seguir podem recomendar
inspeções mais freqüentes: b) unidades extintoras;

a) risco elevado de incêndio; c) área de proteção/distância a percorrer;


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d) exigências particulares; h) se os extintores estão apropriados em função da


classe de incêndio, risco a proteger, área de co-
e) seleção segundo a classe de incêndio; bertura, distância a percorrer e altura máxima de
instalação;
f) padronização de extintores para uso nas insta-
lações aeroportuárias. i) se os ensaios hidrostáticos estão atualizados.

Nota: Anualmente ou por ocasião do carregamento, o extintor


5.9.2 Controle dos extintores de incêndio
deve ser inspecionado interna e externamente e, em caso
de avaria ou corrosão constatada, proceder a uma vistoria
Os extintores de incêndio devem ser rigorosamente no mesmo.
controlados em ficha de controle de extintor, própria, con-
forme determina a norma regulamentadora NR-23, con- 5.9.4 Manutenção e recarga de extintores
forme os modelos apresentados no Anexo A.
Nos extintores mantidos e recarregados conforme pres-
Nota: Este controle não exime o requisito obrigatório de utili- crevem as Normas e legislação vigentes para o assunto,
zação da etiqueta de serviço afixada no extintor de incên- devem ser apostos os lacres de regarga, por empresas
dio e dos “lacres de recarga” e de “selos de conformidade ou organizações concessionárias de Marca de Confor-
com as normas brasileiras” ou com marcas de confor- midade e colocadas as etiquetas de serviço.
midade.

5.9.5 Periodicidade das manutenções e recargas


5.9.3 Inspeção dos extintores

Os extintores de incêndio devem ser mantidos e/ou


Cada extintor deve ser inspecionado visualmente a cada recarregados, obedecendo à periodicidade para cada tipo
mês, examinando-se o seu aspecto externo, os lacres e de extintor e local de instalação e imediatamente quando
manômetros, quando o extintor for do tipo pressurizado, constatada uma ou mais condições previstas nas normas
verificando se o bico e válvulas de alívio não estão entu- e legislação vigentes ou um inadequado estado de
pidos. Essas inspeções devem ficar registradas também conservação. Como uma norma geral, a cada período de
na etiqueta de serviço, pelo responsável por sua exe- um ano, o extintor de incêndio deve ser submetido a um
cução. serviço de manutenção e recarga.

5.9.3.1 Os cilindros para gases expelentes dos extintores 5.9.6 Extintores de incêndio instalados em equipamentos
de pressão injetada, bem como os extintores de CO2, de- móveis de apoio às aeronaves em pátios de estacionamento
vem ser pesados semestralmente e, se a perda de massa
for superior a 10% de sua capacidade, deve ser providen- Devem sofrer manutenção a cada período de três meses.
ciada a recarga. Essa manutenção no caso dos extintores de pó químico,
deve compreender também o peneiramento do agente
5.9.3.2 As inspeções dos extintores de incêndio devem extintor pó químico, a pesagem do gás expelente, ins-
ser a intervalos menores, se as circunstâncias de trabalho peção do corpo, cilindro e das demais peças que com-
exigirem. Nas inspeções deve ser observado: põem o aparelho, conforme prescrevem as normas bra-
sileiras e, para um melhor funcionamento destes extin-
a) se os extintores estão em seus devidos lugares; tores de pó químico, estes, mensalmente, devem ser retira-
dos dos seus pontos de instalação e virados de cabeça
para baixo, pelo menos duas vezes. Esta prática propor-
b) se o acesso e a visibilidade dos extintores não es-
ciona a descompactação do agente extintor existente no
tão obstruídos;
seu interior.

c) se o quadro de instruções está legível e voltado


5.9.7 Extintores de incêndio instalados em depósitos de
para a frente;
combustíveis, terminais de carga, hangares, oficinas e
áreas de maior risco.
d) se a sinalização e a identificação estão conforme
Anexo B; Devem sofrer manutenção a cada período de seis meses,
executada conforme especificado em 5.9.1 a 5.9.6.
e) se os lacres de recarga foram violados;
5.9.8 Revisão periódica de extintores de incêndio
f) se o nível dos extintores com carga de água e com
cilindro de gás expelente estão em ordem, ava- Os extintores de incêndio dos tipos portáteis e não
liando se estão mais abaixo ou acima que o nor- portáteis devem ser revisados e submetidos a ensaios hi-
mal; e o peso do cilindro de gás; drostáticos a cada período de cinco anos, realizados com
Marca de Conformidade e com “selos de conformidade”
g) se os extintores apresentam qualquer dano físico, e de “vistoriados”, apostos nos mesmos, inclusive com
corrosão, vazamento ou entupimento de bico, ano- etiqueta de serviço, realizados em organizações
tando a irregularidade e solicitando providências credenciadas e controladas pelo órgão emissor da Marca
à manutenção; de Conformidade.
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5.9.9 Inspeções, manutenções e vistorias orgânicas 5.10 Sistema de proteção por hidrantes de incêndio

Os referidos serviços podem ser realizados pelas oficinas Deve ser incluído no projeto de construção das instalações
de manutenção da organização, por pessoal técnico es- aeroportuárias esse sistema e/ou adaptação do mesmo
pecialmente treinado pelo aeroporto. Esses serviços de- naquelas onde inexistem. Devem ser observados os re-
vem observar os mínimos requisitos das normas bra- quisitos gerais constantes nas normas e legislação vi-
sileiras aplicáveis. gentes sobre hidrantes e mangotinhos e específicos rela-
cionados com instalações com riscos especiais, como
5.9.9.1 Elementos básicos dos serviços de manutenção nos depósitos de combustíveis de aviação.

Os trabalhos de manutenção devem compreender um 5.11 Demais sistemas fixos de proteção contra
complexo exame nos três elementos básicos dos extin- incêndio
tores:
Devem ser instalados, conforme necessidades especí-
a) nas portas mecânicas; ficas das diversas instalações aeroportuárias envolvidas
(por exemplo: casa de força, depósitos de combustíveis
b) nos agentes extintores; de aviação, terminais de carga aérea, hangares), obser-
vando-se as normas brasileiras existentes e, em sua au-
c) nos sistemas expelentes. sência, as normas internacionais aplicáveis.

/ANEXO A
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ANEXO A - Ficha de controle de extintor

A) FRENTE:

FICHA DE CONTROLE DE EXTINTOR 1 ÓRGÃO

2 DADOS GERAIS
MARCA NÚMERO AGENTE TIPO FABRICANTE

Nº DOC. FISCAL DATA VALOR R$ LOCALIZAÇÃO

3 MANUTENÇÃO / UTILIZAÇÃO
DATA REC. INSP. REP. EXECUTANTE Nº DOC. FISCAL VALOR R$ TREIN. INCEN.

CÓDIGOS DE 1- PISTOLA DIFUSOR 3- VÁLVULA DE SEGURANÇA 5 - CILINDRO ADICIONAL


(*) REPAROS 2 - MANGOTE 4 - VÁLVULA COMPLETA 6 - PINTURA 7 - DIVERSOS

B) VERSO:

3 MANUTENÇÃO / UTILIZAÇÃO
DATA REC. INSP. REP. EXECUTANTE Nº DOC. FISCAL VALOR R$ TREIN. I NCEN.

4 OBSERVAÇÕES
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MARCA: TIPO: EXTINTOR Nº

ATIVO FIXO: LOCAL: ABNT Nº

H ISTÓRICO
CÓDIGO E REPAROS
DATA RECIBO INSPECIONADO REPARADO INSTRUÇÃO INCÊNDIO

1- SUBSTITUIÇÃO DE GATILHO

2 -SUBSTITUIÇÃO DE DIFUSOR

3 - MANGOTE

4 - VÁLVULA DE SEGURANÇA

5 - VÁLVULA COMPLETA

6 - VÁLVULA CILINDRO
ADICIONAL

7 - PINTURA

8 - MANÔMETRO

9 -ENSAIO HIDROSTÁTICO

10 -RECARREGADO

11- USADO EM INCÊNDIO

12 - USADO EM INSTRUÇÃO

13 - DIVERSOS

CONTROLE DE EXTINTORES

/ANEXO B
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ANEXO B - FIGURAS

Figura 1
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Figura 2
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Figura 3
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Figura 4
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Figura 5

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