O propósito do código de referência é oferecer um método simples para
inter-relacionar as diversas especificações sobre as características dos aeródromos, de modo a fornecer uma série de facilidades adequadas às aeronaves que irão operar no aeródromo. CÓDIGO DE REFERÊNCIA
O código não foi desenvolvido para ser utilizado na determinação do
comprimento da pista de pouso e decolagem ou dos requisitos de capacidade de suporte do pavimento. CÓDIGO DE REFERÊNCIA
O código é composto por dois elementos relacionados às características
de desempenho e dimensões das aeronaves. CÓDIGO DE REFERÊNCIA
O elemento 1 é um número baseado no comprimento básico de pista da
aeronave e o elemento 2 é uma letra baseada na envergadura da aeronave. A letra ou o número de código de um elemento selecionado para fins de projeto dirá respeito às características críticas da aeronave para a qual a facilidade deverá servir. CÓDIGO DE REFERÊNCIA
Um código de referência de aeródromo – número e letra de código – que
é selecionado para fins de planejamento de um aeródromo, deve ser determinado de acordo com as características das aeronaves que o aeródromo deverá atender. CÓDIGO DE REFERÊNCIA
O número de código para o elemento 1 deve ser determinado pela Tabela
A-1, coluna 1, selecionando-se o número de código correspondente ao maior valor dos comprimentos básicos de pista das aeronaves para as quais a pista deverá atender. PONTO DE REFERÊNCIA DO AERÓDROMO
Um ponto de referência deverá ser definido para o aeródromo.
O ponto de referência do aeródromo deverá estar localizado no centro geométrico da pista de pouso e decolagem do aeródromo e deverá, normalmente, permanecer onde foi estabelecido inicialmente. A posição do ponto de referência do aeródromo deve ser medida e comunicada ao DECEA em graus, minutos e segundos. PONTO DE REFERÊNCIA DO AERÓDROMO
ARP Ponto de referência do aeródromo e aeronotificação
ARP S23 19 49 W051 08 12 SBLO ARP S22 10 42 W051 25 08 SBDN ELEVAÇÕES DO AERÓDROMO E DA PISTA DE POUSO E DECOLAGEM ELEVAÇÕES DO AERÓDROMO E DA PISTA DE POUSO E DECOLAGEM
A elevação do aeródromo e a ondulação do geoide na posição da elevação
do aeródromo devem ser medidas com a acurácia de, pelo menos, meio metro (0,5 m) e comunicadas ao DECEA. ELEVAÇÕES DO AERÓDROMO E DA PISTA DE POUSO E DECOLAGEM
O geoide é uma representação da superfície da Terra, determinada pelas
variações de uma grandeza física: a força da gravidade. Essa superfície serve de referência e não corresponde à superfície real da Terra. ELEVAÇÕES DO AERÓDROMO E DA PISTA DE POUSO E DECOLAGEM
Trata-se de uma superfície convencionada a partir do estudo da força da
gravidade em cada ponto do globo terrestre. Define-se a vertical desses pontos pela direção local da força da gravidade (graças, por exemplo, a um fio de chumbo). Essas verticais não são todas paralelas, por causa dos relevos que “atraem” (ou desviam) a componente vertical da força de gravidade. ELEVAÇÕES DO AERÓDROMO E DA PISTA DE POUSO E DECOLAGEM
Num determinado momento, o geoide corresponde à superfície
equipotencial da força da gravidade mais próxima da superfície média dos oceanos. Trata-se da forma gravimétrica da Terra. ELEVAÇÕES DO AERÓDROMO E DA PISTA DE POUSO E DECOLAGEM
Para um aeródromo utilizado pela aviação civil internacional em
aproximações de não precisão, a elevação e a ondulação do geoide em cada cabeceira, a elevação do fim da pista e quaisquer pontos significativos intermediários, altos ou baixos, ao longo da pista devem ser medidos com acurácia de, pelo menos, meio metro (0,5 m), e comunicados ao DECEA. ELEVAÇÕES DO AERÓDROMO E DA PISTA DE POUSO E DECOLAGEM
Para pistas de aproximação de precisão, a elevação e a ondulação do
geoide da cabeceira, da elevação do fim da pista e da elevação mais alta da zona de toque devem ser medidas com a acurácia de, pelo menos, um quarto de metro (0,25 m), e comunicadas ao DECEA. ELEVAÇÕES DO AERÓDROMO E DA PISTA DE POUSO E DECOLAGEM
Três tipos de dados posicionais devem ser identificados:
– Pontos levantados (como a cabeceira da pista) – Pontos calculados (cálculos matemáticos, a partir de pontos fixos conhecidos, levantados, no espaço) – Pontos declarados (tais como pontos de contorno de regiões de informação de voo) • Coordenadas geográficas (Grau, Minuto, Segundo) e datum Sistema Geodésico Mundial WGS-84 TEMPERATURA DE REFERÊNCIA DO AERÓDROMO TEMPERATURA DE REFERÊNCIA DO AERÓDROMO
A temperatura de referência do aeródromo deverá ser determinada em
graus Celsius. A temperatura de referência do aeródromo deve ser a média mensal das temperaturas máximas diárias para o mês mais quente do ano (sendo que o mês mais quente será o mês com maior temperatura mensal média). Essa temperatura deve ser calculada ao longo de um período de alguns anos. DIMENSÕES DO AERÓDROMO E INFORMAÇÕES CORRELATAS DIMENSÕES DO AERÓDROMO E INFORMAÇÕES CORRELATAS
PISTA DE POUSO E DECOLAGEM
azimute verdadeiro com precisão de um centésimo de grau, número de designação das cabeceiras, extensão, largura, localização da cabeceira recuada com precisão de um metro, declividade, tipo de superfície do pavimento, tipo de pista de pouso e decolagem e, para pistas de aproximação de precisão Categoria I, a existência de uma zona livre de obstáculos (OFZ), se houver; DIMENSÕES DO AERÓDROMO E INFORMAÇÕES CORRELATAS
Faixa de pista/área de segurança de fim de pista (RESA)/zona de parada
(stopway) – comprimento, largura, com precisão de um metro, tipo de superfície do pavimento; PISTA DE TÁXI
Pista de táxi – designação, largura, tipo de superfície do pavimento;
PÁTIO DE AERONAVES
pátio de aeronaves – tipo de superfície do pavimento, posições de
estacionamento de aeronaves; LIMITES DO SERVIÇO DE CONTROLE DE TRÁFEGO AÉREO ZONA DESIMPEDIDA (CLEARWAY) EXTENSÃO COM PRECISÃO DE UM METRO, PERFIL DOTERRENO; AUXÍLIOS
Auxílios visuais para procedimentos de aproximação, sinalização
horizontal e luminosa da pista(s) de pouso e decolagem, pista(s) de táxi e pátios de aeronaves, outros auxílios de orientação visual e de controle em pista(s) de táxi e pátios de aeronaves, incluindo posições de espera em pista(s) de táxi e barras de parada, além da localização e tipo dos sistemas de orientação visual para estacionamento; ILS/MSL
Distâncias, com precisão de um metro, dos elementos do localizador e do
indicador de trajetória de planeio que integram o sistema de pouso por instrumento (ILS), ou o azimute e a antena de elevação do sistema de pouso por micro-ondas (MLS) em relação às extremidades da respectiva pista de pouso e decolagem; e SISTEMA DE DESACELERAÇÃO DE AERONAVES
Sistema de desaceleração de aeronaves – descrição e localização (em qual
cabeceira da pista encontra-se instalado). “ENGINEERED MATERIALS ARRESTING SYSTEMS (EMAS). . ” COORDENADAS GEOGRÁFICAS
As coordenadas geográficas de cada cabeceira devem ser medidas e reportadas em
graus, minutos, segundos e centésimos de segundos. As coordenadas geográficas de cada cabeceira devem ser medidas e reportadas em graus, minutos, segundos e centésimos de segundos. As coordenadas geográficas dos pontos apropriados do(s) eixo(s) da(s) pista(s) de táxi devem ser medidas e reportadas em graus, minutos, segundos e centésimos de segundos. COORDENADAS GEOGRÁFICAS
As coordenadas geográficas de cada posição de estacionamento de
aeronave devem ser medidas e reportadas em graus, minutos, segundos e centésimos de segundos. RESISTÊNCIA DE PAVIMENTOS Um pavimento é uma estrutura de múltiplas camadas construída sobre a terraplenagem e destinada, técnica e economicamente, a resistir aos esforços oriundos do tráfego e a melhorar as condições de rolamento. SUAS CAMADAS CONSTITUINTES
Regularização do subleito: camada irregular sobre o subleito que corrige
falhas da camada final de terraplenagem ou de um leito antigo de estrada de terra. Reforço do subleito: quando existente, trata-se de uma camada de espessura constante sobre o subleito regularizado. Tipicamente um solo argiloso de qualidade superior à do subleito. SUAS CAMADAS CONSTITUINTES
Sub-base: presente entre o subleito (ou camada de reforço deste) e a
camada de base. Material de boa capacidade de suporte. Previne o bombeamento do solo de subleito para a camada de base. Base: abaixo do revestimento, fornecendo suporte estrutural. Sua rigidez alivia as tensões no revestimento e distribui as tensões nas camadas inferiores. Revestimento: camada do pavimento destinada a receber diretamente a ação do tráfego, devendo ser, tanto quanto possível, impermeável, resistente ao desgaste e suave ao rolamento. Os pavimentos podem ser classificados em dois tipos principais: rígido ou flexível. PAVIMENTO RÍGIDO
Em pavimentos rígidos, estão presentes em geral camadas de concreto de
cimento Portland (revestimento e base), de sub-base e, se necessário, de reforço do subleito (nessa ordem, de cima para baixo). PAVIMENTO FLEXÍVEL
Em pavimentos flexíveis, estão presentes em geral camadas de
revestimento, de base, de sub-base e de reforço do subleito (nessa ordem, de cima para baixo). ETAPAS DE DIMENSIONAMENTO
Etapas de dimensionamento de pavimentos segundo a circular AC
150/5320-6D (FAA, 1995). MÉTODO ACN-PCN
Segundo a Instrução Suplementar – IS Nº 153.103-001, da ANAC (Agência Nacional
de Aviação Civil), “o método ACN-PCN tem por finalidade a aferição da resistência do pavimento [da pista de pouso e decolagem] em função das características da aeronave (expressa pelo ACN) e do pavimento (expressa pelo PCN). MÉTODO ACN-PCN
Sendo estruturado de maneira que um pavimento com um determinado
valor de PCN seja capaz de suportar, sem restrições, uma aeronave que tenha um valor de ACN inferior ou igual ao valor do PCN do pavimento, obedecidas as limitações relativas à pressão dos pneus”. MÉTODO ACN-PCN
Esse método é aplicável em pavimentos destinados a pouso e decolagem
de aeronaves de mais de 5.700 kg. A resistência dos pavimentos destinados a aeronaves de carga inferior a 5.700 kg deve ser definida por meio da carga máxima admissível das aeronaves e da pressão máxima de pneus admitida pelo pavimento. MÉTODO ACN-PCN
Considera-se Número de Classificação da Aeronave – ACN o número que
expressa o efeito relativo de uma aeronave com uma determinada carga sobre um pavimento, para uma categoria padrão de subleito especificada. O ACN varia de acordo com o peso e a configuração da aeronave (tipo de trem-de-pouso, pressão de pneu, entre outros), o tipo de pavimento e a resistência do subleito. MÉTODO ACN-PCN
Já o Número de Classificação do Pavimento – PCN é aquele que expressa
a capacidade de carga de um pavimento, sem especificar uma aeronave em particular ou informações detalhadas do pavimento. DETERMINAÇÃO DO PCN CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO DO PAVIMENTO SISTEMA DE DRENAGEM
Os dispositivos de drenagem visam evitar que o acúmulo de água na
superfície do sistema de pistas e pátio de estacionamento de aeronaves prejudique a segurança das operações aéreas e aeroportuárias, além de não propiciar condições para atração de fauna. SISTEMA DE DRENAGEM
Segundo a RBAC nº 153, da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC,
o operador de aeródromo deve atender aos seguintes requisitos relativos ao sistema de drenagem: • manter as declividades transversais e longitudinais da área de movimento e de todo sistema de drenagem da área operacional; • manter as ranhuras transversais (grooving), quando houver, livres de obstruções que possam comprometer as condições de drenabilidade da pista; SISTEMA DE DRENAGEM
• manter as tubulações e valas livres de obstruções que possam
comprometer as condições de drenabilidade; • manter a integridade das estruturas, tubulações e valas revestidas; • manter os equipamentos de recalque, quando houver, em boas condições de funcionamento. SISTEMA DE DRENAGEM