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Introdução
O Conflito Anglo-Português
Dado o princípio diplomático da ocupação efectiva ser restrito às regiões costeiras,
continua tendo uma onda de expedições, de forma a alargar a acção colonial para o
interior do continente. Do lado português desenvolve-se o projecto da “África
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Nesta situação, a atitude política portuguesa foi a de retardar o mais possível uma
resposta definitiva às notas diplomáticas agressivas que vão sendo recebidas, chegando
a ser enviado de Inglaterra, em 1888, para negociações em Lisboa, George Petre.
Simultaneamente às conversações diplomáticas, estes dois projectos vão sendo postos
em prática através de campanhas de «pacificação» que se tratavam, “na realidade de
conquista” (Idem).
Uma das mais famosas expedições portuguesas a fim de concretizar o projecto colonial
dos anos oitenta corresponde à de Serpa Pinto, Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens. É
somente quando, em 1889, estes exploradores chegam ao Niassa, onde Inglaterra tinha o
protectorado dos Macocolos e a sua bandeira hasteada, que os dois planos de “esferas de
influências” se cruzam. Os chefes da tribo são submetidos por Serpa Pinto e este segue
atravessando o Rio e penetrando no Alto Chire em Novembro desse ano
(TEIXEIRA,1990: 692-693).
Ultimato Britânico
Rejeitando qualquer tipo de negociações e depois da pressão exercida por Cecil Rhodes,
o governo britânico, de forma a impor uma resposta definitiva portuguesa, concentra as
suas forças navais em pontos estratégicos da costa atlântica e é enviado, a 11 de Janeiro
de 1890, um Ultimatum para a retirada das forças militares portuguesas dos territórios
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O Ultimato revelou ser uma poderosa arma contra a legitimidade dos governos
monárquicos vigentes, cujo derrube não era também do interesse Inglês. Dada a
situação, e de forma a manter um equilíbrio até ser atingido um consenso, a 14 de
Novembro de 1890, é assinado o acordo de “Modus Vivendi”, um acordo entre estas
duas partes cujas opiniões diferem, mas que acabam por “concordar na discórdia”. Ou
seja, ambas as partes vão reconhecer os limites fixados no anterior tratado (TEIXEIRA,
1990:651).
Para fazer valer a sua soberania, Portugal apoiou-se então nos seguintes fundamentos: o
fundamento da prioridade de descobrimento, o da conservação do território durante
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É de salientar que o conflito entre os portugueses e ingleses só teve o seu terminou com
a delimitação da fronteira sul de Moçambique com a intermediação do presidente
Francês Mac Mahon em 1875.
Um dos episódios que preocupou os portugueses foi a incorporação nos seus territórios
o terreno situado ao norte do rio Umkasi que era directamente governado pelos chefes
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Umeamana e Si bonda, ambos vassalos da rainha Zâmbia do Maputo que subiu ao trono
após a morte de seus marido Ate 1875 o reino de Maputo mantinha a sua
independência total sentença arbitraria dada pelo presidente da republica Francesa, cm
deveria pertencer a Portugal, porem desde então o reino de Maputo, especialmente no
que concerne a sua posição geográfica muito vantajosa para o comercio de Transval e
Natal como da do Império de Gaza a ser vitima das intrigas políticas provocadas por
mercenários de calibre de Cecil Rhods, António Ennes. Mouzinho de Albuquerque com
outros (Idem).
A reacção portuguesa foi uma grande campanha política que culminou, obrigando a
rainha a assinatura de um tratado entre o seu reino c os portugueses a 3 de Março de
1888. Em 1902. foram levadas a cabo outras campanhas contra o reino de Baruê e ao
longo de Gorongoza com a ajuda de ingleses, também dentro da companhia de
Moçambique, foram integrados os territórios do Reino Ajaua. Porém, os ingleses
acusava então os portugueses da falta de coordenação e controlo nas suas terras, visto o
reino ajaua. Segundo as decisões da conferência de Berlim, estar dentro das fronteiras
portuguesas. O fim da agressão militar portuguesa no nosso pais punha também fim a
uma época de história de Moçambique colonizado (Idem).
Conclusão
Referências Bibliográficas