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Maceió
2018
Dignidade, direitos e garantias das pessoas LGBT
Rita Mendonça
Para qualquer estudo na área das Ciências Sociais, se faz necessário perceber a
identidade do ser humano numa perspectiva transversal, abrangendo cor, orientação
sexual, identidade de gênero, classe, enfim, todos os aspectos que influenciam na sua
vivência.
Foi apontado que todo o amparo às pessoas LGBT não está concentrado em um único
diploma normativo, mas que está disperso em diversas leis, a exemplo do Estatuto da
Pessoa com Deficiência que em seu art. 18, § 4º, inciso VI assegura o respeito à
especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa com deficiência.
Tal fator, somado à realidade fática deste grupo, faz com que seja necessário um
aprimoramento da operacionalização da legislação de amparo às mulheres, à população
LGBT e às demais minorias sociais.
Existe uma falsa ideia em torno da identidade de gênero, que estaria forçando ou
incentivando as crianças à “homossexualidade” ou à “transexualidade”. No entanto, é
importante incentivar a autopercepção da criança.
Atualmente, o Supremo entende que o procedimento pode ser feito diretamente nos
cartórios, bastando, apenas, a idade mínima de 18 anos e a convicção, durante pelo
menos 3 anos, daquela identidade de gênero e/ou daquele nome.
Foi destacado pelo palestrante que não há a necessidade de serem editados provimentos
pelo CNJ, uma vez que a decisão do Supremo é judicial e, dessa forma, deve ser
seguida por todos, independentemente de provimentos e portarias nesse sentido.
Ademais, o CNJ iria ferir sua função precípua ao regulamentar a matéria, mesmo que
ratificando a decisão, pois estaria legislando.