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05/09/2019

ÁCIDOS NUCLEICOS

São polinucleotídeos onde os resíduos nucleotídicos estão


ligados em uma seqüência específica por ligações fosfodiésteres.

Os ácidos ribonucleicos (RNAs) possuem um espectro mais


amplo de funções, sendo encontrados em várias classes.

O ácido desoxirribonucleico (DNA) constitui a base química da


hereditariedade e está organizado em genes que contêm a
informação para a síntese de um produto biológico funcional,
RNA ou proteína

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NUCLEOTÍDEOS

Os nucleotídeos possuem três componentes característicos:

- Uma base nitrogenada


- Uma pentose (carboidrato)
- Um fosfato

BASES NITROGENADAS

São moléculas aromáticas e heterocíclicas.

As bases nitrogenadas são derivadas de dois compostos parentais, a


pirimidina e a purina.

Anel pirimídico Anel pirimídico + anel imidazólico

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BASES NITROGENADAS

O DNA e RNA são constituídos por


duas bases púricas principais, a
adenina (A) e guanina (G).

As principais bases pirimídicas são


citosina (C), timina (T) e uracila
(U), sendo que timina está presente
no DNA e a uracila no RNA.

BASES NITROGENADAS

Bases secundárias encontradas nos ácidos nucleicos

DNA RNA transportador

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PENTOSES

NUCLEOTÍDEO

Ligação éster com o


carbono 5

Ligação glicosídica (entre a


pentose e a base nitrognada)

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NUCLEOTÍDEOS

Desoxirribonucleotídeos

NUCLEOTÍDEOS

Ribonucleotídeos

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NUCLEOTÍDEOS

Funções:

- Fontes de energia;

- Síntese de proteoglicanos sulfatados;

- Biossíntese de glicogênio, de proteoglicanos e de oligossacarídeos das


glicoproteínas.

Os nucleotídeos são unidos uns aos outros para


formar DNA e RNA

Os nucleotídeos são ligados por meio de


“pontes” de grupo fosfato, onde o grupo 5’-
fosfato de uma unidade nucleotídica está
unido ao grupo 3’-hidroxila (pentose) do
nucleotídeo seguinte, criando uma ligação
fosfodiéster.

ESQUELETO COVALENTE DOS ÁCIDOS


NUCLEICOS

O esqueleto de pentoses e grupos fosfato


alternados é altamente polar

A base nitrogenada funciona como um grupo


lateral

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Características do esqueleto covalente dos


ácidos nucleicos

Em pH fisiológico, os grupos fosfatos estão


ionizados e carregados negativamente, de forma
que os ácidos nucléicos são poliânions.

Essas cargas negativas estão neutralizadas por


interações iônicas com proteínas, íons metálicos
e poliaminas.

Interações hidrofóbicas permitem o


empilhamento das bases, de forma que elas se
posicionam com os planos de seus anéis
paralelos.

Características do esqueleto covalente dos


ácidos nucleicos

A estrutura de uma fita de ácido nucleico e


sempre escrita na direção 5’→3’:

Exemplo ao lado: ATG

A seqüência de nucleotídeos unidos


covalentemente é a estrutura primária de
um ácido nucleico.

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Duas fitas de ácidos nucleicos podem se


associar através de pontes de H

Ácido desoxirribonucleico (DNA)

A estrutura do DNA consiste em uma dupla hélice (duas cadeias helicoidais de


ácido desoxirribonucleico em volta do mesmo eixo) mantidas em posição por:

1) pontes de hidrogênio entre as bases púricas e pirimídicas das


respectivas fitas.

2) interações de van der Waals e hidrofóbicas entre as bases adjacentes


empilhadas.

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Ácido desoxirribonucleico (DNA)

- Encontra-se nos cromossomos e, em pequenas quantidades, nas mitocôndrias


e cloroplastos;

- Células eucarióticas: associado a proteínas básicas, principalmente histonas;

- Pode se duplicar, gerando cópias perfeitas de si mesmo;

- Comanda a síntese de proteínas, metabolismo e a arquitetura celular.

DNA

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Pareamento de bases na estrutura do


DNA
O pareamento das duas fitas é muito específico:

Timina pareia com adenina


Guanina pareia com citosina.

Dessa forma:

1) As duas fitas não são idênticas, mas


complementares e antiparalelas.

2) Em todos os DNAs, o número de resíduos de


desoxiadenosina é igual ao de desoxitimidina,
bem como o número de resíduos de
desoxiguanosina é igual ao de desoxicitidina.

3) O número de purinas é igual ao de pirimidinas.

DNA

- As fitas são antiparalelas: uma


molécula de DNA estende-se na
direção 5’→3’ e a outra na direção
3’→5’.

- Espacialmente, o pareamento das


duas fitas cria um sulco principal
(cavidade maior) e um sulco
secundário (cavidade menor).

- Nos sulcos, proteínas podem interagir


com os átomos expostos dos
nucleotídeos, reconhecendo
seqüências específicas sem romper a
hélice.

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Separação das fitas do DNA

-A separação das fitas antes da replicação ou transcrição do DNA é


essencial para a sua função.

- No modelo de replicação de Watson e


Crick, as fitas preexistentes ou parentais
se separam e cada uma é um molde
para a biossíntese de um fita filha
complementar

- Ocorre no núcleo

- Gerar cópias

- Semiconservativo

- Enzimas

Desnaturação e renaturação do DNA

- O DNA nativo sofre desenovelamento e


separação reversível das fitas quando
aquecido e em extremos e pH.

- DNAs ricos em pares G-C possuem


pontos de fusão maiores que DNAs ricos
em pares A-T.

- A renaturação do DNA é rápida e ocorre


em uma etapa desde que um segmento
de dupla hélice de doze ou mais resíduos
ainda una as fitas.

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Ácidos ribonucleicos (RNAs)

Os RNAs também são polímeros de nucleotídeos púricos e pirimídicos


ligados por ligações 3’,5’-fosfodiéster. Entretanto, diferentemente do DNA,
no RNA:

a) A molécula de açúcar é a ribose, em vez da desoxirribose.

b) Em vez de timina, o RNA contém uracila.

c) O RNA existe na forma de uma fita simples, mas pode se associar


dobrando-se sobre si própria.

d) Como a molécula de RNA é complementar a uma das fitas de seu


gene, seu teor de guanina não é necessariamente igual ao de citosina,
nem o de uracila igual ao de adenina.

Ácidos ribonucleicos (RNAs)

A informação contida em uma fita simples do RNA está baseada em sua


estrutura primária (sequência).

A sequência do RNA é complementar à fita molde do gene que o originou


(do qual ele foi transcrito).

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Ácidos ribonucleicos (RNAs)

Existem variadas espécies de RNA e quase todas estão envolvidas


em algum aspecto da síntese protéica:

1. RNAs mensageiros (mRNA)

2. RNAs transportadores/ transferência (tRNA)

3. RNAs ribossômicos (rRNA)

4. RNAs de interferência (RNAi)

5. Micro RNA (miRNA)

Ácidos ribonucléicos (RNAs)

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RNA mensageiro

- Ao passo que a cadeia única de mRNA vai sendo formada, ela se desgarra do seu molde (que
é a cadeia modeladora de DNA) permitindo que este, já livre naquele ponto, possa voltar a unir-se
à sua cadeia complementar, restaurando a integridade da molécula.

RNA mensageiro (mRNA)


Os RNAs mensageiros transportam a informação genética do DNA para os
ribossomos, fornecendo moldes que especificam as seqüências de aminoácidos
nas cadeias polipeptídicas.

- O mRNA possui as trincas de bases


nitrogenadas que definem os aminoácidos.

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mRNA eucariótico
Modificações pós-transcrição

- Cobertura: 7-metilguanosinatrifosfato (extremidade 5’)


-Cauda poliA: de 20 a 250 unidades com resíduos adenilato (extremidade 3’)

RNA transportador

- Os tRNA leem a informação codificada no mRNA e transferem o


aminoácido apropriado a uma proteína em crescimento.

- As moléculas de tRNA têm dimensão de 74 a 95 nucleotídeos.

- As células possuem de 40 a 50 tRNA diferentes.

- A estrutura secundária se assemelha a uma folha de trevo.

- Todas as moléculas de tRNA possuem 4 braços.

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RNA transportador

Todos possuem a seqüência CCA


A maioria dos tRNA possuem um resíduo
na extremidade 3’, adicionada
guanilato na extremidade 5’
após a transcrição

RNA ribossômico (rRNA)

- São moléculas necessárias à montagem dos ribossomos e que


desempenham papel fundamental na ligação do mRNA ao ribossomo.

- Os ribossomos são formados por duas subunidades, contendo cada uma


dúzias de proteínas ribossômicas e pelo menos um grande rRNA.

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Ácidos ribonucleicos (RNAs)

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