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EP 06 – 2015-1 – Paridade, Função Inversa e Crescimento de Funções Pré-Cálculo

CEDERJ
EP 06
Pré-Cálculo
________________________________________________________________________
Caro aluno

Um tema que será estudado nesse EP será a paridade das funções, isto é, você vai ver as definições
de função par e de função ímpar e aprenderá a identificar graficamente as funções pares e as
funções ímpares.
Neste EP você também verá a definição de função inversa e como identificar se uma função admite
inversa. Aprenderá a encontrar a função inversa e o gráfico da função inversa.
Outro tema desse EP são as definições e interpretações gráficas de funções crescentes e
decrescentes em intervalos do seu domínio.
Ainda nesse EP você vai rever uma questão importante: simetria no plano, ela permite a
visualização ou interpretação gráfica no estudo das funções pares e ímpares e das funções inversas,
que serão estudadas nesse EP.
Você poderá ler sobre as funções pares e ímpares no Livro de Pré-Cálculo, Volume 2, Módulo 4,
Aula 24 – Domínios e operações com funções, na pág. 113. As funções inversas você encontrará no
Livro de Pré-Cálculo, Volume 2, Módulo 4, Aula 27 – Funções invertíveis,-na pág 149. E poderá
estudar as funções crescentes e decrescentes no Livro de Pré-Cálculo, Volume 2, Módulo 4, Aula
27 – Funções invertíveis, na pág. 154.

Vamos lá para mais uma etapa importante dos nossos estudos! Leia as definições com bastante
atenção. As observações e os exemplos são muito importantes para a compreensão desses temas.
É muito importante que façam os exercícios e confiram suas soluções com as soluções apresentadas
no Gabarito.

Simetria no plano cartesiano, uma questão importante!

Vamos falar de simetria de um ponto em relação ao eixo 𝑂𝑥 , ao eixo 𝑂𝑦 , a origem.

 Simetria de um ponto em relação ao eixo 𝑂𝑥 .


O ponto Q , simétrico do ponto P( a , b ) em relação ao
eixo 𝑂𝑥 , é o ponto de coordenadas ( a ,  b ) .

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 Simetria de um ponto em relação ao eixo O y


O ponto Q , simétrico do ponto P( a , b ) em relação ao eixo
𝑂𝑦 , é o ponto de coordenadas (  a , b ) .

 Simetria de um ponto em relação a origem


O ponto Q , simétrico do ponto P( a , b ) em
relação à origem, é o ponto de coordenadas
(  a, b) .

OBSERVAÇÃO: o simétrico da origem, o ponto 𝑂(0,0) com relação ao eixo 𝑂𝑥 , com relação ao eixo 𝑂𝑦 e
com relação à origem é ele mesmo.
OBSERVAÇÃO: a simetria em relação à origem pode ser obtida por uma simetria em relação ao eixo 𝑦,
seguida de uma simetria em relação ao eixo 𝑥, ou seja,
𝑠𝑖𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑎 𝑠𝑖𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑎
𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜
𝑎𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑂𝑦 𝑎𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑂𝑥
𝑃(𝑎, 𝑏) → 𝑆(−𝑎, 𝑏) → 𝑄(−𝑎, −𝑏)
𝑠𝑖𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑎
𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑜𝑟𝑖𝑔𝑒𝑚
𝑃(𝑎, 𝑏) → 𝑄(−𝑎, −𝑏)

Simetria com relação ao eixo-y Simetria com relação ao eixo-x

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Simetria com relação à origem

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Subconjunto simétrico da reta


Um subconjunto A da reta numérica é dito simétrico em relação à origem se, para cada x  A , o
seu simétrico  x também está em A .
Exemplos de subconjuntos simétricos:
( 3 , 3 ) , [  5 , 5], IR - { - 2 , 2 } , ( 3 ,  1 )  (1, 3)

OBSERVAÇÃO: O simétrico de 0 na reta numérica é o próprio 0, pois −0 = 0. Assim se 𝑥 = 0 , está


num subconjunto A da reta numérica, o seu simétrico 𝑥 = − 0 sempre está nesse subconjunto 𝐴 .

Função Par
Seja A um subconjunto simétrico em relação à origem da reta numérica.
Uma função f : A  IR é uma função par se f (  x )  f ( x ) , para todo x em A
x  f (x )

Portanto se o par ordenado ( a , b ) está no


gráfico de uma função par, então o par
ordenado (  a , b ) também está.
A leitura gráfica de uma função par é que seu
gráfico é simétrico em relação ao eixo 𝑂𝑦 .

Portanto, se fizermos o gráfico de f para


𝑥 ≥ 0 , 𝑥 ∈ 𝐴 , para obter o gráfico inteiro,
basta refletir o que temos em relação eixo
𝑂𝑦 .

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Exemplo:
f (x )  x4  4 x2

Observe que o domínio é lR , que é um conjunto


simétrico em relação à origem da reta numérica.
Lembrando que ( x) 4  ( x)  ( x)  ( x)  ( x)  x 4 e

mais geralmente, que ( x) n  x n , se n é um número


par, temos que;
f (  x )  (  x) 4  4 (  x) 2  x 4  4 x 2  f ( x) .

Logo, f ( x )  x 4  4 x 2 é uma função par.


ATENÇÃO: você vai aprender em Cálculo I a construir
o gráfico da função, desenhado aqui.

Função Ímpar
Seja A um subconjunto simétrico em relação à origem da reta numérica .
Uma função f : A  IR é uma função ímpar se f (  x )   f ( x ) , para todo x em A .
x  f (x )

Portanto se para 𝑎 ≠ 0 , o par ordenado ( a , b ) está no gráfico de uma função ímpar, então o par
ordenado (  a ,  b ) também está.

A leitura gráfica de uma função ímpar é que seu gráfico


é simétrico em relação à origem

Para esboçar o gráfico de uma função ímpar


𝑓 , basta esboçar o seu gráfico para os valores 𝑥 ≥
0 , 𝑥 ∈ 𝐴 , pois poderemos obter o restante do
gráfico fazendo uma sequência de duas reflexões:
reflete-se essa parte do gráfico em torno do eixo 𝑦,
e em seguida faz-se uma reflexão em torno do eixo
𝑥. Obtemos assim a parte do gráfico de 𝑓 para os valores 𝑥 ≤ 0 , 𝑥 ∈ 𝐴 .

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: se 𝑥 = 0 pertencer ao domínio de uma função ímpar então 𝑓(0) = 0.


De fato, sendo 𝑥 = 0 o seu próprio simétrico temos que −0 = 0 e consequentemente 𝑓(−0) =
𝑓(0). Como 𝑓 é uma função ímpar, por hipótese, então, 𝑓(−0) = −𝑓(0). Portanto, 𝑓(0) =
−𝑓(0). Como o único número que é o seu próprio simétrico é o zero, então 𝑓(0) = 0 .

CONSEQUÊNCIA: se 𝑥 = 0 pertencer ao domínio de uma função e 𝑓(0) ≠ 0, então 𝑓 não é uma


função ímpar

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Exemplo:
f (x )  x3  3 x

Observe que o domínio é lR , que é um conjunto


simétrico em relação à origem da reta numérica .

Lembrando que ( x) 3  ( x)  ( x)  ( x)    x 3 e mais

geralmente, que ( x) n   x n , se n é um número ímpar,


temos que;
f (  x )  (  x) 3  3 (  x)   x 3  3 x   ( x 3  3 x )   f ( x) .

Logo, f ( x )  x 3  3 x é uma função ímpar.

Note que 𝑓(0) = 03 − 3.0 = 0

ATENÇÃO: você vai aprender em Cálculo I a construir o gráfico da função, desenhado aqui.

Mais exemplos
No gráfico da função ao lado, observe que
todos os pontos do gráfico diferentes do ponto
(0,2) tem um ponto simétrico em relação á
origem (0,0) no gráfico. Isso leva a pensar que
a função é ímpar. Mas a função 𝑓 não é ímpar
porque o simétrico do ponto (0, 2) do gráfico
com relação a origem, é o ponto (0, −2) que
não é ponto do gráfico. Se esse ponto
pertencesse ao gráfico, 𝑓 deixaria de ser função, pois teria duas imagens distintas para 𝑥 = 0 , a
saber o 2 e o −2

Está desenhado ao lado o gráfico da função


𝑥
−2 𝑠𝑒 𝑥 < 0
4
𝑔(𝑥) = {𝑥 +2 𝑠𝑒 𝑥 > 0
4
0 𝑠𝑒 𝑥 = 0

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A função 𝑔 é uma função ímpar. Para justificar, vamos calcular o valor de 𝑔 em alguns valores
simétricos em relação à origem da reta numérica.

1 9 −1 9
1 > 0, 𝑔(1) = 4 + 2 = 4 e −1 < 0, 𝑔(−1) = −2 = −4
4

Logo, 𝑔(−1) = −𝑔(1).


4 −4
4 > 0, 𝑔(4) = 4 + 2 = 3 𝑒 − 4 < 0, 𝑔(−4) = − 2 = −3
4

Logo, 𝑔(−4) = −𝑔(4).


−8 8
−8 < 0, 𝑔(−8) = − 2 = −4 𝑒 − (−8) = 8 > 0, 𝑔(−(−8)) = 𝑔(8) = 4 + 2 = 4 =
4

= −(−4) = −𝑔(−8). Logo, 𝑔(−(−8)) = −𝑔(−8)

Sendo 0 = −0 e 𝑔(0) = 0 temos:


𝑔(−0) = 𝑔(0) = 0 = −0 = −𝑔(0)

Mais geralmente, podemos observar do gráfico, que os pontos do gráfico são simétricos em relação
à origem (0,0), ou podemos justificar fazendo as contas a seguir.

Caso 1: para 𝑥 > 0 e, consequentemente, −𝑥 < 0 .

𝑥 −𝑥 𝑥
𝑔(𝑥) = 4 + 2 𝑒 𝑔(−𝑥) = − 2 = − (4 + 2 ) = −𝑔(𝑥).
4

Caso 2: para 𝑥 < 0 e, consequentemente, −𝑥 > 0 .

𝑥 −𝑥 𝑥
𝑔(𝑥) = 4 − 2 𝑒 𝑔(−𝑥) = + 2 = − (4 − 2 ) = −𝑔(𝑥).
4

Caso 3: 𝑥 = 0

𝑔(−0) = 𝑔(0) = 0 = −0 = −𝑔(0)

Portanto 𝑔(−𝑥) = −𝑔(𝑥) para todo 𝑥 real.

A maioria das funções não são pares nem ímpares.

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Um exemplo:
f (x )  x3  3 x 2

Observe que o domínio é lR , que é um


conjunto simétrico em relação à origem da
reta numérica .
Temos que:
f (  x )  (  x) 3  3 (  x) 2   x 3  3 x 2

Como f ( x )   x 3  3 x 2  x 3  3 x 2  f ( x )

e f ( x )   x 3  3 x 2   x 3  3 x 2   f ( x ) ,

então a função f não é par e nem ímpar.


ATENÇÃO: você vai aprender em Cálculo I a construir o gráfico da função, desenhado aqui.

Mas, veja que interessante,

"Toda função f , definida num domínio simétrico A , pode ser escrita, de maneira única, como a
soma de uma função par com uma função ímpar".

Veja como podemos conseguir isso


f ( x) f ( x) f ( x) f ( x) f ( x) f ( x)
f ( x)       
2 2 2 2 2 2

f ( x)  f ( x) f ( x)  f ( x)
   f p ( x )  fi ( x )
2 2

Usando a definição de função par e de função ímpar, mostramos que:

f ( x)  f ( x)
f p ( x)  é uma função par
2
e
f ( x)  f ( x)
fi ( x )  é uma função ímpar.
2

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Mais uma importante Simetria no plano cartesiano.

Vamos falar de simetria de um ponto em relação à reta 𝒚 = 𝒙.

 Simetria de um ponto em relação à reta 𝒚 = 𝒙.

O ponto Q , simétrico do ponto P( a , b ) em relação à reta 𝑦 =


𝑥, é o ponto de coordenadas (𝑏, 𝑎).

Exemplos:

(2, 3) 𝑒 (3, 2) (os dois pontos estão no 1º. Quadrante)

(2, −3) 𝑒 (−3, 2) (um no 4º. Quadrante e outro no 2º. Quadrante)

(−2, −3) 𝑒 (−3, −2) (os dois pontos estão no 3º. Quadrante)

Funções Inversas

Para falar de Função Inversa precisamos do conceito de função um a um.

Definição: Uma função f : D  IR é dita injetiva, ou um a um, se nunca assume o mesmo


valor duas vezes, isto é:
se x1  D , x2  D e x1  x2 então f ( x1 )  f ( x2 )

ou, também podemos dizer da seguinte forma:

Uma função f : D  IR é dita injetiva, ou um a um,


se x1  D , x2  D e f ( x1 )  f ( x2 ) então x1  x2 .

Observação: Gostaríamos de chamar a atenção que os termos: “um-a-um”, “injetora”, “injetiva”,


“biunívoca” têm todos o mesmo significado.

Se conhecemos o gráfico da função, então para verificar se a função é um a um podemos usar o


Teste da Reta Horizontal, que diz:

Teste da Reta Horizontal: Uma função é um a um se e somente se toda reta horizontal intersecta
seu gráfico no máximo em um ponto.

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Exemplo 1: A função f ( x )  x 2 1 , definida para todos os


reais, é um-a-um?
Não! Esta função não é injetiva. Basta ver, por

exemplo, que f (  2 )  (2) 2 1  3  2 2 1  f ( 2 ) .


Portanto,  2 e 2 têm a mesma imagem.

Também podemos chegar a essa mesma conclusão vendo que


existem retas horizontais que intersectam o gráfico de
f ( x )  x 2 1 mais de uma vez. Portanto, pelo Teste da Reta
Horizontal, f não é uma função um-a-um.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Exemplo 2: A função g ( x )  x 3 , definida para todos os reais, é um-a-um?

Sim! Esta função é injetiva.

Sejam x1 e x2 números reais, tais que e x1  x2

Suponhamos que ( x1 ) 3  ( x2 ) 3 .

Sabemos que se dois números reais são iguais então eles


têm a mesma raiz cúbica.

Logo, 3 ( x1 ) 3  3 ( x2 ) 3  x1  x2 .

Também, do gráfico da função g ( x )  x 3 , vemos que toda


reta horizontal intersecta esse gráfico em apenas um ponto.

Portanto, pelo Teste da Reta Horizontal, g é uma função um-a-um.

As funções um-a-um são importantes, pois são exatamente essas funções que possuem inversa.

Definição: Seja f uma função um a um com domínio A e imagem B . Esta função é inversível.
Sua função inversa f 1 tem domínio B e imagem A , e é definida por:
1
f (b)  a  f (a)  b , para todo b  B .

Essa definição diz que:

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f: A  B e f 1 : B  A
se f " leva" a em b então f 1 " traz" b " de volta " em a
f (a )  b  f 1 ( b )  a
Dom ( f )  Im ( f 1 ) e Dom ( f 1 )  Im ( f )

Do quadro acima temos que, f (a )  b  f 1 ( b )  a .


Assim,
o ponto (a , b ) está no gráfico da função 𝑓 ⟺ o ponto (b , a ) está no gráfico da função f 1 .
Lembremos que os pontos (a , b ) e (b , a ) são simétricos com relação à reta y  x . Dado um
deles, faz-se a sua reflexão com relação à reta y  x , para obter o outro.

Portanto,

O gráfico de f 1 é obtido refletindo-se o gráfico de f em torno da reta y  x .

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Observação: Na definição de função inversa supomos que o conjunto 𝐵 = 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑓.


Mas, em alguns livros isso não e´ suposto, nesse caso fica subtendido que 𝐵 =
𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑓, isso significa que 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑓 ⊂ 𝐵 (o conjunto imagem pode ter menos
elementos que o conjunto contradomínio ou ambos podem ter os mesmos elementos). Quando os
dois têm os mesmos elementos, isto é, quando 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑓 = 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑓, diz-se que
a função 𝑓 é sobrejetora (ou sobrejetiva). Por esse motivo, nos livros que é suposto apenas que 𝐵 =
𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑓, para que a função admita inversa é preciso admitir que ela seja sobrejetora.

Uma outra definição para FUNÇÃO INVERTÍVEL, equivalente a que foi apresentada aqui neste EP,
é a definição adotada no livro de Pré-Cálculo, Vol.2, Módulo 4, Aula 27, página 149. É a seguinte:

“Definição 27.1
Uma função f é chamada invertível, quando existe uma função g , tal que

(g  f ) (x )  x e ( f  g ) (y)  y

para todos 𝑥 e 𝑦 onde as composições estão definidas. A função g quando existe, é chamada
inversa de f e é designada por f 1 ”.

É bastante interessante termos conhecimento dessas duas definições, pois poderemos, nos nossos
exercícios, fazer uso da definição que for mais conveniente.

Segundo a definição que apresentamos aqui neste EP, temos que:


para x  Dom( f ) e y  Dom( f 1 ) : f 1 ( y )  x  f ( x)  y

Logo,
f 1 ( f ( x ) )  f 1 ( y )  x , para todo x  Dom ( f )
1 1
f(f ( y ) )  f ( x)  y , para todo y  Dom ( f )
Ou seja,
f 1 ( f ( x ) )  x , para todo x  Dom ( f )
f ( f 1 ( y ) )  y , para todo y  Dom ( f 1
)

A primeira lei diz que se começarmos em x , aplicando f , e em seguida f 1 , obteremos de volta


x . Assim, f 1 desfaz o que f
faz.
E f desfaz o que f 1 faz.

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Exemplo 3: Suponha que f : A  B seja a função definida


segundo o diagrama:
a) f é um-a-um?
b) Encontre f 1 ( 5) , f 1 ( 7) , f 1 (  10) .
Solução:
O diagrama mostra que valores distintos do domínio têm imagens
distintas, logo f é um-a-um e, portanto, é inversível.
Portanto, também do diagrama, concluímos que:
f 1 ( 5)  1 , f 1 ( 7)  3 , f 1 (  10)  8 . Uma ilustração:

Preste muitíssima atenção:

1
1 que aparece em f NÃO é um expoente, é uma notação.
1
f 1 ( x ) não significa !
f ( x)

  f ( x )  , que é o número real f ( x ) elevado a potência  1.


1 1

f ( x)

Se a noção de função inversa ficou bem clara, vemos que somos capazes de responder as seguintes
questões:

Exemplo 4: Sabendo que f ( x )  2 x 3  5 x  3 , encontre y , tal que f 1 ( y )  1 .

Solução:

Mesmo sem conhecer a expressão da função inversa f 1 , podemos responder a questão acima,
pois
f 1 ( y ) 1  f (1)  y

Assim, y  f ( 1 )  2  13  5  1  3  10

Outra questão que podemos responder:

1
Exemplo 5: Sabendo que f ( x )  2 x 3  5 x  3 , encontre o valor de f ( 3) .
Solução:
Sabemos que,
1
f ( 3)  x  f ( x)  3

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Basta resolver a equação 3  f ( x )  2 x 3  5 x  3 .

Mas,
2 x3  5 x  3  3  2 x3  5 x  0  x ( 2 x2  5)  0  x  0 , pois 2 x 2  5  0 .

Portanto, já que f ( 0 )  3 então f 1 ( 3 )  0 .

Como achar a Função Inversa de uma função f um a um?


1- Escreva y  f ( x ) .
2- Resolva essa equação para x em termos de y (se possível).
1
3- Para expressar f como uma função de x , troque x por y .
1
A equação encontrada é y  f ( x) .

Exemplo 6: A função f ( x )  x 2 tem inversa?

A função f ( x )  x 2 não tem inversa, pois não é um a


um. O gráfico acima mostra que essa função não
satisfaz o Teste da Reta Horizontal. Vemos, por
exemplo, que f (  2 )  4  f ( 2 ) .
Mas, as funções f1 : [ 0 ,   )  [ 0,   )
x  x2
e f 2 : (   , 0]  [ 0,   ) ,
x  x2
cujos gráficos são:

são funções um a um e portanto, admitem inversas,

f11 : [ 0 ,   )  [ 0,   ) f 21 : [ 0 ,   )  (   , 0]

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Vamos encontrar as expressões dessas inversas.


Escrevemos y  x2 e resolvemos essa equação para x :
y  x2  y  x2  y  x . Então,
x y , se x  0 , y  0 ou x  y  x y , se x  0, y  0
Trocando x por y temos: y x , se y  0, x  0 ou y   x , se y  0, x  0 .
1 1
Temos que Im ( f 1 )  Dom( f1 )  [ 0 ,   ) então y  f 1 ( x )  0 e assim a função inversa de f1
será f11 ( x )  x , que é um número sempre positivo ou nulo.
Temos que Im ( f 21 )  Dom( f 2 )  (   , 0 ] então y  f 21 ( x )  0 e assim a função inversa de f 2
será f 21 ( x )   x , que é um número sempre negativo ou nulo.

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Note que os gráficos de f1 e f11 são simétricos com relação à reta y  x . O mesmo acontece
com os gráficos das funções f 2 e f 21 .

Funções monótonas
Função crescente
Definição:
Dizemos que uma função f : D  IR é
crescente em um subconjunto A  D se
 x1 , x2  A , x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 )

Função decrescente
Definição:
Dizemos que uma função f : D  IR é
decrescente em um subconjunto A  D se
 x1 , x2  A , x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 )

Funções monótonas não-decrescentes


Definição:
Dizemos que uma função f : D  IR é monótona não-decrescente em um subconjunto
A  D se
 x1 , x2  A , x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 )

Aula

Função crescente
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Funções monótonas não-crescentes


Definição:
Dizemos que uma função f : D  IR é monótona não-crescente em um subconjunto A  D
se
 x1 , x2  A, x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 )

ATENÇÃO
 Quando dizemos que uma função é monótona em um conjunto A queremos dizer que essa
função é crescente, decrescente, monótona não-decrescente ou monótona não-crescente neste
conjunto.

 Observe que toda função crescente em um conjunto A também é monótona não-


decrescente neste conjunto e que toda função decrescente em um conjunto S também é
monótona não-crescente neste conjunto.

 Uma função é estritamente monótona em um conjunto A se ou ela é crescente ou ela é


decrescente neste conjunto.

 Existem funções que não


são monótonas. Por exemplo, a
função descrita graficamente
na figura ao lado não é
monótona no conjunto
A  [5 , 8,5] . Contudo, ela é
monótona em:
[5 , 0] , onde é decrescente
[0 , 4] , onde é crescente
[4 , 6] onde é decrescente
[6 , 8,5] onde é crescente

Exemplo: Exemplo

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Mostre que a função f ( x)  x 2 é crescente no intervalo A  [0 ,  ) .


De fato:
Sejam x1 , x2  A  [0 ,  ) , com x1  x2 .
Assim, 0  x1  x2 , donde x2  0 e x2  x1  0 . Como x2  0 e x1  0 então x2  x1  0 .
Sendo o produto de dois números reais positivos, também um número real positivo, segue que:

( x2  x1 ) ( x2  x1 )  0  x2   x1   0  x2   x1   f ( x2 )  f ( x1 )


2 2 2 2

Mostramos então que,  x1 , x2  A , x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 ) .


Portanto, concluímos que a função f ( x)  x 2 é crescente no intervalo A  [0 ,  ) .

Mas, MUITA ATENÇÃO, pode ser muito difícil mostrar que uma função é monótona, por isso,
nesta nossa disciplina, estamos, sobretudo, interessados em saber se uma função é monótona
observando o gráfico dessa função.
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Vamos apresentar dois resultados importantes que relacionam os conceitos de função crescente
ou função decrescente, função injetora, função invertível.
Vamos lembrar que se o contradomínio de uma função 𝒇 coincide com a imagem dessa função 𝒇,
isto é, se
𝑓: 𝐼 ⊂ ℝ ⟶ 𝐼𝑚(𝑓) ⊂ ℝ , então dizemos que a função 𝑓 dada é sobrejetora.
Resultados:
Seja 𝑓: 𝐼 ⊂ ℝ ⟶ 𝐼𝑚(𝑓) ⊂ ℝ
 (I) A função 𝑓 é crescente no intervalo 𝐼 ⊂ ℝ ⟹ a função 𝑓 é injetora no intervalo
𝐼 ⊂ ℝ ⟹ a função 𝑓 é invertível no intervalo 𝐼 ⊂ ℝ .
 (II)A função 𝑓 é decrescente no intervalo 𝐼 ⊂ ℝ ⟹ a função 𝑓 é injetora no intervalo
𝐼 ⊂ ℝ ⟹ a função 𝑓 é invertível no intervalo 𝐼 ⊂ ℝ .
Para provar vamos lembrar as seguintes definições:
 A função 𝑓 é crescente no intervalo 𝐼 ⊂ ℝ se satisfaz:

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𝑥1 , 𝑥2 ∈ 𝐼 ⊂ ℝ ; 𝑥1 < 𝑥2 ⟹ 𝑓(𝑥1 ) < 𝑓(𝑥2 )


 A função 𝑓 é decrescente no intervalo 𝐼 ⊂ ℝ se satisfaz:
𝑥1 , 𝑥2 ∈ 𝐼 ⊂ ℝ ; 𝑥1 < 𝑥2 ⟹ 𝑓(𝑥1 ) > 𝑓(𝑥2 )
 A função 𝑓 é injetora no intervalo 𝐼 ⊂ ℝ se satisfaz:
𝑥1 , 𝑥2 ∈ 𝐼 ⊂ ℝ ; 𝑥1 ≠ 𝑥2 ⟹ 𝑓(𝑥1 ) ≠ 𝑓(𝑥2 )
Também precisamos lembrar a seguinte propriedade que vamos simbolizar por propriedade (*):
Dada uma função 𝑓 sobrejetora, vale a propriedade:
a função 𝑓 é invertível no intervalo I ⊂ ℝ ⟺ a função 𝑓 é injetora no intervalo 𝐼 ⊂ ℝ.

Agora vamos provar as Propriedades (I) e (II) acima, começando por (I).
Estamos supondo que 𝑓: 𝐼 ⊂ ℝ ⟶ 𝐼𝑚(𝑓) ⊂ ℝ e que a função 𝑓 é crescente no intervalo 𝐼 ⊂
ℝ.
Para provar que a função 𝑓 será injetora no intervalo 𝐼 ⊂ ℝ, precisaremos verificar que é
verdadeiro que 𝑥1 , 𝑥2 ∈ 𝐼 ⊂ ℝ ; 𝑥1 ≠ 𝑥2 ⟹ 𝑓(𝑥1 ) ≠ 𝑓(𝑥2 ).
Mas, 𝑥1 ≠ 𝑥2 significa que apenas um dos dois casos é verdadeiro: (𝑖) 𝑥1 < 𝑥2 ou (𝑖𝑖) 𝑥1 >
𝑥2 .
𝑓 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
Caso (𝑖) 𝑥1 < 𝑥2 ⇒ 𝑓(𝑥1 ) < 𝑓(𝑥2 ) ⟹ 𝑓(𝑥1 ) ≠ 𝑓(𝑥2 ).
Logo, nesse caso está provado que a função é injetora em 𝑰 ⊂ ℝ.
𝑓 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
Caso (𝑖𝑖) 𝑥1 > 𝑥2 ⟹ 𝑥2 < 𝑥1 ⇒ 𝑓(𝑥2 ) < 𝑓(𝑥1 ) ⟹ 𝑓(𝑥2 ) ≠ 𝑓(𝑥1 ).
Logo está provado que em qualquer um dos dois casos, a função 𝒇 é injetora em 𝑰 ⊂ ℝ.
(∗)
Agora, se 𝑓 é injetora em 𝐼 ⊂ ℝ ⇒ a função 𝑓 invertível em I ⊂ ℝ. (cqd)

A prova da propriedade (II) é semelhante, substitua as interrogações, como exercício:


Suponha que 𝑓: 𝐼 ⊂ ℝ ⟶ 𝐼𝑚(𝑓) ⊂ ℝ e que a função 𝑓 é decrescente no intervalo 𝐼 ⊂ ℝ.
Para provar que a função 𝑓 será injetora no intervalo 𝐼 ⊂ ℝ , precisaremos verificar que é
verdadeiro que 𝑥1 , 𝑥2 ∈ 𝐼 ⊂ ℝ , 𝑥1 ≠ 𝑥2 ⟹ ? ? ? ? ? ? ?
Mas, 𝑥1 ≠ 𝑥2 significa que apenas um dos dois casos é verdadeiro:
(𝑖) 𝑥1 < 𝑥2 ou (𝑖𝑖) 𝑥1 > 𝑥2 .
𝑓 𝑑𝑒𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
Caso (𝑖) 𝑥1 < 𝑥2 ⇒ ??????? ⟹ 𝑓(𝑥1 ) ≠ 𝑓(𝑥2 ).
Logo nesse caso está provado que a função é injetora em 𝐼 ⊂ ℝ.
𝑓 𝑑𝑒𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
Caso (𝑖𝑖) 𝑥1 > 𝑥2 ⟹ 𝑥2 < 𝑥1 ⇒ ?????? ⟹ 𝑓(𝑥2 ) ≠ 𝑓(𝑥1 ).
Logo está provado que em qualquer um dos dois casos, a função 𝑓 é injetora em 𝐼 ⊂ ℝ.
(∗)
Agora, se 𝑓 é injetora em 𝐼 ⊂ ℝ ⇒ a função 𝑓 invertível em I ⊂ ℝ. (cqd)

E agora, aos exercícios:


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Exercício 1:
Dê o ponto simétrico dos pontos: I) P (1, 4 ) , II) Q (  2 , 3 ) em relação à:
a) eixo O x b) eixo O y c) origem d) reta y  x .
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Exercício 2:
1
a) Se o ponto (  ,  3 ) estiver no gráfico de uma função par, f , que outro ponto também
7
deverá estar no gráfico?
b) E se este ponto estiver no gráfico de uma função ímpar, g , que outro ponto também deverá
estar no gráfico?
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Exercício 3:
Uma função f tem domínio
[ x6 , x6 ] e a parte do seu gráfico para

x  [ 0 , x6 ] está mostrada abaixo.

a) Complete o gráfico de f supondo que ela é uma função par e 𝑓(0) = 𝑦1.
b) Complete o gráfico de f supondo que ela é uma função ímpar e 0 ∉ 𝑑𝑜𝑚 (𝑓).
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Exercício 4: Nas funções a seguir, dê a sua paridade, ou seja, determine as que são pares, as que
são ímpares e, nos casos em que a função não for nem par nem ímpar, escreva-a como uma soma
de uma função par com uma função ímpar.
1 3
a) f ( x ) 5 x7 3 x4  x  7 x6 b) g ( x )  2 x  x4
4
2 x3 x
c) h( x)  d) j ( x)   x6  x 2 1
1 x 2 1 x 2

e) k ( x)  5  x 3 1  x 4 f) l ( x) x  4
3 4

g) m ( x )  x 5  5 x3 h) n( x )  x 5  5 x 4
3
i) o ( x )  x 4  4 x3 .
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Exercício 5: As figuras a seguir representam gráficos de funções. Identifique entre elas aquelas que
representam gráficos de funções invertíveis e, nestes casos, esboce sobre a própria figura o gráfico
da função inversa
Gráfico de f Gráfico de g

Gráfico de h
Gráfico de j
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Exercício 6: As funções a seguir são invertíveis. Em cada caso, determine a função inversa, dando o
domínio, a imagem e a lei de formação. Em cada caso, esboce os gráficos da função, da sua inversa,
da reta y  x usando o mesmo sistema de coordenadas.
g :lR  {1}  lR  {1}
r :[  4 ,   )  [  3 ,   ) h: R  lR
a) x 1 b) c)
x  x  x  4 3 x  x 3 1
x 1
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f : (   , 0 ]  [ 1,   )
Exercício 7: Seja
x  x 2 1

a) Determine a inversa f 1 e verifique que ( f  f 1 ) ( x )  ( f 1  f ) ( x ) .


b) Esboce os gráficos de f , f 1 , y  x usando o mesmo sistema de coordenadas.
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Exercício 8: Seja f ( x )  x 3  3 x , para  2  x  2 .


a) Explique por que a função f , cujo gráfico está na
figura ao lado, não tem inversa em seu domínio.
b) Subdivida o domínio em três intervalos adjacentes
sobre cada um dos quais a função f tem uma inversa.

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Exercício 9: Dê o domínio das funções a seguir e esboce os seus respectivos gráficos. Essas funções
definem parte de uma curva já estudada. Elas são invertíveis?

a) f ( x)   16  x 2 b) g ( x)   4  x  1
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x3
Exercício 10: Seja f ( x )  uma função inversível.
x2  4
1
a) Encontre x se f ( x)  3
1
b) Ache o valor de f (1) .
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Exercício 11:
A figura ao lado apresenta o gráfico do
polinômio p( x)  3x 4  4 x 3  12 x 2  5 ,
restrito a um intervalo I  IR .
a) Diga qual é o domínio dessa função.
Responda na forma de intervalo.
b) Esta função é monótona? Justifique sua
resposta!
c) Marque no eixo Ox os intervalos onde
essa função é decrescente. Diga quais são
esses intervalos.
d) A função é monótona no intervalo
[1, 2] ? Justifique sua resposta.
e) Marque no eixo Ox os intervalos onde
essa função é crescente. Diga quais são
esses intervalos.
f) Diga qual é a imagem dessa função.
Responda na forma de intervalo.

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Exercício 12:
Desenhe, caso exista, o gráfico de uma função g que satisfaz (simultaneamente) as seguintes
condições:
a) O domínio de g é D  [ 3 ,  1]  [1, 3 ]
b) A função g é decrescente em [ 3 ,  1] .
c) A função g é decrescente em [1, 3 ] .
d) A função g é não é decrescente em D  [ 3 ,  1]  [1, 3 ] .
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Exercício 13:
1
a) Usando a definição de função decrescente, mostre que a função h( x )  é decrescente no
x
intervalo ( 0 ,  ) .
1
b) Usando a definição de função decrescente, mostre que a função h( x )  é decrescente no
x
intervalo (  , 0 ) .
1
c) A função h( x )  é decrescente no seu domínio, que é (  , 0 )  ( 0 ,  ) ? Justifique sua
x
resposta!
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Exercício 14:
Usando a definição de função decrescente, mostre que a função f ( x)  x 2 é decrescente no
intervalo A  ( , 0] .
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Exercício 15:
Mostre que se y  f (x) é uma função crescente em um intervalo [a , b] então y  g ( x )   f ( x) é
uma função decrescente neste mesmo intervalo.
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Exercício 16:

Esboce o gráfico da função:


 x  3  2 , se x   2

y  f (x )   x2  3 , se  2  x  2
 x  3  2 , se x  2


a) Determine os intervalos onde f é crescente, onde f é decrescente.


b) Determine os intervalos onde f ( x)   2 . Mostre no gráfico, a parte do gráfico que satisfaz
essa condição.
c) A função f é inversível? Justifique sua resposta!

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d) Se a sua resposta para o item c) foi não, escolha dois possíveis intervalos onde é possível
inverter a função f . Justifique sua escolha.
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