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Sinop/MT
2018
KARLA RÚBIA DA SILVA
Sinop/MT
2018
KARLA RÚBIA DA SILVA
Aprovado em__________
______________________________________
Silmara A. Bonani de Oliveira
Professor (a) Orientador (a)
Departamento de Nutrição - FASIPE
______________________________________
Professor (a) Avaliador (a)
Departamento de Nutrição - FASIPE
______________________________________
Professor (a) Avaliador (a)
Departamento de Nutrição - FASIPE
______________________________________
Esp. Aline Barbosa Carlos
Coordenadora do Curso de Nutrição
FASIPE – Faculdade de Sinop
Sinop/MT
2018
DEDICATÓRIA
Friedrich Nietzsche
SILVA, Karla Rúbia da. A importância da vitamina D no processo de crescimento e
desenvolvimento de crianças. 2018. 48 páginas. Monografia de Conclusão de Curso –
FASIPE – Faculdade de Sinop.
RESUMO
A vitamina D é um hormônio, apesar de ser conhecida como vitamina, sua principal função é
a homeostase do cálcio, sendo de grande importância para o desenvolvimento ósseo, além de
atuar na manutenção de outros sistemas fisiológicos corpóreos. O objetivo deste trabalho foi o
de expandir o conhecimento referente à importância da vitamina D no crescimento e
desenvolvimento de crianças, elucidar quanto às quantidades recomendadas para cada
população, principalmente infantil, explanar sobre as doses que causam toxicidade; suas
fontes sendo elas, dieta, suplementação e exposição solar. Os alimentos fontes são escassos e
a principal forma de obtê-la, ainda, é por meio da exposição solar. No tocante à metodologia,
adotou-se a revisão de literatura, de caráter exploratória com abordagem qualitativa,
objetivando aprofundar os conceitos e entendimentos acerca do tema. Os distúrbios do
crescimento podem se iniciar na vida intrauterina e permanecerem até os dois anos de idade,
devendo-se isso à carência de vitamina D da mãe; por essa razão, tornam-se necessárias
práticas saudáveis em relação à saúde e nutrição. O grupo de risco é composto por grávidas e
lactentes principalmente os que estão em amamentação exclusiva, pessoas com síndrome
nefrótica, de pele negra, com osteoporose, idosos especialmente aqueles com histórico de
quedas e fraturas, obesos, pessoas que utilizem medicações anticonvulsivantes,
glicocorticoides e antifúngicos, pois afetam o metabolismo da vitamina D, pacientes com
linfomas, síndrome da má-absorção, insuficiência hepática ou renal, doenças granulomatosas
e hiperparatiroidismo primário e pessoas que não se expõem ao sol, para as quais a avaliação
laboratorial das concentrações séricas 25(OH)D se torna necessária. Recomenda-se que sejam
adotadas estratégias que garantam os níveis adequados de vitamina D durante a gestação e no
período de lactação, adotando a verificação da dosagem sérica como partícipe dos exames de
rotina pré-natais, ressaltando-se a importância de um profissional nutricionista para a prática
de educação e orientação nutricional para a população, pois o estado nutricional do indivíduo
influencia em sua condição de saúde.
ABSTRACT
Vitamin D is a hormone, despite being known as a vitamin, its main function is the
homeostasis of calcium, being of great importance for bone development, besides acting in
maintaining of other physiological bodily systems. The aim of this work was to expand
knowledge on the importance of vitamin D in growth and development of children, elucidate
the amount recommended for each population, especially children, to explain about the doses
that cause toxicity; its sources namely, diet, supplements and sun exposure. The food sources
are scarce and the main way to obtain it, yet, is through exposure to the sun. As regards the
methodology, the literature review was exploratory character with a qualitative approach, in
order to deepen the concepts and understandings of the subject. Growth disorders can start in
the intrauterine life and remain until two years of age, due to the lack of vitamin D; for this
reason, it becomes necessary healthy practices in relation to health and nutrition. The group is
composed by pregnant women and infants especially those in exclusive breastfeeding, people
with nephrotic syndrome, black skin, with osteoporosis, the elderly people especially those
with a history of falls and fractures, obese one, people who use medications, anticonvulsants,
glicocorticoides and antifungals, do affect the metabolism of vitamin D, patients with
lymphomas, malabsorption syndrome, hepatic or renal insufficiency, granulomatous diseases
and primary hyperparathyroidism and people who do not expose themselves to the sun, for
which the laboratory evaluation of serum 25 (OH) D becomes necessary. It is recommended
that they adopt strategies to ensure adequate levels of vitamin D during pregnancy and
lactation period, adopting the verification of the serum dosage as a participant in prenatal
routine exams, emphasizing the importance of a nutritionist for the practice of education and
nutritional orientation for the population, since the nutritional status of the individual
influences his health condition.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12
1.1 Justificativa ....................................................................................................................... 13
1.2 Problematização................................................................................................................ 14
1.3 Objetivos ............................................................................................................................ 15
1.3.1 Geral ................................................................................................................................ 15
1.3.2 Específicos ....................................................................................................................... 15
1.4 Procedimentos Metodológicos ......................................................................................... 15
2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 17
2.1 Criança .............................................................................................................................. 17
2.2 Nutrição infantil................................................................................................................ 17
2.3 Vitaminas........................................................................................................................... 19
2.4 Vitaminas Lipossolúveis ................................................................................................... 20
2.4 Vitamina D ........................................................................................................................ 23
2.5 Necessidade Infantil de Vitamina D ................................................................................ 26
2.6 Carências de Vitamina D ................................................................................................. 27
2.7 Suplementação .................................................................................................................. 34
2.8 Intoxicação ........................................................................................................................ 36
2.9 Papel do Nutricionista na administração da vitamina D no processo de crescimento e
desenvolvimento de crianças ................................................................................................. 44
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 58
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 60
1. INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
Este trabalho revela-se de grande relevância como esclarecimento de forma científica
para a população de um modo geral, assim como para o meio acadêmico, pois pretende
informar e esclarecer sobre uma importante vitamina e sua função no processo de crescimento
e desenvolvimento e quais prejuízos o déficit dela pode acarretar ao organismo. Levar os
cidadãos a analisar o quanto o ritmo acelerado da rotina atual tem contribuído para a
dificuldade de exposição ao sol, objetivando reavaliação de hábitos neste sentido.
A vitamina D é realizada no organismo através da exposição solar, contém órgãos-
alvo específicos e consiste em um pró-hormônio, sendo assim, não precisa, necessariamente,
ser obtida através de dieta. Exerce função na formação e manutenção dos ossos e dentes
saudáveis, induz a absorção e metabolismo do fósforo e do cálcio, além de regular vários
genes (MAHAN et al., 2012).
A deficiência nutricional revela-se como um problema de saúde mundial, atingindo
grupos populacionais, em especial as crianças. O Brasil atingiu alvos significativos para a
redução da desnutrição infantil, percebido que os dados de prevalência de baixo peso para a
idade caíram de 7,1% para 1,7%, da mesma maneira que o déficit de altura de 19,6%
despencou para 6,7%. Contudo, independentemente do desenvolvimento do acesso à saúde e
aumento do rendimento financeiro da população, os parâmetros pertinentes às deficiências de
micronutrientes acham-se elevados, segundo o que aponta a Política Nacional de Alimentação
e Nutrição (VAZ et al., 2017).
14
1.2 Problematização
Pesquisas realizadas na Coreia, na Índia, nos Estados Unidos, em Bangladesh e em
demais lugares do mundo apontaram que várias crianças nascem com hipovitaminose de
vitamina D devido a carências da mãe. Com essa alta prevalência, é considerada um problema
de saúde pública mundial, observando-se a deficiência de vitamina D em 80,5% e 85% dos
lactentes e lactantes, mesmo 97,3% delas afirmarem uso de multivitamínicos (PRADO et al.,
2015).
Também ocorre alta prevalência da hipovitaminose da vitamina D na África,
América do Norte, Europa, Oriente Médio e em vários países da América do Sul entre eles,
Argentina e Chile. No Brasil, existem poucas pesquisas sobre o assunto, mas, ao que tudo
indica, a região sul do país apresenta maiores chances de manifestar a doença devido às
condições climáticas. Entretanto, a população brasileira apresenta grande carência acentuada
pela alimentação inadequada (PREMAOR; FURLANETTO, 2006; JUNIOR et al., 2011).
Uma pesquisa realizada em uma cidade com baixa incidência de raios solares avaliou
192 mulheres e 182 recém-nascidos, identificou índices de níveis de insuficiência da vitamina
D em 85% das mulheres e em 80,5% dos lactentes. Em outras pesquisas realizadas nos
Estados Unidos referentes à incidência de carência de vitamina D mostram que ¾ da
população branca e 90% da população negra, asiática e hispânica apresentam concentrações
sanguíneas baixas da vitamina D. Acredita-se que mais de 1 bilhão de pessoas na humanidade
apresentem níveis séricos baixos, gerando, assim, efeitos negativos graves para a saúde
pública (LICHTENSTEIN et al., 2013; PRADO et al., 2015).
Ultimamente, observou-se o aumento de exames laboratoriais, especialmente a
dosagem de vitamina D. No hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (HC- FMUSP), o número de análises subiu de 6.810 em 2007 para 52.997 em
2011, com um aumento de 60% em 2012, ainda que não tenha aumentado correspondente
número de pacientes atendidos no mesmo espaço de tempo (THACHER; CLARKE, 2011).
Considerando a importância dos micronutrientes no processo de crescimento e
desenvolvimento humano, o presente trabalho desenvolveu-se em torno da seguinte
indagação: Quais os danos causados no crescimento e desenvolvimento de crianças com a
falta da vitamina D?
15
1.3 Objetivos
1.3.1 Geral
Expandir o conhecimento e a importância da Vitamina D no processo de crescimento e
desenvolvimento para as crianças, além de expor os fatores que levam ao aumento de
casos de carência da vitamina D.
1.3.2 Específicos
Esclarecer quanto à quantidade recomendada da vitamina D para a população infantil;
Revisar as fontes na alimentação de vitamina D;
Aclarar, quando em excesso, sua toxicidade juntamente com o parâmetro estabelecido
para a vitamina D;
Relatar ocasiões de necessidade de suplementação.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Criança
Segundo o dicionário Aurélio, criança é definida por indivíduo de pequena vida no
sentido de existência, do gênero masculino ou feminino. O aumento do padrão de tamanho da
criança dentro dos padrões adequados e tidos como normais, é referido como potencial
genético de cada indivíduo. Portanto, a altura alcançada ocorre devido à relação de fatores
genéticos envolvidos com a biodisponibilidade de macro nutrientes e micronutrientes no
organismo no referido período de crescimento (BUENO; CZEPIELEWSKI, 2008;
FERREIRA, 2010).
Julga-se criança, sob os efeitos da lei, o indivíduo até incompletos 12 anos de idade;
e adolescente, o indivíduo entre 12 e 18 anos. Conceituado de forma objetiva quem é tido
como criança e adolescente pelo ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), trata-se de um
conceito legal e assegura a estes todos os direitos essenciais pertinentes à pessoa humana
(ECA – LEI 8069/90, 1990).
Passo 1: Oferecer apenas o leite materno até os seis meses, sem ofertar chás, água ou
outro alimento. O conteúdo do leite materno tem todos os nutrientes que uma criança
necessita, protegendo contra infecções;
Passo 2: desde os seis meses de idade, ofertar, de maneira vagarosa e progressiva,
diferentes alimentos, permanecendo a aleitamento até os dois anos de idade ou mais. A partir
desse momento, a criança está preparada para receber novos alimentos, além de necessitar de
maior porte de nutrientes;
Passo 3: completando 6 meses, iniciar com alimentos complementares, como
tubérculos, leguminosas, carnes, frutas e legumes;
Passo 04: ofertar alimentação conforme aceitação da criança sem forçar;
Passo 5: desde o início, a criança deve ser incentivada a comer com a colher em
consistência pastosa e, gradativamente, ir aumentando a consistência do alimento;
Passo 6: oferecer alimentos diferentes no decorrer do dia. É importante ter uma
alimentação variada e cheia de cores diferentes, garantindo, assim, variação dos nutrientes
absorvidos;
Passo 7: incentivar o consumo de frutas, vegetais e legumes, pois esses alimentos
fornecem fibras, cálcio, vitaminas e ferro;
Passo 8: desestimular a ingestão de café, açúcar, balas, frituras e afins, além de
utilizar o sal com moderação. Esses alimentos não devem ser consumidos nos primeiros 02
anos de vida da criança;
Passo 9: atentar-se quanto à higiene nas preparações dos alimentos e manuseio dos
mesmos, garantir segurança alimentar;
Passo 10: estimular a criança que se encontra adoecida a alimentar-se, oferecendo
seus alimentos preferidos e habituais; nesse período, o mais importante é manter o aporte
calórico, visando manter e recuperar seu estado nutricional (BRASIL, 2002; VITOLO, 2015).
2.3 Vitaminas
As vitaminas são compostos orgânicos que exercem função fundamental em várias
funções biológicas, esses compostos são pertencentes a um grupo, o dos micronutrientes que
são de grande relevância para o desempenho normal do organismo, mesmo que em
quantidades tão diminutas como miligramas (PEREIRA; ALMEIDA, 2008; PINHEIRO,
2015).
Antigamente, o termo vitamina era atribuído a todas as substâncias que possuíam, na
sua composição, os grupos funcionais amina; tendo sido usado pela primeira vez em 1912
20
pelo bioquímico Casimir Funk, tendo sua origem no latim vita (vida) e do termo químico
amina. Com o passar dos anos, verificou-se que nem todas as substâncias presentes no
agrupamento englobavam grupos funcionais amina, porém o termo se manteve até os dias de
hoje (PINHEIRO, 2015).
Os micronutrientes seguem alguns parâmetros como serem compostos orgânicos e
com particularidades diferentemente dos carboidratos, proteínas e lipídios; não são
sintetizados pelo corpo em quantias suficientes para atenderam à demanda do organismo para
realizar as funções fisiológicas, sendo assim, classificados como compostos essenciais; seu
déficit no organismo pode provocar síndrome de deficiência específica, além de influenciar
em diversas outras doenças (SILVA, 2007).
As vitaminas ou micronutrientes são classificados em lipossolúveis e hidrossolúveis.
As hidrossolúveis têm sua solubilidade na água e tendem a ser absorvidas por difusão
simples, são distribuídas nas fases aquosas da célula e são fontes ou subfontes essenciais das
enzimas envolvidas em vários aspectos do metabolismo. As lipossolúveis, entre as quais a
vitamina D encontra-se, são absorvidas de maneira passiva e são transportadas com os lipídios
ingeridos pela dieta. Têm propensão a serem encontradas nas frações lipídicas da célula como
membranas e gotículas de lipídios, necessitando de gordura para serem absorvidas e,
normalmente, são excretadas juntamente com as fezes, através da circulação (MAHAN et al.,
2012).
A expressão biodisponibilidade empregada às vitaminas dos alimentos pode ser
determinada como proporção da quantia de vitamina consumida, depois de absorvida no
intestino e utilizada no organismo. Sua função e transporte incluem absorção celular e
conversão para realizar alguma função química. Destaca-se que quando uma determinada
quantia de vitamina adentra na circulação, alguns tecidos podem não usufruir por já haverem
atingido estágio de saturação. Não se deve confundir a biodisponibilidade de um nutriente
com o conteúdo de vitamina existente no alimento (MOURÃO et al., 2005).
trabalho intenso seus requerimentos nutricionais aumentam, devendo-se ter atenção redobrada
aos casos especiais (PINHEIRO, 2015).
As vitaminas classificadas como lipossolúveis têm sua absorção naturalmente e são
transportadas com os lipídios ingeridos na dieta, são encontradas nas frações lipídicas da
célula, necessitam de gordura para serem absorvidas corretamente e são excretadas
juntamente com as fezes por meio da circulação êntero-hepáticas, designadas por A, D, E e K
(MAHAN et al., 2012).
Na Tabela a seguir, encontram-se os tipos de vitaminas lipossolúveis, bem como sua
função e fontes alimentares.
22
2.4 Vitamina D
A vitamina D é considerada um pró-hormônio, embora seja conhecida como uma
vitamina, juntamente com o hormônio da paratireóide (PTH) e a calcitonina, atua no
metabolismo do cálcio e fósforo, além de petrificação óssea a partir do momento da gestação
até a adolescência, resultando em melhor constituição óssea. A vitamina D também participa
da regulação da autoimunidade, atuação em doenças crônicas, autismo, asma, entre outras, o
que tem chamado a atenção de pesquisadores (SILVA, 2016).
A seguir, na Tabela 2, são apresentados, de forma resumida, alguns dos benefícios da
vitamina D para a saúde de forma geral, mostrando que, contrário às crenças antigas de que
somente os ossos, os rins e os intestinos possuíam receptores de vitamina D, atualmente, sabe-
se que receptores dela estão espalhados por todo o corpo humano.
TABELA 3: Valores das quantidades de vitamina D nas porções de alimentos expostas em unidade
internacional (UI).
FONTE DE VITAMINA D TIPO DE VITAMINA D UNIDADES
INTERNACIONAIS (UI)
Óleo de fígado de bacalhau D3 400-13060 UI
(uma colher de sopa)
Cogumelos shitake frescos D2 100 UI / 100ml
Cogumelos shitake secos D2 1600 UI / 100 mL
Salmão fresco selvagem D3 600-1000 UI / 100 mL
Salmão fresco criado em D3, D2 100-250 UI / 100 mL
cativeiro
Salmão enlatado D3 300-600 UI / 100 mL
Sardinha, cavala e atum em D3 236-300 UI / 100 ml
lata
Produtos lácteos e cereais D2 40-1000 UI
fortificados
Gema de ovo D2, D3 20 UI / UNIDADE
Exposição solar corporal a D2, D3 10 000 UI
UV-B 15 – 20 minutos ao meio-
dia, Verão, individuo de pele
clara.
Adaptado de Pinheiro 2015
Grécia e nos EUA. Referente ao uso de protetor solar, um fator de proteção (FPS) de 15
diminui a eficácia de produção de vitamina D em mais de 98%, mesmo que grande parte das
mulheres com insuficiência relatam não terem usado qualquer tipo de filtro durante a
gestação. Ocorreu associação entre a 25(OH)D das mulheres e dos recém-nascidos, havendo
ligação maciça dos níveis de vitamina D circulantes entre a mãe e o feto, a ponto de a
deficiência vitamínica materna repercutir na carência vitamínica neonatal e expor os bebês ao
risco de raquitismo (SANTOS et al., 2012).
Em algumas pesquisas realizadas no Canadá e Turquia, estudiosos averiguaram que
doenças infecciosas respiratórias são dominantes entre neonatos, lactentes e crianças com
deficiência de vitamina D. Pesquisas com sangue de cordão umbilical humano revelam que
menores concentrações de vitamina D estão ligadas com dimensões alteradas de
subpopulações de linfócitos. Considera-se também que a referida vitamina dispõe papel
imunomodulador, reduzindo a rigidez da resposta imune a alguns vírus e incentivando a
formação de moléculas antibacterianas, assim como a catelicidina e algumas β-defensinas
(KARATEKIN et al., 2007; LITONJUA, 2012; ALMEIDA et al., 2017).
Pesquisas realizadas com um grupo de pré-adolescentes afrodescendentes de 6 a 10
anos, avaliaram a proporção da carência de vitamina D e, em 49%, foram demonstrados níveis
séricos de 25-OH-D3 escasso; a ingestão média de vitamina D foi de 277±146 IU/dia, e 39%
deles não alcançaram o consumo diário pertinente da vitamina. Já no Brasil, atualmente,
existem poucas pesquisas referentes à prevalência de hipovitaminose D; o Rio Grande do Sul,
em razão de suas características climáticas, denota maiores chances da deficiência. Em outra
pesquisa realizada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), foram constatados níveis
baixos séricos de 25-OH-D3 nos pacientes internados nas equipes de medicina interna.
Porém, estes pacientes eram adultos e mostravam vários fatores de risco para desenvolver a
doença, dessa maneira ainda não se sabe a verdadeira extensão desse transtorno (BUENO,
CZPIELEWSKI, 2008).
Uma pesquisa realizada no Paraná, incluindo adolescentes e escolares femininos e
outro em Minas Gerais, incluindo adolescentes apresentou ocorrência de hipovitaminose D
maior que 60% nos dois casos (SANTOS et al., 2012).
Portanto, a redução da ingestão de vitamina D durante a fase de crescimento, pode
influenciar negativamente o desenvolvimento ósseo, ocasionando não apenas raquitismo, mas
também danificando a abrangência da altura programada geneticamente. O depósito de
mineral ósseo ao longo do crescimento, na fase da adolescência, depende da absorção
dietética do cálcio, sendo que as necessidades, nesse período, são superiores que em qualquer
31
Em 1980, foi demonstrado que a forma ativa da vitamina pode regular o crescimento
da pele e ser utilizada para o tratamento da psoríase, que é uma doença de pele benigna cujas
células epiteliais se reproduzem em um ritmo maior que o normal, gerando lesões. Foi
comprovada a ação antiproliferativa da VD ativada para recompor a movimentação normal
das células psoriásicas, tornando-se, pois, uma forma de tratamento para a psoríase.
Posteriormente, foi descoberto que os receptores de VD continham grande diversidade de
genes que eram ativados e desativados por ela, sendo que tais genes limitavam o crescimento
celular e conduziam células malignas à morte ou a padrões normais (HOLICK, 2012).
O raquitismo foi considerado epidêmico na virada do século XX nas cidades
industriais da América do Norte e nordeste da Europa. Em torno dos anos 80, foi eliminado
em grande parte dos países desenvolvidos devido ao uso de vitamina D e de fortificação do
leite de vaca. O raquitismo continua sendo um problema grave em alguns países em
desenvolvimento, correspondendo a vários fatores de risco, é mais comum em regiões do
mundo onde a luz solar é abundante como, por exemplo, Marrocos, Egito, Etiópia e Tunísia.
A partir dos anos 70, tem sido real em populações da América do Norte, no nordeste da
Europa e nos antigos países soviéticos, o raquitismo por deficiência de vitamina D em
lactentes, fatores como genético, hormonal, nutricional e cultural interagem e podem causar
raquitismo em crianças (PRADO et al., 2015).
Os fatores ambientais de risco incluem: reclusão por um período de horas de luz
diurna, viver em altas latitudes, viver em áreas urbanas com prédios e/ou poluição que
impedem a luz solar, possuir pele escura, uso de protetor solar, variações sazonais, cobrir
muito ou todo o corpo quando em ambiente externo, exposição ao chumbo e substituição do
leite materno por alimentos pobres em cálcio ou alimentos que reduzam a absorção deste, não
ingestão de leite de vaca e de outros alimentos fortificados com vitamina D ou de suplementos
de vitamina D (VAZ et al., 2017).
A prevenção de déficit de vitamina D através da suplementação constante de crianças
amamentadas abaixo de seis meses de vida pode ser observada por alguns como algum indício
de que a amamentação é inadequada. Porém, relatos de raquitismo em bebês unicamente
amamentados também podem diminuir esforços para expandir os índices de iniciação de
amamentação e índices de amamentação exclusiva (MOJAB, 2002).
2.7 Suplementação
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, crianças abaixo de seis meses devem
ser expostas de modo direto à luz solar desde a segunda semana de vida. Acham-se suficientes
35
trinta minutos por semana somente com fraldas, durante seis a oito minutos por dia por três
vezes na semana ou duas horas por semana em exibição parcial de 17 minutos por dia
expondo face e mãos. Segundo as recomendações brasileiras de Endocrinologia e
Metabologia, a suplementação de Vitamina D para gestantes é de 600UI/dia e para as crianças
é de 400UI/dia, desde o nascimento até o primeiro ano de vida, por estarem no grupo de risco
para deficiência de vitamina D (SANTOS et al., 2012).
Um dos instrumentos de prevenção para a deficiência de vitamina D é a fortificação
de alimentos de consumo geral, ou para classes específicas. No Brasil, as fontes alimentares
de vitamina D são poucas e, às vezes, os alimentos fonte não são de uso frequente, como
fígado de bacalhau, salmão, atum, sardinha, fórmulas lácteas. Na falta de fortificação dos
alimentos, é recomendada a suplementação. Para prevenir a hipovitaminose, é recomendado
que as crianças e adolescentes sejam incentivados a incorporar práticas de vida saudáveis
envolvendo a prática de atividade física, principalmente ao ar livre com alimentação adequada
e saudável (SILVA, 2016).
A exposição ao sol é um mecanismo necessário no metabolismo da vitamina D, para
se manter os níveis adequados, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a exposição ao
sol durante 30 minutos semanalmente, o que corresponde a aproximadamente 6 a 8 minutos
por dia, três vezes por semana para crianças em uso de fraldas no decorrer primeiro ano de
vida ou 17 minutos por dia, duas vezes na semana, em crianças com roupa, entre os horários
das 10h e 15h; sem chapéus, bonés e mãos expostas. Para crianças em fator de risco, esse
tempo de exposição deve ser maior. Ponderar que o uso do protetor solar fator 30 diminui a
produção em mais de 95% (VAZ et al., 2017).
O tratamento para a deficiência da vitamina D em crianças menores de um mês
compreende dose de 1.000UI/dia, por dois a três meses; para crianças entre um a 12 meses, a
dose estipulada é de 1.000-5.000 UI/dia também por dois ou três meses; em crianças maiores
de 12 meses é de 5.000UI/ dia. do mesmo modo também por um período de dois a três meses
ou também pode ser realizado o tratamento semanalmente com doses de 50.000 UI/semana,
por um período de seis semanas (MAEDA et al., 2014).
O acompanhamento do tratamento deve ser realizado a cada três meses, até que se
apresentem os níveis normais de 25-hidroxivitamina D. Entre os exames complementares,
compreende-se dosagem do cálcio, magnésio, fósforo e fosfatase alcalina. Na situação do
raquitismo, a dosagem do PTH e a prática de radiografia de crânio e ossos longos são
indispensáveis (ALVES et al., 2016).
36
2.8 Intoxicação
Na atualidade, testemunha-se uma crescente preocupação com os níveis sanguíneos
de vitamina D, que não é restrita à comunidade científica, tornando-se mira constante de
reportagens na leiga mídia. Ultimamente, a procura por suplementação de 25-OHD cresceu
supreendentemente, sendo que seu uso desorientado tem causado o aumento de casos de
intoxicação, que pode estar relacionado a falhas do fornecedor e/ou uso praticado
indevidamente pelo paciente (GUERRA et al., 2016).
A ingestão excessiva da vitamina pode gerar intoxicação causada pelo aumento das
concentrações séricas de cálcio (hipercalemia) e fósforo (hiperfosfatemia) e pela calcificação
dos tecidos moles (calcinose) incluindo rim, coração e pulmões; e até mesmo, a membrana
timpânica do ouvido, o que pode resultar em surdez. Os pacientes frequentemente reclamam
de dor de cabeça e náusea e os lactentes que recebem quantidades acima da recomendada de
vitamina D, podem ter distúrbios GI, fragilidade óssea e crescimento retardado. A
Hipovitaminose D é progressiva, os indivíduos parecem variar em sua suscetibilidade à
condição (MAHAN et al., 2012).
Raramente é constatada a intoxicação pela vitamina D em bebês e crianças após a
ingestão de grandes quantidades desse micronutriente, como doses superiores a 240.000
300.000 UI. Aglomerações séricas de 25(OH)D superiores de 100ng/ml-150ng/ml são tidas
como tóxicas e estão ligadas à hipercalcemia e hipercalciúria e, se preservadas por um extenso
espaço de tempo, provocam nefrocalcinose e insuficiência renal. Ademais, a intoxicação pela
referida vitamina pode se revelar através de vômitos, dor abdominal, poliúria, polidipsia,
constipação intestinal, calcificação ectópica, nefrolitíase e depressão do sistema nervoso
central (ALMEIDA et al., 2017).
A intoxicação por vitamina D eleva a absorção intestinal de cálcio e gera
hipercalcemia que, no que lhe concerne, pode ocasionar vários efeitos colaterais,
especialmente neurológicos, renais e gastrointestinais. Na fase aguda, a hipercalcemia pode
gerar lesão renal aguda por vasoconstrição renal direta e por uma diminuição no volume do
líquido extracelular devido a vômitos e redução na eficácia de concentrar a urina; anorexia e
náuseas e, aditivamente, a hipercalcemia pode levar à geração de nefrocalcinose e cálculos
(MOYSÉS-NETO et al., 2009; GUERRA et al., 2016).
O Instituto de Medicina (IOM) e as Diretrizes da “Endocrine Society” identificam
que a toxicidade da vitamina D é rara e indicam que doses elevadas da vitamina podem ser
toleradas em adultos e crianças sem apreensão com a toxicidade. Porém, as avaliações
esporádicas indicando os níveis sanguíneos de 25 (OH) D acima de 30 ng/ ml podem ser
37
Assim sendo, recomenda-se que a dosagem de cálcio total seja realizada rotineiramente entre
a população idosa. É classificado como hipercalcemia quando cálcio total ou ionizado acha-se
na margem dos padrões considerados normais que são de 10,5 mg/dl ou 2,6 mmol/L para o
cálcio total, e cálcio ionizado 5,3 mg/dl e 1,32 mmol/L (BILEZIKIAN et al., 2009; KHAN et
al., 2009; COPÊS et al., 2013; KIM et al., 2018).
Orienta-se que, para ser confirmado o diagnóstico de hipercalcemia, sejam
realizados, no mínimo, dois exames laboratoriais, uma vez que alguns fatores podem
aumentar falsamente os valores de cálcio sérico, existindo uma exceção, justificada pelos
casos em que pessoas expressem cálcio total maior que 13,5 mg/dl, além de sintomas
neurológicos que devem ser declarados como caso de urgência de imediato. Para o médico
clínico, uma das indecisões é quando pedir o exame de cálcio ionizado ao invés de cálcio
total, uma vez que a proporção do cálcio total engloba o cálcio ionizado ou livre, o cálcio
conectado a proteínas e o cálcio complexado a pequenos aníons orgânicos e inorgânicos
(COPÊS et al., 2013).
Em cidadãos normais, a distribuição ocorre de maneira que metade do cálcio total é
formada pelo cálcio livre; a outra metade se divide em 40% pelo cálcio ligado a proteínas e os
restantes 10% são constituídos pelo cálcio complexado. Esta ligação permanece estável
contanto que não ocorra alteração do pH e das proteínas séricas. Em cidadãos sem essas
modificações, a avaliação do cálcio total é confiável e não se apresenta razão de pedido de
cálcio ionizado (KHAN et al., 2009; MARCOCCI et al., 2009).
As manifestações clínicas da hipercalcemia, na maioria dos indivíduos, expressa-se
com sintomas inespecíficos, leves ou inexistentes. Para que se manifeste algum sintoma, é
necessário que os níveis séricos de cálcio estejam acima de 12 mg/ dL, lembrando que os
sintomas incluem poliúria ou polidipsia, disfunção gastrointestinal, constipação, litíase renal,
insuficiência renal e disfunção neurológica; nesses últimos casos, podem variar a começar de
sonolência, cansaço leve à depressão, letargia, fadiga, cefaleia, psicose e até mesmo coma.
Podem apresentar alguns sintomas inespecíficos como náuseas ou vômitos e anorexia (KHAN
et al., 2009; COPÊS et al., 2013).
Podem ocorrer também alterações no sistema cardiovascular como arritmias,
bradicardia, bloqueio atrioventricular, encolhimento do intervalo QT. Dificilmente pode
acontecer em pacientes com trombose venosa e hiperparatireoidismo úlcera péptica. A
gravidade dos sintomas vai depender do nível sérico de cálcio, que é, habitualmente,
abundante se a hipercalcemia aumentar velozmente. Já as manifestações neurológicas são
tidas como casos de urgência e tais pacientes têm de ser encaminhados ao atendimento de
41
Por ser uma doença de evolução demorada, os níveis séricos de cálcio total,
geralmente, são menores ou iguais a 11 mg/dl, por essa razão manifestam poucos sintomas.
Nessas pessoas, a elevação dos níveis séricos do PTH ocasiona reabsorção do cálcio na
43
Em outra pesquisa com populações em grupo de alto risco para deficiência, foram
avaliados efeitos de um pão fortificado com 320mg de cálcio e 5.000 UI de vitamina D por
um período de 12 meses, onde se observou um aumento de 25(OH)D em 92% da população,
que excederam a meta de 30ng/mL e nenhum deles desenvolveu hipercalciúria ou
hipercalcemia. As concentrações de PTH diminuíram e ocorreu um aumento da DMO do
fêmur proximal e da coluna lombar. Porém, essa mesma população após três anos, foi
reavaliada e constatou-se que após a cessação da suplementação, os benefícios alcançados
haviam desaparecido (MOCANU et al., 2009; MOCANU; VIETH, 2013).
Na Tabela 6 a seguir, encontram-se alguns medicamentos com vitamina D3
encontrados no mercado atualmente no Brasil, com valores de concentração, tamanho da
embalagem e laboratório, evidenciados pela Recomendações da Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D.
54
com o baixo peso do recém-nascido, além de baixa massa óssea e, quando em idade escolar,
representam marcadores de perigo para doenças cardiovasculares. Recentemente em uma
meta-análise foram analisados 31 estudos, envolvendo 18.869 pessoas, verificando-se que as
taxas de níveis séricos de 25 (OH)D associaram-se com pré-eclâmpsia, diabetes gestacional,
vaginose bacteriana e recém-nascido com baixo peso (AGHAJAFARI et al., 2013).
Em outra meta-análise, constatou-se efeito benéfico com a suplementação de
vitamina D referente à redução dos casos de baixo peso ao nascer. As concentrações de
25(OH)D do lactente, apresentam relação com as da progenitora. A placenta tem a
competência de converter 25(OH)D em calcitriol através da enzima 1-alfa-hidroxilase.
Recomenda-se que, nessa fase, evite-se a utilização de doses elevadas semanais ou mensais
(HOLICK et al.,2011; THORNE-LYMANA; FAWZIA, 2012).
O tratamento traz vantagens para a progenitora com gestação de risco para
deficiência de vitamina D e para o recém-nascido. Recomendam-se doses diárias nesse
período e que sejam evitadas grandes doses semanalmente ou mensalmente devido à produção
placentária de calcitriol, que é substrato-dependente (MAEDA et al., 2014; SANT’ANA et al;
2015).
58
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
UI/dia e população de risco 600 a 1.000 UI/dia. Suas fontes, na alimentação, são basicamente
peixes como salmão, sardinha, atum e cavala, óleo de fígado de bacalhau, cogumelos, gema
de ovo, produtos lácteos e cereais fortificados e exposição solar.
É encontrada intoxicação em bebês e crianças após ingestão de doses superiores a
240.000 300.000 UI e aglomerações séricas de 25(OH)D superiores a 150ng/ml são tidas
como intoxicação. Mediante o exposto no trabalho, evidencia-se que sejam adotadas
estratégias que garantam os níveis adequados de vitamina D durante a gestação e no período
de lactação, a verificação da dosagem sérica como parte de exames de rotina pré-natais.
Destaca-se a importância de um profissional especializado, que é o nutricionista para
a prática de educação e orientação nutricional para a população, principalmente gestantes e
crianças para as quais a demanda energética e nutricional é maior. As deficiências nutricionais
podem ser resolvidas por meio de suplementação adequada e adoção de hábitos alimentares
saudáveis.
.
60
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