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A (Re) Invenção Dos Direitos Humanos (Páginas 1 A 34)
A (Re) Invenção Dos Direitos Humanos (Páginas 1 A 34)
FLORES (2009)
O livro, prefaciado por Flávia Piovesan, trata da reinvenção dos DH’s sob uma ótica contemporânea
“aberta, diversa e plural”, defendendo os DH’s “como processos institucionais e sociais em prol da abertura e
consolidação de espaços de luta pela dignidade humana” e reiterando que os DH’s não podem ser reduzidos apenas
ao seu aspecto normativo (tanto nacional, quanto internacional), pois muitas vezes as normas são elaboradas para a
afirmação do status quo, em detrimento dos interesses de grupos sociais mais vulneráveis. Em essência, o autor
defende que os DH’s não podem ser vistos como ideais abstratos, delimitados pelo formalismo jurídico, mas sim
como a firmação de lutas emancipatórias do ser humano em busca da garantia da própria dignidade.
O capítulo 1 então se inicia com uma contextualização histórica e uma contundente crítica ao capitalismo e
à suposta lógica liberal, através da qual os DH’s passaram a ser vistos como “custos sociais” pelos detentores do
poder econômico. A seguir, trata de definir um caminho para a superação da concepção abstrata dos DH’s,
exemplificada na própria Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, a partir de três níveis:
Por fim, num parágrafo que resume a essência do texto: “(...) para nós, o conteúdo básico dos DH’s não é o direito
a ter direitos (...). Para nós, o conteúdo básico dos DH’s será o conjunto de lutas pela dignidade, cujos resultados
(...) deverão ser garantidos por normas jurídicas, por políticas públicas e por uma economia aberta às exigências da
dignidade.”.