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Blog criado para ser mais um mecanisno de debates a cerca dos temas tratados pelas ciências
sociais tanto na área de política, antropologia e sociologia. Como também colocar incertezas e
tantas outras coisas que constituem o universo social e reflexões do meu dia .
3. Perspectiva Teórica:
Ruth Benedict está associada a escola americana de antropologia ,seguindo uma
linha de pesquisa baseada na escola “cultura e personalidade” e no relativismo cultural.
Assim o que a autora procura analisar em sua obra “Padrões de Cultura”, é como as
distintas culturas foram determinantes para o regulamento da personalidade dos
indivíduos que estão inseridos nela.
O que deve essencialmente ser entendido, é o papel que o costume desempenha
sobre a vida dos indivíduos que estão inseridos e compõe uma determinada cultura. Neste
sentido cabe verdadeiramente conhecer como este “problema social” [1], definido por
Benedict como tal, sobre costume, desempenha na conduta e formação do individuo, e se
torna um problema sem validade se não puder ser compreendido em sua totalidade.
Para tanto o método proposto pela autora, é o de agrupar o material que se torna
significativo para o estudo, e registrar todos os possíveis caminhos que eles podem
percorrer e suas variantes, tendo como objeto analítico as sociedades primitivas, que como
afirma Ruth Benedict, são importantes, porque ajudam e fornecem respostas especificas de
tipos culturais locais em oposição as mais gerais da humanidade, e também avaliar o papel
do comportamento cultural. Tomando o todo como necessário para se compreender as
diversidades culturais.
Padrões de Cultura de Ruth Benedict é uma obra que mantem seu lugar
de destaque dentro da antropologia social, por ter sido um estudo que
inaugurou, de certa forma, um novo método de analise sobre cultura,
influenciada pelo seu professor e orientador Franz Boas. Ao pontuar que se
deveria deixar de lado todo o processo de construção de analise através do
método comparativo e evolucionista, de entender as sociedades primitivas,
Ruth Benedict enfatiza que estes antropólogos tornavam sempre a entender os
aspectos da cultura através de uma sequencia evolutiva para explicar as mais
variadas diferenciações, quando na verdade, segundo ela, o que torna as
culturas particulares, e diferentes uma das outras, é o como são feitas as
escolhas de certos segmentos nas instituições culturais pelo grupo.
O que Ruth Benedict tenta argumentar é que os indivíduos são
regrados, dentro de uma determinada cultura, pelas normas e costumes, sem
as quais não teria sentido viver, o homem não poderia funcionar sem que
estivesse sendo conduzido pelas formas tradicionais que se fazem presentes
em sua sociedade. Neste ponto cabe uma intervenção, pelo que se entende o
que a autora tá propondo e verificando, é que a personalidade do individuo
ela é formada pelas normas e valores que são transmitidos pelos padrões
culturais, cujo individuo não tem outro caminho a seguir, há não ser este que
já se faz presente antes mesmo do seu nascimento, o individuo não é dotado
de vontades próprias, como ela coloca nessa passagem: “Ninguém pode
participar completamente em qualquer cultura se não tiver sido criado dentro
de suas formas e vivido de acordo com elas; mas todos podem conceder que
outras culturas têm, para os seus participantes, o mesmo significado que se
reconhece na sua própria. (BENEDICT, 2000, p.49).
Outro ponto que merece ser analisado é o fato, de tratar a cultura e suas
implicações como um fato social total, em várias passagens do livro, a autora,
coloca que é mais interessante para a pesquisa antropológica, e muito mais
eficaz, analisar a cultura através do seu conjunto, de sua totalidade, se torna
muito mais convincente. “O todo determina as suas partes, e não só a sua
relação, mas também a sua verdadeira natureza”. (BENEDICT, 2000, p.65),
como também demonstra em outra passagem, essa defesa insistente em uma
analise mais total dos fatos. “As representações do todo são, assim, para o
estudioso muito mais convincentes”. (BENEDICT, 2000, p. 253)
O que é passivo de critica esta justamente, na implicação de na
antropologia querer estudar e analisar todo e qualquer fato social em sua
totalidade, o que não se tem na atualidade não mais tentado fazer, o que é
interessante para os antropólogos e de certa forma também, para os cientistas
sociais, é tentar entender e explicar o nosso objeto de analise através de uma
visão micro e que possa dar conta de fazer entender e chegar o mais próximo
possível da realidade investigada. Desse ponto de vista, ao contrario do que
se propõe Ruth Benedict, o pesquisador esta correndo mais risco de cair em
contradição, do que estudando as partes que compõe o todo, é claro sempre
pautado e respaldado pelo contexto em que o objeto esta inserido.
No mais a obra fornece uma um argumento teórico que deve ser dado
seu devido valor, pois permitiu romper com a forma evolucionista de
compreender as culturas. É uma obra que deve ser lida, entendida e
amplamente discutida sim no curso obrigatório de antropologia, pelo seu
caráter inovador e provocante de perceber e ver o campo da cultura.
Um comentário:
eu e as ciências sociais
Igor Luiz
Aracaju/Maceió/ PÃO DE AÇÚCAR!!!!!!!!!, Alagoas/ Sergipe, Brazil
Nascido na cidade de Pão de Açúcar no dia 26 de fevereiro de 1985, filho de uma professora e de
um barqueiro. Hoje sou Graduado em Ciências Sociais Bacharelado pela Universidade Federal de
Alagoas,com formação especifica em Ciência Política e Antropologia, campos de atuação que
amo. Mestrando em Antropologia Social pela Universidade Federal de Sergipe. Sou profundamento
apaixonado pela minha terra natal e sempre que tenho a oportunidade de divulga-la faço com o maior prazer,
pois acredito que essa terra tem o poder de seduzir e deixar qualquer um encantado tanto por sua exuberante
beleza, como pela encantadoras pessoas que lá vivem... Sou amante, sou poeta preocupado com a liberdade e
com a vida do planta...
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