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INTRODUÇÃO
CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA:
Constata-se, entre nós, os fenômenos da informalidade, dos erros e das fraude, .isto é,
as pessoas físicas e jurídicas, proprietárias de patrimônios sem passarem pelo crivo do controle
do CPF, CNPJ, DIRPF, DIRPJ e da CONTABILIDADE, regulares. Estas pessoas têm seus
patrimônios indefesos, pois diante do ordenamento pátrio, diante dos princípios contábeis,
diante das normas brasileiras de contabilidade, diante dos controles acima citados, estes
patrimônios não existem, isto é, para a sociedade de Caruaru e ou Brasileira, estes patrimônios
são de ninguém. Busca-se ter um estudo de cunho qualitativo, pois é fácil entender que assim
não se tem como viver em sociedade, muito menos numa sociedade igualitária, não se entende o
econômico sem o social, acredita-se ser princípio da convivência humana. Assim sendo, busca-
se responder a seguinte indagação: que utilidades têm a auditoria e a perícia na defesa do
patrimônio das pessoas físicas e ou jurídicas em Caruaru?
Identifica-se que os fenômenos da informalidade, dos eixos e das fraudes levam as
pessoas à não terem os benefícios sociais; estes muitas vezes representam, economicamente, a
sobrevivência de muitos brasileiros e também, acredita-se acarretar desajustes na distribuição
do patrimônio entre as pessoas físicas e jurídicas do Brasil surgindo bolsões de pobrezas, como
a que se nota em 1% dos brasileiros serem detentores de mais de 47% dos três trilhões do nosso
PNB-Produto Nacional Bruto(Ministério da Fazenda). Acredita-se que o uso da auditoria e da
perícia em defesa deste patrimônio cria condições ás pessoas físicas e jurídicas para que o
fenômeno da informalidade deixe de existir e ou pelo menos tenha uma repercussão menor nos
desajustes patrimoniais deste país, de Caruaru, e que os erros e as fraudes sejam combatidos em
todos os vieses possíveis.
Por estarmos trabalhando no contexto da auditoria e da perícia, defensoras dos
usuários do patrimônio, por estarmos, no contexto geográfico, no município de Caruaru,
sabedores dos eixos, fraudes e uma abrangente informalidade, aqui existentes, alertamos aos
nossos cararuenses, que a auditoria e a perícia são almas gêmeas e fazem a real defesa do
patrimônio, quando da prevenção e do combate aos eixos, ás fraudes e á informalidade, males
que trazem prejuízos, inclusive chegando a levar o proprietário do patrimônio, á falência, a
perca de todos os seus bens, direitos e obrigações. Quantos empresários de Caruaru temos
encontrado, após vários anos de luta, aposentados com uma renda de um salário mínimo e sem
uma casa para morar!
Identifica-se, também, em Caruaru, na seara do poder judiciário, mais precisamente
nas dez varas pesquisadas através do artigo aqui incluído, a morosidade da justiça e alguns
aspectos que poderão ser melhorados quanto ás relações peritos e magistrados e as partes
envolvidas nas lides em nosso município.
Vislumbramos, em Caruaru, que alguns proprietários de patrimônio, sejam pessoas físicas e ou
pessoas jurídicas, pesquisa empírica feita através do Plantão Fiscal da Delegacia da Receita
Federal do Brasil, por 25 anos de atendimento ao público interno e externo, atendendo consultas
sobre a origem, o uso e o destino do patrimônio, em um percentual bastante elevado, procuram
mentir: dizer, afirmar ser verdadeiro (aquilo que se sabe falso); dar informação falsa (a alguém)
a fim de induzir ao erro; não corresponder a (aquilo que se espera); falhar, faltar, errar; causar
ilusão a; dissimular a verdade; enganar, iludir; não revelar; esconder, ocultar; faltar a (um dever,
um compromisso); perder ou ter alteradas as qualidades e ou quantidades; deixar de ser legítimo
ou verdadeiro; degenerar-se, adulterar-se; sobre o patrimônio, isto é, dizer, afirmar, como
verdadeiro, aquilo que sabemos não ser, pois não atende aos princípios contábeis e á lei, não
passam pelo crivo dos controles aqui explicitados.
OBJETIVOS
Objetivo geral:
Objetivos específicos:
CONHECIMENTO POPULAR
Superficial - conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar
simplesmente estando junto das coisas.
Sensitivo - referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária.
Subjetivo - é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos.
Assistemático - a organização da experiência não visa a uma sistematização das
idéias, nem da forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las.
Acrílico - verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não se
manifesta sempre de uma forma crítica.
CONHECIMENTO FILOSÓFICO
Valorativo - seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser
submetidas à observação. As hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência e não na
experimentação.
Não verificável - os enunciados das hipóteses filosóficas não podem ser confirmados
nem refutados.
Racional - consiste num conjunto de enunciados logicamente correlacionados.
Sistemático - suas hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente da
realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade.
Infalível e exato - suas hipóteses e postulados não são submetidos ao decisivo teste da
observação, experimentação.
A filosofia encontra-se sempre à procura do que é mais geral, interessando-se pela formulação
de uma concepção unificada e unificante do universo. Para tanto, procura responder às grandes
indagações do espírito humano, buscando até leis mais universais que englobem e harmonizem
as conclusões da ciência.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Real, factual - lida com ocorrências, fatos, isto é, toda forma de existência que se
manifesta de algum modo.
Contingente - suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade
conhecida através da experimentação e não pela razão, como ocorre no conhecimento
filosófico.
Sistemático - saber ordenado logicamente, formando um sistema de idéias (teoria) e
não conhecimentos dispersos e desconexos.
Verificável - as hipóteses que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito
da ciência.
Falível - em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final.
Aproximadamente exato - novas proposições e o desenvolvimento de novas técnicas
podem reformular o acervo de teoria existente.
MÉTODOS CIENTÍFICOS
Todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos; em
contrapartida, nem todos os ramos de estudo que empregam estes métodos são ciências. Dessas
afirmações podemos concluir que a utilização de métodos científicos não é da alçada exclusiva
da ciência, mas não há ciência sem o emprego de métodos científicos.
Conceitos de método
Caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que esse caminho não
tenha sido fixado de antemão de modo refletido e deliberado.
Forma de selecionar técnicas e avaliar alternativas para ação científica.
"Ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim
dado".(Jolivet, 1979).
CPF
CPF, um dos crivos do patrimônio. Cadastro das Pessoas Físicas. As pessoas físicas,
enquanto detentoras de algum patrimônio(bens, direitos e obrigações) são obrigadas a ter CPF
regular, isto é, obedecendo á legislação pátria e aos princípios contábeis.
Somos 190.000.000 de habitantes, aqui em Cantam somos 300.000, todos, conforme a lei,
temos o dever de ter o CPF regular. Para praticarmos os seguintes atos, necessários e
obrigatórios se faz ter o CPF- Cadastro de Pessoa Física. Eis alguns atos: entregarmos a DIRPF-
Declaração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza; fazermos inventários,
cônjuges ou conviventes, sucessores a qualquer título ou representantes do de cujus que tenham
a obrigação de apresentar a DIRPF em nome do espólio.; cujos rendimentos estejam sujeitos á
retenção do 1RRF- Imposto de Renda Retido na Fonte, ou que estejam obrigadas ao pagamento
desse tributo; profissionais liberais, assim entendidos, aqueles que exerçam, sem vínculo de
emprego, atividades que ficam sujeitos a registro em órgão de fiscalização, e mesmo os
informais, que não têm registros alguns e são obrigados a ter o CPF regular; os locadores de
imóveis em participações imobiliárias, inclusive na constituição de garantia real sobre imóvel;
as pessoas obrigadas a reter o IRRF; os titulares de contas bancárias, de contas de poupança e
quaisquer aplicações financeiras; as pessoas que operam em Bolsas de Valores, de Mercadorias
e de futuro; as pessoas inscritas como contribuinte individual ou requerentes de benefícios de
quaisquer espécies junto ao INSS- Instituto Nacional de Seguro Social; as pessoas residentes no
exterior que possua patrimônio no Brasil, entre outros.
Enfim, todos os 190.000.000 de brasileiros e os estrangeiros que tenham patrimônio
aqui terão que ter o CPF regular. A essa altura, todos dirão: é melhor dizer que todos são
obrigados a ter o CPF regular. Mas já ouvi algumas pessoas dizerem: para que ter CPF? Posso
viver em paz sem este registro! Acreditamos que ninguém pode viver sem o CPF regular, tendo
patrimônio terá que este passar pelo crivo daquele, pois os nossos irmãos favelados, que
chegam a ser um quantitativo de mais de 20.000.000, terão que receber algo para sobreviver,
terão que ter o CPF regular. São seres humanos iguais a nós, eles têm patrimônio, embora
mínimo, não importa o valor e muito menos o quantidade, o que importa é o patrimônio! A essa
altura, tenho a perguntar ao prezado leitor: tenho como fazer a contabilidade, controlar o
patrimônio, dizer de quem é, como, quando e porque poderá ser usado, a sua origem, seu uso e
seu destino, como deverá ser dividido, compartilhado, sem o nosso "controle" do CPF regular?
Sei que para muitos estou dizendo o óbvio, o que me resta é chamar a atenção a todos de que
este é o caminho, não podemos atingir a ética sem passarmos por esta via, somos sociais, somos
cristãos, somos cidadãos temos direitos e obrigações, sem o CPF regular não podemos atingir
nossos objetivos, no contexto da origem, do uso e do destino do PATRIMÔNIO.
CPF pendente ou inscrição suspensa:
O CPF pendente ou suspenso, pode ser regularizado por telefone da RECEITAFONE
(Brasil), apenas para quem está fora do Brasil, ligando de outros países, como o Japão,
diretamente para a Secretaria da Receita Federal do Brasil pelo telefone abaixo, tendo antes nas
mãos, os números do seu Título de Eleitor, seu CPF, seu RG, e o endereço completo (com CEP)
e o telefone, onde será entregue a sua mudança no Brasil, porque é melhor atualizar também o
seu endereço. Assim, a regularização do CPF será simples e imediato.
Importante: Verifique com muita atenção, se você era sócio ou dono de alguma
organização com fins lucrativos, ou dirigente de alguma entidade ou associação, então o
seu CPF pode estar ligado ao CNPJ dessa firma ou entidade. Têm pessoas que nem
sabiam que estavam com seu CPF ligado a algum CNPJ. Neste caso, é mais complicado,
porque só poderá regularizar o seu CPF após regularizar toda situação dessa firma ou
entidade com a Receita Federal do Brasil (declarações, balanços, débitos, juros de
débitos, parcelamentos, baixa, etc.). Sem o seu CPF regular, assim como também de todos
os outros documentos exigidos, não será possível a liberação aduaneira de sua mudança
no porto do Brasil, no aeroporto, na fronteira do Brasil, você não pode sair do país.
Você pode fazer essa ligação do Japão para Receita fone, que é melhor. Se preferir,
faça a regularização do CPF, logo que voltar ao Brasil, urgentemente no Banco do Brasil, na
CEF-Caixa Econômica Federal e ou nos Correios, o Ministério da Fazenda faz convênio com
as três organizações.
ATENÇÃO: No ano de Eleições, quem ainda não tem Título de Eleitor fica proibido tirar este
Título, desde início de maio até o final das Eleições desses anos, e sem esse Título, o seu CPF
ficará pendente ou suspenso, e não poderá regularizar o CPF, nem fazer nada que necessitar F F
regular (por exemplo, não poderá fazer mudança internacional, nem movimentar conta
bancária).
CNPJ
CNPJ- Outro crivo pelo qual o patrimônio deverá passar. A Receita Federal do Brasil
(RFB) estabeleceu novos procedimentos relativos ao Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
(CNPJ). Convênios entre a Receita Federal do Brasil, DF-Distrito Federal, Estados e
Municípios podem/devem agilizar bastante o processo de abertura, alteração e encerramento das
organizações. Por outro lado, a fiscalização das empresas será muito mais rígida daqui para
frente. Portanto, não deixe de cumprir as exigências fiscais previstas nas leis, e, principalmente,
não deixem de fazer a contabilidade, mesmo das organizações tidas como inativas. As pessoas
jurídicas, sejam públicas e ou privadas e estas sejam com ou sem fins lucrativos devem ter sua
contabilidade atualizada, seja a contabilidade pública e ou privada, com livro caixa, livro razão,
livro diário, demonstrações contábeis e todos os demais relatórios e pareceres possíveis, dentro
do ordenamento jurídico e em sintonia com os princípios, postulados e convenções contábeis.
Vem aí o SPED, a tecnologia em prol do desenvolvimento; juntamente a nota fiscal eletrônica
será uma verdadeira revolução da contabilidade junto á sociedade.
Segundo o MF-Ministério da Fazenda temos 20.000.000 de células sociais,
organizações sociais, entidades, destas 8.000.000 estão na informalidade, sem o CNPJ- Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica, regular. Em Caruaru temos 20.000 organizações, destas temos
8.000 sem o CNPJ REGULAR. Como vivemos em sociedade, como temos os setores público e
privado, como temos direitos e obrigações através do CNPJ, como somos democratas, como
somos justos, pois não queremos possuir bens sem a devida prova de sua origem, como somos
éticos, como somos cristãos, como somos cidadãos e sabemos dos nossos direitos e nossas
obrigações, existem estas células geradoras dos meios econômicos e sociais para uma qualidade
de vida a mais plausível possível, para nós caruaruenses e assim, temos que ter o CNPJ regular.
CONVÊNIOS
A medida possibilita à RFB celebrar convênios com o DF, os Estados e Municípios
objetivando:
a) O intercâmbio de informações cadastrais;
b) A integração dos respectivos cadastros; e
c) A prática de atos cadastrais perante o CNPJ.
Na hipótese de celebração do convênio, as empresas poderão ser dispensadas de
apresentar os documentos arquivados nos referidos órgãos, o que certamente facilitará o
processo de abertura, alteração e encerramento das empresas. Para tanto, o Distrito Federal.
Estados e Municípios deverão adequar a legislação, estrutura de comunicação, local e pessoal
para atendimento ao público.
DOS ATOS PRATICADOS PERANTE O CNPJ Constituem atos a serem praticados
perante o CNPJ:
I- inscrição;
II - alteração de dados cadastrais;
III - alteração de situação cadastral;
IV - baixa de inscrição;
V - restabelecimento de inscrição; e
VI - invalidação de atos perante o CNPJ.
DAALTERAÇÃO DE OFÍCIO
A alteração de dados cadastrais poderá ser realizada de oficio pelo titular da unidade
da RFB cadastradora, inclusive em relação à opção ou exclusão do Simples, à vista de
documentos comprobatórios ou mediante comunicação efetuada por órgão convenente.
CONTABILIDADE
CONTABLIDADE- A ciência que tem o patrimônio como objeto de trabalho;
A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios
de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era
exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade.
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das
variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram.
ias de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilonia
já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios
efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.
A medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-
lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais
informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros.
Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que
pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.
Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de
controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta
coisa administrada.
E importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras,
vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados
como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo ( pena de
escrever no Egito antigo ), facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre
negócios.
A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se
refina. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa
classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e
diversões.
No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos
locais e pela igreja. Mas c somente na Itália que surge o termo Contabilitá. Podemos resumir a
evolução da ciência contábil da seguinte forma:
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até
1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas
Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito
e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para
inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.
PERÍODO ANTIGO
A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o
Patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos.
Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do homem.
Como este é um ser pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de processar
os seus registros, utilizando gravações e outros métodos alternativos.
O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado para
o controle dos bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais, escravos,
etc. A palavra "Conta" designa o agrupamento de itens da mesma espécie.
As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o
homem registrava os seus primeiros desenhos e gravações.
Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários
séculos.
Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças
de argila, retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam
aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente convexas.
Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal
cuja existência se queria controlar e o numero correspondente às cabeças existentes.
Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se processa.
O nome da conta, "Matrizes", por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto o aspecto
numérico se tomou mais qualificado, com o acréscimo do valor monetário ao quantitativo. Esta
evolução permitiu que, paralelamente à "Aplicação", se pudesse demonstrar, também, a sua
"Origem".
Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro
Gênesis, encontram-se, em escavações, importantes documentos contábeis: tabela de escrita
cuneiforme, onde estão registradas contas referentes á mão-de-obra e materiais, ou seja. Custos
Diretos. Isto significa que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já considerava fundamental
apurar os seus custos.
O Sistema Contábil é dinâmico e evoluiu com a duplicação de documentos e "Selos de
Sigilo". Os registros se tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em papiros ou
tábuas, no final de determinados períodos. Sofreram nova sintetização, agrupando-se vários
períodos, o que lembra o diário, o balancete mensal e o balanço anual.
PERÍODO MEDIEVAL
Em Itália, em 1202, foi publicado o livro "LiberAbaci", de Leonardo Pisano.
Estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc,
tomando o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros.
Se os sumérios-babilônios plantaram a semente da Contabilidade e os egípcios :
regaram, foram os italianos que fizeram o cultivo e a colheita.
Foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da
Contabilidade, denominado a "Era Técnica" , devido às grandes invenções, como moinho de
vento, aperfeiçoamento da bússola, etc, que abriram novos horizontes aos navegadores, comi
Marco Pólo e outros.
A indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema dj
mineração e metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos
surgindo, como conseqüência das necessidades da época, o livro caixa, que recebia registros dd
recebimentos e pagamentos em dinheiro. .Tá se utilizavam, de forma rudimentar, o débito e
crédito, oriundos das relações entre direitos e obrigações, e referindo-se, inicialmente, a pessoas.
O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a conseqüência natural
das necessidades geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII c XIII. O processo dl
produção na sociedade capitalista gerou a acumulação de capital, alterando-se as relações ri;
trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao trabalho assalariado, tomando os registros mais
complexos. No século X, apareceram as primeiras corporações na Itália, transformando e
fortalecendo a sociedade burguesa.
No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta "Capital", representará o
valor dos recursos injetados nas companhias pela família proprietária.
O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa
precisar em que região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que
tornasse mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de
Custos.
No início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custa comerciais
e industriais, nas suas diversas fases: custo de aquisição; custo de transporte e dos tributos; juros
sobre o capital, referente ao período transcorrido entre a aquisição, o transporte e o
beneficiamento; mão-de-obra direta agregada; armazenamento; tingimento, etc, o que
representava uma apropriação bastante analítica para época. A escrita já se fazia nos moldes de
hoje, considerando, em separado, gastos com matérias-primas, mão-de-obra direta a ser
agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos eram contabilizados por fases
separadamente, até que
fossem transferidos ao exercício industrial.
PERÍODO MODERNO
O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos
importantes que ocorreram neste período:
em 1493, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios
bizantinos emigrassem, principalmente para Itália;
em 1492, é descoberta a América e, em 1 500, o Brasil, o que representava um enorme
potencial de riquezas para alguns países europeus;
em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa emigram
para as américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.
A contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das . as que o
Novo Mundo representava.
A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de
italianos do séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos
determinaram o desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os interesses
dos credores e investidores e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em
suas relações com os consumidores e os empregados.
O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, .
Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade.
PERÍODO CIENTÍFICO
O Período Científico apresenta, nos seus primórdios. dois grandes autores
consagrados: Francesco Vilia, escritor milanês, contabilista público, que. com sua obra "La
Conlabilità Applicalta alie administrazioni Private e Plubbliche", inicia a nova fase: e Fábio
Bota. escritor veneziano.
Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento
contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa. foi a Escola Lombarda; a segunda, a Escola
Toscana. chefiada por Gitisepe Cerboni: c a terceira, a Escola Veneziana, por Fábio Besta.
Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse
inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da
Administração, e o patrimônio se definia corno um direito, segundo postulados jurídicos.
Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A Contabilidade
começou a ser lecionada com a aula de comercio da corte em 1 809.
A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre
Contabilidade, promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda terra natal
do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de Professor Universitário.
Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os
quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para ele,
a Contabilidade implicava conhecei- » natureza, os detalhes, as normas, as leis e as praticas que
regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento patrimonialista.
Foi o inicio da fase científica da Contabilidade.
Fábio Besta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre ern seus ensinamentos.
Demonstrou o elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto de definir
patrimônio como objeto da Contabilidade.
Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Besta, quem pela primeira vez, em 1923, definiu
patrimônio como objeto da Contabilidade. O enquadramento da Contabilidade como elemento
fundamental da equação aziendalista, teve, sobretudo, o mérito incontestável de chamar atenção
para o fato de que a Contabilidade é muno mais do que mero registro: c uni instrumento básico
de gestão.
Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações
práticas, sem pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas c o uso exagerado das
partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade necessária, principalmente,
na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em demonstrar que a Contabilidade era
uma ciência ao invés de dar vazão à pesquisa séria de campo e de grupo.
A partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de predominância norte-
americana dentro da Contabilidade.
ESCOLA NORTE-AMERICANA
Enquanto declinavam as escolas européias, floresciam as escolas norte-americanas com suas
teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma ampla estrutura r mica e
política, mas também pela pesquisa e trabalho sério dos órgãos associativos. O surgimento
do .American Institut of Certield Public Accountants foi de extrema importância no
desenvolvimento da Contabilidade e dos princípios contábeis: várias associações
empreenderam muitos esforços e grandes somas em pesquisas nos Estados Unidos. Havia uma
total integração entre acadêmicos e os já profissionais da Contabilidade, o que não ocorreu com
as escolas Européias, onde as universidades foram decrescendo em nível, em importância.
A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por . .-pio, que
requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do estabelecimento das
teorias c práticas contábeis, que permitissem carreta interpretação das "nações, por qualquer
acionista ou outro interessado, cm qualquer parte do mundo.
Nos inícios do século atual, com o surgimento das gigantescas corporações, aliado formidável
desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de desenvolvimento que os
Estados Unidos da América experimentou e ainda experimenta, constistitui um campo fértil
para o avanço das teorias e práticas contábeis. Não é por acaso que atualmente o mundo possui
inúmeras obras contábeis de origem norte-americanas que tem reflexos diretos nos países de
economia.
NO BRASIL
No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo -
devido ao aumento dos gastos públicos e também-da renda nos Estados - um melhor aparato
fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Regio ou o Tesouro Nacional e Público, mamente com
o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um
inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição
e administração financeira e fiscal.
Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal, tonando-
se num mercado de economia complexa, vital para empresas informações mais precisas
possíveis para tomada de decisões e para atrair investidores. O profissional vem ganhando
destaque no mercado em Auditoria, Controladoria e Atuarial.
São áreas de analise contábil e operacional da empresa, e para atuários, um profissional
raro, há a especialização em estimativas e analises: o mercado para este cresce em virtude de
planos de previdência privada.
E tudo isso, para que o usuário possa planejar suas próprias operações, os requisitos referidos
levam à conclusão de que deve haver consistência nos procedimentos que utiliza em diferentes
períodos e, tanto quanto possível, também entre Entidades as quem pertençam a um mesmo
mercado, de forma que o usuário possa extrair tendências te à vida de uma Entidade e à sua
posição em face das demais Entidades ou mesmo do mercado como um todo. Tal desiderato é
extremamente incentivado pelo sistema formal de normas, cuja coerência estrutural é garantida
pela observância dos Princípios Fundamentais de contabilidade, estabelecendo-se, pois, o
necessário elo de ligação entre a Ciência da contabilidade e seus ordenamentos aplicados.
Evidentemente o preceito em análise, conhecido
por consistência, não constitui princípio da Contabilidade, mas regra técnico-comportamental.
Tanto isso é verdade que procedimentos aplicados, mesmo fixados como norma, podem ser
alterados em função das necessidades dos usuários ou mesmo da qualidade dos resultados da
sua aplicação, enquanto que os princípios que os fundamentam permanecem inalterados.
Resolução CFC 838/1999- aprova a NBC T 10- dos aspectos contábeis específicos e
entidades diversas, o item; NBCT 10.18- entidades sindicais e associações de classe;
Resolução CFC 839/1999- aprova a NBC T 11 IT -04- transações e eventos subsequentes;
Resolução CFC 846/1999- dispõe sobre a alteração do item 4.2.6.4 da NBC T 4- da
avaliação patrimonial, aprovada pela resolução CFC 732 de 22 de outubro de 1992;
Resolução CFC 847/1999- altera a redação da NBC T 3- conceito, conteúdo, estrutura e
nomenclatura das demonstrações contábeis e dá outras providências;
Resolução CFC 848/1999- altera a redação do item 2.1.2.1 da NBC T 2.1 das
formalidades da escrituração contábil;
Resolução CFC 851/1999-aprova a NBC P 1 IT01 regulamentação do item 1.9 da NBC P
1 - normas profissionais de auditor independente;
Resolução CFC 852/1999- altera a redação do item 10.18.1.2 da NBC T 10.18- entidades
sindicais e associações de classe;
Resolução CFC 857/1999-reformula a NBC P2-normas profissionais do perito;
Resolução CFC 858/1999- reformula a NBC T 13- da perícia contábil;
Resolução CFC 871 /2000- institui a declaração de habilitação profissional- DHP;
Resolução CFC 872/2000- dispõe sobre a declaração comprobatória de percepção de
rendimentos-DECORE;
Resolução CFC 875/2000- dispõe sobre a redenominação da NBC T 5- da correção
monetária para a NBC T 5-da atualização monetária , na Resolução CFC n.° 751/93, que
dispõe sobre as Normas Brasileiras de Contabilidade;
Resolução CFC 876/2000- aprova a NBC T 10- dos aspectos contábeis específicos e
entidades diversas, item NBC T 10.9; entidades financeiras;
Resolução CFC 877/2000- aprova a NBC T 10- dos aspectos contábeis específicos em
entidades diversas, item NBC T 10.19 Entidades sem finalidade de lucros;
Resolução CFC 900/2001 -princípio da atualização monetária;
Resolução CFC 909/2001 - aprova a NBC T 10- dos aspectos Contábeis Específicos em
entidades diversas, Item NBCT 10.14-Entidades Agropecuárias;
Resolução CFC 910/2001- aprova a NBC T 14- revisão externa de qualidade pela
resolução CFC 1008/2004;
Resolução CFC 913/2001- aprova a NBC T 10- dos aspectos Contábeis Específicos em
entidades Diversas, Item NBCT 10.3 Consórcio de Vendas;
Resolução CFC 914/2001- aprova a NBC T 11- IT 06 - Supervisão e Controle de
qualidade;
Resolução CFC 920/2001-aprova a NBC TIO - Dos Aspectos Contábeis Específicos em
entidades Diversas Item NBCT 10.8 Entidades Cooperativas;
Resolução CFC 921/2001- Aprova a NBC T 10 - Dos Aspectos Contábeis específicos em
Entidades Diversas, Item NBC T 10.2 Arrendamento Mercantil;
Resolução CFC 1028/2005 - Altera a resolução CFC 751/1993, que dispõe sobre as
Brasileiras de Contabilidade;
Resolução CFC 1029/2005- - Aprova a NBC T 11.12 - Processamento Eletrônico de
dados;
Resolução CFC 1030/2005- - Altera a Resolução CFC nº 971/03 que dispõe sobre as
eleições diretas dos Conselhos Regionais de Contabilidade;
Resolução CFC 1031/2005 - Altera a NBC P 5 - Norma sobre o Exame de reação
Técnica para Registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (revogada ação CFC
1069 de 2006;)
Resolução CFC 1034/2005 - Aprova a NBC P 1.2 Independência;
Resolução CFC 1035/2005- - Aprova a NBC T 11.4- Planejamento da Auditoria
Resolução CFC 1036/2005 - Aprova a NBC T 11.8 Supervisão e Controle de qualidade;
Resolução CFC 1037/2005 - Aprova a NBC T 11.10 Continuidade Normal das
atividades da Entidade;
Resolução CFC 1038/2005 - Aprova a NBC T 11.13 Estimativas Contábeis;
Resolução CFC 1039/2005- - Aprova a NBC T 11.14 Transações com Partes
relacionadas;
Resolução CFF 1040/2005- - Aprova a NBC T 11.16 Transações e Eventos
subseqüentes;
Resolução CFC 1041 /2005- - Aprova a NBC T 13.6 Laudo Pericial Contábil;
Resolução CFC 1042 2005 - Altera a NBC P 1.8 Utilização de Trabalhos de
especialistas;
Resolução CFC 1046/2005 - Altera a resolução CFC 871/00. que dispõe sobre a
declaração de Habilitação Profissional - DHP;
Resolução CFC 1047/2005 - Altera a resolução CFC 872/2000. que dispõe sobre
declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos - DECORE;
Resolução CFC 1049/2005 - Altera a redação da NBC T 3 - Conceito, Conteúdo,
estrutura e Nomenclatura das Demonstrações Contábeis;
Resolução CFC 1050/2005 - Aprova a NBC P 2.3 - Impedimento e Suspeição;
Resolução CFC 1051 /2005 - Aprova a NBC P 2.6 - Responsabilidade e Zelo;
Resolução CFC 1053/2005 - Aprova a NBC T 10.20 - Consórcio de Empresas;
Resolução CFC 1054/2005 - Aprova a NBCT 11.17- Carta de Responsabilidade da
administração:
Resolução CFC 1055/2005 - Cria o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - (CPC);
Resolução CFC 1056/2005 - Aprova a NBC P 2.1 - Competência Profissional c:
Perito;
Resolução CFC 1057/2005 - Aprova a NBC P 2.4 - Honorários do Perito;
Resolução CFC 1060/2005 - Dá nova redação à NBC P 4 - Norma para a Educaçãc
Profissional Continuada;
Resolução CFC 1061 de 2005 - Estabelece o Leiaute Brasileiro de Contabilidade
Digital, geração e armazenamento de informações contábeis em meio digital (revogada pela
resolução CFC 1078 de 2006);
Resolução CFC 1063/2005 - Altera a NBC T 2.8 - Das Formalidades da Escrituração
Contábil em Forma Eletrônica;
Resolução CFC 1066/2005 - Aprova a NBC T 19.7 - Provisões, Passivos.
Contingências Passivas e Contingências Ativas;
Resolução CFC 1067/2005 - Altera a NBC T 19.1
Resolução CFC 1068/2006 - Altera taxas, anuidades e multas aplicáveis;
Resolução CFC 1069/2006 - Dá nova redação à NBC P 5 - Norma sobre o Exame de
Qualificação Técnica para Registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes
(revogada: pela resolução CFC 1077/2006):
Resolução CFC 1073/2006 - Altera a Resolução CFC n° 867/99, que dispõe sobre
registro profissional dos contabilistas.
Resolução CFC 1074/2006 - Dá nova redação à NBC P 4 - Norma para a Educação
Profissional Continuada;
Resolução CFC 1077/2006 - Dá nova redação à NBC P 5 Norma sobre o Exame de
Qualificação Técnica para Registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNA1)
-revogada
Resolução CFC 1078/2006 - Revoga a Resolução CFC n° 1.061 /05, que estabelece í
Leiaute Brasileiro de Contabilidade Digital para fins de escrituração, geração e armazenamento
de informações contábeis em meio digital;
Resolução CFC 1087/2007 - Aprova a NBC T 19.11 - Mudanças nas Práticas
Contábeis, nas Estimativas e Correção de Erros;
Resolução CFC 1088/2007 - Aprova a NBC T 19.12 - Eventos Subseqüentes à Data
das Demonstrações Contábeis;
Resolução CFC 1097/2007 - Dispõe sobre o Registro Profissional dos Contabilistas:
Resolução CFC 1098/2007 - Dispõe sobre o Registro Cadastral das Organizações
Contábeis nos Conselhos Regionais de Contabilidade;
Resolução CFC 1099/2007 - Altera a Resolução CFC n° 902/01. que dispõe sobre a
concessão de isenção do pagamento de anuidade ao Contabilista com idade superior a 70
(setenta) anos;
Resolução CFC 1100/2007 - Aprova a NBC P 1.6 - Sigilo - Auditor Independente;
Resolução CFC 1103/2007 - Cria o Comitê Gestor da Convergência no Brasil
(CGCB);
Resolução CFC 1106/2007 - Determina que as normas Brasileiras de Contabilidade
deverão seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas internacionais;
Resolução CFC 1109/2007 - Dispõe sobre a NBC P 5 para Registro no Cadastro ..ti de
Auditores Independentes (CN Al) do Conselho Federal de Contabilidade (CF'C);
Resolução CFC 1110/2007 - Aprova a NBC 19.10 -redução ao valor recuperável de
Resolução CFC 111 1/2007 - Aprova o Apêndice II da Resolução CFC n°. 750/93sobre
os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Resolução CFC 1115/2007 - Aprova a NBC T 19.13 - escrituração contábil
simplificada- simples nacional.
Resolução CFC 1120/2007 - Aprova a NBC T 7- efeitos das mudanças nas taxas de
cambio e conversão de demonstrações contábeis.
Resolução CFC 1121/2008 - Aprova a NBC T 1- estrutura conceituai para a elaboração
e apresentação das demonstrações contábeis.
RESOLUÇÃO CFC 560 DE 28 DE OUTUBRO DE 1983
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE CONTADOR
Dispõe sobre as PRERROGATIVAS PROFISSIONAIS de que trata o artigo 25 do
decreto-Lei 9295 de 27 de mato de 1946.
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas
contribuições legais e regimentais,
CONSIDERANDO os termos do Decreto - Lei 9.245 de 1 996, que em seu artigo 25
estabelece as atribuições dos profissionais da Contabilidade, e que no 36 declara-o o órgão ao
qual compete decidir, em última instância, as dúvidas suscitadas na interpretação dessas
atribuições;
CONSIDERANDO a necessidade de uma revisão das Resoluções n°s 107-58, 115-e
404-75, visando a sua adequação às necessidades de um mercado de trabalho dinâmico, e ao
saneamento de problemas que se vêm apresentando na aplicação dessas Resoluções:
CONSIDERANDO que a Contabilidade, fundamentando-se em princípios, normas e
regras estabelecidas a partir do conhecimento abstrato e do saber empírico, e não a
partir de leis naturais, classifica-se entre as ciências humanas e, até mais
especificamente, entre as aplicadas, e que a sua condição científica não pode ser
negada, já que é irrelevante a discussão existente em relação a todas as ciências ditas
"humanas", sobre elas são "ciências" no sentido clássico,
“disciplinas cientificas" ou similares:
CONSIDERANDO ser o patrimônio o objeto fundamental da Contabilidade,
afirmação que encontra apoio generalizado entre os autores, chegando alguns a designá-la,
simplesmente, por "ciência do patrimônio, cabe observar que o substantivo "patrimônio" deve
ser entendido em sua acepção mais ampla que abrange todo os aspectos quantitativos e
qualitativos e suas variações, em todos os tipos de entidades, em todos os tipos de pessoas,
físicas ou jurídicas, e que adotado tal posicionamento a Contabilidade apresentar-se á, nos seus
alicerces, como teoria de valor, e que até mesmo algumas denominações que parecem estranhas
para a maioria, como a contabilidade ecológica, encontrarão guarida automática no conceito
adotado;
CONSIDERANDO ter a Contabilidade formas próprias de expressão e se exprime
-través da apreensão, quantificação, registro , relato análise e revisão de fatos e informações
sobre o patrimônio das pessoas e entidades, tanto em termos físicos quanto monetários.
CONSIDERANDO não estar cingida ao passado a Contabilidade, concordando a
maioria dos autores com a existência da contabilidade orçamentária ou, mais amplamente
prospectiva, conclusão importantíssima, por conferir um caráter extraordinariamente dinâmico
a essa ciência;
CONSIDERANDO que a contabilidade visa à guarda de informações e ao
fornecimento de subsídios para a tomada de decisões, além daquele objetivo clássico da guarda
de informações com respeito a determinadas formalidades,
RESOLVE;
PATRIMÔNIO
DIRPF
DIRPJ
Convicto de que o patrimônio das pessoas jurídicas, com e sem fins lucrativos devem
passar pelo crivo da DIRPJ anualmente, e que as organizações de pequeno ou grande
patrimônio não devem deixar de
declarar ao Ministério da Fazenda o seu patrimônio( bens, direitos e obrigações) . a fim de
atender á legislação pátria e aos princípios contábeis, alertamos á sociedade caruaruense que
tenha sua contabilidade atualizada.
Todas as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no País, registradas ou não,
sejam quais forem seus fins e nacionalidade, inclusive as a elas equiparadas, as filiais, sucursais
ou representações, no País, das pessoas jurídicas com sede no exterior, estejam ou não sujeitas
ao pagamento do imposto de renda.
Incluem-se também nesta obrigação: as sociedades em conta de participação, as
administradoras de consórcios para aquisição de bens, as instituições imunes e isentas, as
sociedades cooperativas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como
suas subsidiárias, o representante comercial que exerce atividades por conta própria.
Notas:
Sociedade em conta de participação (SCP):
Compete ao sócio ostensivo a responsabilidade pela apuração dos resultados, apresentação da
declaração e recolhimento do imposto devido pela SCP. O lucro real ou o lucro presumido da
SCP (opção autorizada a partir de 1°.01.200! .confonne IN SRF n°. 31, de 2001,) deve ser
informado na declaração do sócio ostensivo. Liquidação extrajudicial e falência:
As entidades submetidas, aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência (massa falida)
sujeitam-se às mesmas regras de incidência dos tributos e contribuições aplicáveis às pessoas
jurídicas em geral, inclusive no que se refere à obrigatoriedade de apresentação da declaração.
A alteração pela pessoa jurídica da data do término do exercício social ou a apuração dos
resultados em período diferente do determinado pela legislação fiscal pode provocar a não
obrigatoriedade da apresentação da declaração (DIPJ) em algum período?
Não, pois, conforme o disposto na legislação fiscal, Lei nº 7.450. de 1985. art. 16.
para efeito de apuração do imposto de renda das pessoas jurídicas, o período-base (mensal,
trimestral ou anual) deve estar, necessariamente, compreendido no ano-calendário. assim
entendido o período de doze meses contados de janeiro a 3 1 dc dezembro. A apuração dos
resultados será efetuada com observância da legislação vigente à época de ocorrência dos
respectivos fatos geradores.
As instituições de educação e de assistência social (art. 150, inciso VI, alínea "c", da
Constituição Federal) estão sujeita» à retenção do imposto de renda na fonte sobre
suas aplicações financeiras?
Apesar de o § 1" do art. 12 da Lei nº 9.532, de 1997. dispor que "não estão abrangidos
pela imunidade os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações
financeiras de renda fixa ou de renda variável" auferidos por essas instituições, o
Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a vigência desse dispositivo, por meio de
medida liminar deferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 1 802-3 (em
sessão de 27/8/1998).
CARUARU - 2008
NIVALDO MEDEIROS DE AGUIAR
CARUARU, 2008
RESUMO
I - INTRODUÇÃO
III-APESQUISA
3.1 Percepção dos magistrados em relação aos trabalhos dos peritos contábeis: Os resultados
apresentados nos gráficos abaixo estão tabulados com base nas apostas dos questionários
aplicados. As perguntas tiveram a intenção de verificar a opinião dos magistrados em relação
aos trabalhos dos peritos contábeis, em Caruaru. Identificaram-se quesitos básicos em busca de
uma boa qualidade de trabalho.
O trabalho de campo tem como finalidade proporcionar um maior horizonte na área da
Perícia Contábil. Qual a qualidade dos trabalhos produzidos pelos peritos contadores na visão
dos magistrados de Caruaru.
Os resultados da aplicação dos questionários podem sem observados abaixo obedecida à
seqüência das perguntas constantes dos mesmos.
1° Quesito: Através da leitura do laudo consigo entender os fatos controvertidos do
processo que ensejaram o pedido da prova científica e técnica?
Entendimentos dos Fatos Controvertidos.
Vislumbra-se, no resultado dessa tabulação, que vinte por cento (20%) dos
magistrados entrevistados não conseguem entender os fatos controvertidos que ensejaram o
pedido da prova científica e técnica; enquanto que oitenta por cento (80%) conseguiram
entender esses fatos.
O resultado da pesquisa revelou que dez por cento (10%) dos juízes entrevistados
concordam que há utilização de palavras com sentido dúbio ou impreciso nos laudos contábeis
e noventa por cento (90%), discordam.
O resultado da pesquisa revelou que noventa por cento (99%) dos entrevistados concordam que
há no trabalho do perito contábil uma leitura fácil e que é um vies de agilização processual de
dez por cento (10%) discordam.
4º quesito: os trabalhos periciais costumam possuir uma boa estética?
Perícia contábil com regularidade. 60% sim e 40 % não. entre os entrevistados. Um dos
entrevistados já fez quatro perícias num só mês, porém, a média para o feito é de um processo
para 60 dias. 2a PERGUNTA: Você tem outra fonte de renda?
Outra fonte de renda.
Os cincos peritos contábeis de Caruaru alegaram que têm outra fonte de renda.
3a PERGUNTA: Você atua mais freqüentemente como Perito do Juiz ou como
Assistente Técnico?
Atuação do Perito
. Detecta-se que os peritos contábeis em Caruaru, num percentual de 90% atuam junto
ao juízo e 10% como assistentes.
4a PERGUNTA: Qual das duas atividades ( Perito do Juiz ou assistente Técnico) lhe
proporciona maior remuneração?
Maior Remuneração
Na tabulação acima se verifica que 100% dos peritos contábeis em Caruaru encontram
maior remuneração junto ao juízo, isto é, atuando como perito do magistrado.
5º PERGUNTA: Independentemente de ser Perito ou Assistente Técnico, em que esfera
judicial você atua com mais freqüência?
Maior freqüência.
A pesquisa indica que 90% dos peritos contábeis entrevistados têm sua remuneração
em maior expressão diante das varas cíveis, sendo 10%nas varas trabalhistas.
6a PERGUNTA: Qual das esferas judiciais abaixo citadas proporciona melh or
remuneração para o trabalho do Perito?
Pior remuneração
100% dos peritos apontaram a vara trabalhista; esta não faz o depósito antecipado; -
civil e na federal recebemos o principal mais juros c mais correção monetária quando do . na
trabalhista somente o principal mais juros; os magistrados arbitram paços valores e o .:. sem
terem a possibilidade cm conhecer das dificuldades da perícia; o perito pede mais p . faz o
planejamento da perícia e procura convencer o magistrado para o montante dos honorários.
8a PERGUNTA: Você recebe algum adiantamento após receber a nomeação e ou a
contratação das partes?
Adiantamento de Remuneração
Não é comum; tem perito que solicita o adiantamento e demonstra através do
planejamento da perícia o valor a ser adiantado e a tabulação mostrou que 60% recebem
adiantamento e 40% não.
9a PERGUNTA: Quanto tempo depois do laudo entregue você consegue
receber seus honorários?
Em geral de 8 a quinze dias; após determinação do magistrado, temos os recursos em
rico dias, isto acontece também; temos casos de mais de cinco anos, varia e muito nas varas
civil, federal e da fazenda pública, na trabalhista demora mais; a relação entre empregado e
empregador é mais complexa, a parte ganhadora geralmente é a do empregado; e esta é de pacos
recursos e outros aspectos a serem considerados, são considerações feitas pelos peritos
pesquisados.
10a PERGUNTA: Dentre os processos em que você trabalhou, nesses últimos três -. em
quantos, aproximadamente, o valor dos honorários estavam depositados judicialmente?
Depósitos de Honorários
Nas varas cíveis é obrigatório o depósito prévio e na federal também; a não ser que uma das
partes seja o governo (municipal, estadual e ou federal), assim sendo, não haverá depósito
prévio, nos demais casos, sim. Na esfera trabalhista não há o depósito em tela. Na tabulação
acima se detecta que 60% tiveram depósitos prévios e 40% não.
11" PERGUNTA: Quem determina seus honorários: Você ou o juiz?
Normalmente o juiz; a classe dos peritos, através de suas associações, principalmente através da
APJEP- Associação dos Peritos de Pernambuco, luta para tirar este poder do juiz; para 60% dos
peritos o que vale é o consenso.
12a PERGUNTA: Em quais das esferas judiciais há maior incidência de honorários
determinados pelo juiz?
Julgamento de Valor,
Atende consoante norma técnica, para 80% dos entrevistados e para 20% escreve que
quesito é impertinente.
A parte técnica poderá, deverá ser analítica para 100% dos peritos entrevistados e a JI
ilação indica que a maioria age conforme norma técnica para o caso em tela.
a) Se recusa a responder ao quesito?
b) Escreve que o quesito é impertinente? X
c) Explica que o perito não pode apresentar julgamento de valor?
d) Atende consoante norma técnica? X
e) Fica indiferente ao quesito?
16a PERGUNTA: Quanto tempo, em média, você entrega um laudo, em relação á a de
assunção do compromisso?
Até 15 dias? N° %
Del6a30dias?
De31a60dias? 05 100%
De 61 a 90 dias?
Mais de 90 dias?
Total dos peritos entrevistados 05 100%
17ª PERGUNTA: No laudo pericial você sempre coloca uma conclusão sobre o assunto
tratado, ainda que isto não seja solicitado por nenhuma das partes?
n° %
a) Não, porque o perito somente deve responder ao que é solicitado
b) Sim, porque é de responsabilidade do perito
c) Sim, porque facilita a decisão
do magistrado 05 100
d) Sim, porque é a essência da perícia
e) Sim, porque é a síntese do que foi examinado.
Total dos peritos 05 100
Dos cinco peritos pesquisados 100% dizem que sim, porque facilita a decisão do juiz. .
m dos peritos respondeu sim e acrescentou: no contexto de cálculos aritméticos faço estes
conforme as demandas das duas partes, ficando a critério do magistrado a aceitar um ou outro,
conforme sentença, julgamento da lide.O perito não diz qual deve ser usado na sentença, apenas
os cálculos para ambas as partes do processo.
18a PERGUNTA: Você acha que o Perito deve se comprometer com a prova que
apresentou?
Sim, 100%! Até 05 dias antes da audiência, o perito pode ser inquirido para prestar
esclarecimentos ao juízo e não ás partes. Os peritos são taxativos em afirmar de sua
responsabilidade diante do feito. Os peritos alertaram para o fator responsabilidade, pois o
magistrado poderá ser ludibriado e sentenciar mal, todos perdem, principalmente a
sociedade; assim, o perito perderá a vez de outra nomeação para atuar naquela vara e
conforme o caso, há associação dos peritos tem obrigação de fazer as devidas
recomendações e tomadas de posições cabíveis.
19a PERGUNTA: Na sua opinião, qual é o principal problema enfrentado pelo perito
I na execução de sua atividade?
Acesso á documentação.
20) PERGUNTA: Com a constituição da Sucursal da APJEP em Caruaru haverá
algum benefício á classe? Quais?
Sim, resposta dos cinco peritos entrevistados. Trocar conhecimentos, interação entre
os profissionais, perito público e perito privado juntos, referencial local, Caruaru é um pólo
importante econômico e socialmente, imparcialidade das ações periciais, aperfeiçoamento da
classe no viés de Perícia Contábil, relacionamento mais humano entre os peritos da região,
mais opção aos magistrados para suas nomeações, mais esperança para sociedade em termos
de agilização de processo, falta de reconhecimento ao trabalho.
A Perícia, como parte da contabilidade, uma ciência social aplicada, está em constante
transformação para acompanhar as mudanças que ocorrem na sociedade.
Hoje, o avanço tecnológico e a globalização da economia servem como estímulo ao
aperfeiçoamento dessa ciência contábil e, conseqüentemente, da perícia, como ramo de
atividade cessa ciência.
No entanto, a literatura disponível sobre perícia, especialmente sobre o agente ativo da
perícia contábil, ainda é escassa. Mas, de forma um pouco tímida, tem-se obtido alguns
progressos nessa área, como a aprovação, pelo Conselho Federal de Contabilidade, das
Resoluções CFC n.O 858/99 (NBC-T-13 - Normas Técnicas) e 857/99 (NBC-P-2 - Normas
profissionais) que trouxeram avanços substanciais como direcionadores da atividade pericial.
Temos, também, os artigos 420 a 439 do CPC- Código de Processo Cível como fonte
processualística para o profissional perito contador; com as associações de peritos contábeis em
todo Brasil, para nós, em Pernambuco, a APJEP- Associação dos Peritos do Estado de
Pernambuco, da qual teremos uma Sucursal em Caruaru vislumbramos.
Contudo, é preciso intensificar os esforços em prol do aperfeiçoamento do Instituto
Pericial tendo em vista a importância do trabalho do perito. Trabalho este, revestido de
grande responsabilidade social que visa viabilizar um julgamento imparcial e abalizado do
ordenamento decisório e, por conseqüência, da manutenção da justiça.
Como foi visto nas respostas dos peritos consultados, os profissionais não podem
viver somente com os honorários oriundos de perícia contábil, pois a nomeação é errática e
os honorários são, em sua maioria, de valores reduzidos além de demorarem muito para
serem pagos. Realização da perícia e uma demora excessiva, por parte da justiça, para exigir
das partes envolvidas os documentos necessários. Tudo isso ocorre em função da já
conhecida lentidão judicial e do desconhecimento de segmentos importantes da sociedade da
importância e necessidade de trabalho do perito.
4.1 Conclusão
Com base nas fundamentações expostas e os resultados obtidos na pesquisa, concluiu-
se o trabalho respondendo á indagação formulada no início deste estudo: Por que os
magistrados e as partes, não solicitam, normalmente, perícias judiciais?
Caruaru Agosto/2008
Caruaru Agosto//2008
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................
1.1CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA............................................
1.2 OBJETIVOS........................................................................................:
1.2.13 OJETIVO GERAL........................................................................
1.2.2 OBJETIVOSESPECÍFICOS...........................................................
1.3 JUSTIFICATIVA...............................................................................
1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO........................................................
1.5 METODOLOGIA.............................................................................
2. REVISÃO DA LITERATURA............................................................
3. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO....................................................
4. BIBLIOGRAFIA................................................................................
1. INTRODUÇÃO
Caracterização do Problema
Existem trabalhos periciais executados por pessoas não habilitadas legalmente, porém
tais profissionais são nomeados por juiz togado, aquele nomeado em concurso público através
do Tribunal de justiça, em razão de já terem prestados diversos serviços da mesma natureza, e,
apesar de não preencherem os requisitos legais, estão devidamente acobertados pelo disposto
no artigo 421 e seguintes do Digesto Processual Civil, porém, tais procedimentos ..dotados não
os descredenciam a, por falta de maiores conhecimento e melhores técnicas causarem prejuízo a
sociedade como um todo.
1.2-PROBLEMA
1.3 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
Esse estudo será desenvolvido no âmbito do Município de Caruaru- PE, pela facilidade de
acesso às informações, não só bibliográfica, como a documental, sabendo-se que o fator
PERÍCIA CONTÁBIL, pode existir em todas as esferas do poder Judicante.
1.6 METODOLOGIA
O método a ser aplicado para realização do estudo sobre Perícia Contábil será a pesquisa
bibliográfica e documental, tendo como local de pesquisa o os cartórios e secretarias
judiciárias no âmbito da Justiça Estadual no Estado de Pernambuco, mas precisamente na
cidade de Caruaru-PE, discorrendo sobre o volume de ações e a relação de nomeação de
perito contábil envolvido no processo, para ressaltar a importância do profissional.
2. REVISÃO DE LITERATURA
O compromisso moral e ético para com a sociedade e para com sua classe
profissional constitui o principal lastro de sustentação, da realização
profissional. Ressalta-se, também, que ser capaz e estar sempre atualizado e
preparado para o trabalho de boa qualidade, com valor social, está inserido
no contexto moral e ético. (MAGALHÃES. 1995, p. 14).
A Perícia por Arbitragem, pode ser realizada a nível judicial ou extrajudicial e, tem
como objetivo a solução de conflitos relativos a direitos patrimoniais, onde o arbitro é quem
profere a sentença. O arbitro é escolhido pelas partes, deve ser especialista no assunto e de
confiança das partes que o contratou deve ser filiado a Câmara de Arbitragem Correspondente.
Como fonte de proteção ao cidadão e a sociedade, a Perícia Contábil tem agido como
um instrumento que correlata as suas necessidades, objetivos, vantagens, peculiaridades e
qualificação, não só do trabalho pericial em si, mas também no reconhecimento do profissional
em contabilidade e no seu aspecto legal, pois o credencia como uma pessoa competente e
conhecedora da matéria a fim de dirimir dúvidas e solucionar conflitos, retratando fielmente os
fatos como eles devem ser, proporcionando uma credibilidade imensurável junto não só a
sociedade, mas também ao Judiciário, exaltando a profissão e evidenciando a importância dos
relatos contábeis como elementos técnicos e científicos.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Código de Processo Civil. Lei 5.869/73. 19. ed. São Paulo: Saraiva.2004.
MAGALHÃES, Antônio de Deus Farias. Et al. Perícia Contábil Uma abordagem Teórica,
Ética, Legal,processual e Operacional. São Paulo: Atlas, 1995. 169p.
DO ERRO E DA FRAUDE
Fraude: Engano propositado contra alguém; artifício ou manobra ardilosa para iludir.
Abuso de confiança; ação praticada de má-fé. Contrabando, clandestinidade, informalidade.
Falsificação, adulteração. Dicionário Aurélio.
Nos âmbitos das entidades com ou sem fins lucrativos geralmente as fraudes financeiras
ocorrem em conluio (reunião de pessoas com fins específicos para lesar). Atuam objetivamente
em duas vertentes: a primeira para furtar as entidades, confiscando ativos, e a segunda para
roubar a sociedade na sonegação fiscal. Combater as fraudes é, portanto, uma luta do bem
contra o mal. A fraude é o mal.Identificado o problema, a fraude, é recomendável que se busque
suas causas para combatê-las de forma a eliminar o problema. No caso específico das fraudes,
sua origem está na educação ou nos desvios de personalidades. Esses dois fatores causais da
existência de indivíduos e grupos focados em fraudar são de natureza estrutural. O primeiro
deve ser tratado com políticas de Estado. O segundo e não menos complexa é doença,
reconhecida por alguns psicanalistas como incurável.Para combater os efeitos nocivos, causados
pelas fraudes financeiras, as instituições e a sociedade em geral desenvolvem formas de controle
que lhes permite identificar a ocorrência de fraudes e seus autores. O "controle social" tem se
mostrada uma das formas eficientes neste combate. A Constituição Federal, na Seção IX - Da
Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária, estabelece mecanismos que possibilitam
"efetivos controles sobre os atos administrativos de natureza financeira.
As auditorias financeiras foram criadas com o objetivo de avaliar, de forma sistêmica,
a correção na adoção das normas e aplicação dos procedimentos contábeis, desde os registros
contábeis a elaboração do Balanço Patrimonial. Não tem, portanto, as auditorias financeiras
como finalidade à identificação de fraudes. Entretanto, o rastreamento dos atos administrativos
que deram origem aos fatos contábeis - procedimento básico de auditoria -permite aos auditores
identificar indícios ou evidências de fraudes que, por ofício da função de auditor, devem ser
denunciados aos administradores para abertura de procedimentos de auditorias especiais, e ou a
contratação de um perito.
Os indícios ou as evidências de fraudes são objetos das auditorias especiais, com foco
na identificação dos responsáveis e na quantificação financeira dos danos causados pelas
fraudes.As fraudes financeiras, evidenciadas pelas auditorias, mais comuns nas empresas com
fins lucrativos e com reflexos sociais, se dão pela omissão de ganhos (receitas) e provisão de
perdas (despesas) inexistentes. Fraude financeira com características de enriquecimento ilícito e
de sonegação fiscal sobre os ganhos e os resultados.
Nas sociedades anônimas de capital aberto, a forma de fraudar, por vezes, se inverte
com apresentação de ganhos (receitas) não existentes. A finalidade é super avaliar o patrimônio,
com efeito, no valor das ações negociadas em bolsas. Esses procedimentos são detectados por
técnicas de auditoria financeira.
Nas entidades civis, sem fins lucrativos, as evidências de fraudes financeiras mais comuns são
as omissões dos ganhos (receitas) e provisão de perdas (despesas) inexistentes. Esse tipo de
fraude caracteriza enriquecimento ilícito, desvio de conduta e de sonegação fiscal sobre os
ganhos, no que couber.
As fraudes financeiras mais comuns nos órgãos/entidades públicas, e evidenciadas
pelas auditorias, são as referentes aos desvios de conduta dos agentes públicos na execução dos
procedimentos administrativos, em especial aos previstos na Lei 8.666/93, que estabelece
normas gerais sobre licitações e contratos administrativos no âmbito dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Nesse contexto as fraudes financeiras, no âmbito
dos órgãos/entidades públicas, caracterizam prevaricação com enriquecimento ilícito de agentes
públicos em conluio. O favorecimento financeiro se dá em duas formas: suborno - vantagem
concedida aos agentes públicos para favorecer a terceiros nos processos licitatórios e no;
contratos administrativos, roubo - participação nos pagamentos superfaturados.
Não gostaria de dar destaque isolado ao ato de fraudar e suas conseqüências diretas sobre o
indivíduo fraudador e sobre o patrimônio das organizações. As fraudes praticadas na;
organizações públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, produzem efeitos que não s£
encerram na identificação e punição, quando ocorrem, dos responsáveis e na quantificação
física ou financeira do ato praticado. A fraude vai longe, inibe o Estado nas suas políticas
públicas coloca em desprezo o cidadão mais carente, enfraquece a cidadania, mexe com valores
que deveriam ser imutáveis, vicia etc. É um mal a ser combatido. É filhote da CORRUPÇÃO.
Um toque singelo sobre um tema muito próximo ás fraudes, aos erros, í contabilidade,
aos controles CFF, CNPJ, DIRPF e DIRP.I, ao patrimônio:
O Combate à Corrupção à Luz do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana "A pessoa e,
duma maneira geral, todo o ser racional, existe fim em si mesmo, não s< como meio para o uso
arbitrário desta ou daquela vontade". Kant.
Dentre os Princípios Fundamentais listados no art. 1 º da Carta Magna Pátria encontra-
se a consagração constitucional da dignidade da pessoa humana, que resulta n, obrigação do
Estado em garantir à pessoa um patamar mínimo de recursos, capaz de prover-lhe subsistência.
Os Tribunais brasileiros têm usado como fundamento para algumas de suai decisões o princípio
em tela, vale citar decisão do Tribunal Regional Federal - TRF - 4 a Região que concedeu
mandado de segurança para liberar cruzados novos retidos, permitindo que ( impetrante pudesse
utilizar os ativos financeiros de sua propriedade, a fim de conjurar gravi enfermidade que se
abatera em detrimento de sua genitora. Alguns males abatem a sociedade ferindo sobremaneira
a dignidade da população nacional, dentre os quais, destaca-se a corrupção Numa definição
ampla, corrupção significa o uso ilegal, por parte dos governantes e funcionária públicos do
poder político e financeiro, da máquina estatal, com o objetivo de transferir rendi pública de
maneira criminosa para determinados indivíduos ligados por laços de interesse comum e,
também, o uso irregular dos vieses de controle aqui explicitados, a fim de ter < patrimônio, sem
observar os ditames da Lei e os princípios da contabilidade. Portanto, i corrupção fere o
princípio da dignidade da pessoa humana, uma vez que os diversos recurso: destinados a
objetivos, tais como: educação, saúde e segurança, são desviadas por corruptos, qui os usam
para fins particulares, retirando assim do cidadão brasileiro o direito de subsistir com < mínimo
de recursos. Como bem salientou Mário Vinicius Claussen Spinelli, gerente da Diretori. de
Prevenção da Corrupção da Controladoria-Geral da União, em palestra proferia na Agência dl
Tecnologia da Informação de Sergipe - AGETIS, "o corrupto é muito pior que qualquer
criminoso" -, no que concordamos, pois, aquele que retira dinheiro público destinado a ações
governamentais diversas, culmina por exterminar com milhares de vidas. A miséria, violência,
falta de educação, dentre outros graves problemas que assolam a população do nosso país e em
particular o nosso município, podem até ter outros motivos, porém, a corrupção é sim o maior
deles. O "crime do colarinho branco" é, em nosso entendimento, hediondo, repugnante, por isso,
deve ser punido severamente aquele que o comete.
A Controladoria-Geral da União, em consonância com sua precípua missão de orientar
a gestão governamental e exercer o efetivo controle interno do patrimônio público, para
salvaguardar a Administração Federal, e assegurar a prevalência do interesse da sociedade,
mantém sua luta diária de combate à corrupção, efetivando o controle interno e fomentando a
participação da sociedade no controle das ações governamentais.Em outros tempos fora a
sociedade bastante omissa quanto ao tema, cruzando seus braços para o que estava bem perto
dos seus olhos. Ocorre que, os tempos mudaram, a ditadura acabou, e hoje vemos em nossos
dia-a-dia juízes, políticos, pessoas "importantes" dos cenários políticos e profissionais sendo
presas por terem cometido crime de corrupção.Exemplo claro das mudanças acima citadas foi a
instituição do Dia Internacional contra a Corrupção, ocorrida na cidade mexicana de Mérida em
2003, em que o Brasil e mais cento e onze países foram signatários da Convenção das Nações
Unidas contra a Corrupção, tendo sido determinado o dia 9 de dezembro para tal comemoração.
Tal convenção prevê o cumprimento dos países signatários na cooperação para recuperação de
recursos desviados, por meio de rastreamento, bloqueio e devolução de bens, assim como a
criminalização dos potenciais culpados.Os tempos mudaram, já não há o regime da ditadura,
entretanto, é preciso maior participação popular para combater a corrupção e manter intactos os
direitos dos cidadãos, a exemplo, da dignidade da pessoa humana. Fazemos um convite à
sociedade caruaruense para que esteja de olhos abertos para tudo e todos que contrariam o
crescimento dessa nação tão rica, de um município tão rico, em favor do interesse pessoal de
uma pequena minoria que se faz prevalecer de seu status para ferir o interesse de um povo, de
uma localidade municipal retirando-lhes recursos mínimos para condição de sobrevivência.
Quando se fala em corrupção logo pensamos nas camadas federais, ou seja, nos
escândalos de desvios de verbas públicas praticadas por políticos do senado, câmara federal,
presidência da república, e até por que não dizer dos vereadores, deputados estaduais, prefeitos,
governadores, policiais, FISCAIS... Enfim, uma lista imensa que não caberia em duas ou três
laudas. Esse quadro, envergonha, entristece, gera medo e expectativa. Afinal, não eram, eles
que deveriam dar o exemplo? Não foi neles que nós como bons brasileiros, depositamos nossa
confiança para que nos representassem diante do poder? Muitas são as indagações e as
indignações, mas, o fato é que a corrupção não é exclusivo do cenário político e empresarial
brasileiro e mundial. A corrupção está presente em todas as camadas sociais e não se restringe a
essa ou àquela pessoa, nem muito menos atinge em maioria aos brancos do que negros.
Infelizmente esse "veneno da República", ultrapassa todas as fronteiras e limites reais ou
virtuais. Um evento realizado no auditório da Universidade Federal de Sergipe - UFS promoveu
o debate sobre este tema polêmico, de modo a ressaltar a importância do combate à corrupção
por parte de todos os cidadãos que querem um futuro com ações mais transparentes, seja no
cenário político, mas principalmente, no cotidiano. E não menos importante, para que os atos de
corrupção, bem como os corruptos, possam ser efetivamente punidos, servindo de exemplo aos
demais. De acordo com a chefe da Corregedoria Geral da União, Maria Esmeralda Rodrigues, a
corrupção está presente nos pequenos atos, ou seja, vícios que adquirimos ao longo do tempo, e
que acabamos por repetir sem saber que estamos corrompendo o outro ou a nós mesmos.O
combate à corrupção não é só o combate à corrupção política, mas sim, o combate à corrupção
no nosso dia-a-dia; Porque o cidadão é corrupto quando ele compra um guarda de trânsito que
se deixa vender, ele é corrupto quando ele aceita comprar algo sem nota fiscal, ele é corrupto
quando fura a fila. I ele é corrupto quando oferece "propinas", tudo isso são formas de
corrupção. O que queremos de fato é fazer o cidadão refletir, pois na realidade as instituições
políticas, os órgãos, refletem apenas a população. Deste modo, é que escolhemos trazer esse
debate para a universidade, par. este livro, para os caruaruenses. Para os peritos, para os
auditores, para os futuros contadores, já que os estudantes são o futuro, são pessoas que estão
em formação e é neles que a gente está focando, pois queremos melhorar essa consciência.
Porque se você não tem a consciência de que no momento em que você avança o sinal
vermelho e vem um guarda e te multa, você se sente ofendido e tenta porque não dar aquele
"jeitinho"para sair ileso. A sociedade tem que vir a pensar que corruptos não são os outros, a
mudança deve partir de nós mesmos, de dentro da nossa própria casa, dentro da nossa empresa,
no nosso trabalho, na praça de esportes, na fila do banco...
Materialidade
Por ser involuntário, o erro pode ser tão irrelevante que não consegue ser identificado
pela auditoria e não altera a opinião sobre a situação financeira da empresa. No entanto, um
mesmo erro pode ser irrelevante em uma empresa, mas relevante em outra. Por exemplo, um
erro que gere uma diferença de R$ 1.000,00, pode ser bastante considerável para uma empresa
que apresenta lucro de RS 10.000,00, e ser considerado ninharia por uma empresa que tenha
rendimentos de R$ 10.000.000,00. Assim como a diferença entre pequenas e grandes empresas,
o mesmo pode ocorrer se as empresas forem de ramos diferentes, ou mesmo, que seja
informação de uma mesma empresa, porém, com a perspectiva de períodos diferentes. Assim, a
materialidade pode ser medida através da discrepância dos efeitos contábeis causados pelo erro,
e observando-se como seriam as demonstrações sem a ocorrência deste. Quando se percebe que
o erro é material, cabe ao auditor informar à administração da empresa e solicitar que os ajustes
sejam feitos.
Quando um auditor afirma em seu parecer que as demonstrações contábeis refletem a
situação da empresa com propriedade e de acordo com os princípios contábeis, indica que o
auditor acredita que as demonstrações contábeis, consideradas em conjunto, não apresentam
erro relevante.
Na auditoria, um grande erro ou fraude pode não ser detectado, por ser o exame
realizado através de amostragem, sendo mais fácil detectar se forem realizados pequenos erros
em diversas transações. Os erros detectados servirão para serem projetados quanto aos
possíveis erros naquelas transações que não foram auditadas.
Erros considerados imateriais se considerados isoladamente, pode se tomar material
quando somado aos outros erros semelhantes. Por isso. erros detectados e não corrigidos pela
empresa, devem ser somados para que se possa avaliar se o impacto da junção de erros
prejudiciais a uma apresentação adequada das demonstrações contábeis da empresa. No entanto,
desde que não seja algo muito dispendioso com relação ao benefício gerado, o ideal é que os
erros detectados, mesmo quando são imateriais. sejam corrigidos, visto que, erros nas
demonstrações atuais, quando transfere seus saldos para o período seguinte, está começando-se
com erros, que juntados aos erros desse período subseqüente pode acarretar numa diferença
material para a empresa nas demonstrações seguintes.
As empresas podem não atingir seus objetivos caso ocorram erros e fraudes em suas
atividades, uma vez que podem incidir em fatos e documentos de características diferentes,
como: balanços, balancetes, fichas de controle de estoque, etc.
Fraudes no Brasil e no mundo
São várias as empresas envolvidas em escândalos contábeis devido à ocorrência de fraudes e
erros contábeis. Como exemplos, pode-se citar o caso da Enron - companhia de energia, da
Parmalat, da WorldCom - segunda maior operadora de telefonia de longa distância nos Estados
Unidos, e da Coca-Cola, todas empresas estrangeiras.
Conforme notícia divulgada no jornal da AABNB (Agosto/2002), foram descobertas várias
fraudes contábeis em balanços de empresas americanas, divulgadas nos principais jornais do
mundo. Foi publicada uma relação, em ordem alfabética, contendo as 10 empresas que
apresentaram as maiores fraudes contábeis do mundo:
1- ADELPHIA (EUA)
2- BANCO DO NORDESTE DO BRASIL (BRASIL)
3- BANCO NACIONAL (BRASIL) 4-ENRON
(EUA)
Num procedimento normal de auditoria, não se tem a intenção de descobrir fraudes, sendo estas
mais difíceis de serem descobertas, pois, quando ocorrem, normalmente são muito bem feito, de
forma que, se não há uma investigação mais profunda, a tendência é de que nunca venha a ser
descoberta, ou pelo menos, que demore bastante. Como a auditoria está mais preocupada em dar
certificação quanto às demonstrações como um todo, ela não se prende a detalhes, tornando-se
mais perceptível os erros, que foram involuntários. No entanto, durante seu trabalho, seguindo
as normas de auditoria geralmente aceitas, o auditor pode reconhecer indícios de erros e fraudes,
pois algumas vezes, essas irregularidades chegam a afetar substancialmente as operações da
empresa auditada. Se a auditoria fosse realizada com a intenção de encontrar fraudes e erros, o
trabalho deveria ser bem mais aprofundado, e não por amostragem como ocorre, o que poderia
ser impraticável em empresas de grande porte e assim trazemos o perito para resolver o caso em
tela.
Caso o cliente resolva por não corrigir os erros detectados na auditoria, cabe ao
auditor fazer as devidas observações em seu papel de trabalho, que servirá tanto para tomar
como base na hora de opinar em seu parecer, quanto para auditorias que venham a ser realizadas
em exercícios seguintes. Se a distorção for relevante e não corrigida, o auditor deve emitir um
parecer com ressalva ou com opinião adversa. Além disso, se a organização não tomar medidas
de correção referentes às fraudes, consideradas necessárias pela sua relevância para as
demonstrações contábeis, o auditor pode retirar-se do trabalho. Outros fatores que podem afetar
sua decisão de desistência são as implicações envolvendo a alta administração da organização,
abalando dessa forma a confiabilidade das informações da administração que está sendo
auditada.
Em casos de suspeita de fraude em determinada área da empresa, convém o serviço de
um perito, pois este estabelecerá uma investigação aprofundada somente em determinada parte
das informações contábeis, e não em todas as contas e em todas as demonstrações como na
auditoria, possibilitando os fundamentos necessários para que se chegue a uma conclusão
quanto a procedência ou não da suspeita.
Limitações à auditoria.
Com as limitações inerentes à auditoria é impossível evitar que ocorra distorção
relevante de fraudes e erros. Se, durante o período que o auditor estiver atuando na empresa,
existir alguma distorção que for relevante resultante de erro e/ou fraude e não for corrigida nas
demonstrações contábeis, isso não quer dizer que o auditor não cumpriu as Normas de Auditoria
Independente das Demonstrações Contábeis, pois o que vai determinar isso são os
procedimentos adotados nas circunstâncias.
Mesmo existindo um sistema contábil e de controle interno que diminua as distorções
resultantes de fraude e/ou erro, sempre irá existir algum risco, pois não existe sistema, nem
controle interno eficiente que impeça a fraude, quando esta ocorrer através da trama entre
empregados ou cometida pela administração, pois existem níveis da administração que
enganam os controles que previnem as fraudes feitas por empregados.
O risco de não ser encontrada a distorção referente à fraude é bem maior que o do
erro, pois a fraude é resultante de atos planejados, com o intuito de enganar, ou prejudicar
alguém como, por exemplo, a falsificação, ao contrário do erro, que é resultante de atos
involuntários, por desconhecimento próprio.
Comunicação de fraudes e/ou erros normalmente é impedido de comunicar as ocorrências de
fraudes ou erros a terceiros devido ao sigilo profissional. Fim alguns casos, no entanto, existe a
obrigação legal desta comunicação, sendo requerida ao auditor a quebra deste sigilo, conforme o
Código de Ética dc Contabilista e as Normas Profissionais do Auditor Independente.
O auditor deve sempre comunicar à administração da entidade que está sendo auditada
qualquer descoberta envolvendo fraudes, mesmo que seu efeito não seja tão relevante sobre as
demonstrações contábeis. Dependendo das circunstâncias, esta comunicação pode ser feita tanto
de forma verbal quanto escrita.
Ao ser determinado o representante da entidade que será comunicado da ocorrência
das irregularidades descritas, a auditor deve avaliar quanto ao envolvimento da alta
administração. Sendo correta essa comunicação, quando feita a um nivel da estrutura
organizacional da entidade que está acima do nível de responsabilidade pelas pessoas que se
acredita estão envolvidas.
Realização da perícia contábil
Para SÁ (1982). "Perícia contábil é a verificação de fatos ligados ao patrimônio
individualizado visando oferecer opinião, mediante questão proposta. Para tal opinião
realizam-se exames, vistoria, arbitramentos, em suma, todo e qualquer procedimento
necessário : opinião".
É verificável a importância da opinião do perito contábil, pois este possui um
conhecimento especializado sobre a realidade patrimonial tanto nos aspectos físicos,
qualitativos e quantitativos, como nas causas e efeitos.
A perícia contábil é, por sua vez, um instrumento indispensável na verificação de
fraudes e erros contábeis, pois realiza procedimentos, de acordo com as normas técnicas, a fim
fundamentar o laudo pericial, tais como: o exame, que constitui a análise de livros e
documentos a vistoria, que consiste na verificação e constatação de situação, coisa ou fato, de
forma circunstancial; a indagação, que trata de obtenção de testemunho daqueles que tem ou
que] deveriam ter conhecimento da matéria periciada; a investigação, que é a pesquisa visando
trazer ao laudo o que está oculto por quaisquer circunstancias; o arbitramento, que trata da
determinação de valores ou solução de controvérsias por critérios técnicos; a avaliação, que
consiste no ato de determinar valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e receitas; e ai
certificação, que é a informação trazida ao laudo pelo perito contábil, de caráter afirmativo, cuja
autenticidade é reconhecida pela fé pública atribuída ao profissional.
Pôde-se perceber que a diferença básica entre a fraude e o erro está na intenção ou
não em cometer a irregularidade. Se esta for descoberta durante procedimentos de auditoria,
cabe ao auditor responsável pelo trabalho procurar a administração da empresa e comunicar o
que está ocorrendo, para que esta possa tomar as medidas corretivas cabíveis. Se necessário,
pode-se contratar o serviço de um perito para encontrar em que ponto a fraude ou erro vem
ocorrendo, visto que este profissional tem profundo conhecimento da matéria e faz uma
investigação bastante aprofundada para, então, ter informações suficientes para embasar sua
opinião.
Foi visto que para evitar que fraudes ou erros ocorram dentro de uma empresa ou mesmo junto a
uma pessoa física pode-se tomar algumas providências, dentre elas informar-se melhor sobre os
funcionários que contrata e ter um controle interno eficiente. Dentre outros, são considerados
como os principais motivos encontrados para que alguém cometa fraude o seu não
reconhecimento profissional, necessidade financeira e a não punição em outros casos de
fraudes.
Irregularidades como um todo só prejudica a empresa, pois esta, bem como os
usuários externos, toma decisões baseando-se em informações irreais, além disso, quando
descobertas, tendem a "manchar' o nome da empresa. Cabe então à administração tomar todas
as providências cabíveis para que não existam erros ou fraudes dentro da empresa.
Atualmente, as fraudes são inúmeras de diversos tipos e modalidades. No Brasil, elas
passavam desapercebidas dos administradores devido aos efeitos inflacionários, mas com a
estabilização econômica, advinda do Plano Real, este problema se tomou visível e suas perdas
insuportáveis de serem absolvidas pelas organizações. Estas são calculadas em torno de 2% do
faturamento bruto das empresas. As auditorias internas não eram valorizadas e pouco nelas se
investiam. Adotaram-se, como principal referencial teórico para o desenvolvimento deste tema,
as Normas Brasileiras de Contabilidade. As estatísticas demonstram que a auditoria interna está
em 2° lugar como responsável pela descoberta de fraudes (20%), atrás somente dos controles
internos (32%), e também em 2° lugar como opção de ação executada após a descoberta da
fraude (39%), revelando assim que a auditoria interna é hoje um elemento de controle
imprescindível às organizações e. junto com os controles internos, também é eficaz quanto à
proteção, identificação e prevenção de erros e irregularidades. É mister, portanto, a valorização
e o devido reconhecimento dos auditores internos como pessoas que agregam valor às empresas
e que otimizam resultados.Segundo pesquisa empírica feita através do Plantão Fiscal da
Delegacia da Receita Federal do Brasil, por vinte e cinco anos. consultando contabilistas e
empresários, não encontramos, em Caruaru, de maneira consistente as funções do auditor e do
perito, esporadicamente em algumas empresas são encontrados estes profissionais. O que
vislumbramos foi a uma grande informalidade, a maioria das micros e pequenas organizações,
com e ou sem fins lucrativos, apenas atendendo a um mínimo de
exigências fiscais, quando muito encontramos os registros do livro caixa e do
inventário; para as organizações sem fins lucrativos, num percentual de mais de 90%. não
fazem nem o livro caixa mensal.É um campo vastíssimo de atuação do contador, do perito, do
auditor, pois somente assim, estas organizações terão meios de defesa de seus patrimônios nas
searas administrativas e principalmente na seara judicial.
As fraudes não são privilégios somente de nossa época ou de nossa sociedade atual.
São tristes fatos que vêm se perpetuando pela história do homem e de suas civilizações.
Atualmente, as empresas estão percebendo cada vez mais, que as fraudes também não
são exclusividade de determinadas entidades ou de determinados ramos de negócios. Elas
atacam qualquer tipo de organização: seja ocidental ou oriental; seja nacional ou multinacional;
seja pública, mista ou privada; seja micro, pequena, média ou grande; seja Sociedade Anônima
(S/A), Limitada (Ltda.) ou Cooperativa; seja profissional ou familiar; seja rural ou urbana; seja
com ou sem fins lucrativos; seja da área produtiva, da área comercial ou da área de serviços.
Vive-se hoje num mundo culturalmente, economicamente e/ou mercadologicamente
globalizado, onde as organizações enfrentam não mais uma concorrência local, regional ou
setorial, mas uma concorrência a nível mundial. Nesse contexto, cada esforço desprendido
eficazmente, cada economicidade realizada nos processos produtivos fará grande diferença,
como também, cada erro, falha, desvio, perda e/ou desperdício será um fardo cada vez mais
pesado e difícil de suportar.
As fraudes provocam, além das altas perdas financeiras, outras conseqüências por
demais devastas. No âmbito do ambiente de trabalho, provocam um clima de insegurança e
desconfiança entre os funcionários e suas chefias. No âmbito da direção geral da empresa,
provocam suspeitas e desconfianças sobre a capacidade de gestão de seus administradores. No
âmbito externo, maculam a imagem da organização junto ao público consumidor.
No Brasil, as fraudes quase nunca eram percebidas devido à elevada inflação, que
mascarava as perdas financeiras decorrentes e, também, não levavam os administradores a
observar com mais atenção ao problema. As perdas por erros e irregularidades eram
incorporadas aos custos da operação e repassadas ao consumidor. Com a estabilização da moeda
brasileira, Iadvinda com o Plano Real, este problema tornou-se visível para a maioria das
organizações.
Neste período, eram poucas as empresas que possuíam em seus quadros auditores
internos ou tinham a preocupação de contratar serviços de auditoria externa e muito menos
contratar o serviço do perito.
Justifica-se, este trabalho, pela grande oportunidade de se contribuir, tanto no nível
acadêmico (enriquecimento do conhecimento), já que praticamente inexistem estude s
específicos sobre o assunto em questão, como, principalmente, na área empresarial (alerta aos
empresários e administradores das organizações) em Caruaru/PE. Outrossim, impulsionar
uma nova cultura de valorização do profissional dentro e fora das referidas organizações,
destacando-o como importante instrumento de prevenção e identificação de irregularidades,
entre outra relevantes atribuições e atividades dos mesmos.
Entende-se que o presente trabalho, elaborado conforme a metodologia apresentada,
não tem a pretensão de esgotar o tema, mas procura ser, como comentado, uma importar.:,
contribuição para o meio acadêmico e para os caruaruenses em geral.
Na busca do significado da palavra fraude, comumente se depara com o sentido de:
burlar, enganar, espoliar, roubar, falsificar, adulterar, sonegar e lesar. Segundo os principais
dicionários da língua portuguesa, a palavra fraude pode significar: "engano, logração, burla .
dolo" e/ou também: "qualquer ato ardiloso, enganoso, de má fé, com intuito de lesar ou
ludibrir outrem, ou de não cumprir determinado dever; logro, falsificação de marcas ou
produtos industriais, de documentos etc. Introdução clandestina de mercadorias estrangeiras
sem o pagamento dos devidos tributos à alfândega; iludir, falta, crime, delito" (HOUAIS;
V1LLAR. 2001).
A fraude é uma forma de irregularidade envolvendo práticas criminosas para obter
uma injustiça ou vantagem ilegal. Refere-se a atos cometidos com a intenção de enganar,
envolvendo mau uso dos ativos ou irregularidades intencionais de informação financeira, ou
para ocultar mau uso dos ativos ou para outros propósitos por meio de: manipulações,
falsificações ou alterações de registros e documentos, supressão de informações dos registros
ou documentos: registro de transações sem substância; e mau uso de normas contábeis.
Conforme a Interpretação Técnica NBC TI 1 - IT - 03 (Fraude e eixo), aprovada pela
Resolução CFC n° 836/99, a fraude pode ser caracterizada por:
a) manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos, de modo a
modificar os registros de ativos, de passivos e de resultados;
b) apropriação indébita de ativos;
c)supressão ou omissão de transações nos registros contábeis;
d) registro de transações sem comprovação; e
e)aplicação de práticas contábeis indevidas (CFC, 1999, p. 207).
Em relação à diferenciação do erro e da fraude, em contabilidade, muito bem
esclarece Sá (2002):
É preciso fazer distinção entre fraude e erro, em contabilidade. Fraude é uma ação
premeditada para lesar alguém. O erro é uma ação involuntária, sem o intuito de causar dado.
Embora possam ocorrer sobre os mesmos fatos e documentos (balanços, balancetes, livros
comerciais etc.) são de características diferentes.
Pelo que já foi reportado, pode-se afirmar então que a diferença básica entre o erro e a
fraude, é que o primeiro é involuntário, espontâneo e/ou não intencional e o segundo é
intencional, realizado com má-fé, visando como fim o benefício próprio e/ou de terceiros.
Em relação à variedade de tipos e modalidades de fraudes. A verdade é uma só, mas
as falsidades dela são numerosas. Variam com as vantagens ilícitas pretendidas, com as
resistências ou vigilâncias, com os recursos intelectuais do fraudador. Daí as formas de fraude
serem ilimitadas, variando também com as sociedades e as épocas.
A variedade de fraudes é ilimitada. Varia com a posição do empregado, suas
atribuições, o setor de atividades na empresa, sua imaginação, audácia e habilidade.
No âmbito das fraudes contra as organizações, para Sá (1982), a fraude assume
múltiplas modalidades. Das diversas classificações históricas de fraudes, já efetuadas, reveste-
se de interesse a que as dividem em:
a) Não encobertas: é aquele que o autor não considera necessário mascarar, porque o
controle interno é muito fraco. Um exemplo seria a retirada de dinheiro do caixa, sem se efetuar
nenhuma contabilização.
b) Encobertas temporariamente: são feitas sem afetar os registros contábeis; por
exemplo, retirar dinheiro proveniente das cobranças, omitindo o registro delas de modo que seu
montante possa ser coberto com o registro de cobranças posteriores, e assim sucessivamente.
c) Encobertas permanentemente: nesses casos, os autores da irregularidade
preocupam-se em alterar a informação contida nos registros e outros arquivos, para assim
ocultar a irregularidade. Por exemplo, a
retirada indevida de dinheiro recebido de clientes poderia ser encoberta, falsificando-
se as somas dos registros de cobranças; porém, isto não bastaria, pois, como o valor a creditar
aos clientes não poderia ser alterado sem o risco de futuras reclamações, deve-se procurar outro
artifício.
Sá (1982) explica que "os roubos e fraudes sempre começam em quantidade pequena
e aumentam sucessivamente com a confiança do delinqüente, pois não existem sistemas de
controles internos, auditoria e naturalmente uma justiça severa que puna estes atos".
A pesquisa sobre fraudes nas empresas, feita pela KPMG Brasil (2000, p. 12), em
março de 2000, em que foram consultadas cerca de mil empresas, revelou o seguinte em
relação ao autor da fraude:
Funcionários 55%
Prestadores de serviços 18%
Fornecedores 13%
Clientes 9%
Outros 5%
Diretos
São aqueles em que o atacante entra diretamente em contato com a vítima por e-mail,
telefone, ou pessoalmente, diferentemente dos ataques indiretos os ataques diretos tem alvo
fixo ou seja o engenheiro social sabe exatamente quem atacar, como e porque.
Indiretos
São aqueles que não tem um alvo específico, um ótimo exemplo é um trecho retirado
do livro "A arte de enganar" de Kevin Mitinick: "Você está em um elevador quando de repente
um I disquete cai no chão, você olha tem um logotipo de uma grande empresa e a frase
"historie, salarial", movida pela curiosidade você abre o disquete em sua casa e talvez haja um
ícone para e Word então ao clicar aparece a frase 'ocorreu um erro ao tentar abrir o arquivo',
você não sabe, mas um backdoor foi instalado em sua máquina. Você imediatamente leva o
disquete até o setor responsável em devolvê-lo ou guardá-lo, o setor por sua vez também abrirá
o disquete, agora o racker tem acesso a dois computadores"... esse é um exemplo de ataque
indireto, ou seja, não teve uma vítima definida desde o início.
Mensuração das fraudes.
Mensurar a extensão do fenômeno das fraudes, nos vários setores, sempre foi um
assunto de certo interesse e de grande dificuldade prática.
É um assunto interessante pois, conseguindo medir a extensão do fenômeno pode-se
melhor calibrar as ações de combate e prevenção e, sucessivamente, verificar e mensurar sua
sacia. Além disso, poder mensurar de forma confiável o problema é um fator determinante para
chamar a atenção de todos os possíveis interessados que, sem ter uma noção quantificável,
tendem a ignorar os riscos e considerá-los desprezíveis. Por outro lado a mensuração confiável
is fraudes, independente do setor econômico, é uma tarefa bastante difícil de se realizar por
varias razões.
Primeiro o que pode se mensurar normalmente são os casos registrados, denunciados .
u de alguma maneira detectados e provados, o que limita em grande parte o alcance deste tipo
de mensuração em função do fato que muitas vítimas (sobretudo empresas) não chegam a fazer
denúncias ou por a público estes casos, por razões comerciais ou de imagem, por vergonha, por
receios ou medos, por desconfiança nas autoridades, por achar que seria inútil etc...
Em segundo lugar é necessário notar que, em muitos casos, sobretudo em se falando
de empresas, as fraudes nem chegam a serem detectadas ou percebidas, e por isso não podem
ser nem calculadas nem estimadas. Isso reduz ainda mais a potencial exatidão de eventuais
mensurações de fraudes tanto no que diz respeito ao número de eventos quanto aos valores.
As melhores chances de se obterem dados razoavelmente indicativos na mensuração
de fraudes, independente do setor econômico, é através de pesquisas e ações de categoria, onde
muitos (idealmente a maioria) dos operadores de uma determinada categoria forneçam dados
que rodem depois ser comparados com médias ou referências de mercado e com médias de
outros setores ou de outros países, para efetuar estimativas e/ou ajustar eventuais distorções.
Quando tiver alguma dúvida a respeito de alguma operação que está sendo proposta,
pense sempre se não poderia se encaixar em uma das categorias descritas neste trabalho. Se a
resposta for sim, a chance é grande que seja uma fraude. Na dúvida tente entrar em contato com
o auditor, com o perito. O principal conselho que posso dar é não acreditar em milagres ou em
coisas simples demais. Sabe-se que o ser humano tende a acreditar no que gosta ou gostaria,
mas nem sempre o que gosta é o certo ou o possível. Pense sempre se o que está sendo proposto
tem sentido á luz da racionalidade, sem levar em consideração condições "milagrosas"
eventualmente apresentadas. Lembre-se que ninguém dá nada de graça ou assume riscos inúteis
(ou sem um adequado lucro e garantia). Se você estiver na dúvida, fique longe porque tem
chance grande que seja uma fraude!
Veja aqui um "Decálogo" das principais dicas antifraudes.
Este trabalho não pretende ser uma enciclopédia de todas as fraudes que existem. São
demais e novas surgem toda hora. Não teria condição de conhecê-las e/ou publicá-las
todas em tempo real. Vale notar, porém, que muitas fraudes são nada mais do que variantes ou
composições de golpes conhecidos e explicados neste trabalho.
O objetivo principal, aqui, é mostrar, com casos e exemplos reais e comuns, quais são
os mecanismos freqüentemente usados nas fraudes; isso para abrir os olhos e deixar os leitores
cidadãos e cidadãs caruaruenses preparados para poder detectar eventuais novos esquemas
assim que aparecerem. E importante lembrar que é oportuno e até fundamental denunciar
imediatamente qualquer caso de fraude do qual se venha a ter conhecimento. Assim fazendo se
eliminam golpistas, impedindo que outras vítimas sejam prejudicadas. Além disso se contribui
para reduzir o senso de impunidade e para criar um ambiente onde quem aplica golpes passa ;
perceber que corre um risco muito sério.Vocês já notaram o golpe, a fraude cometida pelo
"fiscal corrupto"? O proprietário do patrimônio tem despesa com este pseudocidadão
permanece errado e ainda entra na seara dos fraudadores. E crime em cima de crime! É
criminoso crivando! criminoso!
A RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO
A responsabilidade primeira na prevenção e identificação de fraudes e/ou erros é da
administração da entidade, mediante a manutenção de adequado sistema de controle interno,
que entretanto, não elimina o risco de sua ocorrência.
A RESPONSABILIDADE DO AUDITOR
O auditor não é responsável nem pode ser responsabilizado pela prevenção de
fraudes ou erros. Entretanto, deve planejar seu trabalho avaliando o risco de sua ocorrência, de
forma a ter grande probabilidade de detectar aqueles que impliquem efeitos relevantes nas
demonstrações contábeis.
Ao planejar a auditoria, o auditor deve indagar da administração da entidade auditada
sobre qualquer fraude e/ou erro que tenham sido detectados.
Ao detectá-los, o auditor tem a obrigação de comunicá-los à administração da
entidade e sugerir medidas corretivas, informando sobre os possíveis efeitos no seu parecer,
caso elas não sejam adotadas.
A terceiros
O sigilo profissional normalmente impede o auditor de comunicar fraude e/ou erros a
terceiros. Todavia, em certas circunstâncias, quando houver obrigação legal de fazê-lo, ao
auditor poderá ser requerida a quebra do sigilo profissional. Aplicam-se neste caso o Código de
Ética Profissional dos Contabilistas e as Normas Profissionais de Auditor Independente.
A RENÚNCIA AO TRABALHO
O auditor pode concluir que é necessário retirar-se do trabalho, quando a entidade não
tomar as medidas corretivas relacionadas com fraude que ele considera necessárias as
circunstâncias, mesmo quando a fraude for relevante para as demonstrações contábeis. Entre os
fatores passíveis de afetar a conclusão do auditor estão as implicações de envolvimento da alta
administração da entidade, o que pode acarretar o abalo na confiabilidade das informações da
administração da entidade auditada e o impacto, para o auditor, da continuidade de seu vínculo
profissional com a organização.
Entende-se que o presente trabalho, elaborado conforme a metodologia apresentada
não tem a pretensão de esgotar o tema, mas procura ser. como comentado, um alerta aos
proprietários de patrimônio em Caruaru, e, quem sabe, até servir em algo ao meio acadêmico.
Enfim, conforme demonstrado, não basta ter somente alguns bons controles internos. E
necessário sempre está atualizando-os e adaptando-os à realidade. A prevenção é um trabalho
contínuo e ininterrupto. A auditoria e a perícia, como almas gêmeas, neste aspecto, tem um
papel de extrema importância na avaliação permanente destes controles internos dentro das
organizações; tem ainda um papel decisivo na prevenção, identificação e/ou apuração das
fraudes contra as organizações, bem como na coleta e seleção de provas e indícios, que possam
ser apresentados contra os fraudadores, tanto na esfera civil (reparação de danos) como na
esfera criminal.
ATENÇÃO: Fique atento à situação cadastral de sua empresa não deixando de
cumprir as obrigações fiscais exigidas por lei. O descumprimento da legislação pode lhe trazer
sérios aborrecimentos. Consulte sempre o contabilista de sua empresa. Exija contrato de
prestação de serviços e especifique claramente os direitos e obrigações do contabilista e de sua
empresa.
Constatam-se, entre nós, os fenômenos dos erros, das fraudes e da informalidade, isto
é, as pessoas físicas e jurídicas, proprietárias de patrimônios sem passarem pelo crivo do
controle do CPF, CNPJ, DIRPF, DIRP.l e da CONTABILIDADE, regulares.Estas pessoas têm
seus patrimônios indefesos, pois diante do ordenamento pátrio, diante dos princípios contábeis,
diante das normas brasileiras de contabilidade, diante dos controles acima citados, estes
patrimônios sofrem modificações através de erros, fraudes e da informalidade, em prejuízo aos
seus proprietários. Busca-se ter um estudo de cunho qualitativo, pois é fácil entender que assim
não se como viver em sociedade, muito menos numa sociedade igualitária, não se entende o
econômico sem o social, acredita-se ser princípio da convivência humana. Assim sendo, busca-
se responder a seguinte indagação: que utilidades têm a auditoria e a perícia na defesa do
patrimônio pessoas físicas e ou jurídicas no município de Caruaru, no combate aos erros,as
fraudes e a informalidade praticadas na origem, no uso e no destino do patrimônio?
Identificam-se que os fenômenos dos erros, das fraudes e da informalidade, levam as
pessoas a não terem os benefícios sociais: estes muitas vezes representam, economicamente, a
sobrevivência de muitos brasileiros e também, acredita-se acarretar desajustes na distribuição
do patrimônio entre as pessoas físicas e jurídicas em Caruaru surgindo bolsões de pobrezas,
como a que se nota em 1% dos brasileiros serem detentores de mais de 50% dos mais de dois
trilhões do nosso PIB- Produto Interno Bruto ou de nosso PNB- Produto Nacional
Bruto.Acredita-se que o uso da auditoria e da perícia em defesa deste patrimônio cria
condições ás pessoas físicas e dicas para que os fenômenos dos erros, das fraudes e da
informalidade deixem de existir e ou menos tenha uma repercussão menor nos desajustes
patrimoniais deste país, deste município. Encontra-se em nosso meio, muitas pessoas que logo
dirão: "contabilidade, auditoria, perícia, CPF, CNPJ, DIRPF, DIRPJ, regulares, isto tudo não é
para se pagar imposto para os governos, em todas as esferas, municipal, estadual e federal? A
classe contábil tem essa salutar a difícil missão diante da sociedade brasileira e principalmente
diante da sociedade caruaruense; dos os atos que as pessoas praticam através do patrimônio, no
contexto de sua origem, seu e seu destino, terá que passar pelo crivo dos controles e ou
institutos acima explicitados! Quando se aliena, quando se adquiri, quando se doa, quando se
recebe, quando se herda, quando se ... quaisquer patrimônios( bens, direitos e obrigações)
deve-se observar todos os controles e ou crivos, e ou institutos, e ou conhecimentos, e ou
ciências, acima explicitados. Nenhuma atitude leve ser praticada com o patrimônio, sem haver
o controle social do mesmo! Acredita-se que se é aceito, na sociedade, a convivência de
alguém, com um patrimônio ( por exemplo: a circulação de uma moeda falsa: a existência de
um "laranja-dar-se como legal a origem, o uso e ou o destino de um patrimônio a outrem, que
não seja verdadeiro proprietário"-; a existência de uma organização informal e outros fatores
ou eventos ou fatos) de origem, uso e ou destino ilegal, aético, e fora dos princípios contábeis,
os controles aqui explicitados não estão sendo utilizados, o que não se concebe numa
sociedade democrática.
Identificar utilidades á sociedade caruaruense do uso da auditoria e da perícia em
defesa do patrimônio das pessoas físicas e jurídicas.Tenta-se atingir a este objetivo e assim
trazer motivos aos proprietários de patrimônio, a praticarem a auditoria e a perícia.
Identificar o uso regular do CPF, do CNPJ, da CONTABILIDADE, da DIRPF, da
DIRPJ, em defesa do patrimônio das pessoas físicas e jurídicas em Caruaru;. Identificar males,
prejuízos, que a informalidade, os erros e as fraudes acarretam ao patrimônio das pessoas
físicas e jurídicas em Caruaru são metas abordadas neste trabalho.
O contador, o auditor, o perito têm como objeto de trabalho o patrimônio; a
contabilidade é uma ciência social que traz dados, informações, demonstrativos, defesas, aos
proprietários dos patrimônios. Identifica-se na origem, no uso e no destino do patrimônio, o uso
regular do CPF, CNPJ, CONTABILIDADE, DIRPF, DIRPJ, através da auditoria e da perícia
em defesa do patrimônio das pessoas físicas e jurídicas e assim vislumbra-se a possibilidade de
combate aos erros e ás fraudes, á ilegalidade, á corrupção, males que assolam a nossa
sociedade; e também se identificam alguns caminhos da ética em prol da defesa do patrimônio,
com o uso da auditoria e da perícia. Vieses a serem considerados no artigo, como alerta aos
proprietários do patrimônio. Encontram-se, atualmente, diversas formas de condenação,
segundo as leis comerciais, civis e penais para organizações com e sem fins lucrativos e
pessoas físicas, sócios e administradores por não manter em ordem sua Contabilidade, por
serem passíveis de tantos erros e fraudes, isto é, não terem seu CPF, seu CNPJ, sua DIRPF e
sua DIRPJ, regulares, seja pelo motivo de não levar a sério a documentação relativa à transação
operacional, fazer negócios fora do objeto social, misturar ou confundir bens particulares do
sócio e da empresa, cometer desvios, ou até mesmo efetuar contratação de profissionais
despreparados e muitos outros motivos.
Acredita-se ser a alma das organizações e das pessoas físicas, sem dúvida, a
contabilidade, com o uso dos controles acima explicitados, pois é nela que encontramos os
registros de todos os atos e fatos, suas análises, relatórios, demonstrativos, auditorias, perícias,
tudo em torno da defesa do patrimônio.
Se os atos do administrador do patrimônio são corretos com a documentação hábil e
idônea e transações negociais legais, dentro do objeto da empresa, sendo o reflexo de imediato;
a contabilidade é transparente, a auditoria, a perícia são honestas, passam pelo crivo da ética.
Caso contrário pode ser utilizada para incriminar a empresa, sócios, administradores, auditor,
perito e ou contador.
Acredita-se que Caruaru, as micros, pequenas, médias e grandes empresas pratiquem
vícios através dos administradores em não se preocuparem com a contabilidade, com a
auditoria, com a perícia, e diante da justiça a sociedade não é motivada ao uso do viés "Perícia
Judicial" e ou "Auditoria Independente". Detecta-se diante das dez varas de Caruaru, cinco
cíveis, duas trabalhistas, duas da Justiça Federal e uma da Fazenda Pública, que de quinze 15
mil processos movimentados entre 2002 e 2007, somente houve nomeação de peritos para
menos de 5% do total dos processos. A contabilidade é que se vire; essa atitude custa caro á
sociedade caruaruense: crime fiscal, crimes contra o patrimônio, indisponibilidade dos bens dos
sócios e administradores das empresas, pesadas multas, tributos, ingerência, falências,
morosidade da justiça, conflitos entre as pessoas, erros diversos, fraudes diversas.
"Vislumbra-se ser imprescindível ao empresário, ás pessoas físicas em geral, aos peritos e aos
auditores conhecerem a definição e o porquê de crimes, fraudes, dolos, erros, simulações,
arbitramentos fiscais, distribuição disfarçada de lucros, responsabilidades, diante da origem, do
uso e do destino do patrimônio; os meios e os privilégios de praticarem a auditoria e a perícia
saudáveis, como prova em defesa dos patrimônios nos mais variados embates.
Assim, também, um enfoque da importância da Auditoria e da Perícia como
complemento da contabilidade nas suas mais diversificadas áreas;
Fiscal: auxiliando na elaboração de informações para os órgãos fiscalizadores, do
qual depende todo o planejamento tributário da organização.Aqui as funções de auditores
internos e externos e as funções do perito judicial e extrajudicial têm suas relevantes atuações
na defesa do patrimônio, quando, principalmente, exige o teor ético nas suas intervenções;
Pública: Como o principal instrumento de controle e fiscalização que o governo
possui sobre todos os seus órgãos. Estes estão obrigados à preparação de orçamentos que são
aprovados oficialmente, devendo a Contabilidade pública registrar as transações em função
deles, atuando como instrumento de acompanhamento dos mesmos. A Lei n° 4.320/64 e a Lei
de responsabilidade Fiscal constituíram-se nas cartas magnas da legislação financeira do País,
temos as normas gerais para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços públicos. Vê-se
aqui a auditoria bastante presente e não menos importante é a perícia, principalmente a perícia
médica no contexto do INSS- Instituo Nacional de Seguro Social;
Gerencial: auxiliando a administração na otimização dos recursos disponíveis na
entidade, através de um controle adequado do patrimônio e dos custos. Aqui a auditoria interna
tem uma função ímpar, como
função de staf, pois traz á administração superior todos os detalhes quanto á origem, o
uso e o destino do patrimônio; traz uma defesa tendo em vista o lucro, objetivo geral de
qualquer organização com fins lucrativos;
Financeira: elaborando e consolidando as demonstrações contábeis para
disponibilizar informações aos usuários externos e serem bases para as auditorias e perícias
futuras:
Auditoria contábil: compreendendo o exame de documentos, livros e registros,
inspeções e obtendo informações, internas e externas, relacionadas com a defesa do
patrimônio, objetivando mensurar a exatidão destes registros e das demonstrações contábeis
deles decorrentes;
Perícia Contábil: elaborando laudos em processos judiciais e pareceres em processos
extrajudiciais sobre organizações com problemas financeiros causados por erros e ou fraudes
administrativos, com a finalidade maior de defender o patrimônio, diante de seus pedradores.
Não devemos cair em tentação, quando da origem, uso e destino do patrimônio e
sermos vítimas dos crimes abaixo explictados:
Segundo Victor Eduardo Rios Gonçalves, Editora Saraiva, na sua 10 a edição, 2007,
os crimes contra o patrimônio, em síntese, segundo a fonte indicada, são os seguintes.
O furto, o roubo, a extorsão, a usurpação, o dano, a apropriação indébita, o
estelionato, a receptação, das diversas fraudes.
O furto - subtrair para si ou para outrem, coisa alheia móvel> pena de reclusão de um
a quatro anos, e multa.
O roubo - temos o rouba próprio que é a subtração de coisa móvel alheia, para si
ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por
qualquer Temos também o roubo impróprio - Na mesma pena incorre quem, logo depois
subtraída a coisa, emprega violência contra a pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a
impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
Temos o roubo qualificado - Se da violência, para subtrair coisa móvel alheia
resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além de multa;
resulta-se morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
A extorsão - constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o
intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se
faça ou deixar fazer alguma coisa - pena de reclusão de quatro a dez anos, e multa. Aqui a
conduta típica do criminoso é constranger, que significa obrigar, coagir alguém a fazer algo -
um caso comum que tem acontecido muito entre nós é o de alguém, criminoso, telefona para
alguém, simulando estar em poder do filho dela, e exige a entrega de dinheiro.
A usurpação - suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal
indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia -
pena de detenção de um a seis meses, e multa.
O dano - dano simples - destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia - pena de
detenção de um a seis meses, e multa.
Dano qualificado - Se o crime é cometido com violência á pessoa ou grave ameaça,
e se o crime é cometido com emprego de substância inflamável ou explosiva - pena de
detenção de seis meses a um ano, e multa.
Da apropriação indébita - apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse
detenção - pena de reclusão de um a quatro anos, e multa.
Da apropriação indébita previdenciária - pena de reclusão de dois a cinco anos, e
multa, para quem deixa de repassar á previdência social as contribuições recolhidas dos
contribuintes, no prazo legal.
Da apropriação indébita tributária - Constitui crime contra a ordem tributaria suprimir
ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório - pena de reclusão de 2 a 5
anos, e multa.
ESTELIONATO - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo
alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro
meio fraudulento - pena de reclusão de um a cinco anos, e multa.
O estelionato é um crime que se caracteriza pelo emprego de fraude, uma vez que
agente, valendo-se de alguma artimanha, consegue enganar a vítima e convencê-la a entregar-
lhe algum pertence, e, na seqüência, locupleta-se ilicitamente com tal objeto, tal patrimônio
matéria":
Alienação ou operação fraudulenta de coisa própria - vender, permutar, dá em
pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou móvel
que prometeu vender a terceiros, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre
qualquer dessas circunstâncias é crime e a tipificação está no artigo 171, § 2 o II do código
penal.
Fraude na entrega de coisa, patrimônio - defraudar substância, qualidade e c quantidade
de coisa, patrimônio que deve ser entregue a alguém é crime e está no artigo 171 § 2 ; IV do
código penal.
Fraude para receber indenização de seguro - é crime e está tipificado no artigo 171 §
2°. V - quem destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria , ou lesa o próprio corpo ou
a saúde, ou agrava as conseqüências de lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou
valor de seguro é criminoso.
Fraude no pagamento por meio de cheque - é crime e está no artigo 171 § 2 o VI - quem
emite cheque, sem suficiência de fundos em poder do sacado, ou lhes frustra o pagamento é
criminoso. Terá a pena aumentada de um terço, se o crime for praticado ou cometido em
detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social
e de beneficência.
Duplicata simulada - pena de detenção de dois a quatro anos, e multa - pois emitir
fatura, duplicata ou nota fiscal de venda que não corresponda á mercadoria ao patrimônio
vendido em quantidade e qualidade, ou mesmo o serviço prestado é criminoso.
Falsidade no livro de registro de duplicatas - nas mesmas penas incorrerá quem
falsificar ou adulterar a escrituração do referido livro.
Induzimento á especulação - pena de reclusão de um a três anos, e multa - pois abusar,
em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de
outrem, induzindo-o á prática de jogo ou aposta, ou á especulação com títulos ou patrimônios,
sabendo ou devendo saber que a operação é ruinosa é criminoso.
Fraude no comércio - pena de detenção de seis meses a dois anos, e multa - enganar,
no exercício de atividade comercial, o adquirente ou consumidor: vendendo, como verdadeira
ou perfeita, mercadoria , patrimônio, falsificado ou deteriorado; entregando um patrimônio por
outro é crime.
Dezenas de outras fraudes podem citar, tais como: tomar refeição em restaurante,
alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o
pagamento - pena de detenção de quinze dias a dois meses, ou multa.
Fraude e abusos na fundação ou administração de sociedade por ações; fraude contra a
economia popular; emissão irregular de conhecimento de depósito ou warrant; fraude á
execução e assim dezenas de outras fraudes.
Da receptação - receptação dolosa - adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar,
em proveito próprio ou alheio, coisa, patrimônio que sabe ser produto de crime - pena de
reclusão de um a quatro anos, e multa.
Na receptação culposa - a pena é de detenção e de um mês a um ano, ou multa, ou
ambas as penas.
Receptação imprópria - influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte
patrimônio que seja produto de crime - pena de reclusão de um a quatro anos, e multa.
Receptação qualificada - adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em
depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor á venda, ou de qualquer forma utilizar, em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial e ou industrial e ou de serviço,
patrimônio que deve saber ser produto de crime é criminoso - pena de reclusão de três a oito
anos, e multa.
Para terminar esta chamada de atenção para os proprietários ou não de patrimônios,
temos a informar, com base nos ensinamentos do Mestre acima referenciado, o perdão judicial,
pois se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar dc
1 aplicar a pena; mas somente pode isto acontecer se a receptação for culposa.
A fraude é caracterizada pela falsificação ou alteração de registros ou documento pela
omissão de transações nos registros contábeis; por registrar transações sem comprovação ainda
por aplicar práticas contábeis indevidas. Os erros se caracterizam por serem involuntários, ou
seja, ocorre omissão, desatenção ou má interpretação de fatos nas demonstrações contar: As
empresas devem tomar alguns cuidados para prevenir comportamentos inadequados em suas
operações. A prevenção deve começar a partir da contratação dos empregados, pois se observa
que os setores de compras, financeiro, de recursos humanos e da tecnologia da informação são
os mais afetados pelas irregularidades contábeis. A auditoria exerce um papel fundamental na
verificação dessas irregularidades, visto que evidencia as fraudes, e principalmente, impede a
prática desses delitos com a criação de controles internos, e não apenas identifica os fatos já
realizados. A perícia contábil, por sua vez, é um instrumento indispensável na verificação o:
fraudes e erros contábeis, pois realiza procedimentos importantes, como exame, vistoria,
indagação, investigação, arbitramento, avaliação e certificação, afim de esclarecer determinados
fatos. É, portanto, fundamental que as irregularidades sejam combatidas, pois caso contrário, as
empresas terão grandes problemas, como os ocorridos na Enron, Xerox, Worldcom.
A Contabilidade visa demonstrar a situação patrimonial de uma empresa, e com base nela.
pessoas fazem investimentos, fornecedores acreditam na capacidade que a empresa tem de I
saldar suas dívidas, bancos e instituições decidem o quanto de financiamento pode se:
proporcionado à organização, governo calcula impostos devidos, gestores tomam decisões
internas, enfim, a Contabilidade é um importante instrumento para decisões de usuários interno
e externos.
Princípios e Normas Contábeis existem para que as informações empresariais
divulgadas sigam um mesmo padrão e, assim, possam ser comparados resultados de diversas
empresas, mantendo uma fidelidade quanto à realidade encontrada nas organizações. No então:
podem existir pessoas mal intencionadas dentro da empresa, que podem cometer crimes
financeiros, e fazer com que as informações divulgadas sejam distorcidas, demonstrando uma
situação que seja favorável a seu interesse, caracterizando as fraudes. Além disso a
Contabilidade é uma ferramenta que está suscetível ao erro, pois um funcionário pode realizá-
lo sem que se dê conta disso, seja por desinformação sobre algum procedimento contábil, seja
por erros de digitação etc.
Se fraudes e erros acontecem nas empresas, precisa-se saber: O que é fraude? E erro?
O que fazer ao se descobrir essas irregularidades dentro da empresa? Como fazer para evitar
que elas continuem acontecendo? O que leva alguém a cometer erro ou fraude? Quais os
efeitos para a tomada de decisão? Quais as responsabilidades inerentes à administração da
empresa, ao auditor e ao perito?
Este trabalho tem como um dos objetivos identificar a diferença entre esses dc tipos
de irregularidade, encontrar as "brechas" que possibilitam que isso ocorra, quais seus efeitos
etc. Para isso, foram utilizados livros de auditoria e perícia, bem como pesquisas em sites da
Internet e até pesquisa empírica através do Plantão Fiscal da Delegacia da Receita Federal do
Brasil, em Caruaru, Pernambuco.
De acordo com a NBC T 12, "o termo fraude aplica-se a atos voluntários de
omissão e manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros,
relatórios e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quanto monetários".
A fraude pode ser caracterizada pela falsificação ou alteração de registros ou
documentos; pela omissão de transações nos registros contábeis; por registrar transações sem
comprovação; e ainda por aplicar práticas contábeis indevidas. A fraude é motivada pela
intenção ie lesão de interesses alheios, resultando falsas situações de contas, lucros líquidos
alterados, erros na classificação de receita e despesa, omissão de entrada de dinheiro, e outros
atos falsos com intenção criminosa. Quando a contabilidade é usada para representar fatos
inexistentes, ou então sem veracidade, com o propósito de beneficiar alguém em prejuízo de
outrem, existe a fraude em contabilidade.
Enquanto que a citada norma afirma que "o termo erro aplica-se a atos involuntários
ce omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de
registros e demonstrações contábeis, bem como de transações e operações da Entidade, tanto
em lermos físicos quanto monetários".
Os erros se caracterizam por serem involuntários nas demonstrações contábeis. Pode
ser um erro aritmético (por exemplo, digitar 2.500,00 ao invés de 5.200,00), de execução nos
registros e elementos contábeis (como classificar Papéis na conta de Material de Consumo,
quando deveria ter sido classificado como Material de Escritório), ou por desconhecimento das
aplicações dos princípios contábeis (por exemplo, registrando a despesa de aluguel somente no
seu pagamento, que ocorre no mês subseqüente, ferindo o princípio da competência). Quanto
mais complexas as transações ocorridas na empresa, maior a possibilidade de erro durante os
lançamentos, havendo dúvida quanto a que conta utilizar e qual devem ser debitados ou
creditados, pois pode ocorrer interpretações e aplicações incorretas das normas contábeis.
SA (1997) define fraude como sendo uma ação premeditada para lesar alguém, e erro
como uma ação involuntária, sem o intuito de causar dano. A fraude corresponde ao dolo, ou
seja, aquela ação premeditada que visa ao proveito de alguma forma para si ou terceiros,
enquanto o erro diz respeito à culpa, e ocorre geralmente por esquecimento, desatenção, etc.
As fraudes podem ocorrer nos elementos: do ativo circulante da empresa, ativo
permanente, no passivo, no patrimônio líquido, nos custos, nas despesas e nas receitas. As
fraudes ocorrem como desvios de dinheiro, despesas fictícias, desvios de mercadorias,
recebimento de créditos sem dar-se baixa, adulterações de documentos, falsificação de
documentos etc.
Erros contábeis ou a manipulação de dados por funcionários de alta confiança podem
gerar fraudes financeiras. Além disso, a falta de procedimentos adequados nas operações pode
propiciar atitudes ilícitas, que posteriormente acarretará uma fraude.
São exemplos de eixos: somas feitas sem computar parcelas, crédito em dobro,
inversão de números, esquecimento de realizar transportes de números, classificação indevida
de documento etc. Esses fatores podem causar grandes problemas às organizações, uma vez que
podem causar a falência da empresa, como também provocar a perda de seus clientes, entre
outros fatores.
E necessário que sejam desenvolvidos serviços de prevenção e combate à fraude,
como também desenvolver atividades preventivas para evitar a ocorrencia de erros.
Encontrando-se erros e ou fraudes: o que fazer?
Segundo SÁ, 1982 durante a realização da auditoria, podem surgir alguns indícios de
que possa estar ocorrendo erro ou fraude, alguns deles são:
-Discrepância nos registros contábeis (por exemplo, diferença na norma das contas
analíticas comparadas ao saldo constante nas sintéticas);
-Diferenças reveladas por confirmações recebidas de terceiros;
-Número de respostas aos pedidos de confirmação direta bem inferior ao esperado
-Transações não suportadas por documentação apropriada;
-Transações não contabilizadas de acordo com instruções genéricas ou específicas da
gerência;
-Transações inusitadas no fim ou próximo do fim do exercício.
Ao ser encontrado algum erro, deve-se observar com que freqüência vem ocorrendo
esse tipo de irregularidade, e em que proporção. Com essa verificação, pode-se procurar
descobrir qual a causa daqueles erros que estão sempre se repetindo, bem como atentar para
possíveis erros nas contas relacionadas. Conhecendo as falhas que vêm ocorrendo na empresa
fica mais fácil para o administrador buscar solucionar esse problema.
O auditor deverá avaliar bem o sistema contábil, dando bastante atenção à atuação
inadequada da administração (a alta administração é feita por um pequeno grupo, não existindo
assim uma supervisão eficaz); pressões internas ou externas (setor econômico está em declínio
aumentando dessa maneira as falências das empresas ou insuficiência do capital de giro, devido
a diminuição do lucro ou sua rápida expansão); transações que parecem anormais (pagamento
parecendo excessivos em relação aos serviços prestados); problemas internos no cumprimente
dos trabalhos de auditoria (registros feitos de forma inadequada, arquivos incompletos, ajustes
excessivos nos livros e contas); fatores no ambiente de sistemas de informação
computadorizados (dificuldade de obter informações dos arquivos de computador, devido à falta
de documentação ou desatualização da mesma).
Quando indicada a existência de fraude e/ou erro, e se o auditor acreditar que estes
resultarão em distorções relevantes nas DRE's, o auditor deve modificar seus procedimentos, e
adicionar outros. Assim, será permitido ao auditor confirmar ou eliminar a suspeita destas
irregularidades. Caso a não aplicação daqueles, será discutida com a administração da entidade
na qual está sendo auditada, as providências que serão tornadas.
É necessário, para isso. identificar as áreas de instabilidade através de mapeamento de
risco, e um dos métodos para fazê-lo se chama Controle de Avaliação de Risco onde o auditor
elabora um questionário e envia a cada departamento. A partir das respostas e da documentação
de dados que já possui, a auditoria avalia e classifica o risco dos setores em baixo, médio e alto.
O auditor deve avaliar também as implicações de fraudes e/ou erros quanto a
confiabilidade das informações escritas ou verbais fornecidas pela administração. Quando a
fraude e/ou erro não for detectado pelo controle interno ou não estiver incluído nas informações
da administração, o auditor deve então reconsiderar a avaliação de risco e a validade dessas
informações.
A responsabilização da fraude tem dois aspectos: o penal e o civil. O primeiro é o
enquadramento do ato fraudatório como crime e implica na aplicação de medidas punitivas
apenas utilizado quando desejar a sanção criminal do autor da fraude. O segundo engloba as
perdas causadas pela fraude cometida. É nesse último aspecto que é feita a tentativa de
recuperação do montante que foi desviado, através do pedido de medida cautelar de produção
antecipada de provas e de buscar e apreensão de documentos que possam servir como futuras
provas.
Como prevenir fraudes
A maior incidência de fraudes se dá em relação a operações que envolvem dinheiro,
estoques e créditos a receber. Com o objetivo de impedir a ocorrência de fraudes, as empresas
devem evitar que a realização e autorização de pagamento sejam realizadas pela mesma pessoa.
Caso isso não ocorra, o auditor contábil quando da realização do seu trabalho, indicará que há
indícios de possibilidade de fraude na organização. Daí a grande responsabilidade do trabalho
do auditor que deve identificar estes fatos e sugerir que sejam tomadas as medidas corretivas
necessárias. Para prevenir esse tipo de comportamento, alguns cuidados podem ser tomados:
-A prevenção contra fraudes deve começar a partir da contratação dos empregados,
buscando saber nas empresas por onde já trabalharam, o comportamento em que tinham. As
áreas mais atingidas pelas irregularidades são os setores de compras, financeiro, de recursos
humanos, como também a área de tecnologia da informação;
-Verificar se a contabilidade está correta ou se as operações estão sendo registradas;
-E ideal que as auditorias externa e interna trabalhem de forma integrada, aplicando
programas de prevenção, não sendo recomendável que seja utilizada apenas a auditoria externa,
pois mesmo que esta identifique um crime corporativo, dificilmente seus profissionais saberão
lidar com o problema, já que lhes faltam subsídios de perícia contábil para trabalhar com caso
judicial;
-Controlar sistemas de folha de pagamento, de contas a pagar e contas a receber é uma
tarefa importante;
-O profissional de contabilidade deve agregar conhecimentos das Leis e Códigos
Processuais, de Criminologia, de Sociologia, de Psicologia e, principalmente, de Auditoria e de
Perícia Contábil. Os estudos sobre Criminologia, Sociologia e Psicologia irão ajudar o contador
aumentando sua capacidade de identificar padrões de conduta alterada e indícios de distúrbios.
Esses conhecimentos darão ao Contador Investigador de Fraudes condições de propor
alternativas e penalidades para se prevenir a ação dos fraudadores;
-Cálculo dos danos causados pela fraude, tais como: valor presente dos recursos
desviados, cálculo do lucro cessante e custos de oportunidade;
-Revisão independente dos valores pagos a fornecedores e parceiros comerciais;
-Revisão independente de contas a receber e conciliação contábil;
-Revisão independente dos contratos e cláusulas comerciais.
Percebe-se que estes são mecanismos importantes, os quais as organizações de
considerar para desenvolver suas atividades de forma segura, oferecendo conseqüente
confiança a seus clientes e obter, com isso, bons resultados.
Percebe-se que a diferença básica entre a fraude e o erro está na intenção ou não em
cometer a irregularidade. Se esta for descoberta durante procedimentos de auditor responsável
pelo trabalho procurar a administração da empresa e comunicar o que esta ocorrendo, para
que esta possa tomar as medidas corretivas cabíveis. Se necessário, pode-se contratar o
serviço de um perito para encontrar em que ponto a fraude ou erro vem ocorrendo, visto que
este profissional tem profundo conhecimento da matéria e faz uma investigação bastante
aprofundada para, então, ter informações suficientes para embasar sua opinião.
Foi visto que para evitar que fraudes ou erros ocorram dentro de uma empresa pode- ]
se tomar algumas providências, dentre elas informar-se melhor sobre os funcionários ... contrata
e ter um controle interno eficiente. Dentre outros, são considerados como os principais motivos
encontrados para que alguém cometa fraude o seu não reconhecimento profissional,
necessidade financeira e a não punição em outros casos de fraudes. Irregularidades como um
todo só prejudica a empresa, pois esta, bem como os usuários externos, toma decisões
baseando-se em informações irreais, além disso, quando descobertas, tendem a "manchar" o
nome da empresa Cabe então à administração tomar todas as providências cabíveis para que
não existam erros ou fraudes dentro da empresa.
O enfoque do presente trabalho é, sobretudo alertar aos proprietários de patrimônio,
sejam pessoas físicas e ou pessoas jurídicas a importância da auditoria e da perícia ao nível
necessário a permitir, o discernimento sobre as possibilidades de aplicação na prevenção e
descoberta dos erros e das fraudes. Obviamente, não é nossa pretensão conferir aos
proprietários dos patrimônios, conhecimentos específicos sobre a matéria, mas o suficiente a
permitir uma reflexão para a decisão de implementar a utilização da auditoria e da perícia
come elementos estratégicos para minimizar e ou acabar os eixos e as fraudes diante da
origem, do uso e do destino dos seus patrimônios, em Caruaru.
DA INFORMALIDADE
Pode-se verificar, com auxílio da literatura, que há forte correlação entre instituições e
crescimento econômico, mas também que o nível educacional e o desenvolvimento provocam
melhorias institucionais. Não se trata da busca da primazia causai das instituições sobre o
desenvolvimento econômico, visto que instituições, políticas e desenvolvimento são elementos
mutuamente endógenos, mas da constatação de que as instituições públicas constituem um
fundamento desse processo, que, apesar de recorrente na agenda política, não tem se
concretizado no Brasil.
Fortuna invisível:
Fora das estatísticas oficiais, 30 milhões de brasileiros ganham dinheiro e produzem |
mais de 200 bilhões de dólares por ano na economia informal.
O Brasil descobriu há muito tempo que tem uma economia clandestina que foge do j
imposto e não tem registro nos órgãos oficiais, mas só recentemente se entendeu o tamanho
desse animal subterrâneo. O mercado informal brasileiro, segundo cálculos conservadores,
equivale a três economias de Portugal ou a uma Suécia inteira. Em pouquíssimos países do
mundo há uma energia subterrânea tão produtiva quanto a do Brasil. Do ponto de vista do
recolhimento de impostos, isso é muito ruim porque o Fisco ganharia mais caso o exército da
informalidade entrasse na lista dos contribuintes. Pelo ângulo social, o mercado clandestino é
muito positivo porque dá renda e sustento mais decente a algo como 30 milhões de brasileiros,
conforme as contas existentes. Quanto às estatísticas oficiais sobre emprego, renda, consumo ou
nível de conforto, simplesmente esqueça. O Brasil retratado nos números do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, IBGE, e transportado para as análises de economistas e sociólogos é
um reflexo embaçado do Brasil real. O país que os números mostram é muito mais pobre do que
o país que de fato existe. "Quando se trata de economia informal, os números estão sempre
sujeitos a muita controvérsia, mas o Brasil não é tão ruim como querem as estatísticas oficiais",
diz o ex-ministro Mario Henrique Simonsen.
O brasileiro de classe média é compreensivo com o dentista amigo que não dá recibo
e tende a desprezar o barraqueiro que vende doce na feira. Deveria ser mais exigente com o
dentista e mais atencioso com o barraqueiro, que no fim das contas trabalha mais do que o
professor ou o bancário - e seguramente ganha mais do que ambos. Para sentir a força do
mercado informal, basta olhar em volta. Quem nunca comprou um cortador de unhas, um
brinquedo, uma panela, uma camiseta ou uma pipoca do vendedor dc ma? Tudo isso vem da
indústria e do comércio informal. A costureira, preste atenção, tem duas ou três ajudantes e no
seu ateliê pode ser que ninguém tenha registro no Ministério do Trabalho e muito menos o
CNPJ do Ministério da Fazenda, cadastro obrigatório para os grandes e pequenos. O dono da
Kombi estaciona no meio-fio para vender pamonha em São Paulo e coco verde no Rio de
Janeiro sem que a Receita Federai seja informada dessa fonte de renda. Muitas outras coisas
circulam pela economia brasileira sem registro oficial. O balde de plástico na feira, a cadeira
de vime oferecida na rua, a fita cassete no camelódromo, as roupas trazidas de Santa Catarina
pela sacoleira. Tudo isso contribui para esquentar a atividade de um mundo que produz, vende
e compra na surdina, gerando a cada ano uma fortuna de pelo menos 200 bilhões de dólares.
Essa é a conta por baixo. Para alguns economistas que pesquisam o assunto, a economia
informal estaria produzindo hoje pelo menos 250 bilhões de dólares além do PIB oficialmente
reconhecido de 530 bilhões. Há estimativas que elevam a cifra para 300 bilhões de dólares por
ano. Como a economia paralela não consta das estatísticas oficiais, políticas de governo são
traçadas em Brasília para um país menor do que o real. A estratégia das empresas também se
refere a um mundo subestimado. Segundo dados do IBGE, o instituto encarregado de
contabilizar a população e a riqueza do país, 30 milhões de brasileiros ganham, todos os meses,
um dinheiro que não é suficiente para comprar uma cesta básica. E como se existissem três
Somálias dentro do Brasil. Não é preciso muito mais que o senso comum para concluir que esse
número reflete um delírio estatístico.
Pode-se encontrar no Brasil muita gente miserável, mas nunca se materializam aquelas
multidões esqueléticas que freqüentam os países africanos em guerra civil. Num país que por
incompetência estatística deforma os números a respeito de menores de ma ou prostitutas
mirins, nada mais natural do que também entortar a realidade a respeito do perfil sócio-
econômico da população. "A estatística oficial só detecta uma parte da realidade. Se não fosse
assim, o Brasil já teria entrado em colapso", diz o economista Nelson Barrizzelli, professor da
Universidade de São Paulo. Barrizzelli descobriu que alguma coisa andava errada com os
números oficiais em 1988. Naquele ano, segundo o IBGE, o PIB brasileiro havia sofrido uma
queda de 0,3%. Mas as análises feitas por empresas de consultoria sobre o desempenho das
maiores companhias do país mostravam crescimento nas vendas e nos lucros. O professor saiu
em busca de outras pesquisas, regionais, e acabou concluindo que havia crescimento por toda
parte e que a soma das partes dava um resultado muito diferente do retrato pintado pelas tabelas
oficiais.
O tradicional IBGE não tem tanta culpa quanto se poderia imaginar. Seus
pesquisadores olham o Brasil do alto, como quem vê as avenidas e as mas de uma cidade
debruçado na janela de um avião. Perdem-se de vista as vielas e os becos. O IBGE não tem
verbas nem pessoal para escarafunchar o que está abaixo da superfície. Nem mesmo consegue
manter seus levantamentos atualizados. No caso do censo econômico,.previsto para ser feito de
cinco em cinco anos, trabalha-se hoje com uma defasagem constrangedora. O último
levantamento é de 1985. De lá para cá, a economia brasileira já sofreu sete planos econômicos,
e, a cada virada promovida pelo laboratório dos economistas oficiais, some um país e nasce
outro. Mesmo no desenvolvimento do Plano Real, aparentemente tão livre de sobressaltos, os
ministros econômicos, Pedro Malan e José Serra, conseguem virar tudo de pernas para o ar a
cada três meses. Pois bem: num caos como o brasileiro, toda a estrutura industrial que serve de
base para os cálculos do PIB está alicerçada no censo de 1985. A partir do Plano Real, a
situação ficou mais complicada. Com o rebaixamento da inflação, houve uma transferência
brutal de renda para as classes populares, o mercado da informalidade explodiu e nada disso foi
registrado na contábil idade nacional.
"Nós estamos fazendo esforços para captar a informalidade na vida brasileira",
anuncia o presidente do IBGE, Simon Schwartzman. Na semana passada, o instituto pôs na ma
a primeira tropa de funcionários com os questionários de uma pesquisa que vai varrer becos e
vielas. Servirá para estabelecer a diferença entre miragem e realidade. O problema é que a
miragem criou uma visão do Brasil que circula há muitos anos. Está entranhada nas análises
acadêmicas, no discurso político e nos diagnósticos econômicos. Veja um exemplo dessa
construção mitológica. Estudos tradicionais sempre mostraram que o gasto do Brasil com mão-
de-obra representava 65% do PIB. Na década de 80, essa porcentagem foi caindo. Em 1985 era
de 42,45%, e as projeções feitas com base nos dados do IBGE em 1990 indicavam que essa
despesa mergulhara para um ponto mais baixo ainda, apenas 30% do PIB. Ou seja: em dez
anos, as empresas reduziram seu gasto com pessoal em 30%.
Os dados do IBGE podem significar que as pessoas estão ganhando muito menos ou que o
número de desempregados aumentou uma barbaridade. Ou as duas coisas aconteceram ao
mesmo tempo, e o Brasil está à beira de um colapso. Mas é isso que se vê? Segundo a
pesquisa de emprego feita pela Fundação Seade e pelo Dieese na Grande São Paulo, o que
aconteceu foi que as pessoas encontraram outras formas de ganhar dinheiro. O trabalho
assalariado está perdendo importância e vem crescendo, no Brasil, aquela economia que o
IBGE não enxerga. Pelos dados do Seade havia, em julho do ano passado, na Grande São
Paulo, 2,4 milhões de pessoas que trabalhavam sem registro ou como autônomos. Um ano
depois, o número de trabalhadores sem registro cresceu 7,2%. Enquanto os salários dos
assalariados caiu 12,6%, os rendimentos de quem trabalha sem registro ou como autônomo
cresceram 18,7%.
No Brasil, a informalidade produz milagres como o que se vê numa família brasileira
típica que mora em São José dos Campos, no interior de São Paulo. O chefe da casa chama-se
João dos Santos, é um senhor de 67 anos e tem uma alfaiataria bastante procurada. Nunca
registrou seu negócio nem se preocupou em contratar um contador. "Não sei se vale a pena ir
atrás da papelada. Vou ter trabalho demais. Não sei se o que ganho paga esse esforço", diz. João
dos Santos é pai de três filhos, que também trabalham na informalidade. Todos eram
funcionários da Embraer, a fábrica brasileira de aviões que, no processo de privatização, demitiu
8.000 funcionários. O resultado da limpeza nos quadros da Embraer é que em São José dos
Campos se encontram muitas famílias informais. Dos filhos de João dos Santos, um faz filmes
em casamentos, outro aluga equipamentos de som para bandas que se apresentam na cidade e o
terceiro ajuda o pai na alfaiataria.
Vários estudos confirmam a força do mundo subterrâneo. Um deles saiu da InterSiense.
consultoria de São Paulo que presta serviços para a Ciba Geigy. a Dupont e a j Bombril, entre
muitos outros clientes, e tem em seu quadro fixo trinta analistas, entre sociólogo, psicólogos,
estatísticos e economistas. Segundo a InterSience, uma das questões que preocupavam seus
clientes no final do ano passado era o aquecimento econômico provocado pelo Plano Real. As
vendas haviam crescido uma barbaridade e as empresas queriam saber se isso era | um
fenômeno passageiro, uma febre de compras atacando os consumidores de sempre ou se de fato
havia um mercado novo em ascensão, uma força extra em atividade.
A InterScience mandou seus pesquisadores para a rua com a seguinte instrução: eles
partiriam do questionário básico do IBGE e depois iriam detalhando as respostas. Assim:
-Somando todos os seus rendimentos, quanto o senhor ganha por mês?
-O senhor está considerando férias, 14" salário, prêmios?
- Sua mulher não ganha alguma coisa fazendo outro serviço qualquer? E seus filhos?
E, nas horas vagas, o senhor não faz algum serviço extra? Somando tudo, quanto dá?
Com perguntas assim, foram entrevistadas 5 000 famílias de todas as classes soe;., em
todas as regiões do país. O trabalho resultou numa pirâmide de renda bem diferente da oficial.
"As perguntas feitas pelo IBGE são muito genéricas. Descobrimos que as pessoas não estavam
informando tudo o que ganhavam. Quando cresce a economia informal, o IBGE perde sua I
precisão no retrato da realidade brasileira", diz Paulo Secches, diretor-presídenteda Interscience
A empresa descobriu que as famílias miseráveis, que vivem com até um salário
mínimo, não são 4,2 milhões, conforme indicam os levantamentos oficiais, mas 2,8 milhões.
As famílias consideradas de baixa renda ganham em média o correspondente a 748 dólares e
representam 54% da população brasileira. Ao contrário do que se pensa, é gente com poder de
compra. O que nem o governo nem as empresas estavam percebendo, e foi mostrado pela
pesquisa, é que, enquanto a renda disponível para consumo mensal de todos os ricos
brasileiros (que ganham em média 14 423 dólares por mês) é de 5,3 bilhões de dólares
mensais, ou 63. bilhões anuais, o pessoal de baixa renda dispõe de mais de 17 bilhões de
dólares mensais, ou 205 bilhões anuais.
A disparidade de renda continua em ação, o fosso social é uma indignidade e as elites
dirigentes, que montaram esse modelo irresponsável, dão provas de que perderam a sanidade em
algum lugar da rota percorrida nos últimos trinta anos. Nada disso muda o fato de que na
população brasileira há poder de compra maior do que o imaginado. Por outros caminhos,
comparando o crescimento do PIB brasileiro com índices de consumo de energia elétrica e
vendas de cimento, entre outros, Barrizzelli chegou a um número semelhante, que
provavelmente espelha o dinheiro movimentado pela economia informal: cerca de 250 bilhões
de dólares por ano. "Esse dinheirão circula num mundo que não aparece nos congressos de
economistas e nas contas do governo", diz o professor da Universidade de São Paulo.
E natural que um terreno movediço como o da economia clandestina crie muita
divergência entre os economistas. Cláudio Considera, diretor do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada, Ipea, acha que ela é menor do que dizem e, além do mais, pouco
produtiva. O sociólogo carioca Sérgio Abranches, que presta serviços de consultoria para várias
empresas, acha que há certo exagero no ar, mas recomenda que não se subestime a economia
informal. "Há menos pobres no Brasil do que se diz e mais renda do que se apregoa. O poder
aquisitivo da população também não é aquele que está nas estatísticas. Elas são subestimadas",
afirma Abranches. Ele próprio já teve clientes que subestimaram o mercado com base nas
estatísticas oficiais e tiveram de reavaliar suas estratégias de atuação. O ex-ministro Mailson da
Nóbrega estima que a economia paralela represente uns 40% do PIB nacional, e a "economista
Alice Kalyvas de Carvalho, ex-funcionária da Secretaria de Planejamento da Presidência, hoje
na Secretaria de Fazenda do Distrito Federal, aposta que equivale a mais de 50% do PIB.
Ao cidadão comum resta a prudência - e os dois olhos para ver. Vista do ângulo do
governo, Santa Cruz da Baixa Verde, no sertão de Pernambuco, não passa de um amontoado de
casebres onde vive uma população sem outra fonte de renda além da mesada paga pelo Fundo
de Participação dos Municípios. Em Santa Cruz da Baixa Verde, ninguém paga imposto de
renda, quase não há arrecadação de ICMS e os 12 000 habitantes do lugar recheiam a estatística
dos miseráveis. A realidade é bem diferente. Aquela gente vive de fazer rapadura em engenhos
informais. Ninguém percebe, mas eles produzem 3 300 toneladas de rapadura por ano, o que
significa um volume de vendas de 1 milhão de reais - quinze meses da cota da cidade no Fundo
de Participação dos Municípios ou 250 vezes o ICMS que Santa Cruz da Baixa Verde recolhe
para o Estado. A rapadura não paga um tostão de imposto e 90% da população da cidade vive
de produzi-la. "Temos um município rico e uma prefeitura pobre", diz o prefeito Armando
Nunes.
Do outro lado do país, em Santa Catarina, há cidades inteiras vivendo de fazer roupas
de malha na informalidade. E trabalhadores metidos nas mais incríveis atividades submarinas.
Ecegel Glasenapp, morador de Jaraguá do Sul, é um homem de 37 anos que já trabalhou como
escriturário numa concessionária de automóveis e foi chefe de uma metalúrgica. Hoje ele vive
de um negócio diferente. Não recebe salário nem bate ponto, mas ganha 4 500 reais por mês.
Ecegel seca penas de marreco compradas de criadores da ave que não aproveitam o material e
vende essas penas para fabricantes (informais) de travesseiros. Ecegel tem dois carros, um para
trabalhar, outro para passear, e uma casa espaçosa onde mora com a mulher e os dois filhos. A
família também tem um sítio. É nele que Ecegel quer construir uma estufa maior, para trabalhar
-ais. "Vou virar o rei da pena", diz.
Em todo o mundo, os números oficiais têm dificuldade de retratar a realidade. Nos
Estados Unidos, a economia informal é calculada em 12% do PIB. Na Itália, ela é muito maior.
Já chegou a ser estimada em 70% do PIB. A Organização Internacional do Trabalho calcula que
haja
300 milhões de pessoas em todo o mundo trabalhando na economia subterrânea. No
Brasil, estão 10% dessa gente. É natural que seja difícil acompanhar tudo o que eles fazem. O
rei das penas de marreco Ecegel Glasenapp é. nos números do governo, um desempregado. Na
vida real. é um empresário do mundo informal. "Como se explica que o crescimento do
número de empregos no Brasil não acompanhe o ritmo de crescimento da economia?",
pergunta Pedro Paulo Martoni Branco, diretor executivo da Fundação Sistema Estadual de
Análise de Dados, Seade. "O que puxou o país para a frente foi a economia informal", diz.
Mas é possível? E. A economia informal inclui a costureira, o consertador de panelas, os
negócios feitos em espécie, as operações em moeda estrangeira, o caixa dois das empresas, as
vendas sem nota fiscal, o subfaturamento das exportações, o salário pago no exterior a um
diretor de empresa multinacional. Metade da agricultura brasileira está nesse mundo, bem
como o médico e o dentista e todos os outros negócios que fogem dos impostos cobrados no
país, inclusive o contrabando.
São atividades difíceis de medir, mas todo mundo que se dedica a observar esse lado
da economia brasileira concorda que ele está crescendo. E está crescendo principalmente na
sua face mais distante do crime, quer dizer, não no contrabando ou no caixa dois, que andam
mais ou menos contidos desde que as importações foram liberadas e que a enxurrada de
denúncias que começou com o caso PC, no tempo do governo Collor, inibiu os negócios
paralelos nas empresas. A economia informal está crescendo e se tornando mais complexa na
produção regular de riquezas e de serviços. Um caso exemplar é o do garçom Nerivaldo
Gonçalves. Há oito anos ele trabalha no Ministério da Fazenda, atendendo o gabinete do
ministro. Ganha R$ 415,00 por mês. Três anos atrás, resolveu tirar algum por fora vendendo
sanduíches e refrigerantes dentro do prédio do ministério para os funcionários. Por isso, pode
pagar seu aluguel e ainda tomar uma cachaça no fim de semana. Nerivaldo, que faz dinheiro
no prédio onde funciona a Receita Federal, não paga imposto. Como ele, há milhões de
brasileiros, maiores e menores do que Nerivaldo, que escapam dos apertos salariais dessa
forma. Pulam, pode-se dizer, para o negócio próprio, por mais ínfimo que seja.
Quando se pensa em economia informal, o que vem à cabeça, de imediato, é a rede
de pequenos fabricantes numa ponta e, na outra, o camelô, que vende a mercadoria. Para
Brasília, todos esses integrantes da rede não têm dimensão que mereça cuidados individuais.
As prefeituras e os Estados agem da mesma forma, com a tolerância que se deve ter diante de
alguém muito pequeno para fiscalizar e muito modesto para punir. É a reunião de toda essa
gente na sua sociedade escondida que cria o grande formigueiro. Não há muito que fazer e, de
qualquer maneira, a informalidade acaba desembocando na economia formal, no momento em
que o encanador ou o fabricante de tijolos gastam seu dinheiro no supermercado ou no
shopping center.
Em pontos conhecidos das metrópoles brasileiras espalham-se os showrooms da
informalidade. Percorrer um deles pode ser uma experiência interessante para o habitante do
mundo formal. No bairro paulistano do Brás, um dos maiores centros de comércio da América
Latina, passam diariamente cerca de 250 000 pessoas, que sempre compram alguma coisa. Só
no Largo da Concórdia, uma enorme praça localizada na entrada do bairro, trabalham 70C
vendedores ambulantes. Ali se vende de relógio suíço a canivete chinês, de sutiã a casacos de lã.
de fósforos a ferramentas. E no Brás que as sacoleiras e os vendedores ambulantes de todo o
país. e até da Argentina e do Paraguai, se abastecem. Eles, e mais o povo que passa por ali para
tomar metrô ou trem a caminho de casa, formam a freguesia dos camelôs. "Quem experimenta a
1 economia informal não quer mais voltar a ser empregado. Ganha-se mais como ambulante",
diz Carlos Silveira, fundador do primeiro sindicato que reuniu os trabalhadores informais em
São Paulo. Na cidade, segundo dados do sindicato, há hoje 250 000 vendedores ambulantes (do
pipoqueiro ao camelô) - 30% mais do que antes da estréia do Plano Real.
O camelô é só a ponta de uma estrutura de produção enorme. Não há camelódromo no
Brasil onde não se venda perfume informal de marcas pirateadas como Chanel. Eternity, Azarro,
Giovanna Baby. A grã-fina do Leblon jamais sairia de casa com uma gota dessa química, mas
muitas mulheres gostam e compram. O paulista Murilo Gurgel Praxedes é um dos que ganham a
vida multiplicando fragrâncias. Casado, com duas filhas, Murilo era vendedor em grandes
empresas. Há dez anos resolveu trabalhar por conta própria. Comprou essências de pequenos
importadores e passou a produzir perfumes.
Começou a vender numa banca. Hoje. tem uma loja no bairro da Penha, Zona Leste de
São Paulo, onde vende todo tipo de quinquilharia. Esse é o lado formal da sua vida. No fundo
da loja e no quintal de sua casa, funciona o lado informal - a fábrica de perfumes. Produz 1 000
vidros por mês, com preços que variam de 2 a 6 reais, e conta com uma rede de distribuição:
100 pessoas vivem de vender a mercadoria de porta em porta. O negócio de Murilo movimenta
ainda costureiras, que produzem o saquinho para embalar o perfume, uma gráfica, que faz os
rótulos, a fábrica de vidros e o canal através do qual as essências são importadas. E uma
verdadeira máquina. Em dez anos de trabalho, Murilo comprou casa própria e tem um carro.
"Como vendedor não teria nada disso", diz o perfumista.
A carioca Vera Lúcia Corrêa de Mello, ex-digitadora do IBGE (onde recebia dois
salários mínimos), também movimenta uma rede econômica considerável. Com três filhos para
criar e sem receber pensão do ex-marido, ela começou fazendo e vendendo peças de crochê.
Hoje, quinze anos depois, Vera é capita de um batalhão que produz tapetes, cortinas, redes,
almofadas, toalhas. Contrata os serviços de dezenas de pessoas no Rio de Janeiro, em Bananal,
no norte fluminense, e em Campina Grande, na Paraíba. Ajudada pelos três filhos e por duas
noras, ela também comanda uma cadeia de oito barracas espalhadas pela cidade do Rio de
Janeiro. Seus negócios são controlados por computador.
A explosão do mercado informal é um fenômeno típico de economia instável e pobre.
O bom mesmo, para as pessoas e para os países, é a vida dentro das regras, com pagamento
correto dos impostos e respeito aos direitos trabalhistas dos empregados. Só que isso nem
sempre é possível. "Em situação de economia instável, muitas pessoas garantem a
sobrevivência e a dignidade na economia informal", diz Mailson da Nóbrega. "Nas crises, é
também um sinal de vitalidade da economia, uma prova da capacidade de adaptação de uma
parte da sociedade. Mas, a longo prazo, não se organiza um país dessa forma." Vai-se para a
economia informal por inexistência de outras opções - mas também se pousa ali por
malandragem pura e simples. Há ainda o caso do trabalhador que tem um negócio tão pequeno,
tão tipicamente subdesenvolvido que seria impossível arranjar um jeito de registrá-lo na
superfície regular da economia.
Lindinalvo Ferreira dos Santos, 42 anos, catador de papel em São Paulo, está nessa
situação. Quem vê Lindinalvo puxando sua carroça cheia de papelão pensa que ele é miserável.
O catador ganha mais do que a empregada doméstica de uniforme bonitinho que trabalha no
bairro ricaço do Morumbi. Recolhendo 400 quilos de pape) por dia, Lindinalvo ganha 100 reais
por semana e sustenta a mulher e um filho de 10 anos. Entrou para o ramo do papel há um ano,
desde que foi mandado embora de uma construção, onde trabalhava como armador. A vida é
dura para ele, mas melhorou. "Descobri que dá mais dinheiro recolher papel na rua do que
trabalhar como empregado", diz. Esse brasileiro que passa o dia no batente duro é o elo mais
humilde de uma cadeia e"conômica: a de reciclagem de papel. Acima dos catadores ficam os
intermediários, que compram o papel e o repassam a armazéns. E desses armazéns que o
material vai bater finalmente na indústria.
Soldados rasos do PIB, como o catador de papel Lindinalvo, essa gente sofrida que faz
apenas três ou quatro salários por mês nem sequer é olhada na rua pelos habitantes do mundo
higiênico que fica na superfície. Mas é um engano pensar que estão totalmente à margem da
engrenagem produtiva. Isso fica claro num levantamento anual feito pelo instituto de pesquisa
mercadológica Marplan Brasil, com 26 000 pessoas nas capitais brasileiras. No ano passado, a
Marplan descobriu que a população que ganha até cinco salários mínimos tem um razoável
potencial de consumo - e esse potencial vem crescendo. De oito anos para cá, o número de
pessoas de baixa renda que têm TV em cores e máquina de lavar roupa quase dobrou. Um
número muito pequeno, mas ainda assim registrável - 1% dos pesquisados -, já tem forno de
microondas, um equipamento que absolutamente não existia nas casas dessa gente em 1986.
Outras conclusões interessantes podem ser tiradas da pesquisa. A Marplan descobriu
que, de 1986 a 1994, a faixa dos que ganham até cinco salários mínimos diminuiu. Eram 39% e
passaram a ser apenas 34% do universo de 19 milhões de pessoas representadas na pesquisa.
Em compensação, os que ganham de dez a trinta salários mínimos são em maior número agora.
Eram 24% e passaram a 29%. "Muitos preços caíram, e as pessoas começaram a comprar
produtos que dão status. Além disso, houve um aumento de renda da população", diz Hilda
Wickerhauser, que dirige a pesquisa da Marplan. "A economia informal tem uma importância
enorme para o país, e não aparece toda nas contas do governo."
No mundo da informalidade cabe todo tipo de gente - inclusive os de dupla
personalidade, que trabalham como empregados numa parte do dia e na outra fazem algum tipo
de bico. Edivaldo Oliveira da Silva, um professor de matemática e ciências, dá aulas, no período
noturno, numa escola estadual em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Como professor.
Edivaldo ganha 223 reais por mês, muito pouco para a vida que ele quer dar para a mulher e os
três filhos. Muito pouco também para um homem com o tipo de educação formal que ele teve.
Edivaldo lê jornais, é uma pessoa articulada, tem um horizonte de classe média, mas sua renda
como professor está na categoria do trabalhador não qualificado. Para manter um padrão de vida
mais adequado, há cinco anos Edivaldo vende calcinhas e sutiãs numa barraca de rua. Durante o
dia, vive informalmente no meio da lingerie. à noite, vai para o quadro-negro da escola, às 6
horas da tarde, quando desarma a barraca, Edivaldo embolsa cerca de 75 reais. No mês, fatura
na barraca 1 950 reais - mais de 600 reais de lucro (cerca de três vezes seu salário na escola). Na
conta do IBGE, Edivaldo está na faixa dos 26% que ganham de dois a cinco salários mínimos
por mês. Na vida real, ele está entre os 11,4% que ganham de cinco a dez salários mensais.
Mais espantosa é a invisibilidade estatística de Aristeu Loschi, um aposentado da cidade mineira
de Barbacena que no mundo da miragem oficial vive apenas com uma pensão do INSS e, na
realidade, fatura 10 000 reais por mês plantando rosas num sítio. Aristeu não declara imposto de
renda, muito menos fornece nota fiscal de produtor rural. Por causa dessa vesgueira quase
generalizada, quando o poder de compra aumenta nas classes mais pobres da população, pouca
gente percebe. E o que vem acontecendo agora, e, além das pesquisas feitas pelas empresas
particulares, há outros indícios de que os pobres andam menos pobres. A Secretaria de
Habitação do município de São Paulo e a Fipe vêm coletando dados de renda da população
favelada da capital paulista desde 1973. No ano passado, elas descobriram que 35% dos
favelados tinham renda superior a cinco salários mínimos (e não havia um único caso assim em
1973). Os mais céticos podem dizer que o que aconteceu foi um empobrecimento enorme da
classe média, tão grande que ela se mudou para a favela. Isso de fato aconteceu, mas não em
escala tão grande que explique a variação medida pela Fipe.
Três das maiores favelas de São Paulo, a de Vila Prudente, a de Heliópolis e a São
Remo, sofreram uma transformação visível nos últimos anos. A maioria das casas já é de tijolos,
as pessoas têm televisão, geladeira e muitas têm até carro. Há dentro das favelas padaria,
quitanda, açougue, auto-elétrico, mecânico e, pasmem, até videolocadoras. Algemira do
Nascimento, uma senhora alagoana de 59 anos, é uma das moradoras da favela São Remo.
Algemira criou os oito filhos com seu salário de empregada doméstica. Hoje, com os filhos
casados, ela cria três netos. Há quatro anos, montou um bar e ganha cerca de 300 reais por mês
vendendo bebida para os vizinhos. Seu bar é arrumadinho, tem um aparelho de televisão
colorida ligagado o dia inteiro e a proprietária tem planos de transformar o negócio num
restaurante. De registro e imposto, Algemira nunca sequer ouviu falar. Também nunca foi
importunada por fiscais. Não que fiscais devessem implicar com senhoras como Algemira.
Seriaperverso e inútil. Vivo muito bem. Não gostaria de voltar a trabalhar em casa de família",
diz a favelada.
É fácil entender por que os fiscais não se interessam por micronegócios como esses.
Não há mesmo nenhum motivo para atrair atividades assim para a luz dos regulamentos. Seu
nicho ecológico é o subterrâneo. Quando se trata de coisa um pouco maior, é o dono que não
quer se meter com a burocracia insana do Brasil. Para regularizar uma empresinha, é preciso
providenciar cerca de cinqüenta documentos. Depois, o cidadão tem de pagar impostos e
encargos trabalhistas. No fim, entregará ao governo quase a metade do que arrecada. A primeira
reação do microestreante é aumentar o preço do que produz. Mas aí a mercadoria começa a
encalhar. E é difícil enfrentar os concorrentes que continuam submersos na informalidade.
Essa experiência doída do mercado está sendo vivida por um grupo de costureiras da
favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Elas começaram a produzir roupas informalmente e
fizeram tanto sucesso que ganharam a Zona Sul carioca e até exportavam para outros Estados.
Nesse ponto, resolveram formalizar a empresa. Imediatamente, um dos clientes de Porto Alegre.
Márcia Toledo, dona da butique Nation, decidiu trocar de fornecedor. Márcia prefere comprar
gora a moda feita por costureiras gaúchas do Morro da Cruz, que, por serem informais,
vendem .ais barato. As costureiras do Morro da Cruz produzem suas roupas com retalhos que
conseguem nas fábricas. Sua moda é esquisita, cheia de panos pendurados, mas já ganhou a
classe média acha, e Morro da Cruz virou griffe. "Não fazemos moda para o pessoal aqui do
morro, que nos . lia bregas", diz Osvaldina Tittoni Lopes, uma das costureiras. "Costuramos
para as madames lá centro." A verdade é que o mercado informal não contém apenas o mundo
dos excluídos.Um pais decente tem um mercado informal pequeno, mas não é só o crescimento
e a distribuição de renda que matam a informalidade. E preciso que o país providencie para que
seja vantajoso andar dentro das regras - e seja arriscado demais correr por fora delas. Muitas
atividades tendem a continuar na clandestinidade qualquer que seja o meio ambiente em que
estão. Outras só não são atraídas para a formalidade porque, do ponto de vista dos interessados,
não vale a pena. Os impostos em excesso, a fiscalização ineficiente, a corrupção e a burocracia
estimulam a evasão. O mal uso da verba pública também é apresentado como justificativa, num
país em que hospital gratuito parece açougue. aposentadoria é piada e escola oficial dá ensino
ruim, quando não está em greve. Enquanto o Brasil não resolver esses problemas, haverá
atividade subterrânea por toda parte.
Vejamos os métodos abaixo, para melhor entendermos este fenômeno, que tantas barreiras cria
em torno da origem, do uso e do destino dos nossos patrimônios.
Os métodos de cálculo
Medir o tamanho da economia informal não é tarefa fácil. Em geral, os economista;
conseguem apenas fazer estimativas do volume de dinheiro que circula nesse mercado. Há
vários métodos utilizados para isso:
A burocracia atrapalha
Nos Estados Unidos, uma nova empresa leva três dias para começar a funcionar.
Pode-se pedir sua abertura pelo correio, preenchendo um único formulário. No Brasil, um
negócio novo não abre as portas em menos de trinta dias. Quando alguém resolve nadar no mar
da burocracia e sair da informalidade, perde entre 30% e 40% de seu faturamento. Esse
dinheiro, a-c escapa do bolso do empresário, é gasto na manutenção do livro-caixa, no
pagamento de contador e de impostos. Se um informal ganhava 3 000 reais por mês fabricando
calcinhas, pelo menos 900 reais serão usados para manter a empresa funcionando legalmente.
A papelada para montar um negócio regular chega quase a cinqüenta itens. São xerox
de documentos pessoais, registro na Junta Comercial, planta do imóvel onde o negócio vai
funcionar, IPTU, Darf, registros em cartório, alvarás e carimbos. Com a burocracia e muito
imposto para pagar, o impulso dos brasileiros de abrir uma empresa fica inibido. Algumas
pessoas se arriscam e depois não agüentam pagar as despesas. Ai quebram no meio do
caminho ou voltam para a informalidade. Oitenta por cento das micro e pequenas empresas
não completam seu primeiro ano de vida. Depois do Plano Real, aumentou o número de
empresas pequenas que fecharam: foram 4 489 no primeiro semestre do ano passado contra 5
341 do segundo semestre.
Existe uma pequena empresa para cada dez habitantes nos Estados Unidos. Até
porque lá ser ilegal é mais difícil do que aqui. Não há muito como sonegar, e quem for
apanhado sofre severas punições. Na Europa, há uma pequena empresa para cada 25
habitantes, e no Brasil essa relação é de uma para 42 habitantes. Isso no mundo formal. No
mundo informal, há muito mais. Uma empresa informal não paga IPI nem ICMS. Também
não paga imposto de renda. "A carga tributária teria de ser compatível com o porte da
empresa. Isso estimularia a regularização dos negócios e evitaria tantos fechamentos", sugere
Irani Cavagnoli, diretor-superintendente do Sebrae, uma agência que dá orientação a pequenas
empresas.
Quem são os informais
Três pesquisas feitas em São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre traçaram o perfil
do trabalhador na economia informal. Em Porto Alegre o levantamento foi feito pela
Fundação de Economia e Estatística do governo do Rio Grande do Sul. Em São Paulo, pela
Associação Comercial, e, em Belo Horizonte, pela Secretaria do Trabalho de Minas Gerais.
Os pesquisadores conversaram com centenas de pessoas, nas regiões metropolitanas das
capitais, para descobrir quem são os trabalhadores da economia informal, por que estão nas
ruas, como trabalham e o que esperam da vida. Alguns dos resultados dos trabalhos, que
retratam a gente que vive na face comercial da informalidade, são os seguintes:
Os vendedores ambulantes, em sua maioria são migrantes ou gente que perdeu o
emprego. Ou seja, a maior parte dos ambulantes cai na informalidade circunstancialmente.
37% dos entrevistados dizem que não querem trabalhar como empregados de jeito
nenhum. Conclusão: o informal pode até ser empurrado para essa atividade contra a sua
vontade, mas, quando experimenta, gosta e fica.
91 % dos trabalhadores no mercado informal não têm outra atividade. Os empregados
que fazem bico são minoria.
os homens representam 75% da mão-de-obra informal.
a maioria dos trabalhadores informais tem entre 30 e 50 anos. Acima de 50, é mais
difícil ter energia e iniciativa para tocar uma atividade por conta própria. Abaixo de 30, a
ilusão do emprego seguro predomina.
15% pelo menos começaram a cursar o 2" grau e há apenas 2% de analfabetos. Ao
contrário da impressão que se tem, trabalhador informal não é um desqualificado nem um
excluído típico.
77% trabalham mais de oito horas por dia. Em média, a jornada de trabalho dos
informais é de 45 horas semanais. Não é por estar na informalidade que a pessoa deixa de
observar as regras comuns referentes aos horários de pegar no batente.
Conversei bastante com pessoas de Caruaru, que se dizem informais e se encaixam nas
características acima citadas e notei mais um viés não explicitado na pesquisa acima: foi uma
quantidade de pessoas, com CNPJ e CPF regulares, isto é, achando que estão atendendo a
todas a exigências da legislação e aos princípios contábeis; e, por falta de ética na fiscalização,
estas Pessoas fazem uma concorrência desleal aos seus semelhantes. E. por medo em fazer
denúncias, )s necessitados, pobres, sem emprego, com um nível educacional precário, sem
capital circulante mínimo, ficam a mercê de um sistema tributário desumano e de uma
fiscalização irresponsável.Muitas organizações têm CNPJ regular, pois fazem a DIRP.I como
inativa, praticando todos os atos possíveis na sociedade e assim realizando a concorrência
desleal, não sendo o CPF. o CNPJ, a D1RPF e a DIRP.I. regulares.
Expansão da informalidade preocupa as pessoas em Caruaru
Caruaru sempre foi um município marcado pelo comércio de rua. Principalmente
após Santa Cruz do Capibaribe começar a fazer comércio através da "SULANCA", este
município aumentou em muito os ambulantes, chegando mesmo ao Estado de Pernambuco,
.través da Secretaria da Fazenda, abrir negócios através do CPF- Cadastro das Pessoas Físicas,
. Levantamento feito pelo professor da UFPE Tarcísio Patrício, este aumento de informais se
deve deterioração do mercado de trabalho desde o lançamento do Plano Real. Passamos a
conviver com o desemprego a longo prazo. Passávamos, no máximo três meses a procura de
emprego, assamos a passar mais de um ano a procura de emprego, logo temos que sobreviver
e assim buscarmos a informalidade. A grande maioria, segundo o pesquisador da UFPE. passa
muito tempo na informalidade por falta de opção e também por causa dos impostos cobrados
quando da formalidade.
Já o pesquisador do DIESE, Jairo Santiago, afirma que a inserção dos trabalhadores o
mercado de trabalho, na região Sudeste, Sul e Centro-Oeste acontece com maior facilidade e
tais freqüência. Milhares de Caruaruenses vivem na informalidade por não poder pagar um
ponto comercial, com receio da carga fiscal e pela facilidade que tem de comprar e vender
diante os fornecedores e dos clientes. Estas pessoas, em Caruaru, na sua maioria somente tem
uma receita até RS 10.000,00 por mês, a margem de lucro somente chega a 10%; assim sendo,
não tem amo pagar pelo ponto( o aluguel, em média RS 400,00), ao contador, em média RS
300,00 ( pela contabilidade), e o pagamento do simples Nacional, em média RS 200,00, e
pagar a empregados nem pensar, pois a carga previdenciária é muito alta. Como observamos,
através de levantamento feito pela Associação dos Sulanqueiros de Caruaru, 99% das pessoas
que estão na informalidade tem Caruaru têm toda razão de assim agir. a única saída será o
emprego formal, o mercado local não tem absolvido a todos.
Passamos a criar alternativas para os informais, criamos o "Pólo Comercial de
Caruaru", criamos uma organização de menor amparo legal na feira de Caruaru; mas não
fomos capazes de exigir, ainda, de todos, o cadastro do CNPJ- o Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica e .sim termos todos na formalidade e assim darmos condições igualitária a todos.
O CPF, o CNPJ, a contabilidade, a DIRPF e a DIRP.I. regulares, formais, dentro dos
municípios contábeis e do ordenamento jurídico, nos trazem as condições ideais para não
cairmos em tentação e praticarmos os crimes contra o patrimônio, termos os meios de defesa.
Senão vejamos o que temos bem perto de nós, conforme o que detectamos na matéria abaixo:
Imóveis sem documentação impedem que financiamento bancário deslanche na maior
cidade do Agreste- PEDRO ROMERO- Especial para o JC- Jornal do Comércio no Estado :
Pernambuco.
Caruaru é uma das principais cidades do interior de Pernambuco e tem uma economia em
expansão, mas quem quiser comprar um imóvel financiado no município vai encontrar muitas
dificuldades. O problema é que, de acordo com estimativa dos corretores, cerca de 75% do
imóveis da cidade estão com a documentação irregular; logo, estas pessoas estão com o CPF
irregular. Com isso, o sonho de comprar uma casa ou apartamento financiado fica mais difícil
de ser realizado. O problema também compromete a expansão do mercado imobiliário.
De acordo com o gerente de negócios do escritório da Caixa Econômica Federal em
Caruaru, Melquizedeque Leite, no ano passado, a instituição investiu cerca de RS 6 milhões em
financiamentos de acesso a moradia, mas apenas RS 1,8 milhão foi usado na compra de
imóveis. O restante, RS 4,2 milhões, foi aplicado no financiamento para a compra de material
de construção. "Caruaru é um caso atípico. A falta de documentação impede a aprovação de
financiamentos", explica.
Para se ter uma idéia do problema, ano passado a Caixa tentou fazer um feirão de
imóveis na cidade, mas o número de unidades com documentação legal foi insuficiente para a
concretização do evento. De acordo com o gerente, a instituição busca alternativas, como o
Programa de Arrendamento Residencial (PAR), que está disponibilizando mais de 600 unidades
na cidade, e tenta atrair investidores para esquentar o mercado imobiliário da cidade.
Para o coordenador da Câmara Setorial dos Corretores de Imóveis, que reúne os
profissionais da área através da Associação Comercial e Industrial de Caruaru (Acic),
Aguinaldo Lima, a informalidade é uma questão cultural. "A falta de documentação acontece
até em bairros nobres da cidade, como o Maurício de Nassau, porque alguns empreendedores
constroem sem aprovação de projeto ou licença de construção."
Ele explica que para o financiamento ser aprovado, a Caixa exige o registro da
escritura e a maioria dos proprietários conta apenas com o contrato de promessa de compra e
venda. Na opinião de Aguinaldo, o problema só pode ser resolvido com um trabalho de
conscientização da população e dos órgãos envolvidos na legalização dos imóveis. Para isso, a
Câmara Setorial dos Corretores de Imóveis está elaborando uma cartilha explicativa e
organizando um curso para os profissionais da área.
O trabalho de conscientização já está sendo feito pelo Ministério Público, que realizou,
na semana passada, uma audiência pública para analisar o cumprimento de um termo de
justamente de conduta com os proprietários de loteamentos, um dos setores mais afetados pela
falta de legalização. O caso chegou ao conhecimento da promotora Dra Gilka Miranda após
inúmeras reclamações de pessoas que compraram lotes irregulares.
Depois de reunir as partes envolvidas, a promotora já promoveu vários encontros : ara
tentar amenizar os problemas, que, além da falta de documentação, incluem a precária infra-
ístrutura dos loteamentos - como a falta de energia, água e de saneamento básico. O delegado
regional do Creci, Alexandre Barbosa, confirma a grande procura pela compra de imóveis. "As
pessoas querem comprar, mas não conseguem. Aqui. praticamente só se vende imóvel, se o
comprador tiver recursos próprios. Isso reduz o potencial de vendas em cerca de 70%".
O corretor Walter Andrade diz que recebe de 10 a 15 ligações por semana de pessoas
dispostas a comprar imóveis, mas não encontra unidades suficientes com documentação
regular. Segundo ele, as poucas opções que aparecem são em bairros mais antigos da cidade,
como São Francisco, Petrópolis e Indianópolis.
Para a secretária de Obras de Caruaru, Joana Lessa, o problema acontece porque as
pessoas constroem sem a licença da prefeitura. Ela informou que, no momento, a Prefeitura de
Caruaru está fazendo um recadastramento dos imóveis da cidade para saber o número exato dos
que estão em situação irregular. O trabalho começou há três meses e dever levar mais sete até
ser . incluído. "Também estamos trabalhando na conscientização das pessoas, através de cursos
e parcerias. Por outro lado, estamos aguardando verbas para a contratação de fiscais, que vão
localizar e tomar as medidas cabíveis em casos de obras feitas sem autorização", explicou.
Somente uma simples lembrança: No Brasil temos um milionário para cada 300.000
cidadãos. Para entrar nessa seleção é preciso ter um patrimônio pessoal em torno de 20
milhões de dólares. A informalidade oferece condições para que o nosso PIB seja, de longe
uma verdade, e que a distribuição de renda nossa esteja em primeiro lugar, isto é, onde
encontrarmos mais pobres e mais ricos num só manto, não da ética, mas da corrupção!
DA ARBITRAGEM E DA MEDIAÇÃO.
Ao que parece, mesmo com tamanha produção, o Judiciário não tem conseguido atender
aos anseios da sociedade, uma vez que, como um todo, o processo judicial tem uma tramitação
longa, demorada e onerosa, sem falar na expectativa acerca da incerteza da decisão a ser
proferida.
Desse modo, o modelo estatal encontra-se esgotado e superado, encontrando se
resistências da sociedade organizada. Sabedor disto, o próprio Estado tratou de apresentar ou
mesmo oferecer à sociedade uma solução mais rápida. Trata-se dos Juizados Especiais( Lei
9.099. de 1995). cujos valores das discussões se encontram limitados a determinada quantia
cujas partes, num momento inicial, não precisam da interferência ou acompanhamento de
advogados. Assim, os JECs, como são chamados os Juizados Especiais Civis, demonstraram a
preocupação do Estado com o serviço da justiça por ele oferecido.
No entanto, existem diversas restrições ao uso deste tipo de procedimento, como o da
inexistência de qualquer possibilidade de perícia e ou de o processo ser conduzido, por vezes,
por pessoas com pouca experiência processual.
MEDIAÇÃO
Diferentemente do que ocorre no processo judicial ou mesmo na arbitragem, a
mediação é uma forma de composição, ou seja, as partes procuram chegar a um entendimento
comum acerca de determinada discussão.
Importa inicialmente estabelecer a diferença entre conciliação e mediação. Na
conciliação, um terceiro se envolve no litígio, sugerindo propostas, apresentando alternativas,
agindo de forma que as partes consigam compor a sua discussão.
A tentativa de conciliar o processo é, no procedimento judicial, uma fase do
E a perícia realizada no meio estatal, por autoridades policiais, parlamentares ou
administrativas que têm poder jurisdicional, por estarem sujeitas a regras legais c regimentais,
e é semelhante à Perícia Judicial.
PERÍCIA EXTRAJUDICIAL.
É aquela realizada fora do judiciário, por vontade das partes. Seu objetivo poderá ser:
demonstrar a veracidade ou não do fato em questão, discriminar interesses de cada pessoa
envolvida em matéria conflituosa; comprovar fraude, desvios, simulação.
PERÍCIA ARBITRAL.
É a realizada por um perito, e, embora não seja judicialmente determinada, tem valor
de perícia
judicial, mas natureza extrajudicial, pois as partes litigantes escolhem as regras que
serão aplicadas na arbitragem.
A arbitragem é, portanto, um método extrajudicial para solução de conflitos, cujo
árbitro desempenha função semelhante à do juiz estatal.
PROVA PERICIAL.
Os principais meios de prova admitidos em processos judiciais pela legislação
brasileira são: depoimento pessoal, confissão, exibição (de documento ou coisa), testemunho,
perícia, inspeção judicial. A Perícia Contábil é, portanto, considerada um meio de prova de
grande valor.
A prova pericial contábil tem como objetivo primordial mostrar a verdade dos fatos do
processo na instância decisória e é utilizada se o objeto da questão o requerer.
Aprova pericial é o meio de se demonstramos autos, por meio de documentos, peças
ou declarações de testemunhas, tudo que se colheu nos exames efetuados.
Os procedimentos de Perícia Contábil visam fundamentar as conclusões que serão
levadas ao laudo pericial contábil ou parecer contábil, e abrangem total ou parcialmente,
segundo a sua natureza e complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação
arbitramento, mensuração, avaliação e certificação.
• O exame é a análise dos livros comerciais de registros, os documentos fiscais e legais, enfim
todos os elementos ao alcance do profissional, preferencialmente os que tenham capacidade
legal de prova. O perito, todavia, compulsa também componentes patrimoniais concretos
(dinheiro, títulos, mercadorias, bens móveis, veículos, etc), além de tais elementos, lida, ainda,
com instrumentações, como normas, cálculos, regulamentos, etc.
• A vistoria é um exame pericial, mas distingue-se dele pela origem e por seus efeitos. Por ela
se confirmam estados e situações alegadas por interessados, para reclamar direitos, defender-se
de acusações, justificar e comprovar atos e, em oposição, por aqueles que sustentam obrigações
de terceiros, acusam ou pretendem garantir seus direitos.
b) Considerações iniciais
• Data e nome do solicitador da perícia;
• Referência de técnicas adotadas para exame dos autos;
• Se há necessidade ou não de diligências.
d) Considerações finais
• Síntese da conclusão;
• Opinião técnica do perito sobre a matéria;
• Síntese de apuração de valor e seu montante (se for o caso);
• Síntese da finalidade do laudo;
• Indicação de quesitos (se houver).
e)Quesitos - Respostas
• Transcritos na ordem do laudo;
• Respondidos seqüencialmente à transcrição dos quesitos formulados;
• Respondidos circunstancialmente de forma clara e objetiva.
f) Encerramento do laudo:
g) Anexos
• Os anexos que integram o laudo devem ser numerados seqüencialmente e
rubricados pelo perito;
• Dos anexos fazem parte: demonstrativo de análise e dos documentos indispensável
à ilustração e bom esclarecimento do trabalho técnico realizado.
Exemplificando o relatado acima, apresentamos um modelo que contempla uma das
formas de apresentação do Laudo Pericial.
Não existe um modelo padrão para o Laudo Pericial, porém, todos devem conter os
elementos básicos relatados anteriormente.
Anexos a "folha de rosto" que estamos apresentando, devem figurar os quesitos e
outros documentos complementares, necessários à confecção do Laudo Pericial. Orientação
observada pelo signatário deste quando na função como perito do Juízo:
O entendimento do signatário é que a principal função dos técnicos auxiliares, em
particular o perito do Juízo, é proporcional ao Meritíssimo Juiz todos os elementos elucidativos
das controvérsias suscitadas nos autos, principalmente das que são tidas por pontos cruciais ou
essenciais, sem o conhecimento das quais o douto juiz não se poderá pronunciar conveniente e
adequadamente.
Dentro deste espírito, apresentam-se as respostas aos quesitos, sempre procurando
isentar-se do entendimento da aplicabilidade das normas legais, por se tratar de mérito
especificamente do Juízo, o que enseja abstrair-se das indagações concernentes à interpretação
das leis.
PERITO CONTADOR.
O Perito especialmente o Perito Contador, é o encarregado de exercer a perícia
mediante os exames, análises, investigações contábeis e diligências cabíveis e necessárias a
fim de mostrar a verdade dos fatos trazidos pelas partes, por meio da prova contábil
documental, constituindo um verdadeiro espírito e filosofia de trabalho.
E à busca da verdade real oriunda do eficaz e efetivo desempenho do perito contábil
nos registros, documentos contábeis, controles internos da entidade e de quaisquer outros
elementos materiais disponibilizados pelas partes ou obtidos junto a terceiros, visando a
promover a verdade formal mais próxima possível da realidade estudada e identificada n:
trabalho de campo.
Como elementos para a realização de seu trabalho, o Perito Contador dispõe da
escrituração contábil, da escrituração fiscal, da escrituração societária de uma entidade
econômica, que, independentemente da natureza da perícia, judicial ou extrajudicial, lhes serão
exibidas total ou parcialmente, segundo a necessidade de da,do caso, além de todos os controles
internos gerenciais, operacionais, planos da entidade e demais informações escritas.
Além desses elementos, existem os veículos acessórios, como a documentação que
suporta a escrituração ou outros necessários para a comprovação do fato, conforme previsto
no Código de Processo Civil (art429), tais como depoimentos de testemunhas, documentos
em poder de partes, repartições publicas e outros.
Cabe destacar que um dos procedimentos mais adequados que o Perito Contador
deve promover quando se questiona a validade legal da escrita contábil de uma das entidades
do litígio e valer-se, dentre as diversas modalidades de certificação oriundas da tecnologia
contábil de auditoria interna, da determinada prova emprestada.
Consiste na contraprova de valores registrados na escrita da entidade mediante a
verificação, junto aos credores, ou mesmo aos participantes dos fatos contábeis registrados,
daquele lançamento.
Depreende-se que, para o desempenho de tal função, o Perito deve estar dotado de
habilidade, destreza e, principalmente, de conhecimento técnico-científico de Contabilidade.
O Perito deve, necessariamente, ser habilitado profissionalmente para a realização
da perícia, por que a sua interpretação de um fato contábil irá propiciar o descobrimento da
verdade.
Ademais, em decisão do Superior Tribunal de Justiça, relatada pelo Ministro
Ademar Marcela e publicada no Diário Oficial da União em 17/09/97, tem-se que a perícia
contábil só pode ser efetuada por CONTADOR, profissional portador de diploma
universitário, devidamente inscrito no Conselho de Contabilidade.
O exercício de outros profissionais, como Economistas e o Administrador de Empresas,
representa possibilidade de nulidade de prova pericial contábil pela parte que se sentir lesada,
protelando, protelando e dificultando a adequada prestação jurisdicional.
Para que o desempenho dessa função seja eficiente e eficaz, exige-se do Perito,
dentre outros, requisitos fundamentais, que são:
• Reconhecido saber técnico-científico da realidade de sua especialidade,
dedicando-se a uma educação continuada e persistente estudo da doutrina em que se
graduou;
• Vivência profissional nas diversas tecnologias que a ciência de sua
habilitação universitária possui, bem como experiências cm perícias:
• Perspicácia:
• Perseverança:
• Sagacidade;
• Índole criativa e intuitiva;
• Probidade.
Podemos observar nos itens acima, que a responsabilidade delegada ao Perito começa
no planejamento do trabalho, na execução e elaboração do laudo pericial. Sua atividade,
competência e responsabilidade farão com que seu trabalho torne-se sustentável
juridicamente.
SABER TECNICO-CIENTÍFICO.
Além do requisito legal do registro nos órgãos fiscalizadores do exercício
profissional, neste caso o Conselho Regional de Contabilidade, hoje plenamente
definida a exigência de que o Perito tenha formação universitária, ao seu lado também
está a exigência do saber técnico-científico da matéria, para que se aprofunde
cientificamente na interpretação do fato em sua especialidade, visando a levar aos autos
a verdade real. de que resulta para qualquer aas partes a adequada aplicação da justiça
no processo judicial ou a administração de um patrimônio, quando a perícia for
extrajudicial.
O Perito pode extrair elementos, interpreta-los e ainda delimitar um fato
quanto tiver pleno domínio dos conhecimentos de sua realidade.
A necessidade de educação continuada está vinculada ao constante
aprimoramento da ciência, especialmente a contábil, mediante o qual os cientistas
perseguem a melhor forma de apresentação do estudo da matéria objeto da ciência,
além de estabelecer sempre uma condição de adequada fundamentação científica no
laudo pericial.
VIVÊNCIA PROFISSIONAL.
A vivência profissional é considerada em perícia como seu elemento
fundamental.
A perícia versa sempre sobre matéria de fato, que muitas vezes não e atingida
pelos conhecimentos teóricos puros de uma Ciência, resultando dessa condição a
integração entre conhecimento teórico e experiência profissional.
A teoria define padrões de comportamento profissional, porém, a prática os
torna pessoais, ou seja, dois Contadores podem, sobre um mesmo evento, ter duas
interpretações distintas.
Existem práticas grosseiras, e que saltam à vista ate de leigos em Contabilidade;
entretanto, também existem práticas bastante sutis, que mesmo o Contador encontra
dificuldades profissional exigida de um Perito.
PERSPICÁCIA E SAGACIDADE.
Conforme conceituação do dicionário Aurélio, tem-se que estas palavras exprimem a
qualidade profissional do Perito relativo a sua capacidade de observação, concentração para
identificar adequadamente o objeto de estudo, examinando, analisando, estudando
profundamente, sem se permitir desenvolver o trabalho de forma superficial.
No caso do Perito Contábil, sua capacidade especial de identificar os fenômenos
patrimoniais resultantes de determinada movimentação do patrimônio e procurar sua evidencias
no diário, razão auxiliar e representações gráficas elaboradas pelas entidades envolvidas é um
exemplo da materialização da perspicácia.
IMPEDIMENTO.
O Perito Contador, ao ser nomeado, escolhido ou contratado, deverá declarar-se
impedido quando:
• Participar do processo em litígio;
• Atuou como perito-contador assistente ou testemunha do processo;
• For cônjuge, parente consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral, até segundo
grau, de participantes do processo;
• Tiver interesse, por si ou por parentes, no resultado do trabalho;
• Exercer cargo incompatível com a pericial;
• A matéria periciada não for de sua especialidade;
• Ocorrer motivo de força maior; e,
• A estrutura do profissional não permitir a assunção do encargo.
HONORÁRIOS.
Os honorários periciais estão regulados pelo CPC, artigo 19, 20 e 33, e pela
Resolução 857/99 NPC-P2. do Perito Contábil:
Perito Contador e o Perito Contador Assistente devem estabelecer previamente seus
honorários, mediante avaliação dos serviços, considerando-se entre outros os seguintes fatores:
• A relevância, o vulto, o risco c a complexidade dos serviços a executar;
• As horas estimadas para a realização de cada fase do trabalho;
• A qualificação do pessoal técnico que ira 'participar da execução dos serviços;
• O prazo fixado, quando indicado ou escolhido, e o prazo médio habitual de
liquidação, se nomeado pelo juiz;
• A forma de reajuste e de parcelamento, se houver;
• Os laudos interprofissionais e outros inerentes ao trabalho; e
• No caso de perito-contador assistente, o resultado que, para o contratante, advirá
com os serviços prestados, se houver."
Os honorários devem ser encarados de forma ética, levando-se em consideração a
complexidade da matéria, as horas despendidas entre os outros elementos, para que os valores
não venham a comprometer a isenção c perfeição da perícia, a qualidade técnica e moral do
trabalho e para que não ocorra aviltamento.
EM PROCESSO JUDICIAL.
Os honorários são requeridos mediante petição. No processo judicial, a
responsabilidade pelo pagamento dos honorários c da parte que requereu o exame, ou do autor,
quando o exame é de oficio ou requerido pelas panes. Os honorários podem ser solicitados na
forma de depósito prévio, ou no final do processo, com os acréscimos legais.
Na Justiça do Trabalho não se exige a antecipação dos honorários, pois, em ações
trabalhistas, o autor geralmente não tem condições de fazê-lo. e o valor dos honorários é
comum ser arbitrado pelo juiz.
Os honorários periciais compõem as despesas do processo e se não pagos, passam a
constituir um título executivo. Quando os honorários são levados à apreciação do juiz, passam a
er aprovados por decisão judicial, merecendo fé.
EM INQUÉRITO POLICIAL.
Quando a perícia é efetuada por funcionário do Estado ligado à Criminalística, não há
falar em honorários, mas quando não se têm esses profissionais qualificados, os peritos
têm de observar os moldes dos honorários do perito nomeado em juízo, de acordo com o CPC
(Código de Processo Civil").
EM JUÍZOARBITRAL.
O juízo arbitrai é instituído pela vontade das partes, c cada uma delas responde pelos
honorários.
SIGILO.
De acordo com a Resolução CFC n° 733/92 de 22/10/92 - NBC - P-2 - Norma
Profissional de Perito Contábil, item 2.6 - Sigilo:
"O perito contábil deve respeitai e assegurar o sigilo do que apurar durante i execução
de seu trabalho, não divulgando em nenhuma circunstância, salvo quando houver obrigação
legal de fazê-lo, dever que se mantém depois de entregue o laudo ou terminados compromissos
assumidos." "O que se conhece em razão de confiança não pode ser divulgado sendo crime
fazê- lo. O CPC em seu artigo 144 diz "Ninguém pode ser obrigado a depor de fatos, a cujo
respeito, por estado de profissão, deva guardar segredo."
RESPONSABILIDADES DO PERITO.
Estabelece a Resolução CFC n° 733/92 de 22/10/92 - NBC - P-2 - Normas
Profissionais de Perito Contábil, item 2.7 - Responsabilidade e Zelo:
"Perito contábil deve cumprir os prazos e zelar por suas prerrogativas profissionais
nos limites de sua função, fazendo-se respeitar e agindo sempre com seriedade e discrição. Os
peritos contábeis, no exercício de suas atribuições, respeitar-se-ão mutuamente, defesos
elogios e críticas de cunho pessoal."
No desempenho da atividade, o Perito Contador e o Perito Assistente estão
obrigados a portar-se com ética, lealdade, idoneidade e honestidade em relação ao juiz e ás
partes litigantes.
Se, porventura, o Perito Contador cometer qualquer prática incorreta,
especificamente que possa trazer danos às partes, responderia por estes e ainda estará sujeito a
punições do Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição e sanção da Lei Penal.
Parece que estamos sendo repetitivo, mas o que acontece é que estamos em busca de
opiniões de vários mestres, doutores, especialistas sobre o assunto, e, assim, tivemos que
repetir alguns aspectos várias vezes. Desculpem, mas a intenção é agregar conhecimentos, é
agregar valores, é agregar virtudes! É a busca da verdade. É Deus em nossas vidas!
ÉTICA E A PERÍCIA.
Muitas são as definições de Ética, toda a relacionando com a Moral e c
comportamento irrepreensível do ser humano, na busca de qualquer de seus objetivos, que
podem ser apenas de felicidade pessoal, ou êxito intelectual, profissional ou econômico.
A ética, como principio contábil, envolve aspectos objetivos em que sua aplicação
não depende de opção ou escolha do profissional, mas é consequência da própria natureza da
Contabilidade, contida no princípio contábil, a qual precisa ser respeitada.
Assim, como não se pode alegar ignorância da lei, para não cumpri-la, também não
se podem ignorar exigências técnicas e culturais para o exercício da profissão.
Quanto maior a falta de conhecimento, menos condições têm o profissional de
conscientizar-se de que está errado. Essa ignorância caracteriza também falta de ética, embora
o indivíduo, por carência de conhecimento possa aceitar como certo aquilo que está errado.
Da mesma forma, quando o indivíduo não tem boa formação ética, também não sabe
se está ou não cometendo ato aético. Quando incompetente e mal formado, seu erro pode
abranger os dois aspectos, ou seja, ele erra no julgamento de seus próprios atos e na aplicação
da ética contábil.
O respeito à ética deve estar implícito no exercício de qualquer profissão, mas em
especial na Profissão Contábil, não somente por envolver interesses de pessoas que podem estar
apenas indiretamente ligadas ao patrimônio, cujos fenômenos registramos, analisamos,
interpretamos e sobre os quais damos informações e orientação, muitas vezes imprescindíveis
para a tomada de decisões, mas também porque a ética está implícita na própria ciência contábil, como
um Princípio Fundamental de Contabilidade.
O Conselho Federal de Contabilidade, com poderes concedidos por Lei, aprovou o
Código de Ética Profissional do Contabilista. Resolução CFC n° 803/96, de 10 de outubro de
1996. incluindo as alterações da Resolução CFC n° 819/97, de 20 de novembro de ! 997.
Em passado recente, o aluno quando concluía o Curso Superior de Ciências
Contábeis, não dispunha de tantas informações do que realmente poderia vir a exercer no
mercado de trabalho, pois apenas tinha-se a ideia daquele profissional limitado, restrito a ficar
atrás de uma mesa. apenas apreciando os lançamentos contábeis de débitos e créditos.
Atualmente, tanto para o profissional praticante, quanto ao aluno recém-formado, ou
aquele que se encontra cursando, as informações técnicas e de conhecimentos gerais podem ser
obtidas de uma forma rápida e fácil, através da Internet, dos diversos boletins informativos,
palestras, cursos amplamente divulgados. curso de pós-gradução. como este da FAFICA-
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru, entre outros, pela relevante atuação do
Conselho Federal de Contabilidade, do Sindicato dos Contabilistas. da ACCAPE e outros
órgãos ligados à área contábil, em Caruaru.
Hoje o "Contabilista" é visto como um profissional respeitado dentro das corporações
e fora delas, até pelo seu poder de exercer diversas funções em prol da sociedade.
Entretanto ele tem a obrigatoriedade de manter-se atualizado, se reciclando através de
cursos, palestras, livros técnicos, e principalmente a participação interativa com a classe, que
através dela terá o envolvimento humano, que é a essencial forma de aprendizagem, que com
certeza irão refletir no exercício profissional e no mercado usuário, resultando no crescimento
da profissão.
Como este trabalho enfocou a Perícia Contábil, não poderia deixar de enfatizar o
amplo e promissor campo de atuação do Contador nesta área.
Todavia, com a globalização do mercado cada vez mais intensa, devemos aprimorar-
nos com as Legislações, Normas Internacionais, com a fluência de línguas estrangeiras, para
enfrentarmos, com sucesso, esta nova situação, aceitando este desafio pelas vantagens que a
nossa Profissão nos oferece.
A perícia contábil como atribuição exclusiva do contador.
A Ciência Contábil é uma das ciências mais antigas do mundo. Aristóteles há mais de
2000 anos já delineava acerca de uma Ciência que Controlaria a Riqueza, pois a "Contabilidade
sempre estará presente direta ou indiretamente onde houver Patrimônio (Riqueza)".
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações, mensuráveis em dinheiro,
pertencentes a uma pessoa física ou jurídica. Segundo o artigo 2° do Código Civil Brasileiro
(Lei nD3.071,deO)/01/1916),que
trata do direito patrimonial, que todo homem é capaz de auferir direitos e contrair obrigações;
assim, toda pessoa física ou jurídica tem obrigatoriamente um patrimônio, podendo este ser
ínfimo ou amplo, segundo o grau de riqueza que ele externa. E normal um Patrimônio estar em
constante mutação, provocando um acréscimo ou decréscimo, conforme a qualidade de sua
administração. Sendo assim, o Objeto fundamental da Contabilidade é o Patrimônio na sua
expressão mais ampla e suas variações.
A perícia será de natureza contábil sempre que recair como objeto o Patrimônio de
quaisquer entidades, sejam elas físicas ou jurídicas. A Perícia será de natureza contábil sempre
que recair como objeto o Patrimônio de quaisquer entidades, sejam elas físicas ou jurídicas. O
objetivo principal é o conhecimento do Patrimônio, de forma a fornecer subsídios para a decisão
correta. A Contabilidade tem por escopo o Conhecimento do Fluxo de Valores das entidades, o
entendimento de "onde", "quando", "como", "quanto", e, principalmente, o "porquê" das
alterações da riqueza. O exercício da função pericial contábil é uma atribuição privativa do
Bacharel em Ciências Contábeis, desde o Decreto-Lei n° 9.295 de maio de 1946, que
organizou : ' profissão contábil e definiu atribuições em relação a competência legal quanto ao
desenvolvimento de Perícias Contábeis. Na letra "c", do artigo 25, do mencionado diploma. ]
foram definidos como trabalhos contábeis c) perícias judiciais e extrajudiciais, revisão
de balanços e contas em geral, verificação de haveres, revisão permanente ou periódica de
escritas, regulações judiciais e extrajudiciais de avarias grossas ou comuns, assistência a os
Conselhos Fiscais das sociedades anônimas quaisquer outras atribuições de natureza técnica
conferidas por lei aos profissionais da contabilidade.
E, no artigo 26 do Decreto-Lei n° 9.295/1946, foi definida a atribuição exclusiva da
função pericial, assim: "Salvo direitos adquiridos ex-vi do disposto no artigo 2 o do Decreto nº
21.033, de 08 de fevereiro de 1932, as atribuições definidas na alínea "c" do artigo anterior são
privativas dos Contadores diplomados. Vale salientar que anterior a 1945, a função pericial
contábil já se apresentava ordenada, em especial pelo Decreto n° 20.158, de 30 de junho de
1931. Regulamentado o artigo 25, do Decreto-Lei n° 9.295/46, o Conselho Federal de
Contabilidade, através da Resolução CFC n° 107, de 13 de dezembro de 1958. especificou os
trabalhos contábeis de natureza pericial, bem como definiu as atribuições e competências dos
Contadores. No seu artigo 1 °. item 7. é especificada: "Levantamento e apuração de contas de
qualquer organização". A Resolução sob análise, em seu artigo 6 o , especifica várias atribuições
do Contador, relativas a função pericial, a saber:
01-Exames de escritas, em qualquer campo de atividades profissionais, inclusive
perícias extrajudiciais e tidas como inspeções normais em qualquer tipo de contabilidade,
mesmo quando forem efetuadas por órgãos da Administração Pública;
2- Peritagem Simples;
3- Exames extrajudiciais de qualquer situação da entidade atingida:
6-Assistência aos Comissários nas concordatas e aos Síndicos, nas falências;
07-Assistência aos liquidantes de qualquer massa ou acervo;
8- Verificação de Haveres para levantamento do Fundo de Comércio;
9- Exames e perícias para constituição, transformação e liquidação de sociedades de
qualquer natureza;
14- Perícias judiciais de qualquer natureza, que envolvam matérias contábeis;
16- Verificação de Haveres;
17- Quaisquer outros exames, apurações, investigações e perícias judiciais.
A perícia contábil se caracteriza como incumbência atribuída a Contador para examinar
determinada matéria patrimonial. O Contador não tem competência para opinar sobre matérias
cuja apreciação técnica exijam outras formações e profissões regulamentadas, como também
estes não podem opinar sobre questões contábeis. A Perícia Contábil se caracteriza como
incumbência atribuída a Contador para examinar determinada matéria patrimonial. Um Laudo
Pericial poderá se tornar nulo se for elaborado por leigo, bastando apenas que uma das partes
envolvidas no litígio, se sinta prejudicada, e entre com um recurso na Justiça para anular o
Laudo, pois o Leigo não tem competência legal para opinar sobre a matéria em litígio, já que se
encontra exercendo ilegalmente a profissão. O Leigo desmoraliza a profissão por exercê-la sem
estar preparado e pratica o crime de concorrência desleal porque, trabalhando a preços vis,
afasta os profissionais do mercado. Isso se reflete desastrosamente no conceito da profissão. Art.
431-A do CPC- As partes terão ciência da data e locais designados pelo juiz ou indicados pelo
perito para ter início a produção da prova.
O Código Processual Brasileiro já levou inúmeros questionamentos àqueles que
exercem atividades forenses. A atuação dos peritos judiciais deve sempre ser aperfeiçoada e
acompanha de perto pela legislação a fim de que estes profissionais se adequam aos interesses
da justiça e também não saiam intentando contra o direito das partes, por desconhecimento ou
por falta de direcionamento em alguns atos do profissional, abandonando a sua única função
-colaborar com o judiciário no deslinde de questões forenses e trabalhistas.
Já encontramos perito iniciando seus trabalhos de buscas de provas cheios de peritites
- uma doença que ataca alguns profissionais despreparados para o mister - como, aliás, ainda de
vê e não davam a menor oportunidade para os peritos assistentes, em todos os sentidos,
inclusive em saber quando e como iriam dar curso ao seu labor.
O Código era omisso quanto a esta parte e aí se assentavam os expertos para não
oferecerem nenhuma importância ao demais profissionais que atuavam a favor das partes
litigantes. Isso sem dúvida levou a vários embates, tendo alguns chegados aos tribunais
administrativos dos Conselhos Profissionais e mesmo vários questionamentos nos processos
judiciais, onde alegavam as partes que não tinham a menor oportunidade de falar a respeito dos
laudos periciais, em razão da falta de conhecimento do início das provas ou mesmo que os
peritos oficiais só o fizeram já nos arremates do prazo de entrega do referido documento nos
cartórios das varas.
Diziam os peritos assistentes que os peritos judiciais deveriam dar-lhes conhecimento
das suas andanças a respeito do trabalho pericial e alguns queriam mesmo atuar em conjunto
com o experto. O Conselho Federal de Contabilidade em tão boa hora publicou a Resolução n°
858/99 em 21 de outubro daquele ano, que normatizou a NBC T 13 e no seu item 13.3
EXECUÇÃO assim se definiu:
O perito contador assistente pode, tão logo tenha conhecimento da perícia, manter
contato com o perito contador, pondo-se à disposição para o planejamento e a execução
conjunto da perícia. Uma vez aceita a participação, pelo perito contador deve permitir o seu
acesso aos trabalhos. (grifo nosso).
Estava afastada a obrigação de o perito contador trabalhar em conjunto com o perito
contador assistente como ocorria. Este fato também trouxe descontentamento entre vários
assistentes judiciais, mas ficou aí uma possibilidade, porém, do livre arbítrio do perito oficial
em aceitar ou não a participação do perito assistente, até por que se tirava as amarras que
anteriormente a própria norma colocou aos peritos contadores judiciais, quando os obrigava a
executarem suas tarefas junto com dois outros peritos assistentes, que por dever de ofício
tinham seus próprios interesses na causa.
Ocorre, com o advento nesta nova NBC o perito oficial não poder aceitar a
participação somente de um perito assistente em detrimento do outro. Esta atitude só é aceita se
um deles não for contador registrado
em conselho de contabilidade ou estiver com registro irregular e de alguma form a
impedido de exercer a atividade de contador - que aí é considerado impedido de executar tarefas
periciais - portanto é equiparado aos leigos em matérias contábeis e, por conseguinte periciais
da profissão do contador. Tal impedimento tem amparo legal tanto nas normas do Conselho
Federal de Contabilidade como no Código de Processo Civil, artigo 145:
Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o
juiz será assistido por perito, segundo o disposto no art. 421.
§ lo Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário,
devidamente inscrito no órgão de classe competente, respeitado o disposto no Capítulo VI,
seção Vil, deste Código. (Parágrafo acrescentado pela Lei n° 7.270, de 10.12.1984).
§ 2o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que deverão opinar,
mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos. (Parágrafo acrescentado
pela Lei n° 7.270,de 10.12.1984).
Retirada a obrigação de o perito contador atuar em conjunto com o perito contador
assistente, que era a nosso ver uma afronta a liberdade trabalhar com a supervisão e a
intervenção de terceiros, ambos com total interesse no resultado da causa, ofereceu no
entanto o CFC a liberdade do perito contador convidar ou não o perito contador assistente
para trabalho em conjunto, e este obviamente o direito também de este aceitar ou não o
convite.
Ocorria que os peritos judiciais como se disse, não queriam na maioria vezes sequer
receber os peritos assistentes sob os mais diversos argumentos ou mesmo porque entendiam
que representavam os interesses da justiça e se deixassem os assistentes tomarem
conhecimento das suas andanças em buscas de provas ou às vezes sabedor que um perito
assistente era em muitas perícias mais conhecedor da atividade que o próprio perito do juízo o
que é bastante normal na atividade pericial, faziam de tudo para cercear a participação do
assistente e até para mantê-los bem longe do laudo pericial.
Com a finalidade de colaborar com a celeridade processual e evitando o argumento
de cerceamento de defesa, o artigo 431-A em comento, veio de alguma forma tentar colocar as
coisas nos devidos lugares, ou seja, agora o perito judicial está obrigado a comunicar por
escrito as partes se o juiz não o fizer, anunciando dia, local e hora onde terá início os trabalhos
periciais. Desta comunicação os assistentes certamente tomarão conhecimento por intermédio
dos advogados das partes.
Não tendo as partes, indicado seus peritos assistentes a obrigação é a mesma para c
perito oficial, não lhe cabendo imaginar que a ausência desses profissionais lhe assegura
iniciar a feitura do laudo e a sua protocolização em cartório sem o devido conhecimento dos
advogados representantes das partes.
O perito como se disse, deve comunicar as partes tendo ou não a participação de
assistentes, porém esta obrigação da comunicação tem soado como um sino de dupla
sonorização para os alguns assistentes. Uns entendem que isso é uma boa notícia para eles e já
se apressam em procurar o perito e até exigem participação conjunta no trabalho, outros
menos afoitos, apenas. recebem como uma informação técnica, utilizando-a como forma de
bem prestar um bom trabalho aos seus clientes.
Na verdade, a comunicação do início dos trabalhos periciais serve para que as partes
tenham ciência do começo da perícia e logicamente do dia provável da entrega do laudo em
cartório. Da mesma maneira que o perito oficial tem poderes de arrecadar provas para subsidiar
o seu laudo os peritos assistentes têm direitos também de buscar as provas legais que entendam
necessárias para amparo dos seus pareceres. Vejamos o que nos ensina os artigos seguintes,
iniciando pelo art. 332 do CPC:
Art. 332. Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não
especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação
ou a defesa.
A seguir o artigo 429 nos esclarece os poderes de todos os peritos, tanto do juízo como
das partes em procurar as provas que sejam necessárias, tanto para amparo dos laudos periciais
quanto para os pareceres técnicos dos assistentes.
Art. 429. Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos
utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações,
solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem como
instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras quaisquer peças.
Assim constatamos que o conhecimento das datas para o início da perícia é de suma
importância tanto para aqueles que irão laborar juntamente com os peritos oficiais quanto para
os que irão procurar suas provas de forma individual, considerando o prazo para as partes
falarem nos autos a respeito do laudo do perito oficial ser de 10 (dez) dias corridos e mesmo
assim ser comum para ambas as partes.
Art. 433. O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, pelo
menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento. (Redação dada pela Lei n°
8.455, de 24.8.1992).
Parágrafo único. Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no prazo comum
de 10 (dez) dias, após intimadas as partes da apresentação do laudo. (Redação dada pela Lei n"
10.358, de27.12.2001).
Assim sendo observamos o resultado abaixo:
• O artigo 431 -A obriga o perito contador judicial a comunicar as partes o início da
perícia ou as buscas das provas;
• Obriga também a fazê-lo mesmo não havendo perito assistente indicado para amar
na perícia:
• Desobriga o perito oficial a aceitar a participação dos peritos assistentes a
trabalharem em conjunto;
• Não impede que todos trabalhem em conjunto e que possam até assinar o laudo
pericial caso concordem com o seu conteúdo;
• Se entender que deve trabalhar em conjunto, o perito judicial deve convidar
sempre os dois peritos assistentes, se estiverem legalmente registrados em Conselhos
Profissionais e em dia com suas obrigações perante aquele órgão.
• Estando ambos legalmente autorizados a amarem em perícias judiciais, tanto por
seus Conselhos Profissionais, quanto pelo CPC, art. 145, não pode aceitar trabalhar somente
com um assistente e abandonar o outro à sua própria sorte.
• Caso o perito oficial convide a todos e um assistente não queira participar do
trabalho em conjunto, estará este desimpedido para exercer o seu mister com o experto oficial,
podendo executar suas tarefas totalmente independentes e com todos os poderes legais que a lei
lhe confere atuar.
Por último, criou a lei mais uma obrigação para o perito oficial, entretanto tomou o seu
trabalho mais transparente no que diz respeito ao cumprimento dos prazos para diligenciar,
arrecadar provas e ofertar o laudo pericial no cartório da respectiva vara judicial ou do trabalho.
Direito e Moral
A moral é regra de conduta individual que se dirige à consciência do homem. Os
deveres morais são incoercíveis. E dever de consciência. A sanção é interna (remorso), uma vez
que seus imperativos não comportam, juridicamente, a exigibilidade.
A moral é também unilateral, uma vez que não impõe deveres em troca de direitos.
É exercida de dentro para fora, o que lhe confere a característica de ser autônoma.
Quanto à regra de direito, esta consiste em norma de conduta social que, sancionada
pela coação, tem por finalidade a ordem.
Ao contrário dos deveres morais, os deveres jurídicos são exigíveis e coercíveis.
Devem ser observados sob pena de sanção cominada pela própria norma.
O direito é, ainda, bilateral e heterônomo, na medida em que obriga uma parte, dando
direito à outra, por força de lei.
Normas Éticas Profissionais
São normas de conduta e de organização, atributivas de responsabilidades, deveres e
direitos, providas de sanções. Constituem critérios de organização, que regulam determinado
grupo profissional.
As regras éticas profissionais tendem a assegurar um determinado tipo de
comportamento e de trabalho individual ou coletivo do profissional, seja no desempenho de sua
atividade, como também nas suas relações com o cliente e demais pessoas com quem possa ter
trato no dia a dia do seu exercício laboral.
A Ética do Perito
O perito é profissional auxiliar do Juízo, dotado de conhecimentos técnicos
específicos, fornecendo ao Juiz informações sobre a matéria, objeto do litígio, ajudando-o na
busca da verdade dos fatos, para a solução mais justa ria controvérsia existente nos autos. Tem
o dever precípuo de ajudara fazer justiça na verdadeira acepção.
A decisão judicial, neste sentido, converge para a verdade processual, tendo como
interesse mor fazer Justiça entre as partes. Logo. a contribuição pericial é exatamente trazer à
existência dos autos matéria ou fatos insuficientemente conhecidos pelo Juiz, que necessitam,
muitas vezes, de diligências e vistorias externas, para serem apurados.
O parecer enganoso pode ocasionar falsas informações, levando o Juiz a cometer
erros, confiado no profissional que o elaborou.
Desta forma, justifica ser pessoa da confiança do Juiz, o perito oficial, nomeado para
atuar em determinado processo.
Ter confiança é ter fé, crédito, bom conceito c segurança íntima de procedimento.
Assim, não só a capacidade laboral, mas também a probidade e o bom conceito que o
profissional inspira, constituem fatores da indicação judicial do perito oficial.
Logo, SER CAPAZ e ao mesmo tempo SER ÉTICO traduz o SER DA
CONFIANÇA.
De nada adianta o perito ser desprovido de qualquer preocupação com a ética, ainda
que dotado de excelente qualificação ou. vice versa, ter conduta, postura ilibada, mas não deter
conhecimento técnico que satisfaça o Juízo.
A meu sentir, o perito assistente, indicado pela empresa, não poderá, de modo algum.
atuar como perito oficial em ação movida contra a mesma reclamada, perante outra JC.l. Deverá
pedir a sua substituição.
E mais.
O perito novato deve saber, de antemão, que deverá esperar a média de 06 meses par
receber seus honorários. Trata-se, de inicio, de profissão preocupante com os rendimentos. Em
tal caso, diante da demora, costuma mudar de atividade. Sabidamente, no foro trabalhista, onde-
inexiste a obrigação legal de depósito antecipado dos honorários periciais, o expert costuma ate
mesmo mudar de atividade ou, se tiver má formação, enveredar-se para o caminho tortuoso,
seduzido por propostas indecorosas. Entendo que o perito, no processo trabalhista, tem noto;
dúvidas quanto aos honorários: quando, quanto e de quem recebê-los.
E mais.
Devemos ser ético, não falseando a verdade, transferindo a condenação para a
reclamada, economicamente mais forte, preocupado, tão-só, com a percepção de seus
honorários. Ora, a atividade do perito é, antes de tudo, de risco, pois não se recebe de
hipossuficiente desprovido de idoneidade econômica.
Assim, a avaliação profissional deve ser norteada não só pela capacidade profissional
mas. sobretudo, pela conduta ética mantida perante seus colegas, perante a Classe, perante
terceiros com quem lida profissionalmente no dia a dia c. principalmente, perante SI MESMO,
haja vista que cada pessoa tem que ser agente de seu próprio desenvolvimento. Eis aqui i
conceito de moral!
E importante que o perito judicia! tome conhecimento de cada item relativo aos
princípios éticos de sua profissão, codificados no seu Código de Ética profissional.
No entanto, a observância de deveres bem como de proibições, quando do exercício
profissional, não só basta. Necessária a ideia de ETIC A como sendo a de FAZER BEVI O
BEM.
Prerrogativas
O perito poderá publicar relatório, parecer ou trabalho técnico-profissional, assinado e
sob sua responsabilidade, desde que não seja difamatório ou vazado em termos que possam
provocar ou entreter debates sobre serviços a seu cargo, respeitado o sigilo da justiça. - Sem
mencionar os nomes dos litigantes -.
O perito poderá transferir, quando Assistente Técnico, a execução do serviço a seu
cargo a outro Perito, com a anuência do cliente, devendo ser fixadas por escrito as condições
dessa transferência.
Depoimento de um magistrado:
O tema, submetido a meu crivo, foi dissecado dentro das minhas limitações. Procurei,
contudo, trazer à baila os fatos envolvendo minha atividade profissional, onde mantive contato
com os mais valorosos peritos, amigos e que muito me ajudaram na solução dos conflitos
sociais. Sempre os respeitei e arbitrei honorários condignos, à altura do seu gabarito intelectual,
recentemente, fui entrevistado pela TV e relatei os critérios objetivos para a fixação dos
honorários periciais sem melindrar o profissional. Apliquei a legislação pertinente e São Paulo
preconizou que "a boa lei é aquela aplicada com retidão". Nunca me deparei com laudos falsos,
graças a Deus e ao conhecimento dos peritos, meus grandes auxiliares.
Foi bom, muito bom mesmo estar com vocês.
Valorizo cada momento que tenho. Assim, o hoje é uma dádiva de Deus e, por isso,
chamado de presente.
Obrigado.
Os peritos estarão sujeitos às normas legais , bem como ao cumprimento dos preceitos
éticos expressos no Código de Ética PERICIAL, nas resoluções do CFC e NAS NORMAS
BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE.
Princípios Fundamentais: O alvo de toda a atenção do PERITO é o laudo, auxiliar a
justiça, assim deve agir com zelo e o melhor de sua capacidade profissional. O Perito terá
completa autonomia técnica e ética, em relação aos seus serviços, de modo a preservar a
independência na elaboração do laudo pericial e na atividade técnica. O perito deverá manter
sigilo quanto às informações confidenciais que tiver conhecimento no desempenho de suas
funções, também em empresas públicas ou privadas, exceto no caso em que seu silêncio
prejudique ou ponha em risco a integridade legal do laudo!
Responsabilidade Profissional
E vedado ao Perito:
ELABORAR LAUDO de forma secreta ou ilegível, assim como assinar em branco
laudo, parecer ou quaisquer outros documentos periciais.
Deixar de esclarecer EM JUÍZO sobre as condições de trabalho que ponham em risco
sua saúde, devendo comunicar o fato ao MAGISTRADO. E AO CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE! '
Deixar de esclarecer AO JUÍZO, AO CLIENTE, sobre as determinantes soe:.,
ambientais ou profissionais de sua doença.
Efetuar qualquer procedimento pericial sem o esclarecimento e consentimento do
cliente ou seu responsável legal.
Discriminar o ser humano de qualquer forma ou sob qualquer aspecto.
Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa.
Aproveitar-se de situações decorrentes da relação perito-cliente para obter vantagem
física, emocional, financeira ou política.
Revelar o fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão,
salvo por justa causa, dever legal ou autorização expressado CLIENTE(PARTES)!
Revelar informações confidenciais obtidas quando dos exames periciais inclusive por
exigência dos dirigentes de empresas ou instituições, salvo se o silêncio puser em risco algo de
força maior ou caso fortuito!
Deixar de orientar seus auxiliares e de zelar para que respeitem o segredo profissional
a que estão obrigados por lei.
Facilitar manuseio e conhecimento dos PAPEIS DE TRABALHO e demais folhas de
observações PERICIAIS sujeitas ao segredo profissional, por pessoas não obrigadas ao mesmo
compromisso.
Perícia CONTÁBIL
Deixar de atuar com absoluta isenção quando designado como perito ou auditor, assim
como ultrapassar os limites das suas atribuições e competências.
Assinar laudos periciais ou de verificação quando não o tenha realizado, ou
participado pessoalmente do exame.
Ser perito de CLIENTE SEU, de pessoa de sua família ou de qualquer pessoa com a
qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho! NUNCA!
Perícia - Intervir, quando em função de auditor ou perito, nos atos profissionais de
outiu PERITO, ou fazer qualquer apreciação em presença do examinado, reservando suas
observações para o relatório.
Relacionamento
As relações do PERITO com os demais profissionais em exercício devem basear-se no respeito
mútuo, na liberdade e independência profissional de cada um, buscando sempre o interesse e o
bem estar do CLIENTE, DAS PARTES, DO JUÍZO!
Relacionamento
0 PERITO deve ter para com seus colegas respeito, consideração e solidariedade, sem,
todavia, eximir-se de denunciar atos que contrariem os postulados éticos à Comissão de Ética da
instituição em que exerce seu trabalho profissional e. se necessário, ao Conselho Regional de
CONTABILIDADE!
Relacionamento
• PERITO Assistencial - estreito vínculo com CLIENTE
CONTADOR-Perito - AUXILIAR O JUIZ PARA > estar preparado para reconhecer o direito -
Conceder o que deve é devido e negar as pretensões i legítimas PERITO AUXILIA, JUIZ
SENTENCIA! Atos Periciais:
Impostergável compromisso com a verdade;
Compromisso não está dirigido ao cliente, para quem o incumbiu da perícia, mas para
com a verdade!
Relacionamento:
"Lembrar sempre que as partes que buscam auxílio junto á justiça, além de
teoricamente serem pessoas em conflito, é também habitualmente carentes de recursos técnicos
e científicos"
UM POUCO DE FILOSOFIA
"ÉTICA" é palavra de origem nobre, da antiga cultura grega, berço da nossa
civilização. Provém de "ETHOS". e significa "a clareza da alma". Assim, uma pessoa
possuidora de ética, filtra melhor os estímulos e valores do mundo.
Quando eu filtro, eu elimino o que não é bom. Portanto, uma pessoa com ética tem
valores morais bem filtrados.
O significado de "ÉTICA" aproxima-se também do sentido de "COSTUME" - a "ética
cristã", por exemplo. A palavra "ÉTICA" tem ainda um outro aspecto muito interessante:
Quando vamos ao teatro, nem sequer pensamos que estamos repetindo um costume da Grécia
antiga, também. E voltamos à palavra "ÉTICA". O grande pensador clássico Aristóteles,
analisando a tragédia grega, definiu seus cinco elementos:
1. O primeiro seria o cenário.
2. O segundo seriam os meios de expressão do autor, a "lexis", a palavra.
3. O terceiro seriam as ideias desenvolvidas pelos atores, que justificavam os atos dos
personagens da tragédia.
4. O quarto seria a "mélos", a melodia, constituída não só pelas músicas da tragédia,
mas também pelos trajes, as máscaras, os estímulos ao inconsciente dos espectadores.
5. O quinto, finalmente, seria a "ÉTICA" do ator interpretando, definindo a qualidade
dos personagens que agem na tragédia, seu comportamento, seus costumes.
O QUE É ÉTICA?
A ética não se confunde com a moral. A moral é a regulação dos valores e
comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma
religião, certa tradição cultural etc. Há morais específicas, também, em grupos sociais mais
restritos: uma instituição, um partido político...
Há, portanto, muitas e diversas morais. Isto significa dizer que uma moral é um
fenômeno social particular, que não tem compromisso com a universalidade, isto é, com o que é
válido e de direito para todos os homens. Exceto quando atacada: justifica-se se dizendo
universal, supostamente válida para todos. Mas, então, todas e quaisquer normas morais são
legítimas?
Não deveria existir alguma forma de julgamento da validade das morais? Existe, e
essa forma é o que chamamos de ética. A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas
ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a
ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas.
A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal
que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. A ética pode e deve ser incorporada
pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana, capaz de julgar
criticamente os apelos a críticos da moral vigente. Mas a ética, tanto quanto a moral, não é um
conjunto de verdades fixas, imutáveis. A ética se move, historicamente, se amplia e se adensa.
Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um
dia, a escravidão foi considerada "natural". Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a
ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez,
exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la?
A ética ilumina a consciência humana, sustenta e dirige as ações do homem, norteando
a conduta individual e social. É um produto histórico-cultural e, como tal, define o que é
virtude, o que é bom ou mal, certo ou errado, permitido ou proibido, para cada cultura e
sociedade.
Dessa maneira, a ética é universal, enquanto estabelece um código de condutas morais
válidos para todos os membros de uma determinada sociedade e, ao mesmo tempo, tal código é
relativo ao contexto sócio-político-econômico e cultural onde vivem os sujeitos éticos e onde
realizam suas ações morais.
Ética e educação.
A educação é uma socialização das novas gerações de uma sociedade e, enquanto tal,
conserva os valores dominantes (a moral) naquela sociedade. A educação é também uma
possibilidade e um impulso à transformação: desenvolvimento das potencialidades dos
educandos.
Toda educação é uma ação interativa: se faz mediante informações, comunicação,
diálogo entre seres humanos. Em toda educação há outro em relação. Em toda educação, por
tudo isso, a ética está implicada. Uma educação pode ser eficiente enquanto processo formativa
e ao mesmo tempo, eticamente má, como foi a educação nazista, por exemplo.
Pode ser boa do ponto de vista da moral vigente e má do ponto de vista ético. A
educação ética (ou, a ética na educação) acontece quando os valores no conteúdo e no exercício
do ato de educar são valores humanos e humanizadores: a igualdade cívica, a justiça, a
dignidade da pessoa, a democracia, a solidariedade, o desenvolvimento integral de cada um e de
todos.
Ética e política
Política é a ação humana que deve ter por objetivo a realização plena dos direitos e,
portanto, da cidadania para todos. O projeto da política, assim, é o de realizar a ética, fazendo
coincidir com ela a realização da vontade coletiva dos cidadãos, o interesse público. A função
ética da política é eliminar, numa ponta, os privilégios de poucos; na outra ponta, as carências
de muitos; e instaurar o direito para todos.
São inegáveis os aprimoramentos das instituições políticas no Brasil, ao longo da sua
história. Mas são inegáveis igualmente as traições de uma parte da classe política contra essas
instituições e contra o mandato que lhes foi confiado. Requer-se, pois, o exercício da cidadania
ativa e criativa, tanto pelos políticos quanto pelos cidadãos: reforçando-se e aprimorando-se as
instituições políticas, fazendo-as valer de direito e de fato. A cidadania ativa, como luta pelos
próprios direitos e pelos direitos de todos, é o exercício cotidiano da ética na política.
Ética e corrupção
A corrupção é a suprema perversidade da vida econômica e da vida política de uma sociedade. E
a subversão dos valores social e culturalmente proclamados e assumidos como j legítimos. A
corrupção, seja ativa ou passiva, é a força contrária, o contra fluxo destruidor o: ordem social. E
a negação radical da ética, porque destrói na raiz as instituições criadas par_ realizar direitos. A
corrupção é antiética.
A corrupção pode, em situações extremas e absurdas, chegar a tomar-se a moral
estabelecida, a ponto de gerar nos cidadãos o conformismo com o mal social. A história
recente de nosso país tem nesse ponto um dos maiores desafios a enfrentar. Ou bem os
cidadãos reagem ativamente e os responsáveis legais agem exemplarmente sem concessões à
impunidade, ou bem o país avança rapidamente para a desagregação. Indignar-se, resistir e
combater a corrupção é um dos principais desafios éticos da política partidária, dos Auditores,
dos Peritos, no Brasil. Assim sendo, perguntamos: é ético usarmos o CPF, o CNPJ, a DIRPF e
a DIRPJ e assim usarmos a "contabilidade" irregularmente, em benefício próprio e em
detrimento aos patrimônios de nossos semelhantes?
Ética e cidadania
As instituições sociais e políticas têm uma história. É impossível não se reconhecer o
seu desenvolvimento e o seu progresso em muitos aspectos, pelo menos do ponto de vista
formal. A escravidão era legal no Brasil até 120 anos atrás. As mulheres brasileiras
conquistaram o direito de votar apenas há 60 anos e os analfabetos apenas há 12 anos.
Chamamos isso de ampliação da cidadania.
Mas há direitos formais (civis, políticos e sociais) que nem sempre se realizam como
direitos reais. A cidadania nem sempre é uma realidade efetiva, nem para todos. A efetivação
da cidadania e a consciência coletiva dessa condição são indicadores do desenvolvimento
moral e ético de uma sociedade. Para a ética não basta que exista um elenco de princípios
fundamentais e direitos definidos nas Constituições. O desafio ético para uma nação é o de
universalizar os direitos reais, permitindo a todos a cidadania plena, cotidiana e ativa.
A ética tem por finalidade a investigação, análise e explicação do comportamento
moral humano, ou seja, o conjunto de princípios e valores que orientam as relações humanas.
Os dez mandamentos são considerados como sendo o primeiro código ético e remontam à
antiguidade.
Cidadania é um processo que começou nos primórdios da humanidade, não é algo
pronto, acabado. A cidadania se efetiva num processo de conhecimento e conquista dos
direitos humanos. Inúmeros são os direitos que deveriam ser naturais de todo ser humano: o
direito à vida, à igualdade, etc. independentemente de cor, sexo, religião ou nacionalidade.
ÉTICA PROFISSIONAL
Muitos autores definem a ética profissional como sendo um conjunto de normas de
conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer profissão. Seria a ação
"reguladora" da ética agindo no desempenho das profissões, fazendo com que o profissional
respeite seu semelhante quando no exercício da sua profissão.
A ética profissional estudaria e regularia o relacionamento do profissional com sua
clientela, visando a dignidade humana c a construção do bem-estar no contexto sociocultural
onde exerce sua profissão.
Ela atinge todas as profissões e quando falamos de ética profissional estamos nos
referindo ao caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a partir de
estatutos e códigos específicos.
Assim temos a ética médica, do advogado, do biólogo, do contador, do perito, do
auditor, do administrador, do economista, do engenheiro, etc.
Acontece que, em geral, as profissões apresentam a ética firmada em questões muito
relevantes que ultrapassam o campo profissional em si. Questões como o aborto, pena de morte,
sequestros, eutanásia, AIDS, por exemplo, são questões morais que se apresentam como
problemas éticos - porque pedem uma reflexão profunda - e, um profissional, ao se debruçar
sobre elas, não o faz apenas como tal, mas como um pensador, um "filósofo da ciência", ou
seja, da profissão que exerce. Desta forma, a reflexão ética entra na moralidade de qualquer
atividade profissional humana.
Sendo a ética inerente à vida humana, sua importância é bastante evidenciada na vida
profissional, porque cada profissional tem responsabilidades individuais e responsabilidades
sociais, pois envolvem pessoas que dela se beneficiam.
A ética é ainda indispensável ao profissional, porque na ação humana "o fazer" e "o
agir" estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional
deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao
conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.
A ética baseia-se em uma filosofia de valores compatíveis com a natureza e o fim de
todo ser humano, por isso, "o agir" da pessoa humana está condicionado a duas premissas
consideradas básicas pela Ética: "o que é" o homem e "para que vive", logo toda capacitação
científica ou técnica precisa estar em conexão com os princípios essenciais da Ética.
Constata-se então o forte conteúdo ético presente no exercício profissional e sua
importância na formação de recursos humanos.
INDIVIDUALISMO E ÉTICAPROFISSIONAL
Parece ser uma tendência do ser humano, como tem sido objeto de referências de
muitos estudiosos, a de defender, em primeiro lugar, seus interesses próprios e, quando esses
interesses são de natureza pouco recomendável, ocorrem seríssimos problemas.
O valor ético do esforço humano é variável em função de seu alcance em face da
comunidade. Se o trabalho executado é só para auferir renda, em geral, tem seu valor restrito.
Por outro lado, nos serviços realizados com amor, visando ao benefício de terceiros,
dentro de vasto raio de ação, com consciência do bem comum, passa a existir a expressão social
do mesmo.
Aquele que só se preocupa com os lucros, geralmente, tende a ter menor consciência
de grupo. Fascinado pela preocupação monetária, a ele pouco importa o que ocorre com a sua
comunidade e muito menos com a sociedade.
Sabemos que a conduta do ser humano pode tender ao egoísmo, mas, para os
interesses de uma classe, de toda uma sociedade, é preciso que se acomode às normas, porque
estas devem estar apoiadas em princípios de virtude.
CLASSES PROFISSIONAIS
A classe profissional é, pois, um grupo dentro da sociedade, específico, definido por
sua especialidade de desempenho de tarefa.
A questão, pois, dos grupamentos específicos, sem dúvida, decorre de uma
especialização, motivada por seleção natural ou habilidade própria, e hoje constitui-se em
inequívoca força dentro das sociedades.
A formação das classes profissionais decorreu de forma natural, há milênios, e se
dividiram cada vez mais.
Historicamente, atribui-se à Idade Média a organização das classes trabalhadoras,
notadamente as de artesãos, que se reuniram em corporações.
A divisão do trabalho é antiga, ligada que está à vocação e cada um para determinadas
tarefas e às circunstâncias que obrigam, às vezes, a assumir esse ou aquele trabalho; ficou
prático para as pessoas, em comunidade, transferirem tarefas e executarem as suas.
Código de ética
Um código de ética é um acordo explícito entre os membros de um grupo social: uma
categoria profissional, um partido político, uma associação civil etc. Seu objetivo é explicitar
como aquele grupo social, que o constitui, pensa e define sua própria identidade política e
social; e como aquele grupo social se compromete a realizar seus objetivos particulares de um
modo compatível com os princípios universais da ética.
O código de ética é importante porque proporciona um tipo de estabilidade e
estabelece pontos de convergência para qualquer um dentro de uma organização.
Fica fácil compreender como um empregado ou gerente de uma grande empresa pode
ser presa de pressões e problemas internos de modo que passe para segundo plano o propósito
dos negócios.
Um código não são princípios abstratos colocados num papel. É preciso encará-lo
como uma parte viva da empresa. Um código que não é aplicável ou utilizável não é um código.
VIRTUDES PROFISSIONAIS
Não obstante os deveres de um profissional, os quais são obrigatórios, devem ser
levadas em conta as qualidades pessoais que também concorrem para o enriquecimento de sua
atuação profissional, algumas delas facilitando o exercício da profissão.
Muitas destas qualidades poderão ser adquiridas com esforço e boa vontade,
aumentando neste caso o mérito do profissional que, no decorrer de sua atividade profissional,
consegue incorporá-las à sua personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos deveres
profissionais.
O consultor dinamarquês Clauss MOLLER fez uma associação entre as virtudes
lealdade, responsabilidade e iniciativa como fundamentais para a formação de recursos
humanos. Segundo Clauss Moller o futuro de uma carreira depende dessas virtudes.
O senso de responsabilidade é o elemento fundamental da empregabilidade, por
exemplo. Sem responsabilidade a pessoa não pode demonstrar lealdade, nem espírito de
iniciativa. Uma pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipe terá maior
probabilidade de agir de maneira mais favorável aos interesses da equipe e de seus clientes,
dentro e fora da organização. A consciência de que se possui uma influência real constitui uma
experiência pessoal muito importante.
É algo que fortalece a autoestima de cada pessoa. Só pessoas que tenham autoestima e
um sentimento de poder próprio são capazes de assumir responsabilidade. Elas sentem um
sentido na vida, alcançando metas sobre as quais concordam previamente e pelas quais
assumiram responsabilidade real, de maneira consciente.
As pessoas que optam por não assumir responsabilidades podem ter dificuldades em
encontrar significado em suas vidas. Seu comportamento é regido pelas recompensas e sanções
de outras pessoas - chefes e pares. Pessoas desse tipo jamais serão boas integrantes de equipes.
A lealdade é o segundo dos três principais elementos que compõe a empregabilidade,
o profissionalismo. Um funcionário leal, um profissional leal, se alegra quando a organização
ou seu departamento é bem sucedido, defende a organização, tomando medidas concretas
quando ela é ameaçada, tem orgulho de fazer parte da organização, fala positivamente sobre ela
e a defende contra críticas.
Lealdade não quer dizer necessariamente fazer o que a pessoa ou organização à qual
você quer ser fiel quer que você faça. Lealdade não é sinônimo de obediência cega. Lealdade
significa fazer críticas construtivas, mas as manter dentro do âmbito da organização. Significa
agir com a convicção de que seu comportamento vai promover os legítimos interesses da
organização. Assim, ser leal às vezes pode significar a recusa em fazer algo que você acha que
poderá prejudicar a organização, a equipe de funcionários.
No Reino Unido, por exemplo, essa ideia é expressa pelo termo "Oposição Leal a Sua
Majestade". Em outras palavras, é perfeitamente possível ser leal a Sua Majestade - e, mesmo
assim, fazer parte da oposição. Do mesmo modo, é possível ser leal a uma organização ou a
uma equipe mesmo que você discorde dos métodos usados para se alcançar determinados
objetivos.
Na verdade, seria desleal deixar de expressar o sentimento de que algo está errado, se é
isso que você sente.
As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas por uma terceira, a
iniciativa, capaz de colocá-las em movimento. Tomar a iniciativa de fazer algo no interesse da
organização significa ao mesmo tempo, demonstrar lealdade pela organização. Em um contexto
de empregabilidade, tomar iniciativas não quer dizer apenas iniciar um projeto no interesse da
organização ou da equipe, mas também assumir responsabilidade por sua complementação e
implementação.
Gostaríamos ainda, de acrescentar outras qualidades que consideramos importantes no
exercício de uma profissão. SOMOS AUDITORES, SOMOS PERITOS, São elas:
Honestidade: A honestidade está relacionada com a confiança que nos é depositada,
com a responsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos. É muito
fácil encontrar a falta de honestidade quanto existe a fascinação pelos lucros, privilégios e
benefícios fáceis, pelo enriquecimento ilícito em cargos que outorgam autoridade e que têm a
confiança coletiva de uma coletividade.
Sigilo: O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas, deve ser
desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois se trata de algo muito importante. Uma
informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória.
Competência: Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do
conhecimento de forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão.
Prudência: Todo trabalho, para ser executado, exige muita segurança. A prudência,
fazendo com que o profissional analise situações complexas e difíceis com mais facilidade e de
forma mais profunda e minuciosa, contribui para a maior segurança, principalmente das
decisões a serem tomadas. A prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves,
pois evita os julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis.
Coragem: A coragem nos ajuda a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender
dignamente quando estamos cônscios de nosso dever. Nos ajuda a não ter medo de defender a
verdade e a justiça, principalmente quando estas forem de real interesse para outrem ou para o
bem comum. Temos que ter coragem para tomar decisões, indispensáveis e importantes, para a
eficiência do trabalho, sem levar em conta possíveis atitudes ou atos de desagrado dos chefes
ou colegas.
Perseverança: Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho
está sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo
o profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas. E louvável a
perseverança dos profissionais que precisam enfrentar os problemas do subdesenvolvimento.
Compreensão: Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos
que dele dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão
importante no relacionamento profissional.
Humildade: O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o
dono da verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de
pessoas.
Imparcialidade: E uma qualidade tão importante que assume as características do dever, pois se
destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos (em nossa época dinheiro,
técnica, sexo...), a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente
uma posição justa nas situações que terá que enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial,
logo ajustiça depende muito da imparcialidade.
Otimismo: Em face das perspectivas das sociedades modernas, o profissional precisa e
deve ser otimista, para acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no poder do
desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom-humor.
Muitos são os deveres que um profissional possui em relação aos seus colegas. Dentre
todos, um dos que mais se torna importante, para o fortalecimento de uma comunidade,
encontra-se aquele dever ético da ajuda. O ajudar, o cuidar envolve um complexo de atitudes.
Exclui, apenas, a conivência no vicio, no erro, na fraude, da informalidade.
Isto não significa, todavia, que se deva abandonar ou condenar definitivamente um
colega porque ele cometeu enganos.
Todos podemos cometer erros e é natural que os cometamos em situações de
inexperiência, falta de orientação, educação insuficiente, más companhias, circunstâncias
adversas, fortes desilusões, depressões mentais, problemas de saúde , em suma muitos fatores
adversos podem conduzirão rompimento com a virtude.
Ninguém deve auto julgar-se absolutamente perfeito e todos estamos sujeitos a
enganos maiores ou menores. A ajuda, portanto, inclui essa especial assistência nossa ao colega
para que possa reconduzir-se ao caminho do bem, para que possa retornar a virtude ou até
absorver exemplos que em verdade não tinha ainda sido despertado para eles.
É normal que o ser humano possa ser vítima, e de fato o é, da inveja, da calúnia, da
perseguição pertinaz, da traição, em suma de vícios de terceiros que nos atingem e que para
combatê-los outros venham a ser praticados, como o de igualar-se ao malfeitor. Partindo do
princípio que o semelhante com o semelhante se cura (como é o caso de injetar-se no corpo o
veneno de ofídios, ou sejam as vacinas, quando a pessoa é por eles atingida) muitos outros erros
se acumulam quando se revida com a prática do mau.
O referido principio que tão bem se aplica ao corpo, deixa de aplicar-se aos domínios
ia ética, no caso enfocado, pois, ninguém se ajuda sem ajudar o seu semelhante. Quando um
colega pratica erros, a primeira coisa que nos cabe fazer, é aproximarmos dele para contribuir
com exemplos e boas palavras para que se recupere. Ninguém está absolutamente perdido se
tem ainda dentro de si a capacidade de absorver a virtude e se não é infenso á orientação.
É possível falar de ética profissional no Brasil? O Brasil parece um estado feudal imperfeito
porque peca por excessos (burocracia, leis, cobrança, etc). Neste estado feudal imperfeito
formam-se corporações: cada grupo de profissionais procura defender seus interesses
particulares, sem consciência social e cívica, muitas das classes existentes.
A primeira constatação que se deve fazer é que a sociedade mudou. Aconteceu a
explosão demográfica, a industrialização, a predominância da ciência e da tecnologia, o
empresamento, o surgimento do estado moderno, , estamos na era da informação, na era da
contabilidade, enfim, a passagem de uma sociedade agrária, complexa, pluralista, individualista
e com divisão de trabalho, mesmo dentro das diversas categorias profissionais.
No Brasil, o problema da ética profissional começa a partir dos seguintes fatos:
• Estado brasileiro cobra dos assalariados o equivalente aos Estados escandinavos;
• Não oferece retorno (esquece, em muitos casos, suas funções sociais);
• Paga muito mal certos profissionais;
• Possui uma burocracia ineficaz e incompetente
• Tem um sistema tributário ineficaz.
Portanto, a ética profissional pressupõe normas morais, gerais e coletivas e também
uma organização moderna do Estado: uma consciência social e cívica, a partir, do mundo
político e do mundo econômico.
A sociedade brasileira evoluiu e mudou profundamente sua maneira de ser e se
organizar. Passou de uma cultura agrária, tradicional, para uma realidade urbana, industrial.
Modernizou-se. Por outro lado o estado permanece atrasado, ineficaz e não cumprindo sua
função social, em muitas esferas.
Nos últimos anos, as organizações dão uma atenção especial à ética corporativa
promovendo debates com os funcionários e chegando, inclusive, a criar um instrumento que
esclarece as diretrizes e as normas da organização: o código de ética. Através dessa ferramenta,
tanto a empresa quanto o colaborador podem esclarecer dúvidas e evitar problemas. O assunto
ganha força, principalmente, quando o profissional perde a noção e atropela determinados
limites. Isto vem sendo evidenciado em organizações que disponibilizam a Internet como
instrumento de trabalho. No Brasil, por exemplo, o Banco Central já faz o monitoramento da
Web para que os funcionários restrinjam seu uso apenas para fins relacionados à rotina do
trabalho; a Receita Federal do Brasil caminha no mesmo sentido, na mesma direção. Para
melhor entender esta parte do livro, passamos a relatar as ideias do Psicólogo Rogério Martins
diretor da Persona Consultoria & Eventos:
RH.COM.BR - Por que motivo as organizações têm dado uma atenção especial à ética
profissional?
Rogério Martins - O Brasil vive um momento onde os valores éticos, de forma geral, têm sido
discutidos nos diversos meios de comunicação e na comunidade. São escândalos constantes
envolvendo personalidades públicas onde se tem colocado aprova os valores de nossa
sociedade. Isto reflete diretamente nas empresas e nos consumidores de todo o mundo, que
estão mais atentos à ética do que nunca. Empresas que não possuem uma adequada política de
Recursos Humanos, qualidade de produtos e serviços, meio ambiente e de responsabilidade
social serão encaradas pelo mercado consumidor como antiéticas e passarão a sofrer as
consequências da crescente competitividade empresarial. Portanto, possuir uma política e
práticas de ética profissional tornaram-se fundamentais para a sobrevivência das organizações.
RH - Será que os funcionários estariam desaprendendo as "boas maneiras" do
comportamento profissional?
RM - Assim como as empresas, as pessoas também passam por uma profunda crise de
identidade ética. Há muito tempo que a criatividade, característica de nosso povo, deu espaço ao
"jeitinho" ou à famosa "lei de Gerson", onde levar vantagem é fundamental. O mercado
profissional, os meios de ensino e a sociedade capitalista vêm formando nas pessoas um
comportamento de competição acirrada e de busca pelo sucesso profissional a todo preço. Com
isto, muitos se esquecem ou desaprendem um dos valores básicos da convivência em sociedade
que é o respeito à individualidade do outro. Algumas pessoas e empresas perceberam que
competir com ética é a saída para o crescimento pessoal, profissional e de mercado, bem como
de nossa sociedade, portanto, cada vez mais reaprender as "boas maneiras" do comportamento
profissional é fundamental. Como exemplo, cito uma das empresas onde desenvolvemos um
trabalho com enfoque justamente no comportamento social e na postura profissional. Este
trabalho vem sendo desenvolvido há um ano e é incrível como as pessoas estão carentes deste
tipo de trabalho. Durante o evento, e muitas vezes após o encerramento, as pessoas nos
procuram para solicitar informações sobre como proceder em situações que ocorrem no dia-a-
dia e envolvem desde clientes, fornecedores e até mesmo o chefe. Algumas delas contam
situações vividas que demonstram areai necessidade de ações diretas envolvendo a ética
profissional.
RH - Algumas organizações vão além dos discursos e partem para algo mais concreto,
os chamados códigos de ética. Qual a sua opinião sobre este tipo de ferramenta?
RM - A elaboração de um código de ética próprio me faz lembrar a época em que as
empresas disseminaram seus planos de missão, valores e visão. Com isto as empresas deixavam
claro para seus funcionários, clientes, fornecedores e acionistas a que vieram e onde queriam
chegar. A criação de um código de ética elaborado pelas empresas é muito interessante, pois é
uma forma prática e aberta da organização apresentar novamente aos seus funcionários, clientes,
fornecedores e acionistas o modo de conduta da empresa, cumprindo assim um papel
fundamental na consolidação da credibilidade perante a sociedade. Com isto, conclui-se que se
as regras do jogo estão claras para todos, futuramente não existirão divergências de conduta de
qualquer um dos lados envolvidos. Vejo também que é um passo de extrema maturidade na
relação entre empregado e empregador, pois assim há o direito de escolha por parte dos
envolvidos de compactuar ou não com os valores definidos no código.
RH - Os códigos de ética podem ser considerados a melhor solução para conduzir o
comportamento dos trabalhadores?
RM - Talvez não seja a melhor, mas contribui muito para que não se tenha mal
entendidos entre as partes envolvidas. Com o crescente acesso da tecnologia, principalmente a
Internet muitas empresas criaram regras próprias para o uso deste recurso, o que tem
contribuído para uma maior transparência nas relações internas. Recentemente a revista Você
S.A. publicou uma pesquisa realizada na Internet sobre quais seriam as dez competências que os
profissionais consideram mais importantes para o sucesso na carreira. O resultado obtido entre
110 pessoas revela que a iniciativa e a ética são as competências mais importantes, visto terem
sido as mais votadas, à frente inclusive de competências como relacionamento, compromisso
com resultados, criatividade, motivação e outros.
RH - Então, como uma empresa poderia estruturar um código de ética para que este
atenda tanto aos interesses da organização como aos colaboradores?
RM - O código de ética deve, em primeiro lugar, estar alinhado com a missão e os
valores da organização. Se isto não estiver definido e divulgado na empresa, não adianta partir
para a criação de um código de ética. O código deve ser objetivo, direto e escrito de forma que
todos compreendam. Deve apresentar a visão da organização sobre a conduta interna de seus
funcionários, as relações com os clientes, fornecedores e concorrentes. E importante que a
empresa organize um comitê contendo representantes de diversas áreas para a elaboração do
código, bem como para realizar sua atualização e revisão quando necessários. Após sua
elaboração, deve atingir a todos os envolvidos através de uma estratégia de divulgação
previamente definida pelo comitê.
RH - Que tipo de contribuição o profissional de RH poderia dar, por exemplo, na
elaboração de um código de ética?
RM - A participação do profissional de Recursos Humanos é fundamental na
elaboração de um código de ética visto que ele é o profundo conhecedor das relações humanas
dentro da organização. Sua contribuição será alinhar as ações propostas no código com a
realidade da organização e que venham a tornar práticas as ações propostas. Entretanto, ele não
deve atuar sozinho, pois a visão de outros profissionais é muito importante para o sucesso da
elaboração de um código de ética amplo e bem definido.
RH - E quanto aos colaboradores, existem dicas para que estes não transgridam a
ética, principalmente, quando atuam em empresas onde não são adotados códigos?
RM - Sim. Em primeiro lugar, ele deve procurar conhecer os valores internos da
organização e isto pode ser feito com um conversa com os superiores e colegas da própria área
e das demais que compõem a empresa. Conhecendo os valores da empresa ele terá condições de
avaliar sua conduta atual com a esperada pela empresa, fazendo uma espécie de auto-análise de
sua postura profissional. Outras dicas para se dar bem no dia-a-dia sem transgredir a ética
profissional são: ouvir mais do que falar; evitar fofocas; não falar mal da empresa,
principalmente com desconhecidos, pois se o profissional não está satisfeito onde trabalha, ele
deve procurar uma nova oportunidade ao invés de ficar lamentando-se ou denegrindo a imagem
da organização; ter cuidado com o excesso de sinceridade; saber utilizar o humor corretamente,
pois é muito desagradável pessoas que não possuem limites para as brincadeiras e piadinhas;
utilizar os recursos da empresa como o telefone e o computador, estritamente para as atividades
profissionais; vestir-se e portar-se de forma adequada ao ambiente profissional. É importante o
profissional ler muito a respeito e se possível participar de fóruns e treinamentos sobre o
assunto.
RH - O Sr. poderia citar algum "caso" de empresas que tenham adotado códigos de
ética e que não tenham alcançado o sucesso esperado ou mesmo ocorrido o contrário?
RM - Há diversos casos de sucesso apresentados em revistas, livros e na Internet, porém destaco
dois deles que são clientes da Persona Consultoria e conhecemos os resultados. O primeiro é
uma empresa metalúrgica que possui uma carta de compromisso onde são definidas regras de
conduta a fim de evitar a evasão de tecnologia e informações sobre a empresa. Desde que esta
carta foi implantada a empresa nunca teve problemas com funcionários demitidos ou
demissionários que transferiram tecnologia para os concorrentes. Outro caso é o de uma
empresa que tornou público para seus funcionários e parceiros de serviços, seu código de ética e
assim consegue maior transparência nas relações internas e externas. Pessoalmente, desconheço
algum caso onde a implantação de um código de ética não tenha obtido sucesso, mesmo porque
sua intenção é de orientar os funcionários sobre sua forma de conduta e atuação na organização.
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21 DE ABRIL> TIRADENTES
25 DE DEZEMBRO> NATAL
2 - Fazer muita pesquisa antes. Você precisa descobrir absolutamente tudo sobre
auditoria e perícia, antes de começar seu ARTIGO. Faça sua pesquisa no próprio local, viajar é
bom para o escritor. Não comece a escrever antes de terminar toda a pesquisa.
4 - Considerar seu trabalho uma extensão de sua pessoa. Se o elogiarem, não revise
nem reescreva nada, mande para o seu orientador imediatamente. Se for recusado, pare de
escrever. Quando disserem que seu trabalho não está perfeito, entenda que não gostam de você.
Reclame e choramingue que estão cometendo uma injustiça contra você.
5 - Esperar até estar inspirado. Consulte seu horóscopo para o dia e o que dizem os
búzios. Arrume sua escrivaninha e troque as cores da tela de seu computador. Caso a musa não
apareça para inspirar-lhe, vá ao cinema. Quem sabe você não irá escrever um roteiro de sucesso
algum dia?
6 - Deixar para depois. Mais tarde sempre é melhor. Se você não escrever sobre um
assunto, alguém vai acabar fazendo-o .Deixe para amanhã o que você não precisa escrever hoje.
7 – Levar seu trabalho á sério. Nunca se satisfaça com nada que não esteja perfeito.
Lembre-se de como é importante este projeto. Você pode passar ridículo e perder sua
profissão caso escreva mal. Ao mesmo tempo, não deixe que o peso dessa responsabilidade o
impeça de trabalhar. A paralisação de seu impulso vai durar apenas uns dois anos, até o perigo
passar.
CONCLUSÃO:
Diante do quantum até aqui exposto e das dúvidas surgidas, de minha parte, em sala
de aula durante a nossa pós-graduação a respeito do que realmente sejam os serviços técnicos e
abordagens científicas, especializados, da Perícia e da Auditoria, nasceu a vontade e o estímulo
de elaborar este trabalho. Outras motivações poderão aqui serem abordadas, tais como: o ótimo
ambiente oferecido pela FAFICA, a dedicação dos mestres, a abnegação da coordenação, o bom
convívio dos colegas, as discussões em aula. Mas, queremos ressaltar a participação do
doutorando Severino Pessoa dos Santos, que, além de trazer saberes sobre Perícia e Auditoria
conquistou a turma e fez com que buscássemos os conhecimentos desse viés contábil, com o
entusiasmo de um Cristão. Acredito ter alcançado o objetivo, que foi o de alertar aos
proprietários do patrimônio, em particular, em Caruaru, da importância destas atividades em
defesa deste. Alertar para a importância, a responsabilidade social e a relevância da atuação dos
profissionais, auditor e perito, e estabelecer suas semelhanças, em particular para a Perícia
Contábil e para a Auditoria Contábil, podendo chamá-las de "Almas Gêmeas" em defesa do
patrimônio. A contabilidade tem o patrimônio como objeto de trabalho, a contabilidade usa
como ferramentas os crivos do CPF, CNPJ, DIRPF e DIRPJ, regulares, a fim de controle e,
assim, oferecer as condições necessárias para o proprietário do patrimônio defender este, em
toda sua origem, seu uso e seu destino! Não tenho, ainda, o discernimento para separar o direito
da contabilidade e ou a contabilidade do direito, defendo, com as minhas simples abordagens de
que a origem, o uso e o destino do patrimônio (bens, direitos e obrigações), para atender ás
demandas sociais terão que passar pelos crivos aqui abordados. Assim vislumbramos! Obrigado
a todos por compartilharem comigo nesta jornada,, nesta caminhada, em busca do
conhecimento e da amizade!