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1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho de pesquisa apresentaremos quem foi Alfred Marshall, uma


breve biografia, suas teorias e obras mais importantes, influencias que ele sofreu, a
época em que viveu e abordaremos a sua história. A pesquisa tem por objetivo
contribuir com a disciplina Introdução à Economia e demonstrar a vida e pensamento
teórico de Marshall.
Depois do “pai de todos”, David Ricardo, foram geradas duas correntes
opostas: uma ortodoxa e uma heterodoxa. A ortodoxa foi representada por John Stuart
Mill e pelos neoclássicos Léon Walras (1834-1910), William Stanley Jevons (1835-
1882) e Alfred Marshall (1842-1924) e a heterodoxa por Karl Marx (1818-1883).
Alfred Marshall foi um dos economistas mais influentes do final do século
XIX e do início do século XX e seu livro Princípios de Economia tornou-se o manual
de economia mais adotado na Inglaterra. Foi também um dos fundadores da economia
Neoclássica.

2. BIOGRAFIA

Alfred Marshall foi um economista inglês e o verdadeiro fundador da escola


neoclássica de economia, que combinava o estudo da distribuição da riqueza da
escola clássica com o marginalismo da Escola Austríaca e da Escola de Lausanne.
Professor e um dos fundadores de Cambridge, ele foi o autor de "Principles of
Economics", de 1890, que se tornou o manual mais lido em microeconomia em seu
tempo. Sua influência teve tanto impacto que os primeiros 25 anos da economia do
século XX podem ser descritos como a “Era de Marshall”. Além disso, mesmo com o
progresso natural da ciência econômica desde o tempo de Marshall, é notável o
quanto da estrutura marshalliana permanece.
Alfred Marshall nasceu em Clapham, um subúrbio de Londres, em 26 de
julho de 1842. Desde pequeno sofreu um grande controle repressivo de seu pai,
resultando em efeitos marcantes e duradouros: sua tendência à hipocondria, sua
relutância em comprometer-se inequivocamente na impressão sem qualificação
documentada maciça, seu medo da indolência e da ociosidade, e sua rejeição final
das atividades de “puro prazer” (como a matemática), por exemplo. Marshall foi
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educado na Merchant Taylors 'School e no St. John's College, em Cambridge. Ele


desafiou os desejos de seus pais e se tornou um acadêmico em matemática e
economia. Foi bolsista e professor de economia política no Balliol College, em Oxford,
de 1883 a 1885, e professor de economia política na Universidade de Cambridge, de
1885 a 1908, e depois se dedicou à sua escrita. Em 1877 ele se casou com Mary
Paley, uma ex-aluna dele e uma das primeiras mulheres a serem educadas em
Cambridge. Após seu casamento, ele foi forçado a renunciar a corporação.
A produção publicada de Marshall não foi grande, especialmente
considerando que ele estava ativo quase até a hora de sua morte. Vários livros - A
Teoria Pura do Comércio Exterior e a Teoria Pura dos Valores Nacionais (1879),
Princípios de Economia (1890), Indústria e Comércio (1919), Dinheiro, Crédito &
Comércio (1923) e Economia da Indústria (1879b) escrito em conjunto com Mary
Marshall (que ele tentou retirar por razões pessoais complexas que não trazem seu
mérito), um punhado de artigos, reimpressos principalmente nos Memoriais de Alfred
Marshall (1925), editados por Pigou; e uma série de memorandos oficiais e provas
antes das comissões reais (contidas em Official Papers, um volume publicado em
1926) compõem sua contribuição total por escrito. Os Princípios de Economia de
Marshall (1890) foi sua contribuição mais importante para a literatura econômica.
Distingue-se pela introdução de uma série de novos conceitos, como a elasticidade
da demanda, o excedente do consumidor, o quase-emergente e a firma representativa
- todos os quais desempenharam um papel importante no desenvolvimento
subsequente da economia. Neste trabalho, Marshall enfatizou que o preço e a
produção de um bem são determinados pela oferta e demanda, que atuam como
“lâminas da tesoura” na determinação do preço. Os economistas modernos tentam
entender por que o preço de uma boa mudança ainda começa pela procura de fatores
que podem ter mudado a demanda ou a oferta, uma abordagem que devem a
Marshall. De 1891 a 1894 foi membro da Comissão Real do Trabalho.
Marshall morreu aos 81 anos em sua casa em Cambridge e está enterrado
no Burial Ground da Paróquia da Ascensão. A biblioteca do Departamento de
Economia da Universidade de Cambridge (The Marshall Library of Economics), a
Sociedade de Economia de Cambridge (The Marshall Society), bem como o
Departamento de Economia da Universidade de Bristol, receberam o seu nome. Seu
arquivo está disponível para consulta com hora marcada na Marshall Library of
Economics. A esposa de Alfred Marshall, Mary Paley, co-fundadora do Newnham
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College, continuou a viver em Balliol Croft até sua morte em 1944; suas cinzas
estavam espalhadas no jardim.
O economista raramente tentou uma declaração ou assumiu uma posição
sem expressar inúmeras qualificações, exceções e notas de rodapé. Mostrou-se um
matemático astuto, mas limitou suas expressões quantitativas para poder apelar ao
leigo. Para tornar a economia dinâmica, em vez de estática, Marshall usou as
ferramentas da mecânica clássica, incluindo o conceito de otimização. Com essas
ferramentas, ele, como os economistas neoclássicos que seguiram seus passos,
adotaram a tecnologia, as instituições de mercado e as preferências das pessoas.
Mas Marshall não estava satisfeito com sua abordagem. Ele escreveu uma vez que
“a Meca do economista está na biologia econômica e não na dinâmica econômica”.
Em outras palavras, Marshall argumentava que a economia é um processo evolutivo
no qual a tecnologia, as instituições de mercado e as preferências das pessoas
evoluem junto com o comportamento das pessoas.

3. CONTEXTO HISTÓRICO

Alfred Marshall nasceu em 1842, após cinco anos do início da Era Vitoriana.
No Reino Unido a Era Vitoriana foi um período do reinado da rainha Vitória de junho
de 1837 a janeiro de 1901. As ideias de Marshall estão inseridas no contexto histórico
e cultural da era vitoriana, que reúne nelas valores éticos do protestantismo e da Igreja
Anglicana, aliados ao espírito vitoriano típico com sua crença no papel civilizatório do
vasto império britânico
A Era Vitoriana foi uma época de grande importância com grandes
transformações econômicas, políticas e culturais e houve também grandes avanços.
Uma longa época de prosperidade, paz e marcada também por rígidos costumes,
fundamentalismo religioso, exploração capitalista e moralismo social e sexual. É
caracterizada pela consolidação da supremacia inglesa nos mares, pela conquista de
colônias na África e na Ásia, aumento de indústrias, estímulo às artes e pelo auge e
consolidação da Revolução Industrial.
Nessa Era houve a percepção da divisão das classes sociais e suas
desigualdades, um momento muito importante para a cultura e prodiga na literatura,
houve a invenção da fotografia, do selo postal, da eletricidade, do telégrafo, do
telefone, entre outras invenções, a revolução no transporte público também foi grande
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com a construção dos primeiros trens e metrôs. Críticos observaram que a Era
Vitoriana representou a consagração do pensamento conservador e hipócrita e houve
o surgimento do estereótipo do inglês cortês e cristão, e enquanto a burguesia
desfilava a última moda pelas ruas de Londres, milhares de operários morriam de
tuberculose em casas insalubres.
O Reino Unido foi o primeiro país a passar pela transição demográfica, no
qual a população quase duplicou, passando de 16,8 milhões de pessoas em 1851
para 32,5 milhões em 1901, e pelas revoluções agrícola e industrial. A Inglaterra se
tornou a nação mais poderosa do mundo e se auto dominou Império Britânico. Em
1851, pela primeira vez na história, o número de habitantes das cidades ultrapassou
o das aldeias.
A sociedade da era vitoriana era pródiga em moralismos e disciplina, com
preconceitos rígidos e proibições severas. Os homens dominavam, tanto em espaços
públicos, como em privado e as mulheres deviam ser submissas e dedicar-se em
exclusivo à manutenção do lar e à educação dos filhos. Ao mesmo tempo que se
condenava as pessoas por praticarem atos sexuais, foi se desenvolvendo um mundo
clandestino onde proliferava o adultério e a prostituição. Apesar da rigorosa moral
vitoriana, eram muitas as práticas não tão morais como a cultura do ópio, uma ‘droga
social’ distribuída livremente na corte real.
Na época em que Marshall escreveu Princípios da Economia, a Inglaterra
vivia também os conflitos entre trabalhadores e empresários como reflexo da
revolução industrial e da ascensão do capitalismo.

4. INFLUÊNCIAS

O século XIX iniciou sob a influência crescente das ideias do liberalismo


clássico e dos efeitos da Revolução Industrial, consequentemente, influenciando
também as obras de Alfred Marshall que viveu nesse século. Ele presenciou os
problemas sociais, como a desigualdade social, consequentes dessa Revolução
Industrial, que serviu como ema de estudo.
Como já mencionado, Alfred Marshall é da corrente ortodoxa, que foi
representada por ele, por John Stuart Mill, Léon Walras e William Stanley Jevons.
Marshall tentou unir a abordagem clássica com a ideia de utilidade marginal
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desenvolvida tanto por seu antecessor britânico William Stanley Jevons quanto pela
Escola Austríaca.
Em 1870 houve o surgimento da Revolução marginalista, uma série de
contribuições teóricas que fundamentariam uma nova abordagem da Economia - o
marginalismo -, baseada na ideia de que o valor econômico resulta da utilidade
marginal. Essa mudança de abordagem, da economia política para ciência
econômica, fundamenta-se sobretudo nas obras de Menger (1871), Jeyons (1871) e
Léon Walras (1874), e levou à formação das chamadas escola neoclássica e escola
austríaca de economia, nomes muito influentes para Alfred Marshall e importantes
para sua formação.
Alfred Marshall sistematizou e quantificou o material de Adam Smith e
Ricardo, complementando-o e tornando seus princípios e conceitos “operacionais”, ou
seja, na linguagem tecnológica de hoje, “reciclou-os”, tornando-os “computáveis”.
Além disso, Marshall, antes de entrar para o mundo da economia, ele
estudava Filosofia e foi influenciado pelo Kant. Outro filósofo de grande importância
foi o Jeremy Bentham, no qual Marshall aprendeu sobre as concepções da economia-
social. No mesmo contexto histórico que Marshall surgiu o Darwinismo Social, de
Charles Darwin, que através dele pode-se concluir que a concorrência é a força motriz
do processo econômico.

5. TEORIAS

Marshall foi um dos que usaram a análise de utilidade, mas não como uma
teoria do valor. Ele usou isso como parte da teoria para explicar curvas de demanda
e o princípio de substituição. A análise de tesouras de Marshall - que combinava
demanda e oferta, isto é, utilidade e custo de produção, como se nas duas lâminas de
uma tesoura - efetivamente removia a teoria do valor do centro de análise e a
substituía pela teoria do preço. Enquanto o termo "valor" continuava sendo usado,
para a maioria das pessoas era sinônimo de "preço". Não se pensava que os preços
gravitassem em torno de alguma base absoluta e absoluta de preço; os preços eram
existenciais, entre a relação entre demanda e oferta. Ele popularizou o uso das
funções de oferta e demanda como ferramentas de determinação de preços. Marshall
foi uma parte importante da "revolução marginalista"; a ideia de que os consumidores
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tentam ajustar o consumo até que a utilidade marginal seja igual ao preço foi outra de
suas contribuições. Ou seja, a teoria marginalista, formulada em 1870, defende que o
valor de troca de um produto não depende da quantidade de trabalho incorporado mas
da utilidade da sua última unidade disponível, utilidade necessariamente menor em
função da lei da utilidade marginal decrescente. A elasticidade preço da demanda foi
apresentada por Marshall como uma extensão dessas idéias.
O bem-estar econômico, dividido em excedente do produtor e excedente
do consumidor, foi contribuído por Marshall e, de fato, os dois são às vezes descritos
de forma epónima como "excedente marshalliano". Ele usou essa idéia de excedente
para analisar rigorosamente o efeito de impostos e mudanças de preços no bem-estar
do mercado. Ele também identificou quase-rendas. Segundo Ottolmy Strauch, em
sua resenha de abertura ao livro “Marshall”, da coleção “Os Economistas” (S. Paulo,
Nova Cultural, 1996), Alfred Marshall passou a estudar Economia a partir da
“preocupação com a questão social, sendo levado à percepção de que a pobreza
estava na raiz de muitos males sociais”. Para Marshall, nada era mais degradante que
a pobreza. Sobre isso, certa vez afirmou que: “o estudo das causas da pobreza é o
estudo das causas da degradação de uma grande parte da Humanidade”. É notável
uma constante preocupação de Marshall com a questão social, especificamente sobre
o papel que a Ciência Econômica poderia exercer no sentido de atenuar esse mal.
Esse campo específico do conhecimento econômico ganhou o nome de “Economia
do Bem-Estar”. Em suma, o bem-estar refere-se ao estado utilitário total da sociedade.
As breves referências de Marshall às relações sociais e culturais nos
"distritos industriais" da Inglaterra foram usadas como ponto de partida para o trabalho
do final do século XX na geografia econômica e na economia institucional de
organizações de agrupamento e aprendizagem. Outra contribuição que o economista
fez foi diferenciar conceitos de economias internas e externas de escala. Ou seja,
quando os custos dos fatores de insumo da produção caem, é uma externalidade
positiva para todas as empresas no mercado, fora do controle de qualquer uma das
firmas.
O distrito industrial marshalliano é um conceito baseado em um padrão de
organização que era comum na Grã-Bretanha do final do século XIX, no qual as
empresas que se concentravam na fabricação de certos produtos estavam agrupadas
geograficamente. Comentários feitos por Marshall no Livro 4, Capítulo 10 dos
Princípios de Economia foram usados por economistas e geógrafos econômicos para
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discutir esse fenômeno. As duas características dominantes de um distrito industrial


marshalliano são os altos graus de especialização vertical e horizontal e uma grande
dependência do mecanismo de mercado para as trocas. As empresas tendem a ser
pequenas e a se concentrar em uma única função na cadeia de produção. As
empresas localizadas em distritos industriais são altamente competitivas no sentido
neoclássico e, em muitos casos, há pouca diferenciação de produto. As principais
vantagens dos distritos industriais marshallianos surgem da simples proximidade das
empresas, o que permite o recrutamento mais fácil de mão-de-obra qualificada e a
troca rápida de informações comerciais e técnicas por meio de canais informais. Eles
ilustram o capitalismo competitivo em sua forma mais eficiente, com os custos de
transação reduzidos a um mínimo prático, mas são viáveis somente quando as
economias de escala são limitadas.

6. PRINCIPAIS OBRAS

Alfred Marshall apresenta uma bibliografia muito ampla com mais de 81


itens. A primeira produção de Alfred foi sendo colaborador em um livro de comércio
internacional e problemas do protecionismo, ele escreveu A Teoria Pura do Comércio
exterior: A Teoria Pura dos Valores Domésticos. O seu primeiro livro foi escrito junto
com sua esposa a Mary Paley, é um livro usado para servir de apoio aos cursos de
extensão da Universidade de Oxford, o livro contém os primeiros esboços da teoria
de Marshall.
Princípios da Economia é a principal obra de Marshall, ele procurou reunir
num todo coerente as teorias da oferta e da procura, da utilidade marginal e dos custos
de produção, tornando-se o manual de economia mais adotado na Inglaterra por um
longo período. A cada página escrita de Principles of Economics, sua principal obra,
publicada em 1890 e, sem sombra de dúvidas, um grande postulado neoclássico e
uma excelente apresentação da concepção marginalista, Marshall deixa nítido seu
inconformismo com a situação de penúria vivida pelas classes menos abastadas.
Desse inconformismo, nasce um entendimento em torno da abrangência da
Economia. Para Marshall a finalidade ímpar da Economia Política era uma só:
“elucidar a questão social em torno da real necessidade de existirem pobres para que
houvesse ricos”.
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Outros livros importantes que Marshall publicou foram: Elementos de


Economia e Indústria, uma versão dos Princípios adaptada a iniciantes; Economia e
Indústria (um livro retirado de circulação pelo próprio Alfred pois segundo ele “não se
pode vender barato a verdade”); Indústria e Comércio, que seria a continuação dos
Princípios; Dinheiro, Crédito e Comércio, no qual reúne material dos primeiros
estudos, especialmente forte em teoria monetária; Artigos Oficiais, uma obra póstuma
que contém os escritos de Alfred entre 1886 e 1903; Memórias de Alfred Marshall,
uma coletânea de ensaios do mesmo editada por Pigou, seu sucessor na cadeira de
Cambridge.

7. CRÍTICAS

Schumpeter reconheceu que a sua sombra acadêmica projeta até hoje


sobre nós, um dos seus maiores críticos, e essa sombra só tende a crescer na medida
em que a onda neoconservadora, a ortodoxia política tende a refluir a ortodoxia
economica. Ao introduzir o fator tempo, Marshall conseguiu conciliar o princípio
clássico do custo de produção com o princípio da utilidade marginal, formulado por
William Jevons e a escola austríaca.
A que se refere ao The Great Economists., a crítica mais radical, mas só
em parte válida, é a de que a influência de Marshall teria sido “desastrosa” por ter
levado a análise econômica numa direção estéril, preocupado que estava com um
fictício “estado estacionário”, um mundo despido de realismo, relevância ou
praticabilidade, o que teria justificado a sabedoria dos homens de negócios em
ignorarem os economistas por quase meio século, segundo Levitt. Existem hoje, é
verdade, processos mais refinados de análise econômica, tal como, por exemplo, o
sistema de input-output de Leontief, assim como Milton Friedman, por outro lado,
colocou a curva da procura em bases analíticas mais satisfatórias. Mas é igualmente
verdade que Marshall usou o artifício analítico de ceteris paribus com grande
flexibilidade.
Marshall, como quase todas as grandes figuras nos diversos campos de
conhecimento ou atividade, foi tão admirado quanto incompreendido e mesmo
injustiçado. Shove diz que Marshall tratava o sistema capitalista como parte da ordem
natural das coisas ou mesmo que o considerava como tendo sido estabelecido uma
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vez para sempre. “Tal como Mill, ainda que menos confiante, ele visionava a
emergência eventual de novas formas de organização e alguma espécie de nova
ordem social. Sua preocupação era de que elas viessem de uma maneira que não
sufocasse a iniciativa e a experimentação, e antes que o meio institucional e técnico
tivesse desenvolvido novos motivos e novas tradições de comportamento que
preservasse uma força propulsora do progresso”, não se infira daí que Marshall fosse
socialista, embora simpatizasse com seus ideais, mas não com a sua engenharia
social.
Para Keynes seu discípulo dileto em Cambridge dizia que Marshall foi como
cientista dentro de seu campo próprio o maior do mundo por cem anos, o seu livro os
Princípios para muitos seria a única obra que contém toda a ciência econômica de
seu tempo, “Está tudo em Marshall” era voz corrente nos círculos acadêmicos da
Europa e de países com língua inglesa. Keynes diz também que “Marshall foi, como
cientista, dentro de seu próprio campo, o maior do mundo por cem anos”.

8. CONCLUSÃO

É o matemático inglês Alfred Marshall que vai dedicar boa parte de sua
obra para definir qual é o objetivo da economia, qual a função de um economista e
qual a necessidade de se estudar o tema. Ele concluiu que a economia, com suas
análises e leis, era “uma máquina para a descoberta da verdade concreta”.
Através dessa pesquisa sobre Alfred Marshall podemos concluir que sua
obra, sob o rigor da densa e sistemática análise econômica, está impregnada da
questão social, interrogando-se constantemente sobre se realmente haveria
necessidade de existirem pobres para que houvessem ricos, considerando a suprema
finalidade da economia Política elucidar essa questão crucial.
Muitas de suas formulações da teoria neoclássica continuam até hoje
dominando o ensino introdutório de teoria microeconômica neoclássica nas
universidades.
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alfred Marshall. Disponível em: pt.wikipedia.org.

E.K. Hunt. História do Pensamento Econômico (Capítulo 11).

MARSHALL, Alfred. Principles of Economics. Amherst, New York, 1ª edição, 1997

McWilliams Tullberg, Rita (May 2008). "Alfred Marshall (1842–1924)". Oxford


Dictionary of National Biography, OUP. doi:10.1093/ref:odnb/34893. Retrieved 25 April
2008.

Alfred Marshall y la teoría económica del empresario, Jesus M. ZaratieguiArchived 12


September 2010 at the Wayback Machine

Marshall Society. Disponível em: marshallsociety.com

Alfred Marshall. Disponível em: www.infopedia.pt

Alfred Marshall. Disponível em: www.britannica.com

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