Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO
2. BIOGRAFIA
College, continuou a viver em Balliol Croft até sua morte em 1944; suas cinzas
estavam espalhadas no jardim.
O economista raramente tentou uma declaração ou assumiu uma posição
sem expressar inúmeras qualificações, exceções e notas de rodapé. Mostrou-se um
matemático astuto, mas limitou suas expressões quantitativas para poder apelar ao
leigo. Para tornar a economia dinâmica, em vez de estática, Marshall usou as
ferramentas da mecânica clássica, incluindo o conceito de otimização. Com essas
ferramentas, ele, como os economistas neoclássicos que seguiram seus passos,
adotaram a tecnologia, as instituições de mercado e as preferências das pessoas.
Mas Marshall não estava satisfeito com sua abordagem. Ele escreveu uma vez que
“a Meca do economista está na biologia econômica e não na dinâmica econômica”.
Em outras palavras, Marshall argumentava que a economia é um processo evolutivo
no qual a tecnologia, as instituições de mercado e as preferências das pessoas
evoluem junto com o comportamento das pessoas.
3. CONTEXTO HISTÓRICO
Alfred Marshall nasceu em 1842, após cinco anos do início da Era Vitoriana.
No Reino Unido a Era Vitoriana foi um período do reinado da rainha Vitória de junho
de 1837 a janeiro de 1901. As ideias de Marshall estão inseridas no contexto histórico
e cultural da era vitoriana, que reúne nelas valores éticos do protestantismo e da Igreja
Anglicana, aliados ao espírito vitoriano típico com sua crença no papel civilizatório do
vasto império britânico
A Era Vitoriana foi uma época de grande importância com grandes
transformações econômicas, políticas e culturais e houve também grandes avanços.
Uma longa época de prosperidade, paz e marcada também por rígidos costumes,
fundamentalismo religioso, exploração capitalista e moralismo social e sexual. É
caracterizada pela consolidação da supremacia inglesa nos mares, pela conquista de
colônias na África e na Ásia, aumento de indústrias, estímulo às artes e pelo auge e
consolidação da Revolução Industrial.
Nessa Era houve a percepção da divisão das classes sociais e suas
desigualdades, um momento muito importante para a cultura e prodiga na literatura,
houve a invenção da fotografia, do selo postal, da eletricidade, do telégrafo, do
telefone, entre outras invenções, a revolução no transporte público também foi grande
6
com a construção dos primeiros trens e metrôs. Críticos observaram que a Era
Vitoriana representou a consagração do pensamento conservador e hipócrita e houve
o surgimento do estereótipo do inglês cortês e cristão, e enquanto a burguesia
desfilava a última moda pelas ruas de Londres, milhares de operários morriam de
tuberculose em casas insalubres.
O Reino Unido foi o primeiro país a passar pela transição demográfica, no
qual a população quase duplicou, passando de 16,8 milhões de pessoas em 1851
para 32,5 milhões em 1901, e pelas revoluções agrícola e industrial. A Inglaterra se
tornou a nação mais poderosa do mundo e se auto dominou Império Britânico. Em
1851, pela primeira vez na história, o número de habitantes das cidades ultrapassou
o das aldeias.
A sociedade da era vitoriana era pródiga em moralismos e disciplina, com
preconceitos rígidos e proibições severas. Os homens dominavam, tanto em espaços
públicos, como em privado e as mulheres deviam ser submissas e dedicar-se em
exclusivo à manutenção do lar e à educação dos filhos. Ao mesmo tempo que se
condenava as pessoas por praticarem atos sexuais, foi se desenvolvendo um mundo
clandestino onde proliferava o adultério e a prostituição. Apesar da rigorosa moral
vitoriana, eram muitas as práticas não tão morais como a cultura do ópio, uma ‘droga
social’ distribuída livremente na corte real.
Na época em que Marshall escreveu Princípios da Economia, a Inglaterra
vivia também os conflitos entre trabalhadores e empresários como reflexo da
revolução industrial e da ascensão do capitalismo.
4. INFLUÊNCIAS
desenvolvida tanto por seu antecessor britânico William Stanley Jevons quanto pela
Escola Austríaca.
Em 1870 houve o surgimento da Revolução marginalista, uma série de
contribuições teóricas que fundamentariam uma nova abordagem da Economia - o
marginalismo -, baseada na ideia de que o valor econômico resulta da utilidade
marginal. Essa mudança de abordagem, da economia política para ciência
econômica, fundamenta-se sobretudo nas obras de Menger (1871), Jeyons (1871) e
Léon Walras (1874), e levou à formação das chamadas escola neoclássica e escola
austríaca de economia, nomes muito influentes para Alfred Marshall e importantes
para sua formação.
Alfred Marshall sistematizou e quantificou o material de Adam Smith e
Ricardo, complementando-o e tornando seus princípios e conceitos “operacionais”, ou
seja, na linguagem tecnológica de hoje, “reciclou-os”, tornando-os “computáveis”.
Além disso, Marshall, antes de entrar para o mundo da economia, ele
estudava Filosofia e foi influenciado pelo Kant. Outro filósofo de grande importância
foi o Jeremy Bentham, no qual Marshall aprendeu sobre as concepções da economia-
social. No mesmo contexto histórico que Marshall surgiu o Darwinismo Social, de
Charles Darwin, que através dele pode-se concluir que a concorrência é a força motriz
do processo econômico.
5. TEORIAS
Marshall foi um dos que usaram a análise de utilidade, mas não como uma
teoria do valor. Ele usou isso como parte da teoria para explicar curvas de demanda
e o princípio de substituição. A análise de tesouras de Marshall - que combinava
demanda e oferta, isto é, utilidade e custo de produção, como se nas duas lâminas de
uma tesoura - efetivamente removia a teoria do valor do centro de análise e a
substituía pela teoria do preço. Enquanto o termo "valor" continuava sendo usado,
para a maioria das pessoas era sinônimo de "preço". Não se pensava que os preços
gravitassem em torno de alguma base absoluta e absoluta de preço; os preços eram
existenciais, entre a relação entre demanda e oferta. Ele popularizou o uso das
funções de oferta e demanda como ferramentas de determinação de preços. Marshall
foi uma parte importante da "revolução marginalista"; a ideia de que os consumidores
8
tentam ajustar o consumo até que a utilidade marginal seja igual ao preço foi outra de
suas contribuições. Ou seja, a teoria marginalista, formulada em 1870, defende que o
valor de troca de um produto não depende da quantidade de trabalho incorporado mas
da utilidade da sua última unidade disponível, utilidade necessariamente menor em
função da lei da utilidade marginal decrescente. A elasticidade preço da demanda foi
apresentada por Marshall como uma extensão dessas idéias.
O bem-estar econômico, dividido em excedente do produtor e excedente
do consumidor, foi contribuído por Marshall e, de fato, os dois são às vezes descritos
de forma epónima como "excedente marshalliano". Ele usou essa idéia de excedente
para analisar rigorosamente o efeito de impostos e mudanças de preços no bem-estar
do mercado. Ele também identificou quase-rendas. Segundo Ottolmy Strauch, em
sua resenha de abertura ao livro “Marshall”, da coleção “Os Economistas” (S. Paulo,
Nova Cultural, 1996), Alfred Marshall passou a estudar Economia a partir da
“preocupação com a questão social, sendo levado à percepção de que a pobreza
estava na raiz de muitos males sociais”. Para Marshall, nada era mais degradante que
a pobreza. Sobre isso, certa vez afirmou que: “o estudo das causas da pobreza é o
estudo das causas da degradação de uma grande parte da Humanidade”. É notável
uma constante preocupação de Marshall com a questão social, especificamente sobre
o papel que a Ciência Econômica poderia exercer no sentido de atenuar esse mal.
Esse campo específico do conhecimento econômico ganhou o nome de “Economia
do Bem-Estar”. Em suma, o bem-estar refere-se ao estado utilitário total da sociedade.
As breves referências de Marshall às relações sociais e culturais nos
"distritos industriais" da Inglaterra foram usadas como ponto de partida para o trabalho
do final do século XX na geografia econômica e na economia institucional de
organizações de agrupamento e aprendizagem. Outra contribuição que o economista
fez foi diferenciar conceitos de economias internas e externas de escala. Ou seja,
quando os custos dos fatores de insumo da produção caem, é uma externalidade
positiva para todas as empresas no mercado, fora do controle de qualquer uma das
firmas.
O distrito industrial marshalliano é um conceito baseado em um padrão de
organização que era comum na Grã-Bretanha do final do século XIX, no qual as
empresas que se concentravam na fabricação de certos produtos estavam agrupadas
geograficamente. Comentários feitos por Marshall no Livro 4, Capítulo 10 dos
Princípios de Economia foram usados por economistas e geógrafos econômicos para
9
6. PRINCIPAIS OBRAS
7. CRÍTICAS
vez para sempre. “Tal como Mill, ainda que menos confiante, ele visionava a
emergência eventual de novas formas de organização e alguma espécie de nova
ordem social. Sua preocupação era de que elas viessem de uma maneira que não
sufocasse a iniciativa e a experimentação, e antes que o meio institucional e técnico
tivesse desenvolvido novos motivos e novas tradições de comportamento que
preservasse uma força propulsora do progresso”, não se infira daí que Marshall fosse
socialista, embora simpatizasse com seus ideais, mas não com a sua engenharia
social.
Para Keynes seu discípulo dileto em Cambridge dizia que Marshall foi como
cientista dentro de seu campo próprio o maior do mundo por cem anos, o seu livro os
Princípios para muitos seria a única obra que contém toda a ciência econômica de
seu tempo, “Está tudo em Marshall” era voz corrente nos círculos acadêmicos da
Europa e de países com língua inglesa. Keynes diz também que “Marshall foi, como
cientista, dentro de seu próprio campo, o maior do mundo por cem anos”.
8. CONCLUSÃO
É o matemático inglês Alfred Marshall que vai dedicar boa parte de sua
obra para definir qual é o objetivo da economia, qual a função de um economista e
qual a necessidade de se estudar o tema. Ele concluiu que a economia, com suas
análises e leis, era “uma máquina para a descoberta da verdade concreta”.
Através dessa pesquisa sobre Alfred Marshall podemos concluir que sua
obra, sob o rigor da densa e sistemática análise econômica, está impregnada da
questão social, interrogando-se constantemente sobre se realmente haveria
necessidade de existirem pobres para que houvessem ricos, considerando a suprema
finalidade da economia Política elucidar essa questão crucial.
Muitas de suas formulações da teoria neoclássica continuam até hoje
dominando o ensino introdutório de teoria microeconômica neoclássica nas
universidades.
.
12
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS