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is rico ARTAVAZD PELECHIAN | censura pelo Estado covético adlou por longo tempo 6 {vido racanhecimento internacional 8 obre ousada ® complexa do armenia Artavazd Pelechian (1958), Tendo parac trancés eo) us curtas-metragens (Nés Weng, 1949], As esto {es (Vremora goda, 1975) manipulam 08 registros com vistas a provocar um estranhamento que abe espaco para Indagacdes floséfieas sobre 0 poder da natureza,o papel ‘dotiomem, oritmo dos movimentos ea forga da Misti, J. Imegine um monstro que jf do qua le mesmo nasce. Ou Um proceseo sm, no Sabem a quem 308 outros, go naccerem,ndo sabem quem matam. Nao sel se estou denominando com preciso # esséncia ia, porém a presente defies me fesse fendmono, ord necessério ut {80 8 conhecidos, que correspondem @ nogBes habitual, ‘Como se sabe, hi muito tempo, quand desejou im teve vontade de rapidamont justamente ag tudo iso? (O fato 6 que muitos colegas, a0 verem meus flmes CComecoIskizbe, 19671 e Nés,consideram que, neles, eu ressuscto ou repit os principlos de montagem dos anos 1920, os principlos de Eisenstein e de Vortoy,Idelas @ indetos: Guersssimov, Romm,lstkevitch, Krist, Parad= Janor,Tehukhrdi, Beran, Resnals, Kurosawa, Pasol Kubrick e outros. Ev antes cheguel a Vertov e a Elsen part dels. Ma ‘epetindo seus prncipios ou os far algo nove Fol somente pouce a pouce que compreendl de {que maneiva a minh gem se dferenciava daquela defnide nas toorias de ‘montagom dos anos 1920. Eu nfo gostaria de me ater a banalidades squl, mas ‘alguns esclarecimentos geras sero nacesséris, uma vez ‘que eeeasclferengae eobre as quae falare so t30 oF funcae que obrigatoriamente exigom um exame d 3s Fundamentals que esto na base das teorias de im de Vertove Eleensten, ‘Como se sabe, qualquer tipo de obra de arte possukuma forma. M ide construcao dessa forma e, conse- ‘quentemente, as las de sua recepede no so as mesmas para os cferentestipos de arte ‘Assim, as obras dos at pintura, escultura, arqul espacial arte grfics, 20 aproendidas através ide por comaleto ‘de uma forma ntes dos detalnes, desenvol- ‘brat Partr dos ‘que se seguem um apés 0 outro es80 conecta- os entre si com a paticipacdo obrigatria da memoria, ‘Aqul, como sebemes, os cantornos, ia, ols utiza 20 mesmo tempo idedes tanto das artes espacial como dos tempore. Mas nfo se pode confundir ~ “Nes no protestamos contra a ramifeagSes da cinemato~ ais pea iteratua, pelo teatro, noe simpatizamos total. ‘mente com a uiizagao do cinema em todos os rams de mas definimos estas uncoes como sacundiias, fando-se dot ‘um “now terreno, a0 espaga com ‘uatro dimensBes (tres + tempa), 8s buseat por um now ‘material, sua metrica e ritmo" ® ‘espacotemporal do material. Se para os era a simples exposiedo dos acontacimontos na tl Eisenstein Vertov, coma métode de" significado como “nero e clnematogrieo" "A cine = de montagem no cinema sonore, Eisenstein acreditava que mal mpor- tante era interagso cantrapontistca entre a 0m, Em seus trabalhos tedrieos, ele se esforcou pa “encontrar a chave para a comensurablldade entre um feojento de musica 9 um traento de imagem’ © Vertov tama 12: "Um ime so- rere, @ no ut 0 sonorizada de um fms mud, Um fime sintstico, e ndo.o som somado& Imagem, Ele ‘qui 6 56 uma dae faces ge tums obra multfacetada.. Nasce uma tercera obra que 0 existe nem no som, nem na imagem, mas somente na interrupt interagde do fonogrome coma mogen™ (Eu > linha especi camonto cingmatograten din malta so poder or atm ‘ida com base na fragdo documental dos fotos ross Ele ‘chamava o cinema stuaco de “teatro restaurado”Elsens- in reservara a0 cinoma o drelto de fazer uso de qualouer tipo de materia, para alam de atusdo ou no-atuado” * 12 Nés" fol concabido e reazado por mim ca de um objeto representado entram no ‘penas “quem”, “e quo” @"a quem”, mas também “como” je premissas coneclentes 1:80. 0 flme fo! conesbido com ‘definido de construgao composi- Mas como a forma de qualquer obrs expressa sou con fetid, © unidade entre eles sempre ¢ determinada pela 2 ds visko de mundo do autor, vou tenter expor as “léno prépri titulo do Sime ~ Ne ~ se express conseinela de um hor apenss . ‘conscléncia daquelas pessoas a quem o fime em questo dedicado. pice, para que na consciéncia do espe no a imagem de um cnico episdcios excldos, vemos txpressasse 0 conceita de ristdade. Foam inclidos no fime, por exemple, planos de pessoas quebrando © escul- pindo uma pedra. A apresentecso do toma acsbou se dando tex proceio de rca, bar ‘rm umalelimpiedoss: qualquer ateractorompe 0 ito do ime otras consgo uma stro ae outrs alters Ges Ao se reconstur ua part, Teconstri 0 todo, ‘Com aversio completa cox uma série de comentarios et falar sobre algun mento, que se monteve aor Verabe: do fine Por exemplo, que, para atransmisséo \des nacional, seria Bom fornecer mals otidlanos, cam cores locas. Ao que parect sno po- {dem ser elovados 20 mesmo patamar da verdadeira igf0 nacional, que ¢ defrida Me fizeram a segunte pergunta: por que no meu ‘no meu fle no hd guardas de fran= turcos. De que mancira te pods responder Pouco tempo que sabende que um dos membros do Jiri do Festival de Oberhausen, na Alemanha, prguntou 9 igus colegas sovéticos em que conse ps6 nos materais de erquvo do fms ‘espectador para 0 fato om i Procuro sublinhar 9 horror as guerrasimperi outro. O mat todos os povos. E, quando seman aun tara nat Inacmisibiidade de guerras runt peseoas de suas terrs, de seus concidadaos. Esser ‘anos falam sobre 8 fim sua ressonsncis imagética, rm completedas com flmagar ‘que em todos os eplsodios centr multdaes de tgurantes quo foram dirgidos. sso acon tece tanto no epis6dio doe "Grandes Funerais” coma nos dios fnais da repatriacto. Para que 9 unidede da ftura nfo fesse rompida, hs planos com praticamenta Inexitiam planos més, que too 0 ‘ime ectava construldo a partir apenas de planos gerals © {e grandes planos. 80 no fel ocasional N3o nego o plano medio, @ até aceite ise. Entretanto, no meu fe, em pro! ds tgradualmente renune! plano de um objeto se mostrou pressive do que um plano médio Multos consideram que rande plano diretamente com um goral, quo 56 6 posst- Para mim tum plano ger ‘corde com a qual o lume observacio préxima de um det {ungbes do grande plano sto mals Conferirnfase senting, sa tranamtir "que pode acaber crescendo até ums Infrita Eisenstein falava sobre uma grance {entre 08 conceltos de “préximo” © “grande”. Com ra sho determinadas as condicoes fa da visio, Com a segunda, determina-ee uma apreciagao 0 objeto observaco. "A partir dessa comparagde, logs Salta aos olhos& mais importante fungso Ge grande piano 189 cinematografia:nBo soments ¢ rem tanto ‘mostrar © apresentar, mas sini 1 detnr, designar? ‘do meu trabalho no ‘som. Procure ancon- ‘tar a unidade orginica de ambos, de modo que expres. seater simultaneamento um Gnieo cance, uma ines ‘emocional. Que o som fosse imagem. e a imagem indssociaval do som! Eu parte parto do principio de que nos meus filmes som ‘justice unicamente 6, para sto, caso seja nacessrio, idede. Por esse razio, nio hé por ‘enquanto not meus fmes som direto ou narracao. A fung8o principal de expressio de ume essa forma, uma atribuigdo da montagem. muitos classticam fmes dessa natureza como “de mony sm, autor tornando-o8 suspetos de deficléncla na plano artistico ou até no 5. Mas isso 8 0 mesmo que acusar ume musica de ser musical, uma drvore de ser de madetra, uma plada de nia eer série, Seo som direto, unindo-t8& imagem, 8 exorcer uma tung mire 2 tee ee PS ETT ig 99 FS Rattle’ nga 3 emprego de Um plane mae snde da forma do todo, de sua composigdo, uj fle sobre como a sobre essa questéo, ‘ho excluir um ou outro fratento de material, era Io. Eno spenss por raxdes tomtl— 8 qual estdo subordinadas a duracao te todo o fime e a duragdo de cada fraento. Sob (ra muito mals impor nado periodo de tempo. Com a excusso de lava-se a proporeso do fme, ‘tompe composicional. Para salvar esse tempo, algumas vez0s tive que insert no filme um material neutro, mesmo {ue nfo possuise grande valor do ponte de vista image ‘duragio @ de forga de ressonineta, estabelecer um foram cencontradas muitas defnicoes ciforentes do papel do som no fm 0 sm nein a mise! pode frer parte da representacdo temiatice 7 mentos. Ede repente descobri que, umentar 8 importancie « a expressvi- ade do som, eu montava 0 fon uma ateneso ssa “ranegressto" Econhecida hi muito tempo uma das teses fundamentals. 38 Por Elsenstoin: um plano, chocando-se na, és, eu me convenci utra cose, de qu ‘montagem consistem, pare mim, no na colagem dos panos, mas em sua descolagemy nfo em sua “trace” lem”, mas em sua “desatracagem. Ficou claro pare © mas interessante comegs ndo quendo uno tos, @ sim qu ‘um quit, um deine 198 fundamentals, portadores de importante carga de eentido, eu Busco, aproximé-los, de chocé-los, eriar ant ia, A eta principal que quero expres melhor maneira possivel no na un fm sus Interacao através de um grande nd los Aleanga-se assim uma expresedo de sentido muito ‘mais forte @ profunda do que por moic de ama cor direta, Eleva-se 0 diapasto de express fem grau colossal a capacidade Informativa que o flme 6 ccapaz de carrogar. ‘Asse tipo de montagem eu chame montagem ‘espectador 0 posicionamente flosético no qual me apoio. Em Nes, 0 primero elemento fundamental da IriagSo, esse elemento fundamental da montagom 6 ineluido uma tereeira vez, mas apenas no som: 0 acorde slnfGnico repetido no plano do pessoas ind 100 recurso de repeticio de planos, 2 se encerra com os mesmos planos, no ‘quale se mostram os trabalhadores-alpinstas andando ‘Com suas lanternas contra ofundo oscuro do eéu. Aqui tivo de planos gad a um tems Gnico. 0 toma era s permanente descoberta Ge boloza do mundo, que o Ihomem resiza na sus vida @ no seu trabalho elo se {desenvolve com base no material de uma cidade grande most go de um cia de trabalho. Esse flme comeca e termina com a Imagem da lure O pensodor, de Rodin, girando em torno d ‘mesma. Essa escultura, conhecida por todos, ha muito © tomou um simbolo da expressia eterna do pense mento humana, dos homens. No me Nos, eles cumprem li objetiva de sustentagao 08 proprios elementos que se repetem, como também lontre equeles que osc Sendo assim, os elementos fund formecem somente a expressto mais conder tems, mas, além dist, igando-se & cst para o desenvolvimento semantic © evolugao até ‘mesmo daquelesplanos ¢ episdios com os qutis nfo fementos surgom a cade vez em um contexto sm uma concretude semantics distinta € 0 Principal &que Isso 6 ume montagem de cantertos, ‘Ao trocarmas os contexts, atingimos um aprofun- ‘damento © um desenvolvimento do tema, € quando, 90 final de Nis, novamente ressoa o acorde sinfonico, fea claro 0 sentido da imagem da menina no inicio do filme. Nesta tripla ropetico (menina no comeco ~ me- pode ser construlda tanto nos ‘Como nos eonoros ¢ em qusisquer juncdes de imagem © ‘Som. Ao organizar meus fmes justamente com base nesses jungbes de elementos, esforcel-me para que ios se tonassem parecidos com organismos vives, jotados de um sistema de comploxasligacbes intera~ {685 Intornas. i/notar que as partes de maior éxito em a terceira. leo porque, nel ‘conservada om mi Na segunda parte, por conta des cortes 2 subetituigdes, os principios dessa montagem no “funcionam, Data fraqueza da segunda parte, que {orna também a fraqueza de todo o fie. ‘Na minha oplnido, esse também fol © motivo dss crtices menclonada acim, tecidas ndo em vrtude das ‘ats que de fato exister, mas por conta daquelas que fi exter, ‘Uma vex encontrado o ssteme de montagem istancial, #Impossivel introduir nee alteragbes parcias, ‘xcliv da maneiraarbitrétla um ou outro elemento, Esse sistema deve ser adotado integralmente ou recusado Intogralmente, Podem ser encontradas lgumas analogins com a Interagio dos elomentos 8 distancia, cabre a qual eu falo, Vou me deter ainda em ume propriedade exsencial dda montagem distancia, No sistema de ligagbes dstan- Claisndo apanas signiteado seméntica # modulado de bem, de cera forma, ‘ exigo correcbes. Por 3" de Nos ~ a5 pessoas no ido casa ~. em face das Higacdes issadquir a funeao ea sonoridade de um dos rimos"planos do fime, ‘© mesmo se apica aos eplsédios "Grandes funeralé” Repatriaca", que assumem o mesmo significado de “episddios om grandes pianos”, apesar de ambos serem, uidos quase que inteirsmente de somas de plaros fuénciadistancil substi {hia osignieado de um “grande” plano pelo de um “ger lum balanceamento gera. as impartante perticulaidade ds montagem gam a dstencia se lolados como tals também ~ 0 quo é mals importante ~ entre conjuntos Inteiros de elementos (um ponto com um grupo, um {grupo com outro, um plana com um epi, um eple6= lio com outro). Assim, acontece uma interaeSo entre um processo @ autro oposto a ele. Cha e principio {es blocos da montagem distancia [No fle Ns, 9 epsbio nila dos "Grandes funerals”, que ¢ consruldo a parti de vitios matodos de ‘mantagem, incluindo ¢ montagem dlstanciel, cumpre 1 essa nova funcdo da nova infuéncia Entrando om interagio distancia, esses episécios- blocos por um lado revelam a coneretude do tema ‘outro, conferem a ele um carster de Incompletuce, {quando cade episédio se encerra, “cada qual em seu lugar’, com um ponto de intarrogacae, ase ibcio dos os funeraie lagho em asiatirmos na tela 80 percebemos situaeko de vida piso final da reptriagdo também possul um sentido auténom, em que vemes ofato concreto do ‘torn das pessoas 8 sua patria e, 30 mesmo tempo, ab~ ‘orvemes a imagem da unio dos homens come natureza. Em virtude de esses dols"blocos”, separadas por uma conhecida distancia na narrativa, terem sido ferma~ ie desmaronam, mas se orgue cia acontece néo apenas entre e ss entre bloces Em suma, nos vemos como esses episédios se “ibortam” das fronteiras dos temas factsle autBnomos ©, fem razio dessa infuéneia da montagem por blocon, que da ios uma ‘ova coloraei, ume nove compreensso, uma nove Sonoridede. No primeiro ceso: Ye perda, a morte”; no segundo: “aobtenca0,avide! ‘inds em Comoro. ‘Como toma bésieo de Habitonts lume stituce humena para cam annstureza eo mundo ‘nimal: Pare e othe ao seu redor, Homem, aonde fol que voe8 chegou?". A qu ‘mem & naturazee 9 amet ‘monia 140 20s grandes processos loniros de tanformarka soci! da mun. Ee Me se basela no encadesmento de muitos documentos cinema. togrficoshistricos. Aqui a método de infusneta por blocos &usado om aferentes combinagdes de elementos O primero complexo fundamental da montegem & 190 de plsnos: a agitacdo des mace de Lénin. ‘de pessoa orrendo, & paca da Revolucao de Outubro. © segundo omplero fundamental 60 epleédio fal, onde rover rmante aparece frande quantisa inejornal eontempor alferentes paises do mundo, No vou me deter especificamente sobre outros ica, 0 som de tiros, a imagem des mis, (05 planos de ferreiros com martalos ote) ‘8 interacdo a Gistincia destee dos locos formar um tod acabado,¢ ‘sd0 de profundos vincuos entre 0 passado eo present, 2 idela de um vieculo entre o presente © 0 ‘maior cepscidade mul ‘mento da idea fundamental de contnuigade Infnidade do desenvolvimento soct Assim, temas diversos, espalhados por “iversos onfins” desses filmes, se tornam faces apostas de um mesmo processo devido # interact em blocos, ‘Se em Comoro au mostro 9 desenvolvimento {radial do processo da vida, das causas is consequén ‘transmite,algm da sonea- cis, em Nés verfca-se 0 caminno contrério: das con- equéncias as iments spresento um fend meno e depois encontra suss origens, sua explicagao Historica, Como vemes, no filme Comego histérico se torna.o contemporaneo, eno filme NOs 0 contemporinea es torns o historic, ‘Agu fea evidente male ums pos ‘mental que © método de montagem cletan ‘Como 50 sabe, em Vertoy, Eisenstein ope a0 logon de “clne-punho”, ‘entendo”.Trata da observacio direta ‘makdando © que fl filmado em uma forma postles, ale Preservava a natureza factual do material extra da vide, Elsenst ‘tora! de concepeao de mundo para a medira0 ea ‘2vallagdo do moteralfimado, Ea experiéncia de montagom dtancial em Comeco Nos mostra, por suaver, que a arefa de organizagéo nterpretagso do ge n2o apenas um “CINE-CLHO" de concepedo de mundo Para oxpressar ainda mais coneretamente a renga especie do principio de montagem distanci apresento os seguintes esquemas. iene a ia. planos (ou entre blocas) & totalmente '@ montagem dlstoncio!ndo confere & cestrutura do me o forme de um "encadeomento” hab tua! de montagem, nem mesmo. forma de uma combina $00 de alferentes “cadelas”, mas cria uma conriguracdo sustentondoligoedesbiloterals com quolquer pont, com ‘qualquer complaxo do tlme, por melo de linhas vetorais. essa forma, elas provecam entre todos os elas subord- nodes “reaeées om codeia”bloterals, descendents por VRP o VV ed oe vos Soo Esse eee TIVES sim na interag8o ncessante entre procestos “atutos” em que, por um lado, o imagem & decomposta pelo fonogrema or outro, 0 fonagrama é decomposte pela imagem Por meio de alguns indicios 6 possivel encon na tela oreflexo desses procestoe, apesar de sere Ente briremos quo a Imagem 4 etalhe por detahe, por nfo ser apreendiga antes em Seu todo do que om seus detaihes (como 6 carecteristico ‘igs artes expacias) mas, ao contro, por ser recebida |ustamonte por meio da vsdo, adquire pauco a pouco o contorna de seu tod mos, 6 ume ea {sso resulta om algo como uma visto dos contor= ‘os gerais da arquitetura no como um todo, e simceomo etaihe epds detaihe,seguindo-so um ao outro e se ‘xganizendo em um todo por melo da visio © sobretudo, «da memiéria: nfo n0 espago, mas no tempo. O decorrer do tampo atribul insta por auto lado, a dndmica espac lade ts formas tempor 9 encontram fora de seus “territérios”« privados de sus establidade, fornece uma confrmaeio camplementar ao fato de que na tela no acontece uma intoracso dreta entre dversos com= onentes espacilse tomporals, mas ustamerte ume Interacio entre processos opostos«instvels~ do um lado, # imagem funcione como o fonograma transfor. mado e, de outro, corre u lum processo instvel de dacomposigao, nunca chegam 8 fund, mantendo-se invaravelment& data a, o cinema baseado no jd ndo pode sarc Ji ndo “bebe da fonte" da togriica nfo deve ser antendldo ‘mectnica ou nao, de diversas tpos de ate ie ndo nasce deles: 20 contrario, edo ales que @ ascer do cinems, apesar de saber~ erica objetivo nos levou a porsur, ‘do “progenitor”. mals pareca monstruosas conclus6es decorrentes da teori ds ceténca, (Os métodos de montagem de Eisenstan eVertov ‘nfo negam e ndo anulam 0 método e o sistema de mon- rca que nao poderlam ser desvendados seado na teria dos “intervalos” ou dos de elementos adjacentes. ( cinema ds montagem lst de desvendar qualquer forma de movimento, dos mal, baitos e elementares s08 mais altos © complexos. Ele & capaz do falar simultanesmente as linguae da Ev considero © flme Nés © mous trabalnos anteriores pros pectives.O métode de erlacbo de imagens que encontrel : ‘io recebeu ainda uma expressio plena e concrete nosees Fimes, Justamente por isso, os flmes que realize nfo Tepresontam o resultado des minhas pesquisa, mas $o- ‘mento uma etapa, ainda quo muito importante pars mim. [M6 0 momento, acabel trabalhando exclusha- mente com material documenta No cinema atuad: ‘dome devem encontrar Fate, que inculo jogo de vor todas as possiblidades desse método, que entso nia ee lmitars 30 melo documenta Para isso, consideroincisponsévelutlzar todas as possiblidades do cinema que foram abertas por noeeos = ‘mentores. Maso desenvolvimento do jam encontradae também noves posto oxpressio artistica, Foi nesse sentido que incl a antiga historia sobre wengbo da roda, Para encert de dizer que, se Vertov, ‘apolando-se em seu método de montagem, que analisa ® Interacdo entre elementos adacentes, convidou os cineastar 8 um "novo terreno”, relatvidade do erpago ® {6 tempo (a tooria da polando- nas formas 308 pro- do qual as nossas ‘do tempo nio so apicam, Is, 90 nascerem, nso sabom 1 abo sabem ‘volva ha quase melo século ume flmogratia propria no interior da escola de documentirio observa ional. A unidade te lugar 6 0 trago mais espectico do Seu cinema, dedicado como nenhum outro aradiografar ‘eotilano humana dentro de institulcdes, sobretudo ‘A montagem como uma conversa a quatro vozes esperavam Uma grande oportunidad para percorr fadous, As despadidae foram difiels porque trab Fime tina sido maie do que dvertdo. Podia ter se trans- formado num projeto de vide. Estou seriamente conside- rando me candidat tno Exarclte; por que nfo tentar de novo? Maine, 12 de agosto do 1992, 6h30 Adore trabalhar ne meu velno 19426 rolos de Z00 ‘montagem em Zoo, mas no mi te High Schoo! I

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