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A necessidade de fundamentação
da moral – análise comparativa de duas
perspetivas filosóficas: John Stuart Mill e
Immanuel Kant
Immanuel Kant e a
ÉTICA DEONTOLÓGICA
FILOSOFIA - 10º ano - Marina Santos
Immanuel KANT
(1724-1804)
A REVOLUÇÃO ÉTICA
DE KANT
•Onde reside o princípio que nos diz como devemos cumprir o dever?
Na nossa consciência, como seres racionais que se reconhecem dotados
de liberdade.
•Que princípio é esse (que nos orienta)? A lei moral.
• A lei moral diz-nos: «Deves absolutamente e em qualquer
circunstância cumprir o dever pelo dever»
Exige um absoluto e incondicional respeito pelo dever;
Diz-nos a forma como devemos agir: é puramente formal;
É um imperativo categórico* (incondicional), uma ordem que não
está submetida a qualquer condição.
ABSOLUTA E APODÍCTICA OU
UNIVERSAL A priori *
INCONDICIONAL NECESSÁRIA
Fonte: ilosofarliberta.blogspot.pt/2015/03/agir-por-dever-e-agir-em-conformidade.html
Fonte: ilosofarliberta.blogspot.pt/2015/03/agir-por-dever-e-agir-em-conformidade.html
• Passa por nós uma pessoa a gritar que está a ser perseguida por
um assassino. Pouco depois aparece o assassino com uma faca
na mão e pergunta-nos em que direção foi a pessoa que
persegue. O que devemos responder?
• À luz da máxima kantiana não devemos mentir para obter benefícios.
Mas será que é legítimo não o fazer se, em consequência, houver
grande dano? Não seremos responsáveis se a pessoa for assassinada?
• Kant respondeu que a mentira não é aceitável em nenhuma
circunstância. Defende que não podemos controlar as
consequências da nossa ação, mas podemos controlar a nossa própria
ação. Assim, se não mentirmos estaremos a evitar um mal conhecido;
se mentirmos (mesmo por motivos altruístas), estaremos a colocar
uma hipótese da qual até pode decorrer um mal maior.
FILOSOFIA - 10º ano - Marina Santos 21
Exemplo 2
• Para Kant: se não mentirmos e o assassino matar a vítima,
não somos culpados; se mentirmos, e, na sequência da nossa
mentira, o assassino matar a vítima, somos culpados.
• Para James Rachels: a resposta de Kant parece-nos
moralmente errada, pois dificilmente poderemos deixar de
nos considerar responsáveis pela morte de uma pessoa se a
pudermos evitar, ainda que mentindo ao assassino.