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 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL

DA COMARCA DE XX.
XXX, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ sob o nº XXX,
com sede na XXX, por seu advogado instrumento procuratório em anexo, com
escritório na XXX, onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE COM
PEDIDO LIMINAR CAUTELAR
em face de, 1. XXX., pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ
sob o nº XXX, na figura de seu representante legal Sr. XXX, podendo ser encontrado a
XXX, ou quem suas vezes fizer, em face do 2. SR. XXX, podendo ser encontrado a
XXX, pelos fundamentos de fato e de direito que se passa a expor:
I. DOS FATOS
A Exeqüente atua no mercado de Fomento Mercantil - Factoring, tendo seu Contrato
Social devidamente arquivado na Junta Comercial do Estado XXX sob nº XXX.
Apresenta como objeto social à prestação de serviços de análise e gestão de crédito,
orientação mercadológica, acompanhamento de contas a pagar e a receber,
aquisição de créditos de empresas, operações "inter-factoring" e negócios de
"factoring", conforme descrito em seu instrumento de constituição.
Cumprindo o seu objeto e finalidade social, contratou com a Executadaoperação de
fomento mercantil.
Após a contratação títulos (duplicatas e cheques) da Executada foram objeto de
endosso à Exeqüente passando a empresa fomentadora, ora Exeqüente, a ter o
direito de receber os títulos negociados nas operações de Factoring de todas as
partes envolvidas, incluindo a Executada.
Cumpre frisar que o Sr. XXX, segundo executado, avalizou tais títulos colocando sua
assinatura nos versos das cártulas.
Todavia, estes títulos não foram honrados, tendo a empresa factorizada, ora
Executada, a obrigação contratual e legal de recomprá-los.
O entendimento do STJ confirma que aquele que deu causa ao não recebimento dos
títulos, também fica responsável pelo seu cumprimento, senão veja-se:
RESP 330014/SP; RECURSO ESPECIAL
2001/0074377-3
Relator
Ministro Carlos Alberto Menezes Direito (1108)
Órgão Julgador
T3 – Terceira Turma
Data do Julgamento
28/05/2002
Data da Publicação/Fonte
DJ 26.08.2002 p. 00212
Ementa
Falência. Nota promissória. Relações decorrentes do contrato de faturização.
Precedente da Corte.
1. Se a empresa cedente dos títulos, em decorrência de contrato de factoring,
deu causa a que os mesmos não pudessem ser recebidos, fica responsável pelo
pagamento.
2. Afirmando o Acórdão recorrido que os títulos estavam viciados na origem e que a
nota promissória foi emitida de acordo com o contrato celebrado entre as partes,
afastado a hipótese de ter sido preenchida em branco, nada impede que possa servir
para instruir pedido de falência.
3. Recurso especial não conhecido. (g. N)
II. DO TÍTULO EXECUTIVO
Ao comprar os títulos a empresa exeqüente adquire também os direitos e
obrigações deles decorrentes, desta forma, diante das Duplicatas e Cheques
provenientes de contrato de compra e venda de combustível, endossadas e
avalizadas, temos na presente execução TÍTULOS EXECUTIVOS LÍQUIDOS,
CERTOS E EXIGÍVEIS que a embasam.
Assim, apresentam-se como Títulos Executivos, embasadores da presente execução,
as 59 (cinqüenta e nove) DUPLICATAS vencidas e não pagas.
O art. 585, inciso I, do Código de Processo Civil, atribui força executiva à Duplicata.
Os Tribunais pátrios neste sentido já se pronunciaram, veja-se:
REsp 823151 / GO; RECURSO ESPECIAL 2006/0045529-5
Relator: Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS
Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento 17/10/2006
Data da Publicação/Fonte DJ 27.11.2006 p. 285
Ementa
DUPLICATA - AUSÊNCIA DE ACEITE E DE PROVA DA OPERAÇÃO COMERCIAL -
EXECUÇÃO CONTRA ENDOSSANTE E AVALISTAS - POSSIBILIDADE.- A duplicata,
mesmo sem aceite e desprovida de prova da entrega da mercadoria ou da
prestação do serviço, pode ser executada contra o sacador-endossante e seus
garantes. É que o endosso apaga o vínculo causal da duplicata entre
endossatário, endossante e avalistas, garantindo a aceitação e o pagamento do
título (LUG, Art. 15 c/c Arts. 15, § 1º, e 25 da Lei 5.474/68).
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas,
acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, Prosseguindo no
julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro Ari Pargendler, por unanimidade,
conhecer do recurso especial e dar-lhe provimento, nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator. Os Srs. Ministros Ari Pargendler, Carlos Alberto Menezes Direito,
Nancy Andrighi e Castro Filho votaram com o Sr. Ministro Relator.
REsp 250568 / MS; RECURSO ESPECIAL 2000/0021717-4
Relator: Ministro ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO
Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento 19/10/2000
Data da Publicação/Fonte DJ 18.12.2000 p. 186
JBCC vol. 187 p. 311
Ementa
Comercial. Duplicata não aceita. Execução contra endossante e avalista.
Possibilidade.
I - O endossatário de duplicata sem aceite, desacompanhada da prova da
entrega da mercadoria, não pode executá-la contra o sacado, mas pode
executá-la contra o endossante e avalista. Interpretação do art. 15, § 1º, da Lei
nº 5.474/68, com a redação que lhe deu a Lei nº 6.458/77.
II - Recurso especial conhecido e provido.
Acórdão Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima
indicadas.
Decide a Terceira Turma do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, na conformidade
dos votos e das notas taquigráficas anexas, por unanimidade, conhecer em parte do
recurso especial e, nessa parte, dar-lhe provimento, nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator.
Participaram do julgamento os Srs. Ministros Waldemar Zveiter, Ari Pargendler,
Menezes Direito e Nancy Andrighi.
Desse modo, a Executada é devedora da Exeqüente, conforme as os títulos em
questão, da quantia líquida, certa e exigível de R$ 346.389,48 (trezentos e
quarenta e seis mil trezentos e oitenta e nove reais e quarenta e oito
centavos), já atualizada monetariamente, acrescida de juros moratórios, e multa de
10% na forma da lei e do contrato de fomento mercantil.
Diante da existência de TÍTULOS LÍQUIDOS, CERTOS E EXIGÍVEIS, requer o
processamento da presente ação de execução de título extrajudicial por quantia
certa contra devedor solvente, na forma dos dispositivos invocados do Código de
Processo Civil.
DOS PEDIDOS
EX POSITIS, REQUER:
i) Se digne Vossa Excelência em determinar a expedição de mandado de CITAÇÃO,
PENHORA e INTIMAÇÃO, para a citação da empresa executada, na pessoa de seu
representante legal e/ou de seu ADMINISTRADOR responsável, já qualificados no
preâmbulo da presente inicial, na forma do art. 221, II, do CPC, para que, no prazo de
3 dias, paguem o valor de R$ 346.389,48 (trezentos e quarenta e seis mil
trezentos e oitenta e nove reais e quarenta e oito centavos), englobando a
correção monetária do período, os juros legais e a multa contratual, devendo ser
acrescentados, ainda, os honorários advocatícios a serem arbitrados por esse
honrado Juízo (art. 20 do CPC) e também as custas processuais pagas na forma do
art. 652 do Código de Processo Civil;
ii) Valendo-se da prerrogativa do art. 652, § 2º do CPC a exeqüente vem indicar à
penhora os seguintes bens de propriedade da primeira executada:
1) SR/Noma SR2E17T2 CL, S. Reboque, Renavam: 827132158, Chassi:
9EP21102041002543, Placa DBB 8637, Ano 2010;
2) SR/Noma SR2E17T2 CL, S. Reboque, Renavam: 828502188, Chassi:
9EP21102041002910, Placa DBB 8737, Ano 2010;
3) SR/Noma SR2E17T1 CL, S. Reboque, Renavam: 828501734, Chassi:
9EP21082041002911, Placa DBB 8738, Ano 2010;
4) Automóvel Peugeot 207, 1.4, Renavam: 893648582, Chassi:
8AD2AKFW97G01789, Placa DTW 4166, ano 2011.
iii) Em relação aos bens descritos no item acima, com base no inciso III, do art. 615
do CPC, pede-se, cautelarmente e sem a oitiva da parte contrária, que seja
oficiado o DETRAN-SP cujo endereço é na Avenida Álvares Cabral, 1301, Ibirapuera,
São Paulo-SP, CEP 04094-901, para que confirme a propriedades dos bens antes
indicados, e em sendo confirmada a mesma em nome da primeira executada – XXX -
inclua uma restrição judicial sob tais bens, já que existe o perigo dos mesmos serem
alienados a qualquer tempo, mormente quando do recebimento da citação da
presente ação. E, ainda, uma vez efetivada a restrição sobre os veículos em questão,
que seja expedida Carta Precatória para a Comarca de XXX para se realizar o Arresto
dos referidos bens, para se garantir a frutuosidade da presente execução.
iv) Requer, ainda, com base na ordem do art. 655 do CPC e conforme o art. 655-A do
CPC que se digne V. Exa, a requisitar à autoridade supervisora do sistema bancário,
preferencialmente por meio eletrônico, informações sobre a existência de ativos em
nome da executada, determinando, ainda, sua imediata indisponibilidade até o
montante do valor exeqüendo;
v) Não havendo pagamento, sejam penhorados pelo Sr. Oficial de Justiça,
obedecendo-se a ordem do art. 655 do CPC, e as prerrogativas do art. 653 do CPC,
tantos bens quantos bastem para a realização do pagamento do valor executado,
com os devidos acréscimos legais, neles incluindo-se as custas processuais e
honorários advocatícios;
vi) Que o Sr. Oficial de Justiça seja autorizado expressamente a proceder as
diligências de citação, penhora e intimação, com as prerrogativas do parágrafo 2º do
artigo 172 do Código de Processo Civil.
Em anexo segue a Memória do Cálculo, conforme determina o art. 614, II, do Código
de Processo Civil, devendo-se incidir sobre o valor apurado a correção monetária e
os juros até o efetivo pagamento.
Dá-se à causa o valor de R$ 346.389,48(trezentos e quarenta e seis mil trezentos e
oitenta e nove reais e quarenta e oito centavos).
Nestes termos,
pede deferimento.
Cidade, data.
ADVOGADO
OABXXX
osnisantoss@hotmail.com

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