Você está na página 1de 6

TEXTO

Desplugada por 4 dias, tudo se resolve

Desplugada por 4 dias, tudo se resolve A exemplo de uma experiência proposta aos leitores do jornal The New York Times (NYT), passei
quatro dias sem checar e-mails e com o celular desligado. Esse foi o meu “desplugamento” pessoal. No NYT, cada um escolhia seu próprio
desafio. Um jovem, por exemplo, ficou dois dias sem Facebook (você conseguiria?).
Gostaria de dizer que após meus quatro dias de E.T. sou uma nova pessoa. Não. Continuo bastante ansiosa. Mas a experiência me fez ver
que a ausência de ferramentas que considero indispensáveis para a comunicação pode ser facilmente contornada.
Acabo de voltar ao meu Yahoo. Estão lá 51 mensagens, 6 que me interessam e 1 que exige resposta. Não foi o que eu imaginei no primeiro
dia de meu autoembargo tecnológico, quando senti desespero de que alguém estivesse berrando em algum lugar por não conseguir falar
comigo. Cheguei a pensar em ligar para os amigos e perguntar se haviam ligado ou escrito. Me segurei.
No segundo dia, uma surpresa ao chegar em casa: sobre a cama havia um daqueles bons e velhos recadinhos escritos à mão: fulana ligou.
Mas senti falta de um material de aula que estava preso no mundo virtual. Resolvi pedindo uma cópia a uma amiga (é, a tecnolo gia nos torna
mais independentes).
No terceiro dia, chegaram as contas do mês: ainda bem que não aderi ao envio virtual de cobranças que o banco me ofereceu.
Último dia, prestes a quebrar o jejum, o caos tomou conta, tal qual a hora do clímax num filme: o cachorro da vizinha fugiu. Ótimo, pensei, é
só ligar para o telefone fixo dela. Ninguém atendeu. Segundos de dilema pessoal: quebro a experiência e procuro o número de celular na
agenda do meu móvel? Não. Pedi ao "papi" a gentileza de sair correndo pela rua e dar um jeito de prender o bichinho (é uma rotweiller).
Agora que acabou, uma pergunta fica no ar: ligo o celular?
Fonte: Depoimento de Helena Carnieri, repórter da Seção Mundo. Gazeta do Povo,
5.set.2010,p.27.

Proposta de Redação

Se todos nós aderíssemos à proposta da jornalista de nos desplugarmos por alguns dias, quatro, que foi o dia proposto pela dona da ideia, o
que poderia acontecer para o andamento da vida nossa e de outras pessoas, principalmente nas grandes cidades?
Escreva um texto, em que você deve analisar a proposta e relatar como você se sentiria no caso de desplugar-se por quatro dias.

A coletânea de recortes de textos abaixo, retirados de fontes variadas, aborda a temática Vício na internet.

Tendo-a como apoio, redija os gêneros textuais solicitados.

Quando se fala em vício, logo pensamos em drogas, cigarro, álcool, jogatina, entre outros. Porém, o vício
está ligado a uma questão mais ampla, ou seja, não se restringe a um ou dois aspectos, mas sim a
diversos. Há o vício em internet, diagnosticado quando as pessoas têm sua vida pessoal, profissional e
sentimental afetada pela permanência exagerada na internet.

(Texto adaptado de http://www.brasilescola.com/informatica/ciberviciado.htm)


Vício em internet é doença, defende psiquiatra

Em editorial no American Journal of Psychiatry, Jerald Block, da Universidade de Saúde e Ciência de


Oregon, alega que o vício hoje é tão comum que deveria entrar na lista contida no Manual de Estatística e
Diagnóstico de Distúrbios Mentais – o principal livro de referência da Associação Americana de Psiquiatria
para categorizar e diagnosticar doenças mentais. Segundo o especialista, o vício em internet tem quatro
comportamentos principais: uso excessivo, frequentemente associado à perda da noção do tempo ou
negligência de impulsos básicos; sentimentos de irritação, tensão ou depressão caso o computador esteja
inacessível; necessidade de computadores melhores, mais software ou mais horas de uso; e reações
negativas como brigas, isolamento social e fadiga ligadas ao uso do computador.

(http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI2704377-EI4802,00.html)
Brasil está entre países que tratam viciados em internet

Agnes Dantas

Tem gente que senta diante do computador para trabalhar ou fazer o dever de casa, dá uma passadinha
no MSN para ver quem está on line, e entra no Orkut para saber se há novos posts e, de repente, se dá
conta de que se passaram 10, 12 horas de conexão à internet. Nem todo o mundo sabe, mas existe uma
linha tênue entre a mania de estar conectado e o vício em internet.

(http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2006/10/31/286471817.asp)
A doença da conexão

Ninguém se surpreende ao ver a executiva Andiara Petterle entrar e sair de seu escritório com o laptop em
mãos. Como tantos profissionais, é pela internet que ela dá respostas rápidas a seus clientes mais
exigentes. Uma rotina normal, se não fosse tão difícil para essa gaúcha de 28 anos se desconectar. O
problema veio à tona há quatro anos, quando uma viagem com o marido se tornou um tormento diante da
impossibilidade de se conectar à internet no local.

(…)

A compulsão por e-mails é uma extensão da dependência de internet, problema que se manifesta também
com jogos e compras on-line, salas de bate-papo e sites eróticos.

(Revista Veja, n.º 2001, 28 de março de 2007)

Internet cria novo tipo de viciado: como as drogas e o álcool, o computador pode causar dependência,
principalmente quando preenche carências e ansiedades.

“Ninguém se torna dependente de uma coisa que não traz prazer. A internet é, sem dúvida, prazerosa e se
torna dependência quando passa a preencher uma carência, diminuir a ansiedade, aliviar uma angústia”,
diz o psiquiatra André Malbergier, coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do
Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

(…)

O tratamento também é semelhante ao que se submete um dependente de droga. Inclui psicoterapia para
tentar descobrir que conflitos pessoais levaram à dependência – parte dos viciados em internet, dizem os
especialistas, tem extrema dificuldade de relacionamento social. Em muitos casos, é preciso tomar
remédios que diminuam o impulso pelo computador.

(…) “Não podemos transformar a internet no vilão, porque o problema é o uso que nós fazemos dela”, diz
Maluh Duprat, da PUC-SP. “A internet é um instrumento fundamental.”

(http://www.gtpos.org.br/index.asp?Fuseaction=Informacoes&ParentId=349)

1) Redija um resumo, em até 15 linhas, apresentando as informações principais sobre o tema Vício na
internet, abordado na coletânea de textos.

2) Redija, em até 15 linhas, uma resposta argumentativa à pergunta “A internet é nociva?”. Sua resposta
pode apoiar-se na coletânea de textos, mas não deve apresentar cópias da mesma
Proposta Redação – Jeitinho Brasileiro: Pequenas
Corrupções
Início » Artigos » Proposta Redação – Jeitinho Brasileiro: Pequenas Corrupções
28/04/2015 Por Matheus Andrietta

Corrupção é um assunto bastante em alta nesse começo de 2015 e o infoEnem está acompanhando
trazendo algumas indicações de leitura sobre isso. Você pode ler as recomendações
no especial Protestos Políticos e no mais recente artigo com dicas de leitura.
Mas a corrupção não é apenas recorrente na política e em grandes empresas. O que acontece a
níveis organizacionais se mostra como um reflexo de “pequenas” ações corruptas praticadas
cotidianamente pelos cidadãos.
Tanto é comum, que essas ações já receberam, culturalmente, um apelido: jeitinho brasileiro. Esse
termo também é conhecido como Lei de Gérson: querer obter vantagem em toda e qualquer
situação sem se preocupar com questões éticas e/ou morais. É o que o filósofo Kant chamaria de
agir segundo os afetos e não segundo a razão pura.
Esse estereótipo de malandro já foi usado em diversas obras brasileiras. O primeiro retrato foi o caso
da personagem Leonardo do livro Memórias de um Sargento de Milícias de Manuel Antônio de
Almeida. A história é narrada no Rio de Janeiro no século XIX, o que nos mostra que esse costume
não é algo recente.
Agora que você já leu e refletiu sobre o assunto, aproveite para realizar uma dissertação-
argumentativa seguindo as instruções da proposta abaixo. O tema da redação é: Jeitinho brasileiro:
conscientização sobre pequenas corrupções.
Proposta de Redação

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de
sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua
Portuguesa sobre o tema: “Jeitinho Brasileiro: Conscientização Sobre Pequenas Corrupções“.
Apresente uma proposta de intervenção e/ou conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defender o seu ponto de vista.

TEXTO 1
Formatted: Font: (Default) Arial, 10.5 pt, Font color: Custom
Color(RGB(70,70,70))

Extraído de https://www.facebook.com/cguonline em 19/02/2014.

TEXTO 2

Quase um em cada quatro brasileiros (23%) afirma que dar dinheiro a um guarda para evitar uma
multa não chega a ser um ato corrupto, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade
Federal de Minas Gerais e o Instituto Vox Populi. Os números refletem o quanto atitudes ilícitas,
como essa, de tão enraizados em parte da sociedade brasileira, acabam sendo encarados como
parte do cotidiano.
“Muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção, só levam em conta a corrupção no
ambiente público”, diz o promotor de Justiça Jairo Cruz Moreira. Ele é coordenador nacional da
campanha do Ministério Público “O que você tem a ver com a corrupção”, que pretende mostrar
como atitudes que muitos consideram normal são, na verdade, um desvirtuamento ético (…).
Aceitar essas pequenas corrupções legitima aceitar grandes corrupções”, afirma o promotor.
“Seguindo esse raciocínio, seria algo como um menino que hoje não vê problema em colar na prova
ser mais propenso a, mais pra frente, subornar um guarda sem achar que isso é corrupção.”
Segundo a pesquisa da UFMG, 35% dos entrevistados dizem que algumas coisas podem ser um
pouco erradas, mas não corruptas, como sonegar impostos quando a taxa é cara demais.
Otimismo: Mas a sondagem também mostra dados positivos, como o fato de 84% dos ouvidos
afirmar que, em qualquer situação, existe sempre a chance de a pessoa ser honesta.
A psicóloga Lizete Verillo, diretora da ONG Amarribo (representante no Brasil da Transparência
Internacional), afirma que em 12 anos trabalhando com ações anti-corrupção ela nunca esteve tão
otimista – e justamente por causa dos jovens. “Quando começamos, havia um distanciamento do
jovem em relação à política”, diz Lizete. “Aliás, havia pouco engajamento em relação a tudo, queriam
saber mais é de festas. A corrupção não dizia respeito a eles.” “Há dois anos, venho percebendo uma
grande mudança entre os jovens. Estão mais envolvidos, cobrando mais, em diversas áreas, não só
da política.”
Para Lizete, esse cenário animador foi criado por diversos fatores, especialmente pela explosão das
redes sociais, que são extremamente populares entre os jovens e uma ótima maneira de promover a
fiscalização e a mobilização.
Mas se a internet está ajudando os jovens, na opinião da psicóloga, as escolas estão deixando a
desejar na hora de incentivar o engajamento e conscientizá-los sobre a corrupção. “Em geral, a
escola é muito omissa. Estão apenas começando nesse assunto, com iniciativas isoladas. O que é
uma pena, porque agora, com o mensalão, temos um enorme passo para a conscientização, mas
que pouco avança se a educação não seguir junto”, diz a diretora. “É preciso ensinar esses jovens a
ter ética, transparência e também a exercer cidadania.”
Adaptado de http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/11/121024_corrupcao_lista_mdb.shtml
em
19/02/2014.

TEXTO 3

A campanha (O que você tem a ver com a corrupção?) se justifica pela necessidade de se educar a
sociedade por meio do estímulo à ética, à moralidade e à honestidade, construindo um processo
cultural de formação de consciência e de responsabilidade dos cidadãos a partir de três tipos de
responsabilidades (…): 1) a responsabilidade para com os próprios atos, ou responsabilidade
individual; 2) a responsabilidade para com os atos de terceiros, ou responsabilidade social ou coletiva
e; 3) a responsabilidade para com as gerações futuras a partir de um agir consciente. Dessa forma,
pretende-se contribuir com a prevenção da ocorrência de novos atos de corrupção e com a
consequente diminuição dos processos judiciais e extrajudiciais, por meio da educação das gerações
futuras, estimulando, ainda, o encaminhamento de denúncias populares e a efetiva punição de
corruptos e corruptores. Além disso, é dever institucional do Ministério Público combater a corrupção,
repressiva e preventivamente, estimulando, inclusive, o desempenho das atribuições e das atividades
extrajudiciais.
Objetivos: Reduzir a impunidade nacional, ou seja, cobrar a efetiva punição dos corruptos e dos
corruptores, abrindo um canal real para oferecimento e encaminhamento de denúncias; educar e
estimular as gerações novas através da construção, em longo prazo, de um Brasil mais justo e mais
sério, destacando o papel fundamental de nossas próprias condutas diárias; aproveitar momentos do
cotidiano infanto-juvenil (família, escola e comunidade) para propiciar a vivência de atividades que os
levem a conhecer esses princípios, estimulando-os a praticá-los no seu ambiente de convívio social;
divulgar a idéia em locais e acontecimentos informais (sociais, esportivos, campanhas e eventos),
possibilitando o alcance da campanha a um público maior.
Extraído de http://www.oquevocetemavercomacorrupcao.com/ em 19/02/2014.

A proposta acima foi retirada do Programa de Correção de Redação Enem 2015 do infoEnem. Para
ter sua redação corrigida em até 7 dias por um dos nossos professores especialistas em produção
textual, clique aqui e comece agora o Treinamento!
Lembre-se que a prática é fundamental para a preparação para redação do Enem! Bons estudos e
até a próxima!

Você também pode gostar