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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CÂMPUS PAU DOS FERROS


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
MECÂNICA DOS SOLOS I – PAM0304

Tensões no Solo

Prof. Me. José Daniel Jales Silva


<daniel.jales@ufersa.edu.br>

Pau dos Ferros - 2016


Tensões em um meio particulado

Curso de Engenharia Civil – Mecânica dos Solos I Prof. Me. José Daniel
Tensões em um meio particulado

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Tensões em um meio particulado

𝑵 𝑻
𝝈= 𝝉=
𝑨 𝑨

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Tensões Devido ao Peso Próprio do Solo

𝑵
𝝈𝑽 = 𝑵 = 𝑷𝒆𝒔𝒐 (𝑷)
á𝒓𝒆𝒂

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Considere o esquema a seguir.

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Tensões Devido ao Peso Próprio do Solo

𝑁 𝑃
𝜎𝑉 = 𝑁 = 𝑃𝑒𝑠𝑜 (𝑃) 𝛾𝑛 = 𝑃 = 𝛾𝑛 . 𝑉
á𝑟𝑒𝑎 𝑉
 nV  n.(área.h)
 v   nh
área área

𝐾𝑁 𝐾𝑁
𝜎𝑉 = 𝛾𝑛 ∙ ℎ 𝑚 = 2 = 𝐾𝑃𝑎
𝑚³ 𝑚

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Tensões Devido ao Peso Próprio do Solo

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Pressão Neutra e Tensão Efetiva

𝒖 = 𝒉𝒘 . 𝜸𝒘

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Pressão Neutra e Tensão Efetiva

𝝈′ = 𝝈 − 𝒖

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Pressão Neutra e Tensão Efetiva

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Pressão Neutra e Tensão Efetiva

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Pressão Neutra e Tensão Efetiva

𝝈′ = 𝝈 − 𝒖
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Pressão Neutra e Tensão Efetiva

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Tensão Efetiva – Peso Específico Submerso

∆𝝈′ = 𝜸𝒔𝒖𝒃 ∙ 𝒉

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Ação da Água Capilar no Solo

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Ação da Água Capilar no Solo

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Ação da Água Capilar no Solo

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Ação da Água Capilar no Solo

𝟐∙𝑻
𝒉𝒄 =
𝒓 ∙ 𝜸𝒘

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Ação da Água Capilar no Solo

𝟐∙𝑻
𝒉𝒄 =
𝒓 ∙ 𝜸𝒘

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Ação da Água Capilar no Solo

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Ação da Água Capilar no Solo

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Pressão na Água em Meniscos Capilares

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Coesão Aparente

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Coesão Aparente

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Pressão Pelo Efeito Capilar

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Aplicação do Conhecimento - Capilaridade

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Exercício

Exercício 1 – Um terreno é constituído de uma camada de areia fina e fofa, com


𝛾𝑛 = 17 𝑘𝑁/𝑚³, com 3 m de espessura, acima de uma camada de areia grossa
compacta, com 𝛾𝑛 = 19 𝑘𝑁/𝑚³ e espessura de 4 m, apoiada sobre um solo de
alteração de rocha, como na figura. O nível da água encontra-se a 1 m de
profundidade.
 Calcule as tensões verticais no contato entre a areia grosa e o solo de
alteração, a 7 m de profundidade.

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Exercício

Exercício 2 – No terreno do exercício anterior, se ocorrer uma enchente que eleve o


nível da água até a cota +2 m acima do terreno, quais seriam as tensões no contato
entre a areia grossa e o solo de alteração de rocha? Compare os resultados.

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Tensões no Solo – Carregamentos na Superfície

Com a aplicação de sobrecargas na superfície dos solos são geradas


acréscimos de tensões verticais (Δ𝜎𝑧 ), além das tensões devido ao peso próprio do
maciço.
Estes acréscimos de tensões não se limitam às projeções das áreas
carregadas, possuindo acréscimos nas laterais destas.

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Tensões no Solo – Carregamentos na Superfície

Como a somatória dos acréscimos das tensões verticais, nos planos


horizontais, em qualquer profundidade, é sempre constante, os acréscimos das
tensões imediatamente abaixo da área carregada diminuem à medida que a
profundidade aumenta, pois a área atingida aumenta.

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Tensões no Solo – Carregamentos na Superfície

As tensões, a uma certa profundidade, não são uniformemente


distribuídas, mas concentram-se na proximidade do eixo de simetria da área
carregada, em forma de sino.

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Bulbos de Tensões

Quando se unem os pontos no interior do subsolo em que os acréscimos


de tensão são de mesmo valor, têm-se linhas chamadas de bulbos de tensões.

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Tensões no Solo – Carregamentos na Superfície

O cálculo dos acréscimos de tensões verticais são muito complicados.


Não se tem uma expressão exata para determinado fim. Desta forma, vários
pesquisadores estabeleceram correlações com expressões matemáticas
laboriosas.
A maioria das correlações são baseadas no princípio da elasticidade,
e que o maciço é composto por solo homogêneo e isotrópico.

Os depósitos de solos, em geral, não são homogêneos, nem


perfeitamente elásticos, muito menos isotrópicos. Portanto, alguns desvios dos
cálculos podem ser esperados no campo. Esta diferença pode chegar a 30%
dos valores calculados.

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Tipos de Cargas

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Tensões no Solo – Carregamentos na Superfície

 Tensões causadas por cargas pontuais – Boussineq

 Tensões causadas por cargas distribuídas por unidade de comprimento na


vertical.

 Tensões causadas por cargas distribuídas por unidade de comprimento na


horizontal.

 Tensões causadas por cargas uniformes distribuídas em faixas

 Tensões causadas por cargas de um aterro – Osterberg

 Tensões verticais abaixo do centro de uma área circular uniformemente carregada


– Love

 Tensões verticais devido a área retangular carregada - Newmark


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Tensões Causadas por Cargas Pontuais - Boussineq

Boussineq determinou as tensões, as deformações e os deslocamentos no


interior de uma massa elástica, homongênea e isotrópica, num semiespaço infinito
de superfície horizontal, devidos a uma carga pontual aplicada na superfície desse
semiespaço.

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Tensões Causadas por Cargas Pontuais - Boussineq

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Tensões Causadas por Cargas Pontuais - Boussineq

Na vertical abaixo do ponto


de aplicação da carga (r=0), as tensões
variam conforme o gráfico ao lado.

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Tensões causadas por cargas de um aterro -
Osterberg

Solução de Osterberg para carga distribuída na forma de trapézio


retangular em uma faixa de extensão infinita.
A Figura abaixo mostra a seção de um aterro de altura H. Para esta
condição de carregamento bidimensional, o aumento da tensão vertical pode ser
expresso como:

I representa um coeficiente de forma que depende da geometria do aterro.

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Ábaco de Osterberg

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Ábaco de Osterberg

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Tensões causadas por cargas de um aterro -
Osterberg

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Exemplo

Um aterro é mostrado na Figura abaixo. Determine o aumento da tensão


sob o aterro no ponto A.

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Ábaco de Osterberg

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Tensões verticais devido a área retangular
carregada - Newmark

Para o cálculo das tensões provocadas no interior de um semiespaço


infinito de superfície horizontal por carregamentos uniformemente distribuídos
numa área retangular, Newmark desenvolveu uma integração da equação de
Boussineq.
Verificou que a solução era a mesma para situações em que as relações
entre os lados da área retangular e a profundidade fossem as mesmas. Definiu
então as seguintes relações com os parâmetros m e n.

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Tensões verticais devido a área retangular
carregada - Newmark

Em função desses parâmetros a solução de Newmark se expressa pela


equação:

Se considerarmos que a tensão num ponto qualquer é função só dos


parâmetros m e n, toda a expressão entre chaves pode ser tabelada.

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Ábaco de Newmark

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Ábaco de Newmark

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Ábaco de Newmark

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Ábaco de Newmark

 Observa-se que o maior valor de I é 0,25, e


que ele corresponde a valores de m e n
muito elevados, ou seja, à situação em
que as dimensões do retângulo de
carregamento são muito grandes em
relação à profundidade.

 Ao carregar-se toda a superfície, o


acréscimo de tensão em qualquer ponto
seria igual à tensão aplicada na superfície
(I = 1).

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Ábaco de Newmark

 Se o carregamento for feito só num


quadrante, o coeficiente de influência é
0,25.

 Como a solução de Newmark se refere a


um ponto na vertical pelo vértice de um
retângulo, nenhum carregamento isolado
pode apresentar 𝐼 > 0,25.

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Ábaco de Newmark

Para o cálculo do acréscimo de tensão em qualquer outro ponto que


não abaixo do vértice da área retangular, divide-se a área carregada
em retângulos com um vértice na posição do ponto considerado.
Considera-se separadamente o efeito de cada retângulo.

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Ábaco de Newmark

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Tensões no Solo – Carregamentos na Superfície

Exercício: Uma construção industrial apresenta uma planta retangular, com 12 m de


largura e 48 m de comprimento, e vai aplicar ao terreno uma pressão
uniformemente distribuída de 50 kPa.
Determinar o acréscimo de tensão, segundo a vertical pelos pontos A, B, C,
D e E, a 6m de profundidade.

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Ábaco de Newmark

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Ábaco de Newmark

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