RESUMO
O presente trabalho trata dos critérios de custeio mais utilizados atualmente na
contabilidade de custos, fazendo uma análise sobre as vantagens e desvantagens
de seu uso, com o objetivo de auxiliar o leitor na escolha do melhor sistema para sua
empresa. Para tanto, apresentamos as terminologias sobre custos de forma ao leitor
compreender toda linguagem utilizada. Foi possível concluir após a análise dos
resultados que o custeio baseado em atividades (Activity-Based Costing) poderia se
sobressair, já que sua utilização oferece informações consistentes para que se
atinjam os objetivos por diminuir as distorções causadas pelo rateio simples, mas
deixando claro que não existe um sistema de custeio perfeito que se ajuste de
maneira uniforme e padronizada a todas as empresas.
Palavras- chave: custeio, rateio, atividades
ABSTRACT
This paper deals with the costing criteria currently used in cost accounting, analyzing
the advantages and disadvantages of its use, in order to assist the reader in
choosing the best system for his company. To do so, we present the terminologies
on costs so that the reader can understand all the languages used. It was possible to
conclude after the analysis of the results that Activity-Based Costing could stand out,
since its use offers consistent information so that achieve the objectives by reducing
the distortions caused by simple apportionment, but making it clear that there is no
perfect costing system that is uniformly and standardized for all companies.
Key-words: costing, apportionment, activities
1- Introdução
2- Revisão Literária:
Segundo Vice Conti e Neves (2010), apesar de não ser aceito pela legislação do
imposto de renda o custeio variável é mais expressivo no que diz respeito à
avaliação de quantidades produzidas por expressar melhor o valor dos custos
indiretos rateados em relação à quantidade produzida expressando na margem de
contribuição a real colaboração do produto fabricado na realização dos custos fixos
independente das vendas.
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De acordo com Ribeiro (2013), a divisão dos custos indiretos feitos através do
método da departamentalização produz informações de custos mais justas com
relação aos custos inerentes a cada produto não onerando os produtos ou serviços
com custos gerados por departamentos que não participaram do processo produtivo.
Através deste método é possível estabelecer o preço baseando-se no custo real e
não num custo onerado desnecessariamente.
De acordo com Neto (2009), com o avanço das indústrias e a alta competitividade no
mercado o surgimento da contabilidade de custos tornou-se ferramenta
indispensável ao sistema gerencial das empresas para formação de preços de
maneira a trazer retorno financeiro aos empresários e acionistas uma vez que na
mesma as informações são tratadas de maneira diferente do que na contabilidade.
O tratamento dado a essas informações é capaz até de aperfeiçoar a produção
industrial demonstrando os custos necessários e desnecessários durante o
processo.
Control que aliados aos métodos de custeio já usados reduzem bastante o tempo de
produção e aumentam a qualidade da produção evitando o trabalho de refazer o
produto.
Segundo Martins ET AL (2008), empresas do terceiro setor, mesmo que não tenham
fins lucrativos, deve fazer uso da gestão estratégica de custos para o melhor uso
dos recursos recebidos do governo e de empresas privadas aumentando assim à
quantidade de produtos (serviços) ofertados a sociedade e melhorando a qualidade
da prestação dos mesmos com um maior investimento e baixo custo.
3- Metodologia
Para desenvolvimento do presente trabalho pretenderemos abordar o assunto
gestão de custos sempre procurando mencionar a relação com os aspectos legais,
ou seja, quais seriam as metodologias permitidas e aprovadas para fins de
legislação fiscal.
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4- Desenvolvimento
4.1- História
Com a chegada da indústria viu-se necessário um calculo de custos, uma vez que,
diferente do comércio o produto de uma indústria é derivado de vários fatores como
transformação de matéria prima, mão de obra, locação de espaço, gasto com
energia entre outros.
No comércio o calculo de custo da mercadoria se dá simplesmente pela soma do
preço da mercadoria adquirida para revenda, tributos, frete e seguros pagos.
Na indústria devido à quantidade de fatores existentes no processo de fabricação de
um produto faz-se necessário a adoção de técnicas surgidas nos Estados Unidos
dando origem a contabilidade de custos que consiste na coleta de informações
sobre os diversos processos existentes na fabricação agrupando-os e classificando-
os para auxilio no controle, planejamento, tomada de decisão e formação de preços.
4.2-Terminologia
Para total compreensão das informações geradas pela contabilidade de custos faz-
se necessário conhecer as terminologias utilizadas nestes ramos da contabilidade.
Custo- Conforme RIBEIRO (2013), todo bem ou serviço adquirido para a produção
de outro bem ou serviço é considerado custo. O custo é classificado quanto:
Apropriação:
Custo Direto- Custo apropriado diretamente ao produto ou serviço como
matéria prima, mão de obra e outros insumos.
Custo Indireto- Custos que não podem ser apropriados diretamente a um
produto ou serviço e deve ter seu valor aplicado proporcionalmente (rateado)
aos produtos ou serviços como energia elétrica, locação de espaços,
depreciação, etc.
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Volume:
Custo Fixo- Custo que não variam conforme o volume produzido.
Custo Variável- Custo que varia significativamente conforme o volume
produzido.
Despesas- Segundo MARTINS (2013), são gastos para obtenção de receitas (não
de produtos) utilizada pela empresa como comissão de vendedores, honorários de
diretoria entre outros. As despesas também se classificam como fixas ou variáveis
(variam de acordo com o volume de vendas).
Custeio variável
Este método parte dos princípios de que mesmo que não haja a efetivação da
venda os custos fixos sempre existirão e são confrontados neste método apenas no
final do resultado do período.
O custeio variável considera para a apuração de custos somente os custos e
despesa variáveis. A diferença entre a venda e o valor dos custos e despesas
variáveis dá-se o nome de margem de contribuição.
Através da margem de contribuição e possível determinar o ponto de
equilíbrio que nos informa o mínimo de vendas necessário para que uma empresa
possa cumprir com seus compromissos sendo também uma ferramenta de
gerenciamento.
Em relação ao custeio por absorção o custeio variável apresenta algumas
vantagens:
-Não permite que um aumento de produção sem a efetivação das vendas
distorça o resultado;
- Não conduz a decisões errôneas sobre a produção por não considerar os
custos fixos.
Como desvantagem por não atender aos princípios da realização da receita,
confrontação e da competência que estabelecem que os custos devam ser alocados
aos produtos à medida que são vendidos não sendo aceito assim pela legislação do
imposto de renda.
Fonte: própria
Fonte: própria
Fonte: própria
Fonte: própria
Fonte: própria
Para se chegar aos valores apresentados na tabela acima foi feito a divisão
entre o valor do direcionador de cada produto pelo seu total. Exemplo para o
tempo de solda da placa de vídeo foi usado o valor do tempo de serviço de solda
da tabela 2 (3750) / (6438) tempo total de horas do setor de solda.
Elaboradas as tabelas base iniciaremos o processo dos métodos de custeio
para apuração dos custos e apuração do lucro em cada método. Utilizaremos os
métodos de absorção, Departamentalização e ABC.
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Fonte: própria
Fonte: própria
Fonte: própria
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Após a distribuição dos custos indiretos aos produtos através do método de
departamentalização utilizaremos as tabelas 5 e 6 para a alocação dos custos
indiretos pelo método ABC.
Fonte: própria
Fonte: própria
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Fonte: própria
6- Conclusão
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 262
págs.
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RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. 8. ed. São Paulo: Saraiva
2013. 249 pág.
SILVA, Raimundo Nonato Sousa; LINS, Luiz dos Santos. Gestão de custos:
Contabilidade, Controle e Análise. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 292 págs.