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ESQUEMA DA AULA:
1. INTRODUÇÃO
2. RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA
2.1. RESPONSABILIDADE PENAL DA PJ NA CF/88
2.2. REQUISITOS
2.3. DISCUSSÃO DOUTRINÁRIA
2.4. DUPLA IMPUTAÇÃO
2.5. POSSIBILIDADE DE IMPETRAÇÃO DE HC POR PJ
2.6. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
3. SUJEITO ATIVO DOS CRIMES AMBIENTAIS
4. APLICAÇÃO DA PENA (DOSIMETRIA)
4.1. DOSIMETRIA DA PENA NO CP
4.2. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS ESPECÍFICAS
4.3. ATENUANTES ESPECÍFICAS
4.4. AGRAVANTES ESPECÍFICAS
5. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
5.1. SUBSTITUIÇÃO DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
PELA PRD
5.2. ROL ESPECÍFICO DE PRD (PRISP)
5.3. DURAÇÃO DAS PRD
6. PUNIÇÕES APLICÁVEIS ÀS PESSOAS JURÍDICAS
6.1. ROL DE PENAS APLICÁVEIS
6.2. PRD DAS PESSOAS JURÍDICAS (SINPRO)
6.3. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE PELAS PJs
6.4. LIQUIDAÇÃO FORÇADA DA PJ
7. PENA DE MULTA
8. FIXAÇÃO DE VALOR MÍNIMO DA REPARAÇÃO DO DANO
9. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA
9.1. REQUISITOS
9.2. OBRIGAÇÕES
9.3. PERÍODO DE SUSPENSÃO
PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR
1. INTRODUÇÃO:
A lei dos crimes ambientais tem uma parte geral que destoa do
tratamento dado pelo CP:
Dosimetria da pena (circunstâncias judiciais, agravantes e
atenuantes diferentes);
Rol específico de penas restritivas de direito;
Regra própria para o Sursis;
Suspensão condicional do processo;
Transação penal;
CONTRA-ARGUMENTO:
Sendo a PJ um ente autônomo e possuindo vontade, podemos
afirmar também que a PJ é capaz de assimilar a natureza coercitiva
da pena;
PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR
CONTRA-ARGUMENTO:
O direito penal não se limita à pena de privação de liberdade,
inclusive vem evoluindo no sentido de cada vez mais considerar a
pena privativa de liberdade como medida excepcional.
CONTRA-ARGUMENTO:
Não podemos confundir a sanção penal passando da pessoa do
condenado, com terceiros que recebem os reflexos da sanção penal.
O que os sócios e outros funcionários recebem são apenas reflexos
da condenação da PJ, são efeitos indiretos que atingem terceiros.
V - Recolhimento domiciliar.
7. MULTA
Regulada pelo art. 18:
Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se
revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser
aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica
auferida.
Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível,
fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de
fiança e cálculo de multa.
A multa será calculada de acordo com os parâmetros do CP, que assim
determina:
1º momento: Fixação de dias-multa (de 10 a 360 dias multa);
2º momento: Valor de cada dia-multa (de 1/30 do salário mínimo a 5
vezes o salário mínimo);
CUIDADO! Nos crimes ambientais é possível triplicar a multa máxima
determinada no CP para garantir a eficácia da sanção estabelecida.
9.1. REQUISITOS:
Condenação a pena privativa de liberdade não superior a 3
anos.
Impossibilidade de substituição por penas restritivas de
direito;
Não ser reincidente em crime doloso;
Circunstâncias judiciais favoráveis;
9.2. OBRIGAÇÕES:
Deverão ser relacionadas com a proteção ao meio ambiente.
PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR
10.1. REQUISITOS:
Pena mínima igual ou inferior a um ano;
Não estar sendo o agente processado por outro crime ou ter
sido condenado por outro crime;
Demais requisitos do art. 77 do CP (suspensão condicional da
pena);
10.2. OBRIGAÇÕES:
Reparar o dano;
Comparecimento pessoal obrigatório, mensalmente, ao juízo;
Proibição de frequentar determinados lugares;
Proibição de se ausentar da comarca sem autorização prévia
do juízo;
ATENÇÃO: O juiz pode determinar outras obrigações que se adequem
ao caso concreto.
CONDUTAS EQUIPARADAS:
§ 1º Incorre nas mesmas penas:
I – Quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou
em desacordo com a obtida;
II - Quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro
natural;
III - Quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em
cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes
da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos
e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados
ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade
competente;
PERDÃO JUDICIAL:
No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada
ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias,
deixar de aplicar a pena.
PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR
CONDUTA EQUIPARADA:
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem:
- Realiza experiência dolorosa ou cruel;
- Em animal vivo;
- Ainda que para fins didáticos ou científicos;
- Quando existirem recursos alternativos;
CAUSA DE AUMENTO DE PENA:
A pena é aumentada de um sexto a um terço:
- Quando ocorre morte do animal;
PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR
CRIME CULPOSO:
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
A pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.
§ 2º Se o crime:
I - Tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação
humana;
II - Causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que
momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos
diretos à saúde da população;
III - Causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do
abastecimento público de água de uma comunidade;
IV - Dificultar ou impedir o uso público das praias;
V - Ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos,
ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as
exigências estabelecidas em leis ou regulamentos:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
POLUIÇÃO OMISSIVA:
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de
adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em
caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.