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1 𝑑𝑆 2 𝑑𝑆 2 𝑑𝑆 2 𝑑𝑆 (4)
[( ) + ( ) ( ) ] + 𝑉(𝑥, 𝑦, 𝑧) + =0
2𝑚 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑧 𝑑𝑡
Sendo assim, uma solução completa para esse sistema seria
𝑆 = 𝑊(𝑥, 𝑦, 𝑧) − 𝐸𝑡 (5)
e considerando que o gradiente da função W é dado por
𝑑𝑆 𝑑𝑆 𝑑𝑆 (6)
⃗ 𝑊(𝑥, 𝑦, 𝑧) =
∇ + + = 𝑝(𝑥, 𝑦, 𝑧)
𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑧
então podemos reescrever a equação de HJ para essa partícula como sendo
1 2 (7)
⃗ 𝑊| + 𝑉(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝐸
|∇
2𝑚
Com isso, podemos então dizer que
𝑆 = 𝑊(𝑥, 𝑦, 𝑧) − 𝐸𝑡 = 𝜎 (8)
onde σ é uma constante, é uma família de superfícies. Ou seja, para cada instante t, a
equação acima representa uma superfície móvel. Logo, cada superfície corresponde ao
mesmo valor da função S (S=σ) mas a valores diferente da função W (Figura) de modo
que a trajetória C do sistema intercepte ortogonalmente a cada uma das superfícies. Sendo
assim, qualquer trajetória possível do sistema sempre interceptará ortogonalmente as
superfícies pois o gradinte da função W, 𝑝(𝑥, 𝑦, 𝑧) = ⃗∇𝑊(𝑥, 𝑦, 𝑧), é sempre
perpendiuclar à superfície em cada uma delas em cada instante.
Quando observamos a figura, percebe-se que as superfícies se assemelham com frentes
de onda de um processo ondulatório cuja trajetória da propagação dessa onda é dado pelo
trajeto (raio) C na figura abaixo.
Todo o exemplo desenvolvido aqui é uma situação mecânica que não possui nenhuma
característica ondulatória associada. Porém, Hamilton propôs que o problema mecânico
pode ser visto como um processo ondulatório fictício com S sendo a fase desse processo
e os raios de propagação como sendo a trajetória C da partícula.
Uma vez que essas superfícies são dinâmicas, então, pode-se, ainda, calcular uma
velocidade de fase u para tal sistema. Para isso, considera-se duas superfícies
consecutivas separadas por uma distância dS em um intervalo de tempo dt. Logo, u é dado
por
𝑑𝑆 (11)
𝑢=
𝑑𝑡
Como
𝑆 = 𝑊(𝑥, 𝑦, 𝑧) − 𝐸𝑡 = 𝜎 (12)
ou
𝑑𝑊 = 𝐸𝑑𝑡 (14)
Equação de Schrödinger
Há muito já era sabido que a mecânica clássica fracassava quando posta no domínio
microscópico (átomos e moléculas). Contudo, até então, já se sabia que que a óptica
geométrica podia ser entendida como apenas uma aproximação da óptica ondulatória e
por isso ela não podia dar conta de explicar fenômenos de natureza ondulatória tais como
difração, interferência, etc.
Através do teorema de Hamilton-Jacobi pôde-se perceber a relação interpretativa
existente entre Mecânica Clássica e Óptica Geométrica considerando que a função S
(solução completa da equação de HJ) podia ser entendida como uma fase de um processo
ondulatório fictício. No entanto, na tentativa de estabelecer uma relação existente entre a
Óptica Ondulatória e uma Mecânica Ondulatória (Mecânica Quântica), Schrödinger, em
seus trabalhos, propunha considerar a função S como uma fase de um processo
ondulatório verdadeiro, cujo qual é representado por uma função Ψ, não por menos,
denominada de função de onda, dada por
𝑖 𝑖 (20)
(𝑊(𝑥,𝑦,𝑧)−𝐸𝑡)
𝜓 = 𝑒 ℏ𝑆 = 𝑒 ℏ
Como Ψ representa, agora, um processo ondulatório verdadeiro, então tal função deve
satisfazer
1 𝑑2𝜓 (21)
∇2 𝜓 −2 2
=0
𝑢 𝑑𝑡
que é a equação de uma onda tridimensional com velocidade de fase u dada por
𝐸 (22)
𝑢=
√2𝑚(𝐸 − 𝑉)
2𝑚 (25)
∇2 𝜓 − (𝐸 − 𝑉)𝜓 = 0
ℏ²
ℏ
Multiplicando o resultado acima por − 2𝑚, e reorganizando os termos resulta
ℏ² 2 (26)
− ∇ 𝜓 + 𝑉𝜓 = 𝐸𝜓
2𝑚