Você está na página 1de 12

Lição #6: Monte Sua Carteira

Seja muito bem-vindo(a) à mais uma lição da Tríade do Dinheiro!

Chegamos em um ponto importante nesse módulo sobre investimentos.


Vimos nas lições anteriores a importância do juros compostos (lição #1) para o
crescimento exponencial da riqueza, como definir o seu perfil como investidor (lição
#2), assim como investimentos no Tesouro Direto (lição #3), Fundos Imobiliários (lição
#4) e Fundos de Índice(lição #5).

Esses 3 tipos de investimentos não foram escolhidos por acaso. Eles formam o que
chamamos da Tríade dos Investimentos. A divisão da sua carteira de investimentos em
3 partes:

1. Renda-Fixa (Tesouro Direto)


2. Fundos Imobiliários
3. Renda-Variável (Ações)

O objetivo dessa lição é juntar o que você aprendeu nas lições anteriores e começar a
montar sua carteira de investimentos, baseada em uma fórmula simples que você
poderá usar como guia, nunca como certeza absoluta.

O seu perfil como investidor


Sem conhecer o seu perfil como investidor, de nada adiantará você seguir nessa lição.
Seria como você estivesse correndo do ponto A (onde você está) para o ponto B (seu
destino), mas através de um caminho errado, para um ponto C, que não possui ligação
alguma com seu destino.

Saber para onde você vai é mais importante do que a velocidade com que você
percorre um determinado caminho.

Portanto, antes de começar a percorrer esse caminho ao montar sua carteira de


investimentos, saiba se seu perfil como investidor é conservador, moderado ou
agressivo. Também é recomendado que você avalie se seu conhecimento no mercado
financeiro é ainda iniciante ou já avançado.
Ambas avaliações, você pode fazer gratuitamente nessa planilha aqui, que foi
disponibilizada na lição #2. Responda as 30 perguntas dentro da planilha e veja qual o
resultado que ela irá apresentar para você.

Lembre-se também que essas respostas são um guia e sua carteira pode ser montada
de modo diferente dependendo do seu objetivo financeiro.

Tome como exemplo um jovem de 20 anos que esteja disposto a ter uma rentabilidade
entre -30% e 50% ao ano. Esse é o típico perfil de um investidor agressivo, que aceita
perda maiores, ou seja, um risco maior, para ter uma rentabilidade média maior no
longo prazo.

Porém, e se ele deseja fazer um intercâmbio daqui 1 ano? Ele colocaria todo o dinheiro
dele em ações apenas por seu perfil ser agressivo? Vai que o mercado de ações cai
30% justamente nesse ano que ele está investindo?

Logo, por mais que ele seja um investidor agressivo por natureza, não seria inteligente
ser agressivo numa situação em que é preciso ser conservador para não comprometer
seu objetivo de curto prazo.

Existem diversos fatores que o investidor deve considerar como:

 Perfil de Risco
 Prazo de Investimento
 Flexibilidade do Prazo
 Capital Inicial
 Aportes Mensais

Não existe uma resposta pronta e igual para todos os investidores, mas nós tentamos
fazer nosso melhor aqui para que vocês tenham em mãos uma receita, que pode ser
adaptada para o gosto pessoal de cada um de vocês, alunos e alunas da Tríade do
Dinheiro.

Dito isso, vamos então à essa receita.


Uma receita para montar sua carteira de
investimentos
Conforme ressaltamos acima, cada investidor possui diferentes objetivos. Portanto,
veja essas “receitas” abaixo como um guia para você procurar adaptar sua carteira de
investimentos.

Investidor Conservador

Investidores mais conservadores são aqueles que estão mais preocupados com o risco
do que o retorno.

Eles não suportam perdas e por esse motivo são fãs da filosofia “de grão em grão a
galinha enche o papo”.

Isso quer dizer que eles preferem uma rentabilidade mais previsível, mesmo que ela
seja menor do que outros determinados tipos de investimentos.
Portanto, os melhores investimentos para a carteira desse tipo de investidor devem
estar mais concentrados em ativos seguros, como os títulos públicos (Renda-Fixa).

Na categoria Renda-Fixa, ele deve procurar investir em títulos menos arriscados, como
as LFTs, que seguem a taxa Selic.

Como conservadores, eles tendem a levar os títulos públicos até o vencimento.

Dentro desses 60% em Renda-Fixa, ele poderia investir dessa forma:

 40% em LFTs (seguem taxa Selic)


 10% em LTNs (taxas pré-fixadas, levando o título até o vencimento)
 10% em NTN-Bs Principal (taxas pré-fixadas + indexação a inflação, levando o
título até o vencimento)

Na categoria Fundos Imobiliários, esse investidor deve diversificar bastante entre os


fundos imobiliários para controlar o risco, dado seu perfil conservador.

Dentro desses 20% em Fundos Imobiliários, ele poderia investir dessa forma:

 20% em FIXX11 (fundo de índice que engloba a grande maioria dos fundos
imobiliários)

Na categoria de Renda-Variável (Ações), ele deve utilizar os ETFs para garantir menor
volatilidade em sua carteira, buscando priorizar o BOVA11 (large caps) em detrimento
do SMAL11 (small caps).

Dentro desses 20% em Ações, ele poderia investir dessa forma:

 15% em BOVA11 (segue o índice BOVESPA)


 5% em SMAL11 (segue o índice de small caps)

Novamente, é preciso lembrar que talvez esse modelo não seja o ideal para você, por
diversas variáveis explicadas no início desse artigo. Porém, já é um excelente guia
para você adaptar sua carteira de investimentos.
O que talvez possa ser uma novidade e uma surpresa para você é ver que mesmo
investidores conservadores devem investir me fundos imobiliários e ações.

Isso ocorre porque quando você mistura diversos ativos através da diversificação, sua
carteira caminha para um ponto mais eficiente. Ou seja, a sua relação entre risco e
retorno melhora.

Esse é um conceito avançado sobre a teoria moderna de portfólios, difundida por


Harry Markowitz, mas que você pode ler com mais detalhes e numa linguagem simples
através do eBook alocação de ativos, disponível para você baixar na área de
bônus aqui da Tríade.

Se as porcentagens acima não refletem exatamente o seu perfil, mesmo como


conservador, não se preocupe em alterá-las um pouco para sua realidade.

Digamos que você seja ultra-conservador. Logo, você poderia usar a alocação de 80%
renda-fixa, 10% fundos imobiliários e 10% ações, ou até mesmo 90/5/5. O importante é
ter essas 3 classes de investimentos sempre presentes em sua carteira para torná-la
mais eficiente.
Investidor Moderado

Investidores moderados são aqueles que se preocupam tanto com a rentabilidade


como a segurança do seu capital. Eles até aceitam uma pequena perda de capital para
ter um retorno maior do que o investidor conservador, mas sem arriscar muito.

Isso quer dizer que eles preferem uma rentabilidade com uma maior variação, até
mesmo perdas pelo caminho, desde que não sejam recorrentes e que os façam perder
muito dinheiro.

Portanto, os melhores investimentos para a carteira desse tipo de investidor devem


estar muito bem espalhados através dos 3 tipos de investimentos.

Na categoria Renda-Fixa, ele deve procurar investir uma alocação balanceada para
cada título público.

Dentro desses 40% em Renda-Fixa, ele poderia investir dessa forma:

 20% em LFTs (seguem taxa Selic)


 10% em LTNs (taxas pré-fixadas, levando o título até o vencimento)
 10% em NTN-Bs Principal (taxas pré-fixadas + indexação a inflação, levando o
título até o vencimento)

Na categoria Fundos Imobiliários, esse investidor deve diversificar bastante entre os


fundos imobiliários para controlar o risco.

Dentro desses 20% em Fundos Imobiliários, ele poderia investir dessa forma:

 20% em FIXX11 (fundo de índice que engloba a grande maioria dos fundos
imobiliários)

Na categoria de Renda-Variável (Ações), ele deve utilizar os ETFs para garantir menor
volatilidade em sua carteira, buscando investimentos semelhantes entre o BOVA11
(large caps) e o SMAL11 (small caps).

Dentro desses 40% em Ações, ele poderia investir dessa forma:

 20% em BOVA11 (segue o índice BOVESPA)


 20% em SMAL11 (segue o índice de small caps)

Novamente, é preciso lembrar que talvez esse modelo não seja o ideal para você, por
diversas variáveis explicadas no início desse artigo. Porém, já é um excelente guia
para você adaptar sua carteira de investimentos.
Investidor Agressivo

Investidores mais agressivos são aqueles que estão mais preocupados com o retorno
do que o risco.

Isso quer dizer que eles preferem uma rentabilidade maior no longo prazo e estão
dispostos a correr riscos para conseguí-la.

Esse tipo de investidor pode ver a sua carteira com rentabilidade de -30% em um
determinado ano, assim como 50% em outro ano.

Portanto, os melhores investimentos para a carteira desse tipo de investidor devem


estar mais concentrados em ativos de risco, como ações.

Na categoria Renda-Fixa, ele deve procurar investir em títulos com maior volatilidade,
como pré-fixados e indexados à inflação.

Dentro desses 20% em Renda-Fixa, ele poderia investir dessa forma:

 4% em LFTs (seguem taxa Selic)


 8% em LTNs (taxas pré-fixadas, levando o título até o vencimento)
 8% em NTN-Bs Principal (taxas pré-fixadas + indexação a inflação, levando o
título até o vencimento)

Na categoria Fundos Imobiliários, esse investidor deve diversificar bastante entre os


fundos imobiliários para controlar o risco.

Dentro desses 20% em Fundos Imobiliários, ele poderia investir dessa forma:

 20% em FIXX11 (fundo de índice que engloba a grande maioria dos fundos
imobiliários)

Na categoria de Renda-Variável (Ações), ele deve utilizar os ETFs para garantir menor
volatilidade em sua carteira, buscando priorizar o SMAL11 (small caps) em detrimento
do BOVA11 (large caps).

Dentro desses 60% em Ações, ele poderia investir dessa forma:

 20% em BOVA11 (segue o índice BOVESPA)


 40% em SMAL11 (segue o índice de small caps)

Novamente, é preciso lembrar que talvez esse modelo não seja o ideal para você, por
diversas variáveis explicadas no início desse artigo. Porém, já é um excelente guia
para você adaptar sua carteira de investimentos.

Conclusão – Recapitulando…
Não importa qual seja o seu perfil como investidor, diversificar é preciso.

Conforme dito, existem diversos estudos sobre a teoria moderna de portfólios


abordados no eBook alocação de ativos na área de bônus que comprovam melhor
eficiência entre retorno e risco para carteiras mais diversificadas.
Portanto, defina qual é a alocação adequada para você entre Renda-Fixa, Fundos
Imobiliários e Ações.

Depois, a alocação entre cada ativo que irá compor essas categorias.

Os ativos escolhidos para representar os ativos em cada categoria são os que


acreditamos oferecer melhor aderência. Eles não irão necessariamente apresentar a
melhor rentabilidade ou melhor retorno/risco, porque é impossível prever o mercado.

Entretanto, ao investir neles, você está aproveitando ótimos benefícios de


diversificação, investindo em mais de 200 ativos através de apenas 6.

Essa é a maravilha de fundos indexados e da alocação de ativos.

O que fazer agora?


Caso você ainda não saiba seu perfil como investidor, você pode fazer sua análise
gratuitamente nessa planilha aqui, que foi disponibilizada na lição #2. Responda as 30
perguntas dentro da planilha e veja qual o resultado que ela irá apresentar para você.

Após saber o resultado do seu perfil, use as recomendações acima para o seu perfil
como um guia.

Lembre-se que existem diversos fatores que o investidor deve considerar como:

 Perfil de Risco
 Prazo de Investimento
 Flexibilidade do Prazo
 Capital Inicial
 Aportes Mensais
E então monte, mesmo que em um papel ou uma planilha, a alocação de ativos que
você gostaria de ter para seus investimentos, seguindo as 3 categorias abordadas
nessa lição.

Na lição #7, você irá aprender mais sobre a importância da alocação de ativos para
seus investimentos.

Você também pode gostar